Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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[Gaiden] - Sayonara - Postado Seg Jun 28, 2021 8:36 pm
[Gaiden] - Sayonara
StatsHP: 340/340CH: 340/340ST: 00/06SAN: 210/210
Minha preocupação com Hana era grande, pois depois daquele desmaio brusco e recaída assustado ao lembrar de tudo, foi levada ao hospital e passou alguns poucos dias naquele local, por conta do meu trabalho, não pude comparecer para visita-la. Os médicos disseram que a garota teve crises psicóticas e diversos transtornos, enquanto estava repousando, mas de repente pararam.
Me sentia extremamente culpado por ter feito suas memórias voltarem desse jeito, mas no fundo, tinha a esperança de que tudo voltaria ao normal assim que ela se recuperasse e esse dia é hoje, pois soube que minha garota recebeu alta hoje de manhã cedo porque sua mente parece ter se recuperado.
Visto minha roupa casual e coloco meu óculos escuro redondo no rosto, já que queria parecer apresentável para meu pedido de desculpas. Finalmente saio de casa, me despedindo de Murata e seguindo para a humilde casa de Hana.
O dia estava nublado e um pouco cinza, mas nada que atrapalhasse, além disso, naquele momento, a preocupação com o estado atual de Hana se misturava com a alegria de tê-la de volta, nem mesmo o cenário de guerra podia me abalar naquele momento.
Não demora muito e me encontro na frente de sua casa, batendo pausadamente na porta e esperando ser atendido, mas estranhamente ninguém atende e não escuto nenhum barulho lá de dentro, apenas um baixo ruído de madeira rangendo. Meu primeiro pensamento era que Hana não estava em casa, logo, frustrado, iria para casa, porém, acabo esbarrando na maçaneta e a porta levemente se abre.
Um sinal de alerta surge na minha mente e muitas perguntas são levantadas na hora por mim. Será que ela esqueceu a porta aberta? Alguém entrou? Hana está em perigo? É coisa da minha cabeça?
Engulo seco e tomo posição, mesmo desejando que fosse apenas preocupação minha eu preciso saber o que está acontecendo, por isso, aperto a maçaneta da porta e abro-a gentilmente e com cuidado, fazendo um ruido de fricção com o piso que me dá agonia, até que a luz do sol nascente atrás de mim, ilumina o interior escuro da sala.
A cena que encaro paralisa meu corpo, meu coração acelera bruscamente e meus olhos arregalam. Não consigo pensar em nada, não consigo me mover, minhas pernas ficam bambas e todo o corpo parou de responder.
Hana estava acima do solo, com distância de dois palmos, pendurada por uma corda envolta ao seu pescoço, este cujo já estava de coloração roxa, balançando milímetros de um lado para o outros. Uma pequena cadeira derrubada do lado, estilhaços de vidro pelo chão.
Fico estático observando a trágica cena, sem conseguir fazer nada, na verdade, a ficha nem tinha caído ainda. Isso não pode ser verdade, é impossível ser verdade.
- Não... - É a única palavra que pude proferir, depois de ter ficado paralisado pateticamente por algum tempo.
Meu mundo tinha caído, eu não consegui protege-la, não consigo acreditar que fui tão fraco a esse ponto. Eu a perdi, perdi quem amo de novo, primeiro meus pais, agora, Hana, dessa vez por minha culpa, pois não cumpri a promessa que fiz a seis meses atrás.
Por que? Por que? Por que? Por que isso está acontecendo de novo, é minha punição por meus pecados, pelos meus assassinatos, pelos meus erros, por tudo que fiz nessa curta vida.
As memórias de quando éramos crianças vêm a tona e parecem espancar-me, cada uma delas com detalhes bem estabelecidos e vozes definidas, como se eu estivesse revivendo cada momento em questão de segundos no formato de flashes. As lembranças me torturam, pois sei que nunca mais iram voltar, a promessa de sermos a dupla mais forte de ninjas nunca será cumprida.
Lágrimas começam a escorrer gradativamente dos meus olhos e o desespero vai tomando conta completa da minha mente, quase me enlouquecendo. O rosto de Hana com olhos vazios e sem expressão penetram fundo na minha psique e não sabia o que fazer. A culpa dentro de mim cresce e me tortura, parece que meu peito vai explodir a qualquer momento.
Aperto meu peito e ajoelho-me no chão bruscamente, nem sentindo dor física. Começo a me contorcer de forma dolorosa, me revirado para cima e para baixo em uma tentativa falha de suportar a dor. Um grito de dor e desespero é emitido por mim e cada vez mais e mais gritos saem de minha boca enquanto choro.
Eu sou tão patético e fraco, treinei, batalhei, esforcei-me tanto para proteger todos ao meu redor, mas, não consegui salvar a minha joia mais preciosa e isso machuca, machuca demais. O que eu falaria com Hanako depois disso? Ela me odiaria e não a julgaria, pois quebrei o meu juramento.
- Patético... - Tenho a alucinação de eu mesmo de pé em frente de mim, igual na missão de resgate - Ta vendo isso? Aconteceu porque você é um inútil que não consegue proteger ninguém, você não deu tudo de si, ficou brincando de ser ninja não é? - Pergunta a imagem.
- Não.. eu sempre... - Gaguejo ao falar.
- ERRADO! - Desfere a alucinação - Eu sou você, te conheço, achava que poderia ser algum super defensor com esse jeito tolo? Não, você não é um defensor, apenas arma de guerra, mas viveu na fantasia do mundo ninja pregada por nossos pais, aprenda de uma vez por todas, se tivesse sido forte...
- NÃO, fiz tudo que fiz para o bem, não para ser um herói ou reconhecimento próprio, eu só queria ajudar todos - Aperto minha cabeça o mais forte que consigo e fecho os olhos.
- Então se decida, uma questão que sempre tentamos fugir, o que é mais importante, salvar uma pessoa querida ou cinco desconhecidas? - Pergunta agressivamente, mas eu fico sem resposta - Deixa eu responder, a querida não é? Talvez você não se importe com as outras cincos, e que tal entre uma querida e mil desconhecidas, deixa eu adivinhar, a querida não é? - Ele não me dá nem tempo de responder - Viu como você é um egoísta, só se importa com você e seus sentimentos, vive dizendo que quer salvar todos, mas não faz sacrifícios - A alucinação continua me julgar, mas eu só choramingo no chão, pois sabia que tudo que ele falava era verdade, afinal, era uma parte de mim, mais revoltada e racional mas devia sofrer igualmente. - Você queria ela de volta, mas foi egoísta pensou só em seus sentimentos, se fosse forte, deixaria aquele trauma no passado e deixa ela viver sua vida, lembre-se a morte dela é sua culpa - Ele finaliza desaparecendo.
Depois de alguns minutos de dor e luto, a figura some e tiro forças para me levantar, apoiando cada membro devagar no solo, voltando então, a encarar aquela cena horrenda e caminho lentamente até Hana, percebendo um papel ali perto, talvez a carta de suicídio.
Porém, era apenas um papel vazio, sem nada escrito, mostrando que ela quis partir sem deixar nada para trás.
Um misto de emoções me ataca novamente e eu nem tinha alguém ou algo para canalizar esses sentimentos ruins, apenas eu mesmo era o culpado por isso.
Chego a pensar que para o bem de Hana, se eu não tivesse tentando faze-la recuperar as memórias... Não... se eu não tivesse me aproximado dela, ela não passaria por isso.
Isso é tudo minha culpa... Isso é tudo minha culpa... Isso é tudo minha culpa...
Bato várias vezes na parede, estava revivendo o sofrimento que senti quando perdi meus pais, porém, dessa vez, o cadáver de Hana com seus olhos bem abertos pareciam me encarar como um juiz julgando um criminoso.
Eu quero volta no tempo, eu quero refazer minhas escolhas, eu não aceito esse resultado, eu rejeito esse destino maldito com tudo.
Mas... Isso é impossível
Sem suportar tudo aquilo, saio correndo da casa e me sento no quintal, olhando para as nuvens cinzas que cobriam a vila como cobertores de algodão. Já havia se passado muito tempo, cerca de horas, desde que encontrei o corpo, mas não consegui fazer nada, se alguém me visse agora, diria que não sou o Fuyuki Hatake que conheciam. Minha expressão se fechou completamente, meus olhos estavam vazios e já não derramavam mais lágrimas, nem passavam emoção, era como se parte de mim tivesse morrido junto com a garota.
Meus ideais ainda estão quase intactos, mas algo está errado e eu não sei o que é, porém isso não importava.
Esse mundo me tirou outra coisa preciosa para mim sem eu poder fazer nada. Minhas ações custaram a vida da pessoa que eu amava, mesmo eu tentando defende-la de tudo, acabou a própria se atacou e eu não consigo suportar isso. Eu devo evitar esse acontecimento de novo, mas tenho tanto medo de falhar que meu desejo é apenas me encolher em uma das nuvens do céu e ficar lá, longe de problemas.
Dou um tapa no meu rosto de repente, tentando ser forte de novo, não querendo desistir, contudo, parece ser ineficaz, nada parece me motivar.
Estou coberto de arrependimentos, angústia, tristeza e vários outros. Eles continuam me torturando, mas eu não choro mais, minhas lágrimas secaram novamente. Um homem sem objetivos não consegue viver, não consegue seguir em frente e agora, todos meus sonhos parecem que perderam força, tudo ficou tão cinza e escuro. Eu lembrei desse sentimento de perda, é tão ruim, tão maldoso e cada parte do meu corpo e mente grita para não acontecer de novo.
A alucinação de mim mesmo aparece na minha frente de novo, mas não consigo olhar em seus olhos. Ela então, apoia a mão no meu ombro.
- Se ficar parado ai, nada vai mudar e mais pessoas inocentes vão morrer, inclusive quem nos importamos - Ele diz.
- E agora, o que devo fazer? - Pergunto com a voz fria e sem emoção.
- Carregue o peso sozinho, corte laços para ninguém se ferir além de você, lute, faça sacrifícios, suprima suas emoções e nunca pare de avançar ou proteger os outros, mas dessa vez, seja forte e não hesite, eliminando todos seus inimigos, assim, você será um verdadeiro guardião - Diz com a voz serena dessa vez, que se esvai aos poucos até sumir.
Ele tem razão, eu devo ficar sozinho, pois só causo sofrimento a todos a minha volta, então se eu não me aproximasse ou me envolvesse, talvez os defenderia melhor os outros, se eu fosse mais frio e soubesse tomar decisões, eu não chegaria nesse resultado, se eu conseguir carregar todo o peso sozinho, os outros não teriam que fazer isso.
Finalmente me levanto e vou tomar alguma atitude, andando como se estivesse me arrastando, parecendo um morto-vivo sem forças.
Me sentia extremamente culpado por ter feito suas memórias voltarem desse jeito, mas no fundo, tinha a esperança de que tudo voltaria ao normal assim que ela se recuperasse e esse dia é hoje, pois soube que minha garota recebeu alta hoje de manhã cedo porque sua mente parece ter se recuperado.
Visto minha roupa casual e coloco meu óculos escuro redondo no rosto, já que queria parecer apresentável para meu pedido de desculpas. Finalmente saio de casa, me despedindo de Murata e seguindo para a humilde casa de Hana.
O dia estava nublado e um pouco cinza, mas nada que atrapalhasse, além disso, naquele momento, a preocupação com o estado atual de Hana se misturava com a alegria de tê-la de volta, nem mesmo o cenário de guerra podia me abalar naquele momento.
Não demora muito e me encontro na frente de sua casa, batendo pausadamente na porta e esperando ser atendido, mas estranhamente ninguém atende e não escuto nenhum barulho lá de dentro, apenas um baixo ruído de madeira rangendo. Meu primeiro pensamento era que Hana não estava em casa, logo, frustrado, iria para casa, porém, acabo esbarrando na maçaneta e a porta levemente se abre.
Um sinal de alerta surge na minha mente e muitas perguntas são levantadas na hora por mim. Será que ela esqueceu a porta aberta? Alguém entrou? Hana está em perigo? É coisa da minha cabeça?
Engulo seco e tomo posição, mesmo desejando que fosse apenas preocupação minha eu preciso saber o que está acontecendo, por isso, aperto a maçaneta da porta e abro-a gentilmente e com cuidado, fazendo um ruido de fricção com o piso que me dá agonia, até que a luz do sol nascente atrás de mim, ilumina o interior escuro da sala.
A cena que encaro paralisa meu corpo, meu coração acelera bruscamente e meus olhos arregalam. Não consigo pensar em nada, não consigo me mover, minhas pernas ficam bambas e todo o corpo parou de responder.
Hana estava acima do solo, com distância de dois palmos, pendurada por uma corda envolta ao seu pescoço, este cujo já estava de coloração roxa, balançando milímetros de um lado para o outros. Uma pequena cadeira derrubada do lado, estilhaços de vidro pelo chão.
Fico estático observando a trágica cena, sem conseguir fazer nada, na verdade, a ficha nem tinha caído ainda. Isso não pode ser verdade, é impossível ser verdade.
- Não... - É a única palavra que pude proferir, depois de ter ficado paralisado pateticamente por algum tempo.
Meu mundo tinha caído, eu não consegui protege-la, não consigo acreditar que fui tão fraco a esse ponto. Eu a perdi, perdi quem amo de novo, primeiro meus pais, agora, Hana, dessa vez por minha culpa, pois não cumpri a promessa que fiz a seis meses atrás.
Por que? Por que? Por que? Por que isso está acontecendo de novo, é minha punição por meus pecados, pelos meus assassinatos, pelos meus erros, por tudo que fiz nessa curta vida.
As memórias de quando éramos crianças vêm a tona e parecem espancar-me, cada uma delas com detalhes bem estabelecidos e vozes definidas, como se eu estivesse revivendo cada momento em questão de segundos no formato de flashes. As lembranças me torturam, pois sei que nunca mais iram voltar, a promessa de sermos a dupla mais forte de ninjas nunca será cumprida.
Lágrimas começam a escorrer gradativamente dos meus olhos e o desespero vai tomando conta completa da minha mente, quase me enlouquecendo. O rosto de Hana com olhos vazios e sem expressão penetram fundo na minha psique e não sabia o que fazer. A culpa dentro de mim cresce e me tortura, parece que meu peito vai explodir a qualquer momento.
Aperto meu peito e ajoelho-me no chão bruscamente, nem sentindo dor física. Começo a me contorcer de forma dolorosa, me revirado para cima e para baixo em uma tentativa falha de suportar a dor. Um grito de dor e desespero é emitido por mim e cada vez mais e mais gritos saem de minha boca enquanto choro.
Eu sou tão patético e fraco, treinei, batalhei, esforcei-me tanto para proteger todos ao meu redor, mas, não consegui salvar a minha joia mais preciosa e isso machuca, machuca demais. O que eu falaria com Hanako depois disso? Ela me odiaria e não a julgaria, pois quebrei o meu juramento.
- Patético... - Tenho a alucinação de eu mesmo de pé em frente de mim, igual na missão de resgate - Ta vendo isso? Aconteceu porque você é um inútil que não consegue proteger ninguém, você não deu tudo de si, ficou brincando de ser ninja não é? - Pergunta a imagem.
- Não.. eu sempre... - Gaguejo ao falar.
- ERRADO! - Desfere a alucinação - Eu sou você, te conheço, achava que poderia ser algum super defensor com esse jeito tolo? Não, você não é um defensor, apenas arma de guerra, mas viveu na fantasia do mundo ninja pregada por nossos pais, aprenda de uma vez por todas, se tivesse sido forte...
- NÃO, fiz tudo que fiz para o bem, não para ser um herói ou reconhecimento próprio, eu só queria ajudar todos - Aperto minha cabeça o mais forte que consigo e fecho os olhos.
- Então se decida, uma questão que sempre tentamos fugir, o que é mais importante, salvar uma pessoa querida ou cinco desconhecidas? - Pergunta agressivamente, mas eu fico sem resposta - Deixa eu responder, a querida não é? Talvez você não se importe com as outras cincos, e que tal entre uma querida e mil desconhecidas, deixa eu adivinhar, a querida não é? - Ele não me dá nem tempo de responder - Viu como você é um egoísta, só se importa com você e seus sentimentos, vive dizendo que quer salvar todos, mas não faz sacrifícios - A alucinação continua me julgar, mas eu só choramingo no chão, pois sabia que tudo que ele falava era verdade, afinal, era uma parte de mim, mais revoltada e racional mas devia sofrer igualmente. - Você queria ela de volta, mas foi egoísta pensou só em seus sentimentos, se fosse forte, deixaria aquele trauma no passado e deixa ela viver sua vida, lembre-se a morte dela é sua culpa - Ele finaliza desaparecendo.
Depois de alguns minutos de dor e luto, a figura some e tiro forças para me levantar, apoiando cada membro devagar no solo, voltando então, a encarar aquela cena horrenda e caminho lentamente até Hana, percebendo um papel ali perto, talvez a carta de suicídio.
Porém, era apenas um papel vazio, sem nada escrito, mostrando que ela quis partir sem deixar nada para trás.
Um misto de emoções me ataca novamente e eu nem tinha alguém ou algo para canalizar esses sentimentos ruins, apenas eu mesmo era o culpado por isso.
Chego a pensar que para o bem de Hana, se eu não tivesse tentando faze-la recuperar as memórias... Não... se eu não tivesse me aproximado dela, ela não passaria por isso.
Isso é tudo minha culpa... Isso é tudo minha culpa... Isso é tudo minha culpa...
Bato várias vezes na parede, estava revivendo o sofrimento que senti quando perdi meus pais, porém, dessa vez, o cadáver de Hana com seus olhos bem abertos pareciam me encarar como um juiz julgando um criminoso.
Eu quero volta no tempo, eu quero refazer minhas escolhas, eu não aceito esse resultado, eu rejeito esse destino maldito com tudo.
Mas... Isso é impossível
Sem suportar tudo aquilo, saio correndo da casa e me sento no quintal, olhando para as nuvens cinzas que cobriam a vila como cobertores de algodão. Já havia se passado muito tempo, cerca de horas, desde que encontrei o corpo, mas não consegui fazer nada, se alguém me visse agora, diria que não sou o Fuyuki Hatake que conheciam. Minha expressão se fechou completamente, meus olhos estavam vazios e já não derramavam mais lágrimas, nem passavam emoção, era como se parte de mim tivesse morrido junto com a garota.
Meus ideais ainda estão quase intactos, mas algo está errado e eu não sei o que é, porém isso não importava.
Esse mundo me tirou outra coisa preciosa para mim sem eu poder fazer nada. Minhas ações custaram a vida da pessoa que eu amava, mesmo eu tentando defende-la de tudo, acabou a própria se atacou e eu não consigo suportar isso. Eu devo evitar esse acontecimento de novo, mas tenho tanto medo de falhar que meu desejo é apenas me encolher em uma das nuvens do céu e ficar lá, longe de problemas.
Dou um tapa no meu rosto de repente, tentando ser forte de novo, não querendo desistir, contudo, parece ser ineficaz, nada parece me motivar.
Estou coberto de arrependimentos, angústia, tristeza e vários outros. Eles continuam me torturando, mas eu não choro mais, minhas lágrimas secaram novamente. Um homem sem objetivos não consegue viver, não consegue seguir em frente e agora, todos meus sonhos parecem que perderam força, tudo ficou tão cinza e escuro. Eu lembrei desse sentimento de perda, é tão ruim, tão maldoso e cada parte do meu corpo e mente grita para não acontecer de novo.
A alucinação de mim mesmo aparece na minha frente de novo, mas não consigo olhar em seus olhos. Ela então, apoia a mão no meu ombro.
- Se ficar parado ai, nada vai mudar e mais pessoas inocentes vão morrer, inclusive quem nos importamos - Ele diz.
- E agora, o que devo fazer? - Pergunto com a voz fria e sem emoção.
- Carregue o peso sozinho, corte laços para ninguém se ferir além de você, lute, faça sacrifícios, suprima suas emoções e nunca pare de avançar ou proteger os outros, mas dessa vez, seja forte e não hesite, eliminando todos seus inimigos, assim, você será um verdadeiro guardião - Diz com a voz serena dessa vez, que se esvai aos poucos até sumir.
Ele tem razão, eu devo ficar sozinho, pois só causo sofrimento a todos a minha volta, então se eu não me aproximasse ou me envolvesse, talvez os defenderia melhor os outros, se eu fosse mais frio e soubesse tomar decisões, eu não chegaria nesse resultado, se eu conseguir carregar todo o peso sozinho, os outros não teriam que fazer isso.
Finalmente me levanto e vou tomar alguma atitude, andando como se estivesse me arrastando, parecendo um morto-vivo sem forças.
- Considerações:
Palavras: 1771
Ficha e M.F: No Card
Considerações:
- A NPC "Hana Fumiko" está morta
- 1° RP para mudança de tendência para "solitário"
Roupas & Aparência:
- Camisa de Manga Longa Preta
- Calça Preta
- Oculos escuros redondo
- Para aparência e roupas em geral, use essa foto como referência: Clique Aqui
Jaina Lohse
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Re: [Gaiden] - Sayonara - Postado Seg Jun 28, 2021 9:42 pm
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