Gennin?

Aquele dia, nada havia sido diferente, minha rotina era tão impetuosa, quanto o próprio clima, que por falar nisso, arrancava bons respingos de suor, enquanto me desloquei.

Andejando pelas ruas de Sunagakure no Sato, cheguei até o prédio, e apático como era, me identifiquei sem maiores contratempos. - Senju Yuno - Indo na direção que me fosse orientada para poder encontrar com o meu instrutor, onde faria o exame shinobi.

Chegando no lugar do teste, curvei-me em questão de respeito, e rapidamente, sem pestanejar comecei a me movimentar. Era pretensioso achar que teria qualquer chance se o meu inimigo realmente lutasse a sério ali. No mais, havia me pedido para atacar com intenção assassina, nunca havia feito, e preferi não fazer.

Atacaria sim, e atacaria com todas as minhas forças. Não com intenção de matar o instrutor, mas pensando em todas as vidas que defenderia mais a frente, em todos os males que enfrentaria pela minha vila, em todas as pessoas que poderiam morrer, caso hesitasse em atacar. Um tiro.

A manipulação de chakra no arco, o fez brilhar em azul. Meus olhos refletiam a luz do golpe, infundindo chakra na flecha, aumentando a potência do golpe, de forma que, pareciam águas torrenciais saindo das flechas. Da mesma forma, coloquei um pouco de chakra nas pontas dos dedos, sendo esse, meu primeiro golpe.

Rivalizar em velocidade com o instrutor, seria complicado para mim, então, manter-me-ia distante. Infundindo chakra na ponta dos meus pés em um Shunshin no Jutsu. Tentei tomar cuidado em deixar meu inimigo no centro de um círculo, que imaginei na minha cabeça, em uma distância segura.

Manteria um gasto de chakra exacerbadamente grande, afinal, sem dar tudo de mim, com certeza não conseguiria nem arranhá-lo. Atirei.

Atirei rapidamente, enquanto dançava à sua volta, tórax, perna, cabeça. Mantive a aceleração do Sunshin e aproveitei com a infusão de chakra nas flechas para atirar. Tentei lutar, de igual pra igual, contra alguém que com certeza seria bem mais forte do que eu.

A dança do deus morte, cinco tiros, seis flechas. Tentei enganar o instrutor da academia, tentei preditar uma esquiva, lançando duas flechas ao mesmo tempo, tentei ocultar aquela flecha como se fosse uma armadilha, uma esquiva errada, e provavelmente significaria um dano em seu peito.

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Gennin?

Minha tentativa de imbuir as flechas em chakra Suiton foi falha, e isso me colocou em uma saia justa. Respirei fundo, devia aprender, e que melhor jeito de aprender do que errando? Respirei, pouco importava-me para meu erro, meu ego não era tão inflado a ponto de não permitir-me errar. No entanto, o que iria piorar minha situação naquele embate, veio rápido, como um vento que corre o desfiladeiro. O instrutor, expelindo uma boa quantidade de chakra, tentou me alvejar. Respirei, o segredo era pensar cuidadosamente sobre o que faria na situação qual me encontrava, era rápido, então, ganharia na pura inteligência.

Desloquei-me para a esquerda, na diagonal, no mesmo sentido que o golpe, o que me dariam alguns segundos a mais do que tentar simplesmente esquivar, de forma instintiva. Esperei com que saísse ileso, ou ao menos, diminuísse a superfície de contato do jutsu, que caso pego em cheio, causaria muitos problemas e com certeza, me cortaria. Independentemente da defesa, iria tentar surpreender no ataque, mesmo que de forma arcaica, tentaria pular o mais alto que pudesse, avançando contra o instrutor e dando, no processo, um tiro rápido numa distância que deixaria o tiro, ainda mais difícil de ser evitado. Caso o instrutor conseguisse esquivar-se, procuraria rapidamente, pontos em que pudesse subir, arvoredos, paredes, teto, coisas que pudessem mudar a perspectiva do combate, e facilitar ofensivas e esquivas em velocidade, caso ainda fosse necessário.

Por que não pensar grande? Estávamos decidindo ali se estava apto a proteger, e se não conseguisse nem mesmo me proteger, que inspiração seria para as futuras gerações? Queria ser o símbolo da paz, e pra que isso fosse alcançado, deveria trabalhar ainda mais duro, todas as vezes. Tentei tirar de aprendizado, cada flecha errada, cada passo mal dado, cada respiração que deixei de corrigir. Iria pouco a pouco, moldando-me um exemplo de paz para todos aqueles que precisavam.

 

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Gennin!

- Agradeço - falei e logo sai do lugar, sinceramente, não sabia o que fazer, mas por que não ajudar o próximo? Queria trabalhar para que Sunagakure no Sato pudesse ter dias melhores, e as pessoas mais pobres, pudessem descansar um dia, um dia apenas. De certo, Suna com certeza iria ter muita bondade para desfrutar, ao menos, enquanto estivesse ali, iria trabalhar, com todas as minhas foeças, pra isso.

 

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