RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kaginimaru


Warui
Mizukage






I.


— Chihiro e suas filhas emanavam um estranho chakra frio e escuro, poderoso demais para civis comuns. — ele começava a explicação, seu semblante raramente demonstrava tamanha tensão. — Aqueles que nos atacaram no caminho de volta tinham a mesma energia, exatamente a mesma assinatura de chakra, embora menos intensos. E Ranmaru os identificou como os assassinos de seus pais.
  — Eu nunca gostei daquela mulher. — pela primeira vez, Warui concordaria com a velha conselheira.
  — Não é que eu não confie na sua palavra ou nas suas habilidades, meu rapaz, mas a senhora Murakami sempre nos serviu muito bem, nunca representou uma ameaça. — o velho conselheiro ponderava.
  Hoje é ele quem está me irritando.
  Sequer havia tocado em seu café desde que chegou, a simples ideia de ter um inimigo com o controle de um vilarejo inteiro dentro do país o incomodava grandemente. Queria uma solução para aquilo o quanto antes, a energia da mulher gigante e suas filhas era pesada demais, poderia contar nos dedos quantos shinobis conheceu que tinham uma presença como a delas.
  — O senhor já a teve por perto em tempos de guerra? — a Tempestade mantinha a placidez na fala.
  — A última guerra foi no mandato do Terceiro ou do Quarto, já faz tanto tempo...
  — Não respondeu a minha pergunta. — o interrompeu antes que fizesse mais rodeios.
  Viu o velho suspirar.
  — Chihiro é uma velha conhecida, uma das mulheres mais poderosas do País da Água, meu rapaz. Esta acusação que está fazendo é muito séria.
  — Eu insisto em levá-la adiante. — foi curto e grosso, muito parecido com a detestável Shijima. — Já a teve por perto em tempos de guerra?
  — Há conheci quando a Quinta era uma genin ainda. A senhora Murakami é grande responsável por...
  — Senhor Watanabe. — era a voz de Tomoko, enfim, rompendo o próprio silêncio com uma pitada de impaciência. — Conheço bem o senhor a ponto de entender sua lamentação e inconformismo, mas também conheço Warui bem ao ponto de ter certeza de que ele não insistiria se não soubesse do que está falando.
  — Nos permita voltar à Sombra para investigar, tanto eu quanto Tomoko-sensei podemos suprimir bem nossos chakras e observar por dias sem sermos notados. — ele emendou nas fortes palavras da mestra.
  — Acho que não há mal algum em averiguar a situação de perto, afinal. — Taro cedeu.
  — Se as identificarem como ameaças, porém, — a velha Shijima Sui mirou um olhar afiado na sua direção e da mulher Nara. — não hesitem em eliminá-las.
  Ele anuiu concordando com as condições e reparou no semblante um tanto abatido do conselheiro. Se levantou, percebendo que logo depois a mestra fez o mesmo. Os dois giraram sobre os calcanhares e partiram pela porta da grande sala do Conselho da Água.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 00/07


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II.


  Já fazia algum tempo desde a última vez que Warui e Tomoko estiveram juntos em uma missão, ele sequer se lembrava quando havia sido ou para onde foram. Armaram campo após o primeiro dia de viagem no tipo de abrigo que estava se tornando o favorito dele. As árvores ocas eram quentes, secas, espaçosas e mais escuras do que uma barraca poderia vir a ser.
  A pequena fogueira crepitava diante dos dois jōnins, ele estava recolhido debaixo do grande sobretudo preto enquanto via sua mestra assar uns cogumelos. Sentia-se grato por ela, desde que o teve como aluno, ter partilhado do sentimento de que os animais da floresta não deveriam ser mortos apenas porque estavam com fome. Ele soltou um longo bocejo, acariciado pelo calor da chama tão próxima
  — O que pretende fazer quando chegarmos? — sua mestra perguntou, oferecendo-lhe um dos cogumelos.
  Ele recusou com um meneio da mão direita, estava com mais sono que fome.
  — Não acredito que a mulher gigante e suas filhas sejam do tipo sensor, mas se escondermos nossas presenças por alguns dias, conseguiremos observá-las de perto. — ele respondeu, notando que o semblante da mulher Nara parecia dar a entender que sua pergunta não foi respondida como ela gostaria. — Elas certamente estarão diferentes desde a minha última visita, basta esperarmos pela primeira brecha.
  — Você já tinha em mente voltar para eliminá-las. — ela me conhece como poucos.
  — Sim. — respondeu de maneira breve. — Como eu disse, as assinaturas de chakra de quem me atacou, as da gigante e das três filhas estranhas eram idênticas.
  — E eles foram atrás de você, Ranmaru era apenas uma isca e até alguém pra se tornar um empecilho.
  — Nunca deixarei de me impressionar com a sua inteligência. — ele disse, se recolhendo para a noite de sono. — Se queriam tanto a mim, eu vou até elas.
  E, desta vez, não vou precisar me conter.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 00/07


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III.


  A viagem era longa até a Sombra e eles haviam estipulado uma logística de forma que chegariam lá quando já tivesse anoitecido. Warui estava bastante consciente de que não poderia simplesmente dar as caras e atacar, precisaria ser sorrateiro como uma cobra, silencioso como uma sombra e letal como o fio da espada, sem margem para erros. A parte de investigar o vilarejo antes de tomar qualquer atitude não poderia ser pulada, portanto a dupla avançava sem muita pressa.
  Faziam mais de uma parada por dia, hora para retomar o fôlego, hora para saciar o apetite e, às vezes, apenas para aproveitar uma boa noite de sono no vão de uma árvore oca. Nestes momentos, ele e sua sensei usavam para matutar táticas de aproximação, qual seria a melhor forma de lidar com as mulheres quando as encontrasse e coisas do tipo. Uma de suas ideias pareceu agradar a mestra, ele podia ver o rosto iluminado pela chama que dançava entre eles.
  — Quando lutei contra os assassinos dos pais de... — deu conta de que não se lembrava do nome da criança.
  — ...Ranmaru. — a outra o completava, já acostumada com essa sua peculiaridade.
  — Exato. Obrigado. — era sempre assim, desde que ele podia se lembrar. — Quando enfrentei aqueles seres estranhos de energia fria, criei um banco de nevoeiro sobre o terreno e nenhum deles pareceu conseguir sentir nossas presenças. Um deles de alguma forma veio direto para nossa direção, mas a julgar pelos movimentos descoordenados dos três...
  — Pode ser que ele tenha se guiado pelo cheiro de vocês ou do fogo, há ninjas com olfatos mais aguçados que os demais.
  — No calor do momento, eu não levantei essa possibilidade, precisei matá-lo o quanto antes. O garoto começou a gritar e chamou a atenção dos outros dois, eu ficaria em desvantagem. — ele sequer se importava de falar demais. Tomoko, Ichika e Jiro eram as pessoas com quem ele mais conseguia se abrir.
  — Entendo.
  — Meu ponto é: quando estivermos mais próximos do vilarejo, acredito que devamos ficar um dia inteiro sem suprimir nossos chakras, apenas observando a uma distância que um sensor conseguiria nos identificar.
  Ele se enrolava no tecido grosso de sua veste que lhe servia de coberta. Já estava deitado havia algum tempo, os olhos lacrimejavam a cada novo bocejo, e estes estavam ficando cada vez mais frequentes.
  — Se nenhuma das mulheres for do tipo sensor, podemos usar outras técnicas para nos infiltrar. — a via passar o indicador sobre os lábios enquanto os profundos olhos de azeviche pareciam mergulhar na chama. Ela faz isso toda vez que sua mente começa a trabalhar, certamente já pensou os próximos cinquenta passos. — Se alguma delas for do tipo sensorial, entregará nossas posições, mas aumenta as nossas chances de eliminar uma e reduzir o número de alvos. Eu gostei.
  A mestra se espreguiçou e se deitou também, aninhada na parte mais escura.
  — Amanhã pensamos melhor, quando voltarmos para a estrada.
  Restava mais um dia e uma noite de viagem.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 00/07


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IV.


  Ele passava como um vulto por entre os becos de uma construção e outra, seguido de perto pela kunoichi. Seus passos eram leves quase como se tivessem o mesmo peso de uma pena, não emitiam ruído algum. Os guardas que rondavam o vilarejo eram poucos e suas energias estavam longe de ser equiparadas a de Warui ou Tomoko, o que torna ainda mais estranho aquela mulher gigante ter um chakra tão intenso.
  Armaram campo na noite anterior num ponto relativamente próximo à Sombra, o suficiente para que qualquer sensor, por mais limitadas que fossem suas habilidades, conseguisse sentir suas presenças. Ganharam a companhia apenas de alguns esquilos, morcegos, pássaros das mais diversas espécies, mas nenhum shinobi. Esperaram o cair da próxima noite para avançar de maneira mais ousada e assim se encontravam dançando por entre as sombras projetadas pela luz da lua nas construções.
  Kagegakure era especialmente escura após o pôr do sol e muito disso se devia à enorme montanha que bloqueava boa parte da rainha da noite. O ambiente era perfeito para que pudessem fazer uso de suas habilidades furtivas e toques suaves no chão, eram como gatos pretos vagando na noite. Evitavam as chamas de tochas que se erguiam por toda a aldeia, mas ainda assim, quando precisaram passar por uma ou outra, não pareceu mais que uma brisa mais forte soprando e fazendo o fogo bruxulear.
  Cercavam o que definiram para ele como “gabinete”, mas que vira com os próprios olhos que tinha as proporções de uma grande mansão. Um corredor com tantas portas, iluminado por tochas, a lembrança não lhe causava arrepio, mas fazia a sensação de que algo estava errado gritar em seu ouvido. Buscou uma janela para tentar olhar do lado de dentro, mas eram todas venezianas e estavam todas fechadas. Apenas luz e ar passariam pelas pequenas frestas e ele não era nem um, nem outro.
  Trocou olhares com sua mestra, que retribuía com um semblante resoluto, parecia ter algo em mente. A viu sinalizar com a mão direita pedindo que a seguisse, e assim o fez. Os dois se esgueiraram por entre o lado mais escuro da grande construção e podiam ver um único homem guardando a entrada do covil – Warui começava a se recusar a chamar aquele lugar de “gabinete”. As mãos da mulher se uniram em selos após ela mordiscar a ponta do dedo e fazer escapar um filete de sangue.
  De uma pequena cortina de fumo, surgiu uma pequena raposa de pelo branco como a neve, grandes olhos azuis, duas caudas compridas e plumadas e orelhas pontudas. A técnica de invocação, lembrava-se que a Raposa também era capaz de invocar aquelas criaturas. Sem trocar uma única palavra com a mulher Nara, o animal sabia exatamente o que fazer.
  Viu-o andar graciosamente na direção do guarda, que correu rapidamente os olhos na direção do peludo e então pareceu ter o olhar vazio por alguns segundos. Genjutsu, ele conhecia as habilidades das raposas de Tomoko.
  — Neste exato momento, Yuki está manipulando a realidade na mente dele para que pense estar tudo normal. — ouviu os sussurros da mestre. — Está limpo para avançarmos.
  Os dois seguiram a passos rápidos e tiveram o cuidado de não deixar a porta bater. A pequena raposa também correu para dentro, recebendo uma carícia de sua invocadora logo depois.
  — Obrigada, você foi fantástico. — a outra cochichava. — Já pode ir.
  E o pequeno peludo voltou para seu território.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 00/07


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V.


  Do lado de dentro, poderiam explorar melhor a grande construção. Ainda seguiam silenciosos enquanto se afastavam da porta de entrada. Desta vez, Warui tomava a dianteira, era quem tinha algum conhecimento a mais do suposto gabinete. Embora eu não faça ideia do que há por trás dessas portas.
  Poderia levar algum tempo olhar uma por uma, mas que outra escolha tinham? Na última porta ele sabe exatamente o que há, portanto tinha menos interesse naquela que em qualquer uma das outras. Uma por uma, então, o jōnin e sua sensei foram abrindo, sem optarem pela tática de se dividirem, ambos concordaram que seria pouco inteligente.
  Abriram a primeira a direita e não havia mais que uma mesa de madeira polida, papéis, um jaleco jogado sobre a cadeira e incontáveis livros em estantes. A segunda não era muito diferente, tinha apenas menos livros. Todas as portas rangiam levemente com seus pesos forçando as peças que as uniam aos portais e os dois temeram que aquilo pudesse chamar a atenção de alguém.
  Estavam na décima segunda porta de um total de vinte e, mais uma vez, a busca mostrou-se infrutífera. Ele começava a se sentir irritado, mas não deixava que seu olhar transbordasse o sentimento. O semblante era plácido, mas não impediu um longo suspiro de escapar.
  Eles tinham de continuar.
  Na décima quinta porta, encontraram apenas uma escada que levava para um andar acima, e nada mais. Era de granito cada um dos degraus, com os corrimãos feitos do que parecia ser ouro maciço. Os passos estralaram escada acima e ele subitamente conseguiu sentir uma das presenças frias. Por que não as sentia antes? Chegaram a uma sala ampla e escura, mas uma delas estava lá, não restava dúvida.
  — Pensei que nunca mais fosse voltar, Arashi Warui. — a voz era de um timbre quase infantil, mas tinha algo de macabro nela.
  — Parece que estava me esperando. — não moveu um músculo, apenas retrucou sabendo que um combate estava prestes a começar.
  Ouvia o barulho de um salto pisando a cada centímetro que a chama da presença escura se aproximava. O som do bater de palmas seguiu e o ambiente se iluminou pelas mesmas tochas que clareavam o corredor principal, estas, porém, eram ainda mais rústicas. À luz de uma chama que dançava, revelou-se o rosto de uma das irmãs loiras, que não só não lembraria o nome como não faria a menor questão de fazê-lo.
  Aquele olhar âmbar ameaçador confrontava os plácidos olhos borgonha.
  — Deixe esta comigo, sensei.
  — Como quiser, mas não demore.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 00/07


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VI.


  Na mão direita da irmã gelada, ele viu uma pequena foice preta e supôs naquele instante que devia ser adepta do combate frontal. Levou a mão ao cabo da espada e flexionou o joelho, disposto a jogar da maneira que melhor servia a sua presa. Os quinze metros que os separavam foram rasgados num piscar de olhos e Warui via aquele sorriso sádico da presa murchar tão rápido quanto havia se desenhado.
  A sensação do desespero no adversário lhe saciava como água no meio do deserto. Fintou um movimento com a espada por cima, diminuindo a velocidade propositalmente para que a outra abaixasse para desviar; e ela caiu. Um giro rápido do corpo e a sola de seu pé encontrava os lábios da filha de gigante, empurrando-a para trás sem muito equilíbrio.
  Brandiu a espada agora tão rápido quanto podia, aproveitando a abertura que criara. Num golpe preciso, o gume de seu aço levou metade do antebraço esquerdo da loira, que já tinha a boca estourada e ensanguentada, como se tivesse borrado o batom. A viu ranger os dentes antes de o guincho estridente escapar.
  — Warui, não comece a brincar com ela. — a sensei o advertiu.
  Ele, propositalmente, aproveitou a oportunidade que criou para arrancar a mão que não era a dominante, unicamente para fazê-la sentir dor. Enquanto caia sobre a irmã gelada, em mais de um momento viu oportunidades para dar-lhe o beijo do aço que ceifaria a vida, mas optou por subjugá-la, provocar aquele olhar que ele tanto aprecia, aquela feição amedrontada perante a diferença aterradora entre os dois.
  E, naquele instante, os orbes âmbar transbordavam o pavor e o desespero.
  — Ela estava esperando por mim, sensei. — respondeu, com a lâmina da katana voltada para baixo, o sangue de sua presa escorrendo e pingando no chão. — Não é mesmo, filhote de gigante?
  — Seu desgraçado! — soltou um brado estridente e quase sobrenatural
  Ela corria em sua direção o mais rápido que podia. Não era lenta, mas ele conseguia acompanhar cada movimento com os olhos. Lamentou, ainda que por um instante, que a luta tivesse de acabar ali. Cintilou o corpo para desaparecer diante da mulher outra vez e ressurgir às suas costas. Chacoalhou a arma pelo cabo e se livrou do excesso de sangue antes da mulher tombar para frente sem vida.
  Guardou o aço de volta na bainha.
  — Você sabe que aquele barulho todo que ela fez, se houver mais gente aqui, pode ter sido ouvido, não sabe? — a mestra o advertiu.
  — Sim, — ele respondeu, caminhando na direção da Nara. — fazia parte do meu plano.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 01/07


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VII.


  Ele se mesclou a uma parede qualquer do ambiente enquanto sua mestra escolheu um lugar que a luz das chamas não alcançava, se tornando uma com as sombras que ela tanto é familiarizada. Esperavam com grande paciência pelo momento certo para agir, até lá estavam acompanhados do silêncio e de uma grande poça de sangue sob um corpo decapitado com uma das mãos faltando. Podiam ouvir passos no que era o grande corredor principal, mas, quem quer que fosse, não parecia alvoroçado e nem tampouco preocupado em averiguar a situação.
  Warui aguardava mergulhado na superfície próxima aos degraus, ele sequer podia ver onde Tomoko estava posicionada, mas conseguia senti-la. Por algum motivo, ouço passos, mas não sinto as presenças para além da porta, só dela para dentro. Um dos calçados que estralava contra o fino piso laminado do lugar parecia se aproximar, ele não podia dizer com a precisão que gostaria.
  Até que cruzou a porta.
  Sentiu a chama fria comum à gigante e suas filhas, era exatamente a mesma assinatura para as quatro – três, agora. Os passos degrau acima eram cadenciados e não pareciam tão pesados, não deve ser a mãe. Viu de canto de olho a outra irmã loira entrar no cenário mal iluminado. O ranger dos dentes ao notar a irmã mutilada era colírio para os olhos borgonha.
  — Filho da puta!! — correu para perto da irmã e tateou a poça de sangue, quiçá para saber se a morte era recente. — Apareça! Eu sei que ainda está aqui! — parecia saber de quem era aquela obra de arte.
  Blefe, ele imaginou. Mas a presa havia mordido a isca, exatamente como ele explicou para sua mestra.
  — Eu estou aqui.
  Seu corpo se erguia ao lado da escada, segurando os mil pássaros que entoavam o grito de guerra da tempestade em sua mão direita. A outra irmã virou-se para ele, era a brecha que previu que teria. Da sombra que escondia Tomoko, estendeu-se sorrateiramente a técnica do clã Nara, agarrando-a e prendendo-a sem que percebesse – precisaria tentar se mover para isso.
  A mão direita se ergueu na direção do alvo.
  — Que merda está acontecendo?! — esta aí é ainda mais barulhenta.
  Provavelmente, ela tentara se mexer e só então se dava conta que estava presa pelas amarras das sombras. O chakra raiton se desdobrou da mão do mestre, irrompendo na direção do peito de sua antagonista, rasgando a carne sem sequer fazer esforço. Como um ouriço, espinhos de elétricos saltaram de dentro do tórax da irmã gelada, dilacerando os órgãos que tocaram e arrancando o brilho da vida de seus olhos.


HP: 500/500 // CH: 450/500 // SN: 270/270 // ST: 02/07


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VIII.


  O sangue pingava de mais uma das filhas da gigante que havia se transformada em cadáver. O jōnin recolheu a lâmina elétrica e o corpo não caira muito longe do de sua irmã. Tomoko veio em sua direção, tinha o olhar tão sereno quanto o ele, quiçá porque a própria quem o ensinou a matar.
  — O plano deu certo. — ele disse, já a tendo ao seu lado, poderia falar em baixo tom que ela o ouviria.
  — Quase. — corrigiu-o. — Ainda temos de lidar com as outras duas e dificilmente subirão até aqui quando perceberem que esta última não voltou. — o lembrou, muito embora aquele detalhe não tivesse sido de fato esquecido.
  — Duas são mais fáceis de lidar do que quatro delas.
  — De fato. — nenhum dos dois havia movido um centímetro, ele sentia que a mestra havia tirado aquele tempo para pensar. — O alvo delas sempre foi você, não resta dúvida nenhuma. Mas, por que a senhora Murakami iria querer dar um golpe tão duro na Névoa?
  — Por que a minha morte seria um golpe duro para a Névoa? — não fora a primeira vez que ouvira coisa semelhante.
  — Ela tem a confiança de um dos conselheiros mais poderosos do País da Água desde o mandato do Quarto. — a via coçar o queixo e me ignorar completamente. — Vamos confrontá-la, sem surpresas.
  A expressão no rosto mal iluminado da mulher Nara era firme como uma rocha. Embora parecesse loucura e a ele não faltasse a confiança de que poderia lidar com as duas restantes em um combate, sabia que ela jamais iria propor uma tática como aquela sem pensar cuidadosamente em todas as possibilidades. Ele anuiu, confiando cegamente no que quer que a mestra tivesse em mente, vendo-a tomar a frente escada a baixo.
  Ele não conseguia mais ouvir os passos, era como se a gigante e sua filha os estivessem esperando descer. Os passos dos dois ecoavam no grande corredor aberto.
  — Achei que nunca mais fossem volt...
  A voz da irmã de cabelos azeviche desapareceu como se tivessem lhe cortado a garganta. O mergulho do borgonha no âmbar o permitiu enxergar o terror e a fúria transbordando, com uma leve pitada de incredulidade. As palavras pareciam entalar quando tentava se expressar, e ele achou graça daquilo.
  Um sorriso de canto desdobrou-se suavemente em seus lábios.
  — O que foi? Pensei que quisessem me ver. — ele provocou, percebendo o semblante da mulher gigante deixando aquele ar altivo e lentamente ir perdendo a compostura.
  — Você matou as minhas filhas! — o brado da mãe furiosa era como o ribombo de um trovão.
  — E você tentou matá-lo, acho que agora estamos quites a Névoa a Sombra. — sua mestra interviu.
  — Usaram o garoto como uma isca para chegar até a mim...
  Ele deslizou a espada para fora da bainha, dando um passo a frente e vendo a última irmã fazer o mesmo. Das mangas pretas e longas que cobriam os braços finos, deslizaram duas adagas pouco maiores que uma kunai.
  — Eu estou apenas dando o que vocês queriam.


HP: 500/500 // CH: 495/500 // SN: 270/270 // ST: 02/07


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IX.


  — Cuide da mãe, Warui.
  A mestra tomou a dianteira e se pôs diante da filha pálida. Em sua mão direita, a lâmina amarela com detalhes pretos se estendia por cima do dedo médio e ele sabia bem o que aquilo significava. Suzumebachi, a arma que fez de sua mestra conhecida na Névoa nos tempos de caçadora, ela usava em raríssimas ocasiões.
  — Vejo que vai levar esta luta a sério, afinal.
  Ele caminhou passando entre as duas mulheres, vendo a irmã gelada ranger os dentes ante ao seu nada discreto desinteresse. Viu-a virar o corpo para atacá-lo, mas tinha plena confiança de que Tomoko agiria a tempo; e o fez. A técnica da imitação da sombra dos Nara era uma arma letal nas mãos da Abelha Assassina.
  — Tente não matá-la. — foi o último pedido da sensei.
  — Não posso prometer nada.
  Ele se aproximava a passos calmos da mulher de mais de dois metros, que estendia suas unhas das mãos até que tivessem o tamanho da espada que ele carregava em sua destra. É como aquela mulher na floresta, mas em uma versão muito maior, Warui sabia que precisaria ser bastante mais cauteloso com esta adversária.
  O primeiro movimento foi dela, que disparou numa velocidade surpreendente para alguém daquele tamanho. Ele saltou para trás mantendo uma certa distância, sabendo que aquelas garras enormes lhe causariam muito mais que um corte na bochecha. A gigante caiu sobre si novamente, tão rápida quanto da primeira vez, o obrigando a se lançar para a esquerda e se distanciar do embate de Tomoko e a filha gelada.
  A cada movimento evasivo, sua oponente franzia mais o cenho e rangia mais os dentes. Sua expressão, em contrapartida, permanecia inabalada enquanto conduzia a mulher para o ponto exato que queria que ela estivesse, longe o bastante do outro embate para que seu assalto não afetasse sua aliada.
  Seus dedos uniram-se num único selo, emoldurando com a própria energia um novo Warui, nascido de uma explosão de fumo e que já avançava contra o alvo. Guardou a espada na bainha, não pretendia usá-la. A mão direita foi até a bolsa de equipamentos presa atrás do quadril e apanhou rapidamente uma kunai já previamente munida de um papel explosivo enrolado ao cabo e uma pequena esfera branca com um kanji em preto no corpo.
  Ele primeiro jogou o menor objeto numa parábola, buscando atingir a presa de cima para baixo. Se fosse interceptada, explodiria; do contrário, o mesmo aconteceria quando a um metro da mãe gelada. O movimento era perfeitamente coordenado com o ataque da réplica, que brandia a espada violentamente contra as grandes garras da antagonista, sem o medo de perder a vida. Enfim, quando tinha todas as peças onde queria, arremessou a arma de aço contra seu outro eu.
  A primeira explosão era luz, cegando tanto o clone quanto a gigante, mas não afetaria a jōnin-sensei, por isso afastei a mulher antes. A segunda explosão, fogo e raios. O bunshin atingido pelo aço se desfez numa intensa descarga eléctrica que atingiu a presa, lhe arrancando outro grito retumbante, mas desta vez era dor. A kibaku fūda faria seu estrago de maneira conjunta.
  Faltava ainda o gran finale.
  Quando a luz e as explosões desencadearam, o verdadeiro deslizou para o lado esquerdo do alvo enorme. Em sua mão dominante, a espada elétrica brilhou e ele a estendeu como o fizera para ceifar a vida de uma das filhas. Pensou no pedido de Tomoko antes e mirou nos joelhos, rasgando carne e músculos naquela região para que ela não pudesse mais andar, fazendo os urros lamurientos se tornarem ainda mais estrondosos.
  Uma pena não poder matá-la.


HP: 500/500 // CH: 440/500 // SN: 270/270 // ST: 03/07


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Mizukage






X.


  Após a queda da mulher gigante, ela e a filha foram desacordadas por um golpe bem dado pela mulher do clã Nara atrás da nuca. Warui e sua mestre retomaram a varredura do local a partir da décima sexta porta do corredor.
  Descobriram que daquela até a décima nona havia escadas que levavam para um piso superior, onde encontraram dormitórios luxuosos. Até ali, nada que fosse motivo de levantar suspeitas, apenas um curioso quarto com proporções descomunais que sem dúvida abrigava a mãe. Na vigésima, que era a sala onde encontrou as irmãs e Ranmaru pela primeira vez, vasculharam até descobrir uma passagem para um piso inferior.
  Desceram as escadas iluminando o caminho com tochas arrancadas de suas arandelas. Descobriram um grande laboratório, onde os dedos doíam de tão intenso que era o frio mesma em comparação com o inverno do País da Água. Em quatro grandes tubos de vidro grosso e boiando em um líquido esverdeado, os jōnins encontraram pequenas células em desenvolvimento, ainda embrionárias, com os nomes de Orgulho, Ira, Ganância e Inveja em placas nas bases metálicas com datas futuras, quiçá fosse a previsão até terem forma. Os outros que matei eram Preguiça, Gula e Luxúria, ele se lembrava bem, talvez por serem nomes de pecados capitais.
  Warui não se demorou muito mais tempo admirando ou matutando sobre o que poderia ser aquilo, esperou apenas, a pedido de Tomoko, até que terminassem de vasculhar o local e recolher o que poderiam usar como provas antes destruir os tubos com a espada. Viu os embriões murcharem antes de deixarem o local com diversas pastas com documentos e relatórios. Viajaram de volta para a Névoa acompanhados de uma grande raposa, forte o suficiente para carregar a mulher gigante e sua filha, seladas nas mãos – e a filha nas pernas também — por uma das técnicas da sensei.
  Tudo foi contado nos mínimos detalhes para o velho conselheiro Watanabe e para a detestável Shijima. Aquele grande bigode branco se mexia quando ele torcia os lábios, os olhos estavam baixos em um semblante pensativo e tristonho.
  — Todo esse tempo, debaixo do meu nariz. — o ouvia resmungar.
  — Como o povo do vilarejo se comportou? — a velha sisuda emendou.
  — Era madrugada e de alguma maneira, os ruídos internos não alcançaram o meio exterior. — ele explicava, mais paciente com Shijima do que de costume.
  — Os caçadores já foram enviados ao local? — a pergunta certamente era para Tomoko.
  — Sim. — ela prontamente respondeu. — E me certifiquei de isolar a área para que os civis e shinobis não trespassassem ao amanhacer até a chamada dos oinins.
  Com um fuin, você esqueceu de acrescentar, sensei.
  — Por que ela iria querer matá-lo? — o conselheiro pareceu pensar em voz alta e sequer perceber.
  — Ela está viva, senhor. — Warui o lembrou. — A mulher e uma de suas filhas. E a Raposa está recuperada. Dê dois dias a ela e aos caçadores e teremos respostas detalhadas para todas as suas perguntas. — sua voz era firme e serena.
  — Vocês detiveram inimigos da Névoa, isto é inegável. — Shijima Sui era rígida como uma pedra, sua voz sempre soava severa. — Fizeram um bom trabalho, vocês dois. Vão descansar.
  Pela primeira vez, não sentiu desgosto pela mulher.


HP: 500/500 // CH: 484/500 // SN: 270/270 // ST: 03/07


Armas (33/45 espaços):
Usados & Ativos:
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Warui
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Tengu
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Títulos : Sem título
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