Era uma tarde normal em Kiri, um bom momento para passar pelos arredores e foi o que fiz. Saí daquele lugar, saí de minha casa, não estava cabisbaixo e sequer olhei para trás. O problema era que toda vez que passava pela porta de madeira, toda vez que atravessava aquele chão rangendo, me lembrava como era ser recebido pela minha mãe.

De início só andei, não tinha um local específico para ir, estava com aquela carta no bolso, a mesma carta que minha mãe havia me dado tempos antes de eu me graduar como mais um genin e virar um shinobi de verdade. Pelo menos, até aquele momento, era o que eu achava. Não conhecia ninguém e quem conhecia não estava presente, então resolvi ler aquela carta novamente.

A cada passo que dava uma palavra era lida, não me parecia ser algo novo e que foi escrito pela minha mãe, me questionar sobre o motivo de receber aquela missiva era minha única opção e até mesmo sobre um antigo clã do qual ela fazia parte foi mencionada. Lembrei dos outros dois, aqueles que ela falou sobre enquanto derrubava suas lágrimas.

Caminhei rapidamente para o cemitério da vila, talvez ver o túmulo de meu pai poderia abrir minha mente de certa forma, e não demorei para chegar lá – já que estava perto dos arredores – só conseguia transitar entre os túmulos até encontrar a palavra “Arashi” e foi o que fiz. Por sorte, ou não, encontrei em um lugar afastado e longe dos túmulos periféricos.

“Morreu com a honra de um ninja” era o que estava escrito no túmulo dele, no túmulo de meu pai, — honra? — falei — será que as pessoas sabiam o que você fazia quando sua mulher não estava em casa, pai? — sabia que não teria uma resposta para à minha indagação mas mesmo assim fiquei ali, apenas olhando. Senti um frio subir pela espinha, através de um suspiro leve pude ver o vento de uma outra forma. Uma forma gélida.

Era certo, minha vontade naquele momento era destruir aquele lugar, meu psicológico foi afetado e não precisava de muito para começar

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