Os dias naquele deserto seriam iguais se não fosse pelo tanto de contrato que eu estava fazendo para juntar dinheiro para alugar uma moradia bem mais confortável do que a atual que eu estava: um casebre surrado e antigo nos confins do deserto do Vento. Mas felizmente aquilo me era útil, afinal, não mantinha locais fixos, muito menos possuía vínculo com as pessoas que passavam por lá ou qualquer outro local, a não ser a quatro-olhos, mas fazia tempo desde a última vez que a vi. Enfim, minhas andanças me levaram até uma carruagem destruída no meio do nada, com um mercador ferido, o mesmo estava em desespero pois sua protegida havia sido levada, e eu, como uma boa pessoa, ajudei o homem e fui atrás da garota.

Não demorou muito para achá-la, afinal, as pegadas na areia deixavam nítido o caminho que o homem tomara até seu esconderijo numa pequena caverna há quinze minutos longe de onde a carroça havia quebrado. Eu estava escondido atrás de um rochedo quando vi o tal homem que o senhor de outrora me avisou, e também a neta que este havia sequestrado. Suspirei, permaneci inerte por uns minutos enquanto avaliava a situação: o homem estava só, a garota estava amarrada e ele preparava comida. Aquilo não seria difícil, mas talvez não fosse fácil; sorrateiro, cobri a distância que nos separava em poucos segundos com a lâmina em mãos para realizar um assassinato limpo e eficaz: perfurei seu coração e chutei seu corpo, pegando a garota e saindo de lá o mais rápido possível, rumo ao senhor de outrora.

Quando cheguei com sua protegida, a entreguei, ele me pagou e eu segui meu rumo.

hp: 120, ck: 120, sanidade: 140, estamina: 0/3, vício: 0/3

Considerações: