Os dias quentes e noites frias do país do vento eram um castigo àqueles que fugiram do vilarejo da areia. Era frustrante ter de viver à margem sem nenhum puto no bolso enquanto outros gozavam de conforto sem fazer nada. Eu poderia ter uma vida assim, fácil, mas escolhi sair de  lá - vilarejo - e vagar pelo mundo sem nunca olhar para trás.

O contratante de outrora havia me chamado para caçar um animal dourado, aparentemente era um faisão. O homem com uma cicatriz no rosto dissera que pagaria uma boa quantia se eu o capturasse e claramente eu não deixei essa passar, afinal, precisava de dinheiro para me manter. Ouvi o que o homem tinha a dizer e a localização do animal e logo mais segui para caçá-lo, com um ímpeto outrora nunca visto.

As passadas ágeis por entre as dunas de areia na noite estrelada me davam uma sensação de melancolia que antes nunca havia sentido, e sinceramente, eu não tinha ideia do por quê, talvez fosse falta de algo ou alguém, afinal, eu agora possuía uma companheira. Suspirei, apertando os passos, as montanhas já estavam próximas.

Não demorou para que eu iniciasse uma corrida rumo ao local onde supostamente estava o faisão dourado. Pelo horário, julguei que este estivesse dormindo, afinal, era madrugada; portanto, minha corrida fora feita no maior silêncio que meus pés permitiam, ultrapassando obstáculos com facilidade até o encontro do animal. Quando o vi, parei, e permaneci observando-o por alguns minutos; suas penas douradas brilhavam sob o luar, transformando o animal em algo mais bonito do que se podia imaginar. Infelizmente, ele era minha presa e eu precisava abatê-lo, portanto, o fiz.

Retirei a lâmina da bainha, me aproximei lentamente, e com um único golpe, perfurei-lhe o coração, matando-o  no ato. Com a morte confirmada, descansei uns minutos e peguei o animal, colocando-o nas costas, rumo ao contratante de outrora. Meu contrato estava concluído, restava apenas o pagamento.

hp: 120, ck: 120, sanidade: 140, estamina: 0/3

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