RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Dante
Raikage
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[Gaiden] – Refleções sob estalactites


StatsHP: 380/380CH: 380/380ST: 00/07SAN: 230/230

O céu estava furioso nessa noite despejando água como se fosse inundar a terra. O horário já devia estar depois da meia-noite, muitos estão dormindo nessa hora. Dentro de uma escura caverna, algumas goteiras de água caiam das estalactites formadas no teto, de forma harmônica e ritmada, mas de repente, uma nova goteira preenche aquele lugar, feita do meu sangue escarlate que pingava constantemente do meu corpo, sujando o chão da caverna.

Meu braço estava apoiado sobre as costas de Hanako, esta que me ajudava a andar, quase carregando-me por completo para dentro da estrutura rochosa. Ofegante, ela me coloca em no chão cautelosamente com a barriga virada para cima. Rapidamente, seus olhos, seguido de suas mãos correm em direção ao meu ferimento na perna, na parte frontal da panturrilha, uma pequena flecha cravada no músculo. Após colocar um pedaço de pano entre meus dentes, sem misericórdia, a morena inicia o processo de retirada da flecha, pegando o projétil e com toda sua força, retira o objeto da minha carne de uma vez só.

Me contorço todo, a dor é imensa, meus punhos cerram de forma intensa e mordo o pano mais forte que consigo para suportar o sofrimento. A flecha tinha a ponto pequena, o que facilitou o processo de retirada, logo depois de uma rápida analisada, ela joga o projétil para o lado e se concentra na ferida, criando sua clássica aura verde de cura e pondo sobre o machucado. Durante todo o processo, minha mão direita esteve fechada, pois dentro dela, havia um simples colar, mas não conseguia larga-lo, nem mesmo sabia direito o porquê estava levando comigo. Nenhum de nós dois fala coisa alguma, apenas o barulho ambiente e da tempestade lá fora exercem algum som. Até que Hanako quebra o silêncio mútuo.

- Seu idiota, tem que aprender a parar de se jogar na frente dos ataques, parece um suicida, se quer tanto assim se matar e quebrar nossa promessa, pode deixar que eu mesma te mato - Ela fala muito irritada por conta das minhas ações na luta e por já ter feito isso várias vezes antes, sua voz esbanja fúria, mas eu sabia que no fundo, ela estava extremamente preocupada - Toda vez é isso, sempre que saímos em missão tenho que me preocupar, você acha que eu não sei me defender sozinha? Eu sou Kunoichi a muito mais tempo que você, já realizei o dobro de missões, não preciso ficar sendo protegida – Ela braveja enquanto me cura.

- Me perdoe... Eu nunca quis preocupa-la... Eu nunca duvidei de suas capacidades em nenhum momento, você é muito especial para mim, talvez você não saiba, mas sua presença salvou-me de cair em um abismo de solidão e sofrimento - Digo pausadamente, ainda recuperando-me do choque anterior e além de tudo, Hanako aos meus olhos também é um símbolo de redenção pela culpa do que aconteceu com Hana e é meu dever protege-la. Não queria que mais uma pessoa com que me importasse morresse.

- Daqui a pouco você vai ser conhecido como Kamizake - Ela responde ainda com raiva, mas com uma voz emburrada e minha única ação é rir um pouco, mesmo sentindo uma dor que parecia que minha perna havia sido amputada, resultando em uma tosse dolorosa.

O tratamento continua por mais um tempo, aquela aura verde ficou no meu ferimento por um bom tempo, até enfim fechar de forma eficiente. Nesse meio tempo, fiquei perdido em pensamentos, segurando forte aquele colar que carregava.

- Ei Hanako... Eu me pergunto quando foi que matar parou de ter importância - Jogo a minha dúvida no ar e claramente era algo que só eu poderia responder, mas mesmo sem aparentar ligar muito, minhas palavras parecem entrar na consciência dela - Aquele homem... Tinha uma linda família - Abro finalmente a minha mão lentamente, revelando o colar para Hanako. Eu o havia pego de um mercenário que havíamos assassinado durante a missão. Então, abro compartimento minúsculo, revelando a foto de uma pequena criança sorridente ao lado de uma mulher de cabelos longos segurando a pequenina - Quando vi... lembrei de meus pais... Isso me tirou de um tipo de transe, pois repente, quando olhei para minhas mãos ensanguentadas senti repulsa, medo, desespero, raiva e tristeza, todos juntos e confundiram minha cabeça... Eu recordei-me de vários inimigos que matei... Das muitas coisas para sobreviver que nunca imaginaria fazer... – Encaro a kunoichi com os olhos desperançosos – Eu tenho medo... Medo de me perder em um mar de corpos de deixar de ser quem eu sou... De decepcionar meus pais... De ao invés de estar protegendo... Estar ferindo... Se é o que já não está acontecendo... – Termino, ficando em silencio absoluto, ponderando sobre o que disse.
Hanako ouvia tudo em silêncio até que então, pega na minha mão. Portando um olhar melancólico e voz baixa, assim, a mesma começa a falar por ela.

- Passei toda minha infância treinando para ser ninja, nunca pude aproveitar direito essa fase da vida... Tudo que eu queria era brincar com as outras crianças ao invés de ter que brandir minha espada o dia inteiro sob o rígido olhar de um instrutor que nem me chamava pelo nome... Daí, as missões começaram, eu tive que matar para ficar viva e quando me dei conta, apenas estava seguindo ordens como uma máquina faria, como meus superiores queriam, tudo estava aos poucos perdendo a cor e o sentindo, eu cumpria a missão pelo simples motivo que ela precisava ser cumprida - A garota falou parte de seu passado, ela não costumava falar muito dele - Meu primeiro abate... - Ela ri nervosamente um pouco - Falando assim parece que estamos se referindo a animais... Foi um garoto nukenin que havia fugido da vila e de sua função genin... Meus superiores viram essa situação como um teste e lá fui eu... A pequena Hanako munida de alguns jutsu e uma katana... Eu tentei captura-lo com uma armadilha e falhei, o embate corpo-a-corpo foi inevitável, eu não sabia o que se passava na cabeça dele enquanto me enforcava, mas eu via medo em seus olhos misturado com ódio... Por um triz, consegui pegar a espada e cortar sua garganta e eu vi, a vida saindo de seus olhos enquanto o sangue espirrava... – Cada vez mais que Hanako fala e relembra, seu semblante fica cada vez mais triste e fechado. Eu não queria vê-la assim, por isso, aperto um pouco a sua mão, para lembra-la que eu estou aqui.

- Na época, eu não tinha um ideal forte, apenas seguia ordens, todavia, encontrei um mestre muito especial, ele me ensinou minhas habilidades e foi como um pai para mim... O mais importante além do ninjutsu médico, foram seus ideais de proteger a vila da Nuvem, não o estado em si, mas o povo que tenta viver ali. Ele me ensinou o valor da vida e o quanto ela é preciosa... Graças a ele, eu sou o que sou hoje e não fui consumida por esse mundo sanguinário... - Hanako respira fundo e sorri lembrando de seu antigo mestre. Eu não conheço os detalhes e nem sei quem é o dito cujo, mas tenho certeza que era uma boa pessoa. Seu sorrisinho me lembra de Hana, ela vivia sorrindo ao contrário de mim e por algum motivo, eu consigo ver a imagem de minha antiga amiga de infância em Hanako. Por impulso, estico minha mão até sua cabeça e acaricio seu belo cabelo branco, deixando-a um tanto envergonhada, mas antes que ela possa se indagar furiosamente sobre o que eu fazia, paro e abro a boca para falar.

- Sinto muito, eu costumava fazer isso com Hana quando éramos crianças... – Comento rapidamente, quebrando um pouco o clima pesado que nos envolvia naquele momento – Bom... Eu lembro da minha primeira morte até hoje, foi um bandido que estava extorquindo um restaurante e ameaçava uma jovem inocente... Minha prioridade era salvar a garota antes que ele pudesse mata-la, eu avancei e enfiei a tantõ em seu peito... Tentei ajudá-lo, porém o sangramento foi muito e saiu dessa vida... Eu lembro do sentimento, eu me senti culpado, um assassino, principalmente depois de descobrir que ele estava sendo obrigado a fazer isso para salvar a família... Fiz isso para salvar outros inocentes, mas com o decorrer do tempo, percebi que toda vez que preciso salvar uma vida, tenho que matar a outra... A essa altura, parece que meu coração esfriou... – Suspiro - Enfim, obrigado por conversar comigo nesse momento... Porém, você pode ficar ao meu lado só mais um pouco? - Pergunto e a garota se deita ao meu lado, com ombro tocando ombro e ambos olhando fixadamente para o teto naquele pequeno momento de calmaria. Na hora, eu apenas queria a companhia, mas eu nunca imaginei que ela se deitaria ao meu lado. Eu não entendia, mas quando estava perto de Hanako, o sentimento de segurança e conforto era quase instantâneo, eu apenas queria ficar ali com ela, compartilhando memórias, sejam elas ruins ou boas, contar aquilo para alguém de confiança é uma sensação incrível. Continuamos nossos diálogos, ambos conversamos sobre nossos passados até que inevitavelmente eu durmo.

[...]

No dia seguinte, acordo lentamente, sentindo os raios de sol batendo em meu rosto. Levanto meu tronco e sinto minha perna dolorida. Minha camisa havia sido retirada e se encontrava em cima de uma pedra secando. Bocejo, esticando minhas costas, porém, quando iria mover meu braço direito para coçar os olhos, o membro trava em algo que o segurava levemente, olho rapidamente para o lado.

Hanako estava sentada ao meu lado, com as costas apoiada na parede, segurando sua espada com as mãos, dormindo provavelmente por exaustão. Com um movimento leve, seu corpo pende para o lado e sua cabeça repousa em meu ombro. Se pudesse ver meu próprio rosto, estaria mais vermelho que um tomate. Por alguns minutos, eu travo e fico sem saber o que fazer, extremamente envergonhado. Apesar disso, fico admirado com tamanha força vindo dela. Mesmo cansada da batalha, não me abandonou, permaneceu firme ao meu lado, protegendo-me e cuidando de mim.

- Acho que estamos quites - Sussurro para mim mesmo, sorrindo ao observar a garota dormindo em uma posição de vigia. Então, coloco-a deitada no chão gentilmente, tomando cuidado para não a acordar, ela realmente fica bem fofinha nessa cena, mas duvido nada que se houvesse alguma ameaça, ela levantaria com instinto assassino ativado.

Suspiro e vou indo conferir os arredores. Observando por ali, percebo algumas armadilhas de kunai e alarme improvisadas e bem escondidas no perímetro, cuja daria apenas para ver por dentro, além de diversos sinais de vigia. De qualquer jeito, mesmo com a perna doendo sigo para fora da caverna, mancando e desviando das armadilhas, até chegar debaixo de uma árvore. Após analisa-la bem lentamente, olho mais uma vez para o colar e a foto contida nele, sem mudar minha expressão, agacho-me e abro um buraco, fundo o suficiente para não ser aberto pela água da chuva. Depois de alguns minutos, a covinha finalmente estava aberta, onde coloco gentilmente o objeto, enterrando em seguida. Com um galho pequeno, cravo em cima do local demarcando-o. Levanto-me e fico encarando por um tempo os raios de sol iluminando aquele pequeno túmulo sem corpo.

Aquilo não era um ato de bondade, pois o sujeito já estava morto e nunca iria voltar para sua família e nem um ato de arrependimento, não sinto culpa nenhuma de ter feito o que acho certo para proteger minha vida e a de Hanako, faria de novo se fosse preciso. Se consistia em apenas um mínimo se respeito, não por uma pessoa, mas por uma vida inteira que tinha seus objetivos, sonhos, experiências, pessoas queridas que amava e o amavam de volta. Porém, nas entrelinhas, significava um ato de resistência contra esse mundo cruel, de mostrar que eu não sou vazio, não sou uma máquina que tira vidas. Aquilo é para mostrar ao mundo que ainda existe humanidade em mim. Eu terei que matar de novo, eu irei matar de novo, muitas vezes de forma fria e sem hesitar para lutar pelo que acho certo, porém, eu sempre vou respeitar aquele que foi morto, pois no fundo, todos temos ideais e pessoas importantes para proteger.

Considerações:



Emme
Dante
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Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t993-cj-dantehero13?highlight=DanteHero13
Ooiji
Nukenin Rank A
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Aprovado
Ooiji
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