Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Warui
[Gaiden] Contos da Tempestade; parte 2 - Postado Sex Jul 02, 2021 4:30 pm
floresta dos murmúrios
つぶやきの果樹園
Tinha em suas mãos um mapa. A noite era escura e o céu estrelado estava encoberto por nuvens, tornando a luz algo ainda mais raro. Um fino véu de névoa abraçava o vilarejo por sobre o manto de escuridão. Floresta adentro ele caminhava enquanto buscava compreender as marcações que enxergava com dificuldade no pergaminho que a mulher deixara para si dias atrás quando lhe apresentou o santuário que lhe trazia a tão desejada paz.
Os caminhos que seguiu o levaram até lá, um lugar do qual não se lembrava de já ter visto ou ouvido falar dentro do vilarejo. No instante em que seus pés amassaram as primeiras folhas caídas que forravam o solo de terra, sentiu o abraço gélido que costuma acompanhá-lo em seus pesadelos, um arrepio quase sobrenatural que lhe subiu a espinha até o último fio de cabelo.
Seu horizonte não era nada convidativo, a fina bruma que contornava cada galho retorcido fazia com que a floresta parecesse ter vida própria. Cada passo ele sentia como se caminhasse no reino de seus demônios e quase podia ouvi-los gargalhando escondidos nos cantos em que a luz não chegava e seus olhos não viam mais do que sombras.
Warui despiu-se do medo há um bom tempo, mas a sensação aterradora que aquele lugar trazia era bastante próxima daquela que ele julgava não mais sentir. Centímetro por centímetro, todo movimento meu adiante é como se eu mergulhasse num mar dos meus maiores temores, seu coração batia mais rápido e mais forte, sua respiração pesava e o ar congelava rapidamente ao sair de sua boca enquanto os calafrios o enrolavam como um agasalho de neve.
O medo corta mais profundamente que a espada, repetia mentalmente como um mantra que conduzia sua vida desde o fim de seus dias de luz. Ele mergulhava na escuridão por opção, como já fizera antes quando decidiu morrer para o mundo como homem e renascer como uma arma, ignorando as vozes que sussurravam cada vez mais alto.
Estava convicto de que o destino compensaria todo o terror, a paz e a calmaria são as recompensas para quem caminha nos vales da sombra da morte, eu sei porque já estive onde eu quero chegar. Os murmúrios tornavam-se mais intensos, alternando risadas macabras, gritos desesperados e lamurias de almas desafortunadas que quiçá se perderam na floresta morta buscando o mesmo santuário que o Arashi jurava conhecer. Ou será que fiquei louco?
O som do crepitar de uma fogueira chamou sua atenção antes do brilho distante do fogo riscar a escuridão profunda. Sentia-se cansado e precisava de um instante para descansar as pernas e talvez esperar o amanhecer para continuar. Alcançou um pequeno acampamento abandonado, com barracas montadas em volta das chamas, mas não havia rastro ou sinais de que alguém havia passado por lá.
Arbustos se agitaram nas proximidades, com o som do farfalhar das folhas mesclado à risadas diabólicas antes de pequenas criaturas de olhos amarelos surgirem como formigas atraídas pelo cheiro do açúcar. São muitos, Warui não se deu ao luxo de contar e respirou fundo, buscando em seu âmago a força para livrar-se de todo o medo e apreensão que o assolavam desde que se embrenhou na floresta. Os tantos diabretes que o cercavam pareciam ignorar tudo que ele fizesse, não pensando duas vezes antes de avançarem como hienas famintas, em meio à gargalhadas e brados eufóricos.
Se eu mata-los, terei paz.
Estava cercado por todos os lados enquanto deixava seu chakra elétrico contornar cada centímetro do corpo como uma armadura invisível antes de envolver sua pele da testa a ponta do pé. Warui em poucos segundos blindou-se por raios roxos. Não sentiu o toque das garras e os ataques pouco o incomodaram enquanto seus dedos se entrelaçaram num único selo e sua energia percorria corpo afora se espalhando pelo ar.
Raiton: Shiden.
O chão ao redor do Arashi se desfigurava com as descargas elétricas purpúreas e apanhava as tantas criaturas de surpresa, atacando-as como serpentes furiosas e impiedosas conduzidos pela energia de Warui. Se antes todas riam, os gritos de desespero delas se uniram aos tantos outros que habitavam aquele lugar esquecido por Deus – ou qualquer que fosse a entidade suprema que o homem acredita reger o mundo. Sob seus pés, os buracos se abriam com as chicotadas que estalavam ao som de mil pássaros, enterrando os demônios um por um, tamanha era a mesma frieza que agia o menino de elétrico.
Os últimos olhos amarelos afundaram antes de Warui fechar suas covas ao cessar o chakra que rebentava de si. As vozes ecoavam na escuridão e seu corpo tornava a se repor de carne e osso, despindo-se da armadura de raiton. Sentiu outra vez a respiração pesar, mas desta vez era fadiga e não o enorme peso de simplesmente estar naquele lugar. Nunca havia enterrado tantos de uma vez, sentou-se à luz da fogueira que não produzia calor, nem um pouco diferente das tochas em seus pesadelos. Então, é isso.
As mãos formaram um selo.
Kai.
Os contornos da floresta diabólica se desfizeram lentamente, desaparecendo a partir das copas das árvores até as chamas falsas que dançavam diante de seus olhos de borgonha. As nuvens no céu haviam se dispersado para permitir que o brilho da lua iluminasse um santuário debruado por pétalas em tom de rosa claro. Sua vista alcançava também o lago que refletia a rainha da noite em seu esplendor e em meio à sua respiração ofegante, um suspiro de alívio veio sem convite.
Ergueu-se lentamente, batendo as mãos em sua roupa para se livrar de qualquer folha de grama ou terra que pudesse ter grudado e caminhou na direção daquele lugar cujo simples vislumbre mesmo após enterrar seus demônios, lhe trazia a sensação de paz que ele há tanto não sentia. E desta vez é real.
Caminhou com os passos calmos na direção da mulher em suas vestes negras que havia encontrado em seu sonho, sentada sob uma almofada roxa posta sobre um piso de taco bem polido. Ao lado direito dela, uma menina de longos cabelos amarelos que se estendiam até perto do quadril, presos em um enorme rabo de cavalo. Tinha os olhos azuis como céu de manhã ensolarada e ostentava um semblante sereno, encarando-o com os braços cruzados a frente do peito.
A esquerda da mulher dos sonhos, um rapaz de cabelos vermelhos vivos a casca de um tomate e olhos num azul de tom mais escuro, no mesmo tom de cobalto em que se pintam os céus da noite. Tinha a expressão mais leve, quase sorridente e sua postura mostrava alguém receptivo, uma perfeita antítese de si próprio.
— Bem-vindo, Warui. — a mulher ao centro disse. — Finalmente temos o nosso time completo.
— Time? — ele arqueou uma das sobrancelhas.
A viu primeiro estender a palma da mão direita na direção da loira.
— Esta é Yamanaka Ichika.
Os dois trocaram olhares tão afiados que quase podia-se ouvir o beijo do aço. Logo a mulher moveu a mão esquerda, apresentando-lhe o rapaz.
— Este é Uzumaki Jiro.
— É um prazer, Warui-san. — o outro curvou-se numa meia reverência.
— Como quiser. — ele não responderia o gesto.
— Eu me chamo Nara Tomoko. E a partir de hoje, este é o Time 10 da Névoa.
Os caminhos que seguiu o levaram até lá, um lugar do qual não se lembrava de já ter visto ou ouvido falar dentro do vilarejo. No instante em que seus pés amassaram as primeiras folhas caídas que forravam o solo de terra, sentiu o abraço gélido que costuma acompanhá-lo em seus pesadelos, um arrepio quase sobrenatural que lhe subiu a espinha até o último fio de cabelo.
Seu horizonte não era nada convidativo, a fina bruma que contornava cada galho retorcido fazia com que a floresta parecesse ter vida própria. Cada passo ele sentia como se caminhasse no reino de seus demônios e quase podia ouvi-los gargalhando escondidos nos cantos em que a luz não chegava e seus olhos não viam mais do que sombras.
Warui despiu-se do medo há um bom tempo, mas a sensação aterradora que aquele lugar trazia era bastante próxima daquela que ele julgava não mais sentir. Centímetro por centímetro, todo movimento meu adiante é como se eu mergulhasse num mar dos meus maiores temores, seu coração batia mais rápido e mais forte, sua respiração pesava e o ar congelava rapidamente ao sair de sua boca enquanto os calafrios o enrolavam como um agasalho de neve.
O medo corta mais profundamente que a espada, repetia mentalmente como um mantra que conduzia sua vida desde o fim de seus dias de luz. Ele mergulhava na escuridão por opção, como já fizera antes quando decidiu morrer para o mundo como homem e renascer como uma arma, ignorando as vozes que sussurravam cada vez mais alto.
Estava convicto de que o destino compensaria todo o terror, a paz e a calmaria são as recompensas para quem caminha nos vales da sombra da morte, eu sei porque já estive onde eu quero chegar. Os murmúrios tornavam-se mais intensos, alternando risadas macabras, gritos desesperados e lamurias de almas desafortunadas que quiçá se perderam na floresta morta buscando o mesmo santuário que o Arashi jurava conhecer. Ou será que fiquei louco?
O som do crepitar de uma fogueira chamou sua atenção antes do brilho distante do fogo riscar a escuridão profunda. Sentia-se cansado e precisava de um instante para descansar as pernas e talvez esperar o amanhecer para continuar. Alcançou um pequeno acampamento abandonado, com barracas montadas em volta das chamas, mas não havia rastro ou sinais de que alguém havia passado por lá.
Arbustos se agitaram nas proximidades, com o som do farfalhar das folhas mesclado à risadas diabólicas antes de pequenas criaturas de olhos amarelos surgirem como formigas atraídas pelo cheiro do açúcar. São muitos, Warui não se deu ao luxo de contar e respirou fundo, buscando em seu âmago a força para livrar-se de todo o medo e apreensão que o assolavam desde que se embrenhou na floresta. Os tantos diabretes que o cercavam pareciam ignorar tudo que ele fizesse, não pensando duas vezes antes de avançarem como hienas famintas, em meio à gargalhadas e brados eufóricos.
Se eu mata-los, terei paz.
Estava cercado por todos os lados enquanto deixava seu chakra elétrico contornar cada centímetro do corpo como uma armadura invisível antes de envolver sua pele da testa a ponta do pé. Warui em poucos segundos blindou-se por raios roxos. Não sentiu o toque das garras e os ataques pouco o incomodaram enquanto seus dedos se entrelaçaram num único selo e sua energia percorria corpo afora se espalhando pelo ar.
Raiton: Shiden.
O chão ao redor do Arashi se desfigurava com as descargas elétricas purpúreas e apanhava as tantas criaturas de surpresa, atacando-as como serpentes furiosas e impiedosas conduzidos pela energia de Warui. Se antes todas riam, os gritos de desespero delas se uniram aos tantos outros que habitavam aquele lugar esquecido por Deus – ou qualquer que fosse a entidade suprema que o homem acredita reger o mundo. Sob seus pés, os buracos se abriam com as chicotadas que estalavam ao som de mil pássaros, enterrando os demônios um por um, tamanha era a mesma frieza que agia o menino de elétrico.
Os últimos olhos amarelos afundaram antes de Warui fechar suas covas ao cessar o chakra que rebentava de si. As vozes ecoavam na escuridão e seu corpo tornava a se repor de carne e osso, despindo-se da armadura de raiton. Sentiu outra vez a respiração pesar, mas desta vez era fadiga e não o enorme peso de simplesmente estar naquele lugar. Nunca havia enterrado tantos de uma vez, sentou-se à luz da fogueira que não produzia calor, nem um pouco diferente das tochas em seus pesadelos. Então, é isso.
As mãos formaram um selo.
Kai.
Os contornos da floresta diabólica se desfizeram lentamente, desaparecendo a partir das copas das árvores até as chamas falsas que dançavam diante de seus olhos de borgonha. As nuvens no céu haviam se dispersado para permitir que o brilho da lua iluminasse um santuário debruado por pétalas em tom de rosa claro. Sua vista alcançava também o lago que refletia a rainha da noite em seu esplendor e em meio à sua respiração ofegante, um suspiro de alívio veio sem convite.
Ergueu-se lentamente, batendo as mãos em sua roupa para se livrar de qualquer folha de grama ou terra que pudesse ter grudado e caminhou na direção daquele lugar cujo simples vislumbre mesmo após enterrar seus demônios, lhe trazia a sensação de paz que ele há tanto não sentia. E desta vez é real.
Caminhou com os passos calmos na direção da mulher em suas vestes negras que havia encontrado em seu sonho, sentada sob uma almofada roxa posta sobre um piso de taco bem polido. Ao lado direito dela, uma menina de longos cabelos amarelos que se estendiam até perto do quadril, presos em um enorme rabo de cavalo. Tinha os olhos azuis como céu de manhã ensolarada e ostentava um semblante sereno, encarando-o com os braços cruzados a frente do peito.
A esquerda da mulher dos sonhos, um rapaz de cabelos vermelhos vivos a casca de um tomate e olhos num azul de tom mais escuro, no mesmo tom de cobalto em que se pintam os céus da noite. Tinha a expressão mais leve, quase sorridente e sua postura mostrava alguém receptivo, uma perfeita antítese de si próprio.
— Bem-vindo, Warui. — a mulher ao centro disse. — Finalmente temos o nosso time completo.
— Time? — ele arqueou uma das sobrancelhas.
A viu primeiro estender a palma da mão direita na direção da loira.
— Esta é Yamanaka Ichika.
Os dois trocaram olhares tão afiados que quase podia-se ouvir o beijo do aço. Logo a mulher moveu a mão esquerda, apresentando-lhe o rapaz.
— Este é Uzumaki Jiro.
— É um prazer, Warui-san. — o outro curvou-se numa meia reverência.
— Como quiser. — ele não responderia o gesto.
— Eu me chamo Nara Tomoko. E a partir de hoje, este é o Time 10 da Névoa.
HP: 500/500 // CH: 460/500 // SN: 270/270 // ST: 01/07
- Armas (45/45 espaços):
- Raitoningusōdo (3 espaços)
- 10 Kunais (10 espaços)
- 10 Shurikens (10 espaços)
- 10 Kibaku Fuuda (5 espaços)
- 40m de fio (8 espaços)
- 3 Hikaridamas (9 espaços)
- Raitoningusōdo (3 espaços)
- Usados & Ativos:
- Raiton: Shiden
Rank: A
Classe: Ofensiva/defensiva (Vide regra especial)
Alcance: 10 metros (Para liberação omnidirecional)
Requerimentos: Versado Elemental
Descrição: A técnica Raiton: Shiden foi desenvolvida por Kakashi Hatake após a perda de seu Sharingan após a Quarta Guerra Mundial Shinobi, que o deixou incapaz de usar corretamente sua técnica de Raikiri. O usuário libera um fluxo de eletricidade roxa de sua mão para atacar alvos de um alcance curto a médio. Essa técnica era poderosa o suficiente para invocar nuvens de chuva quando atirada no céu. Kakashi também pode permitir criativamente que esta técnica flua através do álcool derramado. No anime, Shiden mostrou ter várias aplicações. Pode ser usado como Chidori e Raikiri, concentrando raios em suas mãos e atacando rapidamente com ele, aparentemente sem a desvantagem de visão de túnel das duas últimas técnicas. Não só isso, ele pode até mesmo replicar Chidori Nagashi de Sasuke Uchiha com ele, enviando raios roxos ao redor de seu corpo em um ataque omnidirecional.
- Considerações:
- Personagem recupera 10% de chakra e de HP devido ao talento Reservas Infindáveis;
- Personagem gasta 50% a menos de chakra devido ao talento Mestre em Controle de Chakra;
- Gaiden para mostrar o primeiro contato de Warui com o Cão, a Raposa e a Sensei;
- Aparência da sensei
Total de palavras: 1.201- Personagem recupera 10% de chakra e de HP devido ao talento Reservas Infindáveis;
Tengu
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Re: [Gaiden] Contos da Tempestade; parte 2 - Postado Sex Jul 02, 2021 4:49 pm
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