RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kaginimaru


Warui
Mizukage






I.


O contato com os conselheiros havia se tornado cada vez mais constante. Não tinha problemas para com o velho Watanabe, mas não gosto nem um pouco da mulher. Os olhares dos dois se cruzavam como espadas tilintando ao beijo do aço. Estavam sentados os quatro – ele, os conselheiros e sua mestra – em volta de uma mesa de madeira no centro da grande sala, cada um servido de um copo de porcelana cheio com alguma bebida quente. No seu era café, sempre adoçado com dois cubos de açúcar.
  Warui tomou um bom gole, deixando a bebida queimar garganta abaixo e esquentar seu peito.
  — Após a rebelião, alguns dos prisioneiros fugiram. — a voz calma de Tomoko dava os detalhes.
  — Tivemos baixas? — ele rapidamente indagou.
  — Os vigias da hora foram abatidos...
  — Não eram mais que chunins. — Shijima falava, parecia que para justificar o desprezo do jōnin por ela.
  — Eu era apenas um chunin quando a Quinta se sacrificou por mim.
  As palavras pesadas foram sucedidas por um olhar ainda mais intenso que de costume, ele não fazia a menor questão de disfarçar seu dissabor em lidar com a velha conselheira. O silêncio constrangedor rondou a sala do Conselho da Água por alguns minutos, apenas se ouvia a chuva do lado de fora e o som das bebidas descendo goela abaixo.
  — O garoto tem um ponto bastante forte. — o velho Watanabe era a perfeita antítese de Shijima, e é isso que o torna um bom homem.
  — Toda perda é uma baixa, independente de quem seja, se tivermos os corpos que tenham um funeral descente.
  — E ele fala como um líder. — o conselheiro deixou escapar uma risada, com os lábios ressecados curvados num sorriso.
  — Estimamos que o grupo fosse composto por onze shinobis renegados de outros vilarejos, com habilidades suficientes para darem trabalho aos nossos caçadores. — Tomoko retomava o assunto antes que o foco desviasse ainda mais. — Segundo informações dos oinins, foram eles os responsáveis pelos ataques aos postos norte, sul e leste.
  — Então, o grupo está reduzido a apenas três. — ele concluiu rapidamente.
  — Eles tomaram um vilarejo sem ninjas há três dias de viagem daqui. Os relatos são de que estão fazendo a população trabalhar em troca de toda a comida que confiscaram casa por casa.
  — Já entendi.
  Warui virou toda a bebida e pousou o copo vazio sobre a mesa, sentindo os olhos lacrimejarem com a queimação em seu peito, mas a sensação lhe era prazerosa. Deu alguns passos na direção da porta, sem olhar para trás, parando antes de cruzar a saída.
  — Querem que eu os traga vivos ou mortos?
  — Como preferir. — sua mestra respondeu.
  Era música para seus ouvidos.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 00/07


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Warui
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II.


  A árvores erguiam-se com troncos retorcidos e copas altas com seus ganhos disformes e folhas de uma estranha coloração verde escura intensa, que tinha quase a cor do musgo. Alguns filetes de bruma pairavam na altura de seus tornozelos, nada convidativo, ninguém que fosse ousado o suficiente para trilhar o caminho sentia-se bem-vindo ali. Assim era a estrada para a macabra Shigakure no Sato, como a passagem desta vida para o além deveria ser para crentes temerosos por seus pecados ou para aqueles que gostem de histórias do sobrenatural.
  A Vila Oculta da Morte recebera este nome justamente por estar cercada de florestas mortas. Os ventos fantasmagóricos sopravam por entre os grossos caules que cercavam a trilha em todos os lados. Dois dos três dias de viagem haviam se passado, ainda lhe restava um dia inteiro para andar nos vales das sombras da Morte. Para onde quer que olhasse, estava envolto nada além de um breu profundo.
  Mas seu nome é escuridão.
  Caminhava na noite sem o temor de ser descoberto, suprimia seu chakra com a mesma maestria que o liberava para atacar, nem mesmo o melhor sensor perceberia sua aproximação, seus passos silenciosos em meio às trevas o tornavam um dos perigos naturais que rondavam a floresta morta.
  Ele não parou, não cedeu as defesas naturais da Morte. Bastante antes do primeiro raio de sol irromper, encontrou o pequeno vilarejo na base de um vale, coberto por um grosso carpete de neve sob os poucos casebres com luzes de chamas acesas dentro das casas – podia dizer, pois as sombras pareciam dançar vistas através dos vidros das janelas. Também havia labaredas fora, erguidas por arandelas fincadas ao chão que iluminavam as ruas frias e desertas.
  Armou campo do alto de uma colina onde conseguia ver todo o movimento, tendo o grosso tronco de uma árvore oca e uma pequena fogueira ali dentro como seu abrigo e companhia, respectivamente. Ficou lá por um dia e por uma noite, se mantendo com o que lhe restava do saco de pão que trouxera, queijo e água.
  Ele apenas os observou.
  Percebeu que quando o sol descera no oeste, um pequeno grupo de um homem e duas mulheres se reuniiu na praça central. Todos vestiam trajes pretos, mas os rostos não estavam tapados. Não podia usar sua técnica sensorial, mas poderia dizer que nenhum deles era um cidadão comum. Os olhares eram fortes em seus rostos, não trocavam qualquer sorriso ou gracejo. Parecem tensos.
  Notou sombras dentro das casas também, a cidade tinha pouco movimento mesmo durante o dia, mas a noite grupos pequenos de homens retornavam para algumas casas. Silhuetas perfeitas de pessoas se desenhavam através da vidraça de uma janela qualquer.
  Talvez seja uma das famílias de quem a sensei me falou.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 00/07


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Warui
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III.


flashback: on

  — Warui-san. — a voz de sua mestra o recebia com a costumeira tranquilidade. — Sente-se, por favor.
  Ele havia acabado de passar pela porta de carvalho bem polido, pouco depois de ser acordado pela insistência irritante de um corvo à sua janela. Fazia muito tempo que não me enviavam aves, ele não podia dizer que sentia falta, mas tinha apreço pela bela criatura de penas negras como a noite.
  Caminhou sem muita pressa, abraçado por suas vestes mais grossas que de costume, o frio ficava cada vez mais intenso no País da Água. Sentou-se perto do velho conselheiro, que foi enchendo um copo deixado sobre a mesa de centro para si. Era café e logo depois viu o homem adoçar com dois cubos de açúcar.
  — Sei que gosta assim, meu rapaz.
  — Obrigado, senhor Watanabe. — era um dos poucos nomes que fazia questão de lembrar.
  Tomou o copo nas mãos e sentiu o calor em sua pele lhe causar um arrepio. As pontas dos dedos doíam de tanto frio que fazia lá fora. A sensação era mais que bem-vinda.
  — Precisamos de seus serviços outra vez. — a velha era mais direta que os outros dois. — Dê a ele os detalhes, Tomoko.
  O jōnin fuzilou a conselheira antes de correr seus olhos para a kunoichi. E então, ele mergulhou naqueles tenros e profundos orbes de azeviche.
  — Há algum tempo, enviamos um dos nossos chunins a um vilarejo afastado para investigar uma movimentação suspeita. Seu relato foi de que havia cinco homens e três mulheres subjugando os civis que lá viviam, os forçando a trabalhar em troca de suas vidas e da comida que confiscaram. — sua mestra parou para tomar um gole de sua própria bebida quente.
  — Suspeitamos que aqueles oito que lá estavam eram os oito que você matou. No último relato dos caçadores, constava apenas três. — veio outra vez a senhora Shijima sem se delongar.
  — Nossos caçadores foram até o local e conseguiram afastá-los por algum tempo, mas eles fugiram e acreditamos que depois disso maquinaram o plano de tomar os postos avançados. Mas, talvez ainda houvesse mais fugitivos por lá. — completou Tomoko.
  — Quando tudo isso aconteceu? — sua voz estava bastante plácida, ainda que na presença de alguém por quem nutria tanto desprezo.
  — Há um mês. — disse o velho.
  — Mais ou menos na mesma época, houve uma rebelião em nossas prisões. (...)


flashback: off


  A lembrança o acompanhava enquanto seus pés afundavam cuidadosamente sobre o vasto tapete de gelo que se estendia sobre a pequena aldeia. Ele unia-se às sombras como se tivessem sido um só alguma vez, ou como se essa unidade fosse seu verdadeiro eu.
  O casebre de madeira do qual se aproximou estava iluminado por dentro por uma luz que fazia silhuetas luzirem bruxuleantes através da janela de vidro embaçada. Tomou todo o cuidado de não ser percebido, embora quem regisse a Morte fosse soberbo ao ponto de não colocar nenhum vigia noturno.
  Sua mão tocou a maçaneta gelada e pode ouvir passos dentro da casa. Quando abriu a porta, entrou rapidamente. Se deparou com uma família formada por um homem esguio de cabelos embaraçados tão escuros quanto os seus, uma mulher um tanto mais rechonchuda de olhos castanhos e fios maltratados que se alongavam até os ombros e uma criança de olhos azuis carregados de medo.
  Aquele que parecia o pai tomava a frente. Antes que falasse qualquer coisa, Warui pôs o dedo indicador a frente dos lábios pedindo silêncio.
  — Eu sou da Névoa. — foi tudo que disse, em tom de sussurro.
  — Os deuses são bons! — a mulher tentou conter sua voz o máximo que pode, embora já estivesse fraca.
  — Você precisa nos ajudar. — o homem emendou, com o olhar pedinte e semblante abatido.
  — Eu os ajudarei. — Warui permanecia brando. — Mas, antes, precisarei de algumas informações. E um pouco de café e comida seria bom também.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 00/07


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IV.


  O dia raiava para a Morte com o anil do céu completamente bloqueado pelas nuvens cinzentas. Um pequeno grupo de homens marchava guiado por uma das mulheres de semblante duro que Warui havia visto quando observava o movimento de longe. Via seus curtos fios de cabelo em um tom vermelho desbotado esvoaçarem enquanto caminhava em direção a uma mina.
  Eram em seis os homens encapuzados, todos selecionados aleatoriamente dia após dia para que todos pudessem trabalhar e ter direito ao alimento confiscado, quem estivesse de folga passaria fome. Quando ouvira os detalhes de tal tratamento, seus punhos cerraram sobre as pernas cruzadas enquanto ele e a família se aqueciam ao calor da lareira. Por sorte, ainda lhe restava um pouco de comida para dividir com os três, mas o pai não havia trabalhado quando a Tempestade chegou.
  No final, isso acabou sendo bom.
  Um a um foram apanhando picaretas para labutar em prol de sua sobrevivência, enquanto os patifes ficavam com as riquezas e todo o dinheiro da exportação de carvão para a Névoa e outros vilarejos maiores ao redor do País da Água. Lançou um olhar feroz para a mulher quando tomou o cabo da ferramenta em sua mão direita.
  A outra tinha os olhos verdes e brilhantes como esmeraldas e um ar de arrogância reforçado pelos braços finos cruzados a frente do peito. Mesmo olhando diretamente nos olhos dela, não pareceu sequer suspeitar de que fosse um shinobi, uma vez que sua energia estava bastante bem guardada em seu âmago. E essa arrogância será a sua queda.
  Os músculos de seu braço forçaram a picareta para cima e o corpo dele girou buscando aumentar ainda mais a força e a velocidade do golpe. O aço perfurou o crânio da presa antes que ela sequer pudesse pensar em reagir, e o sangue espirrou sobre o manto negro enquanto o corpo estatelava no chão sem vida. O plano de se misturar a classe trabalhadora surgiu quando ouviu o cidadão que lhe abrigou contar que a mina ficava a uma hora de caminhada da aldeia, em um declive onde era tudo ainda mais frio e isolado.
  Virou-se para os outros e baixou o capuz, confrontando o grupo de homens boquiaberto. Era bem verdade que não devia ter sido a primeira vez que tentaram matar um dos vigias, mas nunca antes um ninja havia se infiltrado tão fundo.
  — Trabalhem como se nada tivesse acontecido. — ele rompeu o silêncio, mantendo-se plácido para passar o sentimento ao grupo. — Estas próximas horas serão valiosas para que eu consiga dar fim ao sofrimento de todos vocês.
  Nenhum deles disse uma palavra, apenas se viraram e desceram mais afundo nas minas para seguir as ordens de Warui sem questionar. Todos pareciam traumatizados demais para não obedecer, ou não tivessem esperança na salvação e pensassem que ele era apenas mais um a explorá-los. Eram como zumbis que agiam da maneira que fosse necessária para conseguir o suprimento que lhes fora tomado.
  Até o por do sol, não darão falta desta aqui, ele olhou para o cadáver com o aço rasgando a carne e esmagando o crânio. Não tinha qualquer compaixão por gente como ela, fui até generoso dando-lhe uma morte rápida. Sentou-se num canto escuro da caverna e escorou as costas contra a parede dura e gelada.
  Suprimi meu chakra por tempo demais, ele já matutava um plano de ataque para antes do pôr do sol. Já não conseguiria mais esconder sua presença. Espero que não tenham nenhum sensor, se levantou e voltou a trilhar o caminho que fizeram minutos atrás. Desta vez, o destino era a Morte.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 00/07


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V.


  Regressou à pequena aldeia guiado por passos velozes, aninhado nas sombras para que seus movimentos chamassem o mínimo de atenção possível. Precisaria fazer-se notar por suas presas de uma maneira sutil, ou atacá-los tão silenciosa e sorrateiramente que não seriam capazes de reagir, como foi com a outra.
  As duas chamas de energia brilhavam na parte de dentro do que era uma grande residência destacada entre tantos casebres de madeira gasta pelo tempo e pela umidade – e ainda assim, não era nada de encher os olhos. Estavam lá sem se mexer muito, mas Warui não demoraria a agir. Eu tenho apenas até o sol se por para manter uma vantagem. Ele pensava como um mestre da guerra e agia como um assassino impiedoso, do tipo que faria até mesmo demônios chorarem.
  Caminhou com o capuz cobrindo sua cabeça pelas ruas desertas da Morte, ele era a única viva alma que ousava transitar sem que os “líderes” autorizassem. Se aproximou o suficiente do local onde residiam suas presas, esperando alguns instantes oculto num beco escuro na lateral da construção para tentar perceber alguma movimentação diferente. Se houvesse um sensor, estariam se movendo mais, pensava, enquanto o seu corpo se fundia a superficie da casa com uma kunai empunhada na mão direita, ou isso, ou estão me atraindo para cá propositalmente.
  Nenhum passo era dado sem que antes calculasse o risco. Warui seguiu até o cômodo onde estavam seus dois alvos silencioso como uma cobra rastejando em direção ao rato. Num quarto iluminado a fraca luz de uma vela de cera, com um único colchão de casal, estavam os dois agarrados um ao outro, o homem prensado contra a parede e a mulher tateando entre suas pernas enquanto os lábios se tocavam.
  Estavam tão afogados em sua própria arrogância que baixaram a guarda de uma forma que o jōnin sequer conseguia acreditar. É como ganhar na loteria, ele havia se posicionado atrás do homem, um só com a parede em que o outro repousava as costas. Sua mão se estendeu enquanto estavam ocupados com as línguas entrelaçadas, a lâmina refletindo suavemente a fraca luz que bruxuleava ao toque de uma brisa que invadia pelas frestas das venezianas.
  O aço afundou na carne em um movimento brusco e preciso, e o sangue quente se derramou até que lhe tocou os dedos. A voz estridente da mulher possivelmente despertou todo e qualquer aldeão que estivesse descansando naquele momento, mas ele não se importava.
  A Tempestade surgiu de onde a presa menos esperava. Ele parou ao lado do corpo que estatelou num tunc seco contra o piso de madeira, manchando-o com uma poça de tom vermelho vivo que se desenhava abaixo. A lâmina se mantinha nas mãos dele, enquanto seus olhos borgonha anunciavam a morte.
  Só falta uma.


HP: 500/500 // CH: 480/500 // SN: 270/270 // ST: 01/07


Armas (42/45 espaços):
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VI.


  Aos seus pés, jazia um homem de bom porte, com longos e alvos fios de cabelo que se alongavam até a metade das costas. Olhou num canto do quarto, ao lado da cama, e viu uma espada ainda guardada na bainha. O sangue da vítima formava uma poça enquanto os dentes da mulher adiante rangiam, o terror teria sucumbido à raiva?
  Seus cabelos eram lisos e escorridos, negros como carvão. Tinha contornos escuros nos orbes que eram de um belo azul cristalino, mas não pareciam olheiras. Os lábios também se pintavam de preto, em um curioso contraste com a pele clara como a neve. O semblante de descontentamento dela arrancou um sorriso de canto na tempestade de olhos vermelhos. Ele chacoalhou a mão que segurava a pequena lâmina, se livrando do excesso de sangue que a sujava.
  — Você é um ninja da Névoa. — a ouvia constatar, reparando em sutis passos para trás. — Pensei que tivéssemos despistado vocês quando forjamos a dispersão após a vinda dos caçadores.
  Warui a respondeu com silêncio.
  Ele deu um passo a frente.
  A presa, um passo atrás.
  — Vocês nunca deixaram de ser observados. — seu timbre cortava como a própria espada.
  — Como entrou aqui? Momo é uma kunoichi do tipo sensor, como entrou sem que ela percebesse?!
  — Parece que acertei em cheio ao matá-la primeiro.
  Seus olhos se apertaram com o sorriso sádico que tinha dobrado nos lábios se fechando por trás do cachecol vermelho. Ele se preparava para matar e estudava cada um dos passos do inimigo.
  — Vocês da Névoa estão preocupados com um vilarejo miserável como este, enquanto seus postos avançados estão todos tomados. — a mulher falava e mostrava os dentes numa tentativa desesperada de vencer num jogo psicológico que só ela jogava.
  — Eu já dei conta de todos os seus amigos dos postos norte, sul e leste.
  Viu os lábios da mulher murcharem o sorriso; a ira parecia tê-la tomado outra vez. Ou seria medo?
  — Você é a última.
  Os olhares se cruzaram uma última vez.
  — Prepare-se para lutar por sua vida.
  Mas, não há porque adiar o inevitável.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 01/07


Armas (42/45 espaços):
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Warui
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VII.


  As mãos do jōnin se uniram formando um único selo, fazendo sua energia se agitar corpo afora enquanto ele a modelava à própria vontade. Uma explosão de fumo branco ocultou por um breve segundo a réplica idêntica de si que ganhou vida. A ordenou que partisse na direção de sua presa, esta que por sua vez saltara para ganhar alguns metros de distância.
  O falso conteve a velocidade o máximo que conseguiu, dando tempo a presa de apanhar a espada ao lado da cama e bloquear o ataque da kunai com o couro da bainha; Warui estudava sua presa. Com um movimento rápido do pé direito, o clone acertou um chute na boca do estômago da mulher, lançando-a na para trás com as costas contra a parede de madeira.
  A cama atrapalhou o restante da investida, o que cedeu à mulher tempo de sacar a lâmina. A fraca luz de velas que iluminava o ambiente refletiu no fio antes do aço beijar o aço. Uma vez, duas vezes e o clone caia sobre a mulher com o mesmo impéto assassino do original. Girou o corpo e buscou um chute na altura do peito dela, que bloqueou usando a espada com alguma dificuldade.
  O combate direto é o ponto fraco dela. O verdadeiro Warui a viu correr aqueles furiosos olhos azuis em sua direção. Notou que ela segurava o golpe do bunshin com a mão esquerda, que talvez não fosse a dominante. E ela sorria. Os dedos indicador e médio da destra dela se ergueram e tudo que ele sentiu depois daquilo foi o vento se agitar no quarto com violência.
  Num reflexo instintinvo, Warui blindou-se num escudo de raios roxos que chicoteavam para todas as direções confrontando as rajadas que rasgavam em sua direção. Seu corpo foi brutalmente empurrado contra a parede de madeira e seu Shinden dilacerou a estrutura até que fosse jogado para fora da casa. Ordenou que seu clone fugisse o quanto antes e, enquanto caia, viu o vulto de seu outro eu saltar pelo buraco feito na estrutura.
  A queda foi amaciada pelo manto de neve. A Morte não tinha ninguém do lado de fora, mas ele podia sentir os olhos esperançosos de todas as famílias dentro de suas casa assistindo pela janela a sua imagem patética afundada no gelo. Seu clone não foi a seu socorro, coube a si próprio levantar e se preparar para seguir o combate.
  A antagonista descia e caminhava em sua direção com a mesma arrogância que todos demonstraram quando seus olhos bateram no grupo pela primeira vez. Um sorriso sádico torceu-se nos lábios negros dela enquanto cortava os quinze metros a passos cadenciados, e aquilo o fazia ter certeza de como iria levá-la para a cova.


HP: 435/500 // CH: 200/250 // SN: 270/270 // ST: 02/07
Clone — CH: 250/250


Armas (42/45 espaços):
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Warui
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Warui
Mizukage






VIII.


  — Um usuário de raiton, é meu dia de sorte.
  Warui fincou a pequena lâmina de aço no chão, escondendo o papel explosivo em seu cabo com a neve que forrava todo o cenário. Realizou ins com as mãos escondidas pelas longas mangas negras. Seus olhos não desviaram um segundo de sua presa, que ostentava a confiança de alguém que estava com o embate sob controle.
  Ela tem a vantagem do elemento, desembainhou sua espada a puxando pelo cabo com a mão direita. Preciso mantê-la no mesmo lugar e seu corpo desapareceu diante dos olhos de quem quer que assistisse. Pode perceber aquele semblante altivo se esvair do rosto de traços finos de sua presa quando ressurgiu quinze metros adiante, caindo com a espada sobre ela, num golpe de cima para baixo. A presa aparou com a espada do amante morto, seus joelhos flexionaram e os dentes rangeram; o vislumbre daquele semblante quase o fizeram sorrir.
  Sua réplica, enquanto ele segurava a mulher, se movia por baixo da terra como uma toupeira. Só preciso mantê-la com as duas mãos ocupadas, o verdadeiro a fuzilava tão de perto que quase podia sentir o medo e o desconforto dela no combate direto. O clone colava cinco kibaku fūdas debaixo da terra e criando minas terrestres. Quatro delas dispostas formando um quadrado e uma delas ao centro exatamente sob os pés da última dos patifes foragidos.
  Viu a outra deslizar as mãos para perto uma da outra, as unindo numa tentativa ousada se repelir a tempestade. Não reconheceu os selos, mas a viu encher os pulmões de ar e soprar uma rajada em sua direção, violenta e a queima roupa.
  O clone emergiu aproveitando enquanto ela se concentrava no que estava a sua frente, ignorando quem vinha de baido. Fincou sua kunai no tornozelo da presa.
  Xeque.


HP: 478/500 // CH: 225/250 // SN: 270/270 // ST: 02/07
Clone — CH: 240/250


Armas (42/45 espaços):
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Warui
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IX.


  O corpo verdadeiro se desfazia numa explosão de fumo branco e a arma fincada dentro do grosso tapete de neve se revelava em seu lugar. A presa gritou outra vez, mas agora era a dor da própria carne sendo perfurada pela mesma arma que arrancou o último suspiro de seu amante.
  E então, a manhã fria se aqueceu após o estrondo das explosões conjuntas. O papel explosivo na arma que servira para que o jutsu de troca funcionasse, o outro no aço fincado profundamente no tornozelo da nukenin e as cinco minas terrestres reagiram umas com as outras no mesmo segundo.
  Ele sentiu os ventos quentes lambendo sua face e o cheiro de pólvora sobrepujando o suave aroma de sal que vinha das águas que cercavam o país. Apertou os olhos e cobriu a face com o antebraço direito, ainda com a katana empunhada.
  Mate
  Os ventos de inverno varreram suavemente a fumaça do cenário após alguns instantes. O corpo da última vítima estava caído no chão. Seu tornozelo direito já não mais existia, seu sangue ainda quente manchava o carpete alvo e em cada centímetro dos pés à cabeça havia escoriações e queimaduras de terceiro grau. A roupa tão elegante estava agora aos trapos.
  A Morte é livre outra vez.
  As portas das casas rangiam timidamente, os aldeões colocavam seus rostos para fora para tentarem entender o que havia acabado de acontecer. O dia ainda estava claro e a neve caia graciosamente, como borboletas dançando sem padrão algum. A família que o abrigou correu em sua direção, com o olhar incrédulo estampado em cada um rostos cansados perante a cena da morte de um daqueles que haviam transformado suas vidas em pesadelos.
  — Você a matou. — a voz do pai saia fraca, como se não falasse nada há dias.
  — Estamos livres? — a criança mirava-lhe um olhar inocente.
  Warui anuiu e guardou sua espada, deslizando-a lentamente para dentro da bainha. O burburinho tomava conta e se tornava cada vez mais alto. Os homens que estavam de folga, seus filhos, filhas e esposas explodiam de felicidade.
  Extravasavam um brado de liberdade que há muito estava entalado em suas gargantas, guardados em um lugar tão profundo em seus peitos que quiçá não soubessem que ainda estava lá. Muitos até já deveriam ter perdido as esperanças, mas não estavam vivendo um sonho.
  — Povo de Shigakure no Sato! — a voz da tempestade silenciou a Morte. — Vocês são livres outra vez, a Névoa os libertou!


HP: 500/500 // CH: 465/500 // SN: 270/270 // ST: 02/07


Armas (38/45 espaços):
Usados & Ativos:
Considerações:
Warui
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X.


  — Todos os cadáveres possuiam as mesmas marcas pretas na língua. — o velho Watanabe coçava sua barba pontuda, repetindo para si as palavras de Tomoko.
  — Nukenins e ninjas da Pedra com as línguas seladas, não consigo pensar em uma conexão. — a mestra complementava.
  — Temos algum outro prisioneiro a solta? — a velha conselheira soltava com seu habitual tom de rispidez.
  — Não, senhora Shijima.
  Warui sempre se perguntava como a mulher Nara conseguia se manter calma e cortês diante de alguém que não fazia o menor esforço de demonstrar algum respeito por qualquer pessoa. Mas, diferente de outros momentos, ele evitava externar seu desgosto, ainda que com olhares.
  Os orbes borgonha estavam tomados pela placidez que o acompanha como a própria sombra. Seu café era um delicioso remédio calmante para todas as vezes que tivesse que lidar com a velha Conselheira da Água. Me pergunto às vezes, também, como você fazia, Quinta, ele deixou escapar um longo suspiro e pousou seu copo sobre a mesa de centro.
  — Por que demoramos tanto a enviar socorro para a Morte? — indagava a qualquer um dos três com genuína curiosidade, não havia sequer uma ponta de indignação.
  — Eles possuíam uma ninja sensorial que sabia da visita do chunin que enviamos. — o conselheiro explicava. — Quando enviamos o Cão, a Raposa e sua mestra, havia armadilhas por toda parte, o que os alertou sobre a chegada da Névoa.
  — Conseguimos fazer com que recuassem quando entramos em combate e pensamos ter libertado o vilarejo, mas eles apenas se dispersaram para os postos avançados. — Tomoko emendava. — Os demais estavam muito bem escondidos, a ninja sensorial deles provavelmente possuía uma técnica de supressão como a sua e do Cão, só que ainda mais avançada, a ponto de esconder as assinaturas dos outros dois que com ela lá estavam.
  — O rapaz de cabelo vermelho voltou lá certa vez para certificar de que estávamos livres daquelas ameaças, mas o movimento ainda era quase inexistente e ele notou a presença destes três, que você trouxe, andando a noite pela pequena aldeia.
  Ele se perdia nas gotas de chuva que apostavam corrida vidro abaixo na janela, sem deixar de prestar atenção em uma palavra sequer. Virou o restante de café que tinha no copo e a bebida queimou a garganta e lhe aqueceu o peito do jeito que tanto gosta. Se levantou sem muita pressa e olhou para os três de cima.
  — Se me dão licença, eu estou cansado. Preciso me deitar e ter uma noite descente de sono para variar. — disse, recebendo como resposta apenas o tombar da cabeça de sua sensei. — E sugiro que armemos um posto em Shigakure no Sato, é um vilarejo próximo demais da Névoa para não ter poderio militar algum.
  — Como quiser, Warui-sama.
  Watanabe sorriu em sua direção.
  Ele arqueou uma das sobrancelhas sem entender direito.
  Mas deu de ombros e partiu.
  Não faço jus a tais formalidades, o velho deve estar ficando louco.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 02/07


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