Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
Últimos assuntos
Dante
Icone :
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone :
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone :
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
[Gaiden] - Contos de Mãe e Filho pt.2 - Postado Sáb Nov 06, 2021 11:42 pm
[Gaiden] - Contos de Mãe e Filho pt.2
StatsHP: 380/380CH: 380/380ST: 00/07SAN: 230/230
Sou remexido levemente por alguém enquanto estava deitado na minha cama, retirando-me do sono agradável em que estava. Meus olhos se abrem lentamente e nenhuma luz pairava no meu quarto, completamente escuro, nem mesmo o sol havia nascido. Minha mãe estava lá, sentada ao lado da cama esperando-me me levantar, mas eu me nego como uma criancinha que queria dormir mais.
- Vamos levante ou vai querer ser como a cigarra? - Quando ela diz isso, lembro quase que automaticamente da história que a própria havia contado ontem e de imediato nego, agitando-me - Então arrume suas coisas, seu pai foi para uma missão longa e eu estou com tempo livre por hora... Iremos ficar uns dias fora - Akemi diz e meus olhos se expandem pela surpresa.
- Espera... Vai ser uma viagem? Só nós dois? - Pergunto ainda incrédulo.
- Você pode pensar desse jeito, mas não é só para diversão, temos que continuar seu treinamento, sua habilidade com o arco, rastreamento, movimentação furtiva e diversos outros fatores precisam melhorar... Além disso, tenho algo para fazer lá - Ela rebate, porém não importava para mim se era para treino ou não.
- Treinamento e viagem... ERA DISSO QUE EU PRECISAVA! - Comemoro feliz, pulando da cama e indo direto pegar minhas coisas, criando uma verdadeira zona no meu quarto.
- Garoto! Só o essencial! - Ela me interrompe e sua potente estridente me faz congelar, fazendo um pequeno "sim" saindo da minha boca. Acho que ela não gostou de eu ter espalhado o quarto com roupas e enchido uma mala até a boca. - Quando terminar, desça para a cozinha para eu selar os objetos... Aliás, eu já preparei o café da manhã - Akemi diz descendo as escadas e de acordo com a hora, me pergunto se ela dorme em algum momento.
Com tudo pronto, desço atrás dela bocejando, o pico de energia havia passado e meu corpo lembrou que era de madrugada. Chegando na cozinha, minha mãe já estava com tudo pronto, apenas tomando um café quente graciosamente, parecia uma verdadeira princesa do gelo a cada gole. Me sento a sua frente e começo a comer o que havia preparado.
- Para que lugar vamos? - Questiono curioso, devorando aquele pequeno lanche, cujo era o meu preferido.
- Uma região ao sudeste da vila, existe um vilarejo no lugar, o clima é bom e a vegetação variada, eu já tenho a permissão do Rokudaime para viajar, vamos ficar de três a cinco dias por lá, depende do decorrer da situação - Ela explica tomando mais um gole do quente café.
- Fico imaginando que tipos de coisas tem por lá, parece legal, será que o vilarejo tem algo interessante? - Pergunto, terminando de comer.
- Depende do que você acha interessante - A mulher diz e então, pega vários pergaminhos, selando nossas coisas neles, deixando de fora, apenas suas armas como lâminas e o arco, caso o combate seja inevitável. Mesmo que o risco de luta seja baixo, ela sempre se prepara o máximo para qualquer situação. Assim, nós saímos de casa.
[...]
Coloco o pé para fora do portão da vila assim que o galo canta e o sol aparece no céu. Minha mãe portava ums mochila de tamanho médio, cujo dentro, havia apenas pergaminhos cheios de coisas seladas por ela, além disso, levava seu arco e uma aljava nas costas e duas facas ninjas na cintura. Eu não conseguia conter minha animação naquele momento, andava sempre na frente, guiando o caminho, pulando e comentando sobre as coisas que via para Akemi e ela sempre respondia com "Hmm" ou "Entendi", porém, não me impedia de brincar durante o caminho, me vigiando. Não havia passado muito tempo e o terreno já era completamente desconhecido para mim, por isso, decido diminuir o ritmo, ficando do lado da minha mãe e pegando uma barra de cereais que trouxe de casa.
- Ei mãe, a senhora lembra de alguns dias atrás que você me contou a história da formiga e da cigarra, então... Você poderia me contar outra? - Pergunto com a boca cheia de migalhas da barra de cereais na boca, me deliciando com o doce.
- Então você realmente gostou das minhas histórias hein... - Ela diz com uma expressão levemente vitoriosa, algo me diz que ela achou que eu não havia curtido seu conto por algum motivo - Não tem problema... Bom... Lembrei de uma que escutei a muito tempo atrás - A Hatake tosse e arranha a garganta antes de começar sua narração, procurando as melhores palavras - Certo dia... Uma lebre e uma tartaruga disputaram uma corrida – No início, percebo que era mais um que envolvia animais aparentemente, por algum motivo, minha mãe gosta de contar esse tipo de conto, acho que o motivo seja o seu passado, entretanto, eu não tenho o que reclamar - A lebre, tendo o privilégio de ser rápida naturalmente, achou que ganharia fácil, se enchendo de soberba e prepotência, mas a tartaruga em nenhum momento se intimidou com os insultos da lebre – Um curta pausa é feita - Quando a corrida começou, a lebre facilmente tomou a frente, porém, ela não queria apenas ganhar, mas também humilhar a tartaruga, assim, decidiu que iria cruzar a linha de chegada somente quando seu rival estivesse quase ganhando, sendo assim, se sentou e esperou, adormecendo no processo - Ela para, pensando na próxima sequência e usando a segunda pausa para descansar, falar muito não era para ela - A tartaruga por sua vez, não desistiu, seguiu em seu máximo, se esforçando e em um ritmo constante... Quando a lebre acordou, já era tarde e a tartaruga ganhou... - Ela finaliza a história e como sempre, era facilmente identificável quem Akemi mais gostava e quem detestava pelo seu estilo de narração, porém, não afetava a qualidade dele.
- Wow! Como a lebre pôde ser tão idiota? Era tão simples, mas por conta de ego perdeu... - Comento sobre o conto, refletindo sobre ele.
- Esse é o ponto Fuyuki... Esforço e disciplina são superiores a indisciplina e privilégio negligenciado... Nunca subestime alguém ou algo, por mais forte que você seja e quando se deparar com alguém orgulhoso, use seu orgulho contra ele, pois a soberba é a ruína de um homem... Acredite, eu já vi isso acontecer inúmeras vezes... - Akemi faz uma cara pensativa, provavelmente lembrando de experiências passadas, ela costumava fazer bastante isso.
- Certo, nunca ser idiota como a lebre, e ser esforçado como a tartaruga, anotei isso na minha mente, pode deixar comigo - Falo confiante usando o dedão para apontar para mim mesmo, mostrando que conseguiria cumprir sua expectativa. Ela acena orgulhosamente com a cabeça e os passos se intensificam, assim como minhas perguntas sobre o mundo.
[...]
Caminhando por uma trilha na montanha, olho para baixo, vendo que se tratava de um lugar bem alto mesmo, queda era morte certa, mas não podia deixar de nota o quão incrível era a vista dali. Várias horas haviam se passado desde que saímos da vila e meus pés ardiam, já não aguentava mais andar, toda minha energia de antes tinha ido embora, porém Akemi tinha uma resistência de aço, seu semblante não mudou nada desde a saída da vila. A todo momento, eu parava e minha mãe ficava esperando-me me recuperar pacientemente, poderia pedir que ela me carregasse, mas como um futuro ninja, tenho que me mostrar forte.
Meu tédio é quebrado com um rasante, um falcão colorido passa voando ali por baixo, uma espécie cuja nunca vi antes e de cor exótica. Distraído, tento me abaixar para ver a ave. Como eu estava bem na borda, o chão começou a ceder, meu pé perdeu firmeza.
- Tenha mais cuidado - Alerta Akemi, segurando-me fortemente por trás e puxando-me de volta para perto dela - Esse lugar não é um parque, um passo em falso e essa montanha seu túmulo - A mesma me repreende com razão. Porém, antes que eu possa me desculpar pelo erro, vozes altas são ecoadas pela região de várias pessoas em grupo - Suba imediatamente - Minha mãe ordena seriamente e eu obedeço sem pestanejar pulando e me agarrando em suas costas.
Com agilidade e maestria de uma verdadeira kunoichi experiente, Akemi salta precisamente do desfiladeiro, concentrando chakra nos pés e toda força nas mãos. Enquanto caiamos, ela prensa os pés na parede rochosa e usa usas mão para agarrar irregularidades, o que freia a queda, deixando-nos pendurados alguns metros abaixo da trilha estreita. Seguro firmemente para não ser ejetado de suas costas pelo impulso.
- Mamãe?! Você está bem? Suas mãos! - Pergunto preocupado, por conta desse movimento, suas mãos atritaram com as rochas, ferindo-as.
- Shhhh... Silêncio - Ela sussurra de modo imperativo nem se importando com a dor, deixando o corpo o mais próximo da parede possível e eu me encolho da mesma forma. Na mesma hora, as vozes se aproximam, passando por cima de nós, era difícil decifrar o que se eles diziam, mas era algo sobre dinheiro e riquezas. Minha boca fecha para não emitir nenhum som, porém ao mesmo tempo, estico minha cabeça levemente para observar o que acontecia. Vejo apenas a silhueta e a lateral de um homem que passava no grupo.
- Mãe... Será que são homens maus? - Sussurro no seu ouvido, na tentativa de imaginar quem era, poderiam ser qualquer grupo, mas do jeito que ela é, desconfiaria de todos, principalmente do que parecesse mais bondoso.
- Talvez... Mas não podemos arriscar, principalmente com você comigo - Akemi explica e quando o grupo vai embora, ela começa uma descida cautelosa para nos tirar daquele lugar íngreme e perigoso.
[...]
Finalmente descemos o paredão da montanha, levando alguns bons minutos de escalada. Agora estando em seu pé, um local sem trilha, totalmente selvagem e escuro, com a sombra da montanha cobrindo grande parte da área somado a várias árvores de tamanho relativamente grande. Desço girando em 360° analisando a nova área, me sentindo um desbravador da floresta.
Voltamos a caminhar, era impressionante como Akemi conseguia se localizar até mesmo nas mais densas florestas. Isso me deixa a dúvida sobre seu passado, ela não costuma contar muito sobre ele, soube que sua antiga profissão era ser uma caçadora em algum lugar fora de Kumogakure. De repente, enquanto eu estava distraído pensando nisso, ela estica seu braço esquerdo, forçando-me parar, sua expressão mostra-se completamente fechada e séria, seus olhos focados no que havia em frente. Observo o que havia no local, sendo alguns restos mortais de animais e o som de uma cachoeira é perceptível ao fundo. Não demora muito e da escuridão e dos pontos cegos começam a surgir alguns olhares mirados em nossa direção. Uma grande figura se aproxima e revela ser um urso pardo ameaçador, nos olhando.
Consigo escutar os sons de suas patas batendo pesadamente no chão, até onde eu tinha conseguido ver, era apenas aquele animal, porém, alguns olhos permanecem nas sombras.
- Fique atrás de mim... Sem movimentos bruscos... - Ela alerta e eu obedeço, minhas mãos seguram firmemente nela, como ganchos cravados em uma rocha. Começo a ficar ofegante e meus olhos se arregalam quanto mais observo aquele animal, principalmente porque, pareciam estar olhando diretamente para mim com seus olhos negros. Ao contrário de mim, Akemi se mostrava extremamente concentrada, sempre usando seu braço esquerdo para me cobrir, encarando de volta sem medo nenhum aparente, com sua respiração calma, pronta para revidar qualquer ataque, por maior que o animal seja.
De repente, das sombras saem as figuras que nos observavam antes, não se aproximando muito e ficando atrás do grandão. Eram dois ursos menores observando-me e minha mãe curiosamente. Era um clima tenso, todos estavam parados se encarando, um esperando o movimento do outro, o urso se mostrava ser apenas uma mãe preocupada com seus filhos contra dois invasores do território. Duas mães, dispostas a proteger seus filhos a todo custo, isso era visível e esse encontro poderia ser poético se eu não estivesse com medo.
Após alguns minutos, que pareceram horas na minha cabeça, os filhotes começam a grunhir impacientemente e a mãe ursa volta a andar para dentro da floresta, deixando-nos em paz.
- I-Isso foi assustador, eu jurava que nós seriamos atacados... Aqueles olhares... Que medo - Digo a segurando ainda.
- Está tudo bem, eu estou aqui, enquanto eu respirar, nada de mal vai acontecer - Ela percebe meu choque e tenta me consolar, acariciando meus cabelos brancos - Vamos sair daqui e voltar para uma trilha mais segura, podemos cortar caminho por aqui... - Após sua explicação, vejo que o terreno é ainda mais irregular do que o outro, meus pés doíam mais ainda. Vendo minha insatisfação, minha mãe vem por trás e me pega pelos braços, colocando-me sobre seus ombros, uma ação inesperada por minha parte - Não se acostume, é só hoje - Ela alerta, mas para mim não importava.
Assim, continuamos até nosso destino.
- Vamos levante ou vai querer ser como a cigarra? - Quando ela diz isso, lembro quase que automaticamente da história que a própria havia contado ontem e de imediato nego, agitando-me - Então arrume suas coisas, seu pai foi para uma missão longa e eu estou com tempo livre por hora... Iremos ficar uns dias fora - Akemi diz e meus olhos se expandem pela surpresa.
- Espera... Vai ser uma viagem? Só nós dois? - Pergunto ainda incrédulo.
- Você pode pensar desse jeito, mas não é só para diversão, temos que continuar seu treinamento, sua habilidade com o arco, rastreamento, movimentação furtiva e diversos outros fatores precisam melhorar... Além disso, tenho algo para fazer lá - Ela rebate, porém não importava para mim se era para treino ou não.
- Treinamento e viagem... ERA DISSO QUE EU PRECISAVA! - Comemoro feliz, pulando da cama e indo direto pegar minhas coisas, criando uma verdadeira zona no meu quarto.
- Garoto! Só o essencial! - Ela me interrompe e sua potente estridente me faz congelar, fazendo um pequeno "sim" saindo da minha boca. Acho que ela não gostou de eu ter espalhado o quarto com roupas e enchido uma mala até a boca. - Quando terminar, desça para a cozinha para eu selar os objetos... Aliás, eu já preparei o café da manhã - Akemi diz descendo as escadas e de acordo com a hora, me pergunto se ela dorme em algum momento.
Com tudo pronto, desço atrás dela bocejando, o pico de energia havia passado e meu corpo lembrou que era de madrugada. Chegando na cozinha, minha mãe já estava com tudo pronto, apenas tomando um café quente graciosamente, parecia uma verdadeira princesa do gelo a cada gole. Me sento a sua frente e começo a comer o que havia preparado.
- Para que lugar vamos? - Questiono curioso, devorando aquele pequeno lanche, cujo era o meu preferido.
- Uma região ao sudeste da vila, existe um vilarejo no lugar, o clima é bom e a vegetação variada, eu já tenho a permissão do Rokudaime para viajar, vamos ficar de três a cinco dias por lá, depende do decorrer da situação - Ela explica tomando mais um gole do quente café.
- Fico imaginando que tipos de coisas tem por lá, parece legal, será que o vilarejo tem algo interessante? - Pergunto, terminando de comer.
- Depende do que você acha interessante - A mulher diz e então, pega vários pergaminhos, selando nossas coisas neles, deixando de fora, apenas suas armas como lâminas e o arco, caso o combate seja inevitável. Mesmo que o risco de luta seja baixo, ela sempre se prepara o máximo para qualquer situação. Assim, nós saímos de casa.
[...]
Coloco o pé para fora do portão da vila assim que o galo canta e o sol aparece no céu. Minha mãe portava ums mochila de tamanho médio, cujo dentro, havia apenas pergaminhos cheios de coisas seladas por ela, além disso, levava seu arco e uma aljava nas costas e duas facas ninjas na cintura. Eu não conseguia conter minha animação naquele momento, andava sempre na frente, guiando o caminho, pulando e comentando sobre as coisas que via para Akemi e ela sempre respondia com "Hmm" ou "Entendi", porém, não me impedia de brincar durante o caminho, me vigiando. Não havia passado muito tempo e o terreno já era completamente desconhecido para mim, por isso, decido diminuir o ritmo, ficando do lado da minha mãe e pegando uma barra de cereais que trouxe de casa.
- Ei mãe, a senhora lembra de alguns dias atrás que você me contou a história da formiga e da cigarra, então... Você poderia me contar outra? - Pergunto com a boca cheia de migalhas da barra de cereais na boca, me deliciando com o doce.
- Então você realmente gostou das minhas histórias hein... - Ela diz com uma expressão levemente vitoriosa, algo me diz que ela achou que eu não havia curtido seu conto por algum motivo - Não tem problema... Bom... Lembrei de uma que escutei a muito tempo atrás - A Hatake tosse e arranha a garganta antes de começar sua narração, procurando as melhores palavras - Certo dia... Uma lebre e uma tartaruga disputaram uma corrida – No início, percebo que era mais um que envolvia animais aparentemente, por algum motivo, minha mãe gosta de contar esse tipo de conto, acho que o motivo seja o seu passado, entretanto, eu não tenho o que reclamar - A lebre, tendo o privilégio de ser rápida naturalmente, achou que ganharia fácil, se enchendo de soberba e prepotência, mas a tartaruga em nenhum momento se intimidou com os insultos da lebre – Um curta pausa é feita - Quando a corrida começou, a lebre facilmente tomou a frente, porém, ela não queria apenas ganhar, mas também humilhar a tartaruga, assim, decidiu que iria cruzar a linha de chegada somente quando seu rival estivesse quase ganhando, sendo assim, se sentou e esperou, adormecendo no processo - Ela para, pensando na próxima sequência e usando a segunda pausa para descansar, falar muito não era para ela - A tartaruga por sua vez, não desistiu, seguiu em seu máximo, se esforçando e em um ritmo constante... Quando a lebre acordou, já era tarde e a tartaruga ganhou... - Ela finaliza a história e como sempre, era facilmente identificável quem Akemi mais gostava e quem detestava pelo seu estilo de narração, porém, não afetava a qualidade dele.
- Wow! Como a lebre pôde ser tão idiota? Era tão simples, mas por conta de ego perdeu... - Comento sobre o conto, refletindo sobre ele.
- Esse é o ponto Fuyuki... Esforço e disciplina são superiores a indisciplina e privilégio negligenciado... Nunca subestime alguém ou algo, por mais forte que você seja e quando se deparar com alguém orgulhoso, use seu orgulho contra ele, pois a soberba é a ruína de um homem... Acredite, eu já vi isso acontecer inúmeras vezes... - Akemi faz uma cara pensativa, provavelmente lembrando de experiências passadas, ela costumava fazer bastante isso.
- Certo, nunca ser idiota como a lebre, e ser esforçado como a tartaruga, anotei isso na minha mente, pode deixar comigo - Falo confiante usando o dedão para apontar para mim mesmo, mostrando que conseguiria cumprir sua expectativa. Ela acena orgulhosamente com a cabeça e os passos se intensificam, assim como minhas perguntas sobre o mundo.
[...]
Caminhando por uma trilha na montanha, olho para baixo, vendo que se tratava de um lugar bem alto mesmo, queda era morte certa, mas não podia deixar de nota o quão incrível era a vista dali. Várias horas haviam se passado desde que saímos da vila e meus pés ardiam, já não aguentava mais andar, toda minha energia de antes tinha ido embora, porém Akemi tinha uma resistência de aço, seu semblante não mudou nada desde a saída da vila. A todo momento, eu parava e minha mãe ficava esperando-me me recuperar pacientemente, poderia pedir que ela me carregasse, mas como um futuro ninja, tenho que me mostrar forte.
Meu tédio é quebrado com um rasante, um falcão colorido passa voando ali por baixo, uma espécie cuja nunca vi antes e de cor exótica. Distraído, tento me abaixar para ver a ave. Como eu estava bem na borda, o chão começou a ceder, meu pé perdeu firmeza.
- Tenha mais cuidado - Alerta Akemi, segurando-me fortemente por trás e puxando-me de volta para perto dela - Esse lugar não é um parque, um passo em falso e essa montanha seu túmulo - A mesma me repreende com razão. Porém, antes que eu possa me desculpar pelo erro, vozes altas são ecoadas pela região de várias pessoas em grupo - Suba imediatamente - Minha mãe ordena seriamente e eu obedeço sem pestanejar pulando e me agarrando em suas costas.
Com agilidade e maestria de uma verdadeira kunoichi experiente, Akemi salta precisamente do desfiladeiro, concentrando chakra nos pés e toda força nas mãos. Enquanto caiamos, ela prensa os pés na parede rochosa e usa usas mão para agarrar irregularidades, o que freia a queda, deixando-nos pendurados alguns metros abaixo da trilha estreita. Seguro firmemente para não ser ejetado de suas costas pelo impulso.
- Mamãe?! Você está bem? Suas mãos! - Pergunto preocupado, por conta desse movimento, suas mãos atritaram com as rochas, ferindo-as.
- Shhhh... Silêncio - Ela sussurra de modo imperativo nem se importando com a dor, deixando o corpo o mais próximo da parede possível e eu me encolho da mesma forma. Na mesma hora, as vozes se aproximam, passando por cima de nós, era difícil decifrar o que se eles diziam, mas era algo sobre dinheiro e riquezas. Minha boca fecha para não emitir nenhum som, porém ao mesmo tempo, estico minha cabeça levemente para observar o que acontecia. Vejo apenas a silhueta e a lateral de um homem que passava no grupo.
- Mãe... Será que são homens maus? - Sussurro no seu ouvido, na tentativa de imaginar quem era, poderiam ser qualquer grupo, mas do jeito que ela é, desconfiaria de todos, principalmente do que parecesse mais bondoso.
- Talvez... Mas não podemos arriscar, principalmente com você comigo - Akemi explica e quando o grupo vai embora, ela começa uma descida cautelosa para nos tirar daquele lugar íngreme e perigoso.
[...]
Finalmente descemos o paredão da montanha, levando alguns bons minutos de escalada. Agora estando em seu pé, um local sem trilha, totalmente selvagem e escuro, com a sombra da montanha cobrindo grande parte da área somado a várias árvores de tamanho relativamente grande. Desço girando em 360° analisando a nova área, me sentindo um desbravador da floresta.
Voltamos a caminhar, era impressionante como Akemi conseguia se localizar até mesmo nas mais densas florestas. Isso me deixa a dúvida sobre seu passado, ela não costuma contar muito sobre ele, soube que sua antiga profissão era ser uma caçadora em algum lugar fora de Kumogakure. De repente, enquanto eu estava distraído pensando nisso, ela estica seu braço esquerdo, forçando-me parar, sua expressão mostra-se completamente fechada e séria, seus olhos focados no que havia em frente. Observo o que havia no local, sendo alguns restos mortais de animais e o som de uma cachoeira é perceptível ao fundo. Não demora muito e da escuridão e dos pontos cegos começam a surgir alguns olhares mirados em nossa direção. Uma grande figura se aproxima e revela ser um urso pardo ameaçador, nos olhando.
Consigo escutar os sons de suas patas batendo pesadamente no chão, até onde eu tinha conseguido ver, era apenas aquele animal, porém, alguns olhos permanecem nas sombras.
- Fique atrás de mim... Sem movimentos bruscos... - Ela alerta e eu obedeço, minhas mãos seguram firmemente nela, como ganchos cravados em uma rocha. Começo a ficar ofegante e meus olhos se arregalam quanto mais observo aquele animal, principalmente porque, pareciam estar olhando diretamente para mim com seus olhos negros. Ao contrário de mim, Akemi se mostrava extremamente concentrada, sempre usando seu braço esquerdo para me cobrir, encarando de volta sem medo nenhum aparente, com sua respiração calma, pronta para revidar qualquer ataque, por maior que o animal seja.
De repente, das sombras saem as figuras que nos observavam antes, não se aproximando muito e ficando atrás do grandão. Eram dois ursos menores observando-me e minha mãe curiosamente. Era um clima tenso, todos estavam parados se encarando, um esperando o movimento do outro, o urso se mostrava ser apenas uma mãe preocupada com seus filhos contra dois invasores do território. Duas mães, dispostas a proteger seus filhos a todo custo, isso era visível e esse encontro poderia ser poético se eu não estivesse com medo.
Após alguns minutos, que pareceram horas na minha cabeça, os filhotes começam a grunhir impacientemente e a mãe ursa volta a andar para dentro da floresta, deixando-nos em paz.
- I-Isso foi assustador, eu jurava que nós seriamos atacados... Aqueles olhares... Que medo - Digo a segurando ainda.
- Está tudo bem, eu estou aqui, enquanto eu respirar, nada de mal vai acontecer - Ela percebe meu choque e tenta me consolar, acariciando meus cabelos brancos - Vamos sair daqui e voltar para uma trilha mais segura, podemos cortar caminho por aqui... - Após sua explicação, vejo que o terreno é ainda mais irregular do que o outro, meus pés doíam mais ainda. Vendo minha insatisfação, minha mãe vem por trás e me pega pelos braços, colocando-me sobre seus ombros, uma ação inesperada por minha parte - Não se acostume, é só hoje - Ela alerta, mas para mim não importava.
Assim, continuamos até nosso destino.
- Considerações:
Palavras: 2110
Ficha e M.F: No Card
Considerações:
- Contexto: O gaiden se passa na infância de Fuyuki, ambos estão em viagem para um vilarejo no pais do relâmpago.
- Link da primeira parte
- Aparência de Fuyuki Hatake(Criança):
- Aparência de Akemi Hatake(Mãe de Fuyuki):
Ōkami
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Re: [Gaiden] - Contos de Mãe e Filho pt.2 - Postado Dom Nov 07, 2021 12:15 pm
ok