— Sigam-me todos que acreditam que estes malditos que acreditam serem donos do mundo devem pagar seus pecados com sangue! — Esta era uma de minhas ultimas frases no discurso dado em uma taverna de uma das vilas da fronteira do país do vento com o país dos rios, estava próximo a minha viagem de retirada e por fim o abandono destas terras inférteis. — Estes homens que denominam-se sombras e desejam viver como os sóis que definem as nossas vidas, não devem ser tratados como astros! Eles devem viver as nossas Sombras! — Uma pausa era dada enquanto o cigarro era levado a minha boca, dois pequenos tragos rompiam a frase no meio da euforia de alguns, e o medo de alguns outros ali presentes. —O Deus Vermelho, me enviou como seu sacerdote para punir todos os injustos, e eles devem pagar com a vermelhidão de seu próprio sangue! — Após isso descia do palco e começava a caminhar em direção a porta do local, deixei o pagamento das minhas bebidas no balcão e ao chegar na porta avisei o destino. — Akai heiwa, a paz vermelha será instaurada no país do redemoinho, todos que quiserem podem me seguir... — Coloquei primeiramente o pé direito para fora do local, supersticioso entretanto pouco crente que isso realmente mudaria algo.

O cigarro de Skooma novamente era levado a minha boca, meu companheiro imaginário, Ninja Ninja logo aparecia para me aplaudir sobre a apresentação, havia ele gostado das palavras, assim como eu que as havia treinado tona a noite anterior antes desta partida. As informações obtidas pelo mercador anteriormente seriam cruciais para a chegada ao país dos redemoinhos, assim como o mapa que o mesmo havia me dado. Em passadas leves o início da viagem era dado, para que o máximo de pessoas possíveis que quisessem pudessem me seguir. Já estava no limite do país do vento, então não demoraria muito para sair de seu território e logo adentrar no país dos rios, onde também era esperado uma travessia calma e sem grandes problemas.

Informações:

Equipamentos:

Minha semana havia sido bastante produtiva, afinal uma série de tarefas com recompensas tinham sido designadas a mim por um grupo do mercado negro e isso havia melhorado bastante meu estilo de vida que passou de ser se esconder em meio a arvores e comer as frutas que elas me proporcionavam para conseguir me alocar em esconderijos melhores e ter a oportunidade de comer em bons restaurantes com o dinheiro que me fora dado pelas tarefas, eu havia conseguido virar o jogo Eu sou foda HAHAHAHA

Bebericava um gole daquela bebida ardente que havia sido servido por aquela garçonete atraente que andava de um lado a outro no bar chamando a atenção de todos, mas uma coisa conseguia surpreendentemente chamar mais atenção que ela, um homem de cabelos afros desferindo palavras totalmente malucas no palco De certa forma gostei desse cara, deve estar bêbado ou coisa do tipo Mas uma das frases dele em especifico me chamou bastante a atenção O Deus Vermelho, me enviou como seu sacerdote para punir todos os injustos Não que eu acreditasse em Deus ou algo assim, mas era uma forma muito semelhante a minha de pensar, aquilo fez com que eu ficasse mais interessado com o que ele tinha a falar.

Uma viagem até o pais do redemoinho era sugerida por aquele homem, seria o início de seu julgamento final? Talvez, e isso me causava um pouco de irritação, afinal eu me julgo o único apto a decidir o futuro do lixo desse mundo ninja e não deixaria que isso fosse feito por outra pessoa.

Analisei o fim das palavras daquele homem e o vislumbrei saindo pela porta do bar Nem fudendo que eu vou deixar esse vagabundo sair por ai dizendo que é o homem que irá julgar o futuro do mundo Esperei alguns instantes e logo me levantei de minha cadeira e segui rumo a porta de saída.

— Irei pagar deixando com que você saia com vida, pelo menos hoje... — Falei ao homem que impedia minha saída daquele local, porém o mesmo parecia não aceitar minha decisão, então usei de meu soco mais forte para derrubar aquele brutamontes que se colocava em minha frente — Sabem esse Deus vermelho que ele tanto fala? Nem se compara a Bartolomeo, o homem que irá expurgar a sujeira desse mundo — finalizei saindo pela porta frontal a destruindo por total com um ponta pé.

Segui com o rumo de encontrar aquele cabeludo novamente e tirar algumas satisfações com ele, afinal odiava pessoas que pregavam falsas crenças para enganar idiotas de mente fraca, meu destino era a fronteira do pais do vento.

— Ei seu cabeludo idiota, quem você pensa que é para ficar falando merdas num lugar cheio de bêbados e sair pela porta da frente se achando o fodão? — Gritei no momento em que vislumbrei o topo de seu cabelo black — Eu não sei quem você é, muito menos para quem trabalha, mas eu preciso sair desse pais e irei com você — E mesmo sem ele perguntar mostrei para ele minhas “credenciais” — Eu sou Bartolomeo, o homem que irá julgar todos os não merecedores de estarem no mundo HAHAHAHA —

Seguiria ele, afinal mesmo que tenha achado seu discurso ridículo, havia algo nas palavras daquele homem que vinham de encontro com meus interesses, seria ele o homem que iria me ajudar a cumprir minha ambição? Isso é uma pergunta que só poderá ser respondida daqui a muitos anos com minha morte ou com o sucesso de meu expurgo.

Considerações: