I'm the bad guy

duh

— O que? No meio da floresta? Claro que eu aceito! Mas não vamos deixar de ter cuidado, por favor. Imagina você ta pintando o quadro do bicho e do nada ele se revolta? A gente ta perdido meu amigo, perdido... — Comentei com o artista ao meu lado. Alguns minutos atrás, nossa conversa tinha tomado um rumo diferente do comum. Ele me ofereceu um trabalho, a missão de escolta-lo pela floresta a procura de um animal perigoso para sua pintura que iria concorrer a prêmios. Um dos requisitos para conseguir se inscrever no concurso era o desafio de completar a pintura, o paisagismo misturado com a adrenalina. Não havia lugar melhor do que os arredores da Aldeia Oculta da Folha para o artista conseguir completar cada requisito do seu material. — Eu fico muito grato por isso, Benimaru. Se eu ganhar esse concurso pode ter certeza que eu vou te dar os créditos por ter me ajudado tanto. Vamos aproveitar que ainda é manhã, a luz dentro da floresta deve estar contrastando bem com o verde das folhas. — O pintor sorriu para mim, era expressiva a sua gratidão por ter minha presença naquela jornada. Sai ao seu lado pelos portões do vilarejo, tomando caminho pelas estradas de terra até encontrar a abertura perfeita para dentro da floresta.

HP: 140/140 | CH: 140/140 | ST: 03/03 | SA: 130/130

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Andamos alguns minutos para finalmente encontrar uma abertura perfeita entre os arbustos por volta da floresta que cobria os arredores da Aldeia Oculta da Folha. — Ei, roxinho, toma cuidado aí. Se uma cobra picar sua perna, eu vou precisar te carregar. Num aguento esse seu peso não, amigo. — Avisei tomando todo o cuidado por onde estávamos pisando, afinal, lidar com a toxina de uma serpente poderia ser fatal naquela distância do vilarejo, principalmente caso eu precisasse cuidar de alguém ou ser ajudado da mesma forma. Entre as longas e grossas raízes das arvores, arbustos, poças e partes lamacentas e acidentadas, chegávamos em um lago aberto no interior da mata, um local propicio para animais tomarem agua, um esconderijo perfeito para o pintor armar sua tela e aguardar a ação da vida selvagem. Para a minha sorte, não precisava ajuda-lo com muita coisa, sozinho o artista de cabelos roxos conseguia se preparar em um galho mais grosso, com sua tela apoiada no colo e seu leque de tintas ao lado do corpo. — Beni, consegue ver alguma coisa? — Sussurrou para mim, que olhei para trás negando com a cabeça. Mas os sons vindos dos arbustos do outro lado do lago eram mais altos, os passos que conseguíamos ouvir eram pesados, até mesmo um cheiro forte poderia ser sentido. A primeira pata aparecia, em seguida vimos todo o corpo daquele enorme urso pardo. — C-caralho... — Pensei na presença daquele animal.

HP: 140/140 | CH: 140/140 | ST: 03/03 | SA: 130/130

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A grandeza daquele urso era assustadora, nunca tinha imaginado que um animal poderia chegar naquele tamanho e peso, trazendo sua aura intimidadora para todo o ambiente. Era obvio que o roxinho já começava a pintar seu quadro, aproveitando que o urso não havia notado a nossa presença, ou pelo menos não se importava com ela. Tentei permanecer quieto, parado, abaixando meu corpo para assistir aquela majestosa criatura que estava tão calma em seu habitat, como se soubesse que nenhum animal ali poderia ousar desafiar sua força ou tentar conquistar seu território. Ter essa noção é algo tão poderoso que até os humanos buscam por essa conquista, e comigo não era diferente. Eu precisava me tornar mais forte, proteger a aldeia da folha contra toda e qualquer ameaça que ousasse atrapalhar ou pôr em risco a paz de todos que moravam atrás das muralhas ou carregavam dentro de si a paixão pela Nação da Folha. Por um segundo tudo parecia que iria acabar bem, o pintor de cabelos roxos tinha toda a tranquilidade do mundo para terminar sua obra, mas minha falta de atenção ao utilizar a furtividade acabava comprometendo a ação. Um estalo tomou conta da floresta quando meus pés quebraram um galho, chamando a atenção do urso que se sentia desafiado. Ele disparou contra mim, obviamente por ser o alvo mais fácil já que o outro se encontrava ocupado em cima da arvore. Precisava me defender e garantir a nossa segurança. Minhas mãos foram ágeis enquanto o animal contornava o lago, tecendo os selos que moldavam meu chakra para a técnica de fogo. — Katon: Gōkakyū no Jutsu — A bola de fogo era expelida da minha boca, atigindo o corpo do urso que, em pavor e dor perante as queimaduras, saia correndo para dentro da floresta. Por fim, minha atitude se tornava o ápice da pintura, um shinobi cuspindo labaredas pela boca contra um urso feroz. — Serio? VOCÊ PODE TER ME AJUDADO! — Gritei enfurecido. Saímos vitoriosos, eu com uma ‘’batalha’’ vencida e o pintor com seu quadro para o concurso. Missão finalizada com sucesso.

HP: 140/140 | CH: 120/140 | ST: 03/03 | SA: 130/130

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