Chegava a hora de a noite recair sobre a vila da nuvem mais uma vez. E nessa ocasião eu me encontrava em frente a porta de minha casa, portando agora uma bandana, em contraste com todas as outras vezes que sequer pensara que um destino como esse recairia sobre mim. De toda forma, agora eu era um shinobi, e não só isso, eu era um shinobi do clã Chinoike, com um arsenal de poderosas técnicas que poderiam ser usadas exclusivamente pela minha linhagem. Era impossível impedir o pensamento de meu pai utilizando o genjutsu de nosso clã para conquistar poder e riqueza de forma ilegal, um ato que por tanto tempo condenei e que me trouxera tanta dor. Mas eu não era mais essa pessoa fazia muito tempo, e quase de maneira irônica, eu, seu filho, o criminoso que rondava as ruas da nuvem durante a noite, estava prestes a ir em direção ao templo de nosso clã em busca do pergaminho que me ensinaria a mesma técnica que meu pai um dia usara.
Ajeitei brevemente meus óculos e suspirei antes de me preparar para a atuação de tímido genin recém formado. Por fim, me desencostei da parede e comecei minha longa caminhada até o lado sul da vila.
Haviam várias pessoas circulando pela vila, afinal, estava anoitecendo e muitos voltavam do trabalho ou coisas parecidas, era um horário favorável ao fluxo. Caminhando em meio a multidão, me senti invisível, como se ninguém me notasse lá, exatamente o local em que um ladrão se sentiria confortável em operar.
Não muito tempo depois cheguei no templo em questão, era um lugar relativamente grande e bem cuidado com um ninja loiro trajando as roupas da vila na entrada, em seu braço havia uma pequena faixa com o símbolo do clã estampado, revelando seu pertencimento a linhagem sanguínea. Quando me aproximei dele, tentando chegar na porta, seu braço rapidamente alcançou uma lâmina em suas costas e a apontou em minha direção, estampando um olhar raivoso em sua face.
Parei automaticamente e dei um passo para trás com a expressão assustada.
Então, querendo mostrar-lhe que eu tinha o direito de entrar naquele local, fechei os olhos brevemente e os abri denovo, ativando meu Dojutsu em frente ao ninja.
Contra o que eu esperava, o homem não abaixou sua espada ao contemplar meus olhos vermelhos, pelo contrário, sua postura não mudou nem um pouco.
Aquilo era interessante, com certeza não era o que eu esperava, o que era uma coisa boa, odiava coisas ordinárias e caminhos retos, aquele parecia ter potencial para se tornar algo interessante e eu estava ficando animado, quase era difícil me impedir de sorrir e estragar o disfarce.
Forçando uma expressão desolada em frente ao grito grosseiro do ninja, me virei e comecei a andar lentamente para longe do templo. O guardião do templo não podia ver, mas no segundo em que me virei de costas para ele, a expressão desolada se transformou em uma de total excitação pelo que estava por vir.
Sem nenhuma enrolação, voltei correndo para casa afim de colocar meu uniforme e me preparar para a ação.
Encarando a lua crescer cada vez sobre a vila, me preparava agora para minha investida ao templo Chinoike. Meu objetivo? Roubar o clã do Genjutsu: Ketsuryugan.
Saltando de prédio em prédio, desloquei-me pela vila evitando andar pela rua no meio da população comum, mantendo-me invisível. Não demorei muito para chegar no local, pois estando animado, naturalmente me apressei para alcançar o templo o mais rápido possível.
Obviamente não me aproximei pela porta da frente. Um pouco atrás do templo se erguia um prédio o qual pude observar na minha primeira visita ao local. Agora, eu me encontrava em pé em cima dele, observando o templo em busca de uma abertura.
Todas as janelas que pude identificar estavam fechadas, e pelo que minha dedução me dizia, trancadas. Contudo, identifiquei uma sacada alcançável se eu saltasse do prédio. Ter um local para pousar parecia ser um bom ponto de partida, e então, decidi seguir em frente com esse plano.
Concentrei o chakra em meus pés para me grudar na parede do prédio e corri em direção ao chão afim de diminur um pouco a altura da queda e quando julguei viável saltar, projetei meu corpo em direção a sacada.
Não arremessei delicadamente, muito pelo contrário, minha aterrisagem fez um barulho considerável. Fiquei parado por alguns segundos, atento para tentar ouvir o som de alguém se aproximando após ter sido alertado pelo som. E no fim, de fato pude escutar passos apressados se aproximando do local.
Me joguei da sacada sem soltar a beirada, me mantendo pendurado pelo lado de fora e mantendo-me longe do campo de visão do homem que havia adentrado na sacada.
Pelo som que escutei antes que ele abrisse a porta, parecia que ela estava trancada e ele a abriu, talvez não tenha sido tão ruim assim ter chamado atenção logo na minha chegada.
Já estava cansado, não era acostumado a fazer tanta força. Foi por isso que não pude deixar de ficar aliviado ao me puxar de volta para a sacada após ouvir o homem ir embora do local.
Caminhei então até a porta que havia sido fechada novamente e tentei abri-la, rezando pra que o homem não a ouvesse trancado de novo. Por sorte, ele estava destrancada, permitindo que eu continuasse minha empreitada.
Ao abrir a porta, deparei-me com um quarto desocupado, e daí, uma porta um pouco mais na frente me deu acesso completo ao resto do prédio. Minha busca, mesmo que lenta para evitar esbarrar com qualquer residente do local, eventualmente me permitiu chegar a uma conclusão lógica: A maioria dos cômodos se tratavam de alojamentos, o que significava que provavelmente não encontraria o pergaminho em nenhum cômodo normal.
Segui então para a sala principal, um cômodo grande com uma espécie de monumento no centro e comecei a procurar por algo que pudesse indicar a presença de um local assim. Eventualmente, no canto esquerdo da sala, deparei-me com uma escotilha escondida atrás de um pilar. Não perdendo tempo, abri-a, dando passagem para uma escadaria que levava a um quarto escuro.
Quando cheguei ao fim da escadaria, tateei pela parede até encontrar um interuptor até que enfim o encontrei. Quando o apertei contudo, somente um fraquísima luz se acendeu no teto do cômodo que, na verdade, tratava-se de um corredor entulhado de pergaminhos espalhados pelas estantes nas paredes. Contudo, seguindo reto, uma pequena estrutura dava apoio a um pergaminho protegido por um vidro. Minha mente de criminoso automaticamente relacionou aquilo com valor, e portanto, foi para onde me dirigi, antes tendo o cuidado de fechar a escotilha para impedir qualquer um de encontrá-la aberta.
No fim, aquele se tratava do pergaminho que eu vinha procurando aquela noite, o pergaminho que me ensinaria o Genjutsu: Ketsuryugan.
Infelizmente não podia levar o pergaminho para casa, pois como disse, as suspeitas todas cairiam sobre mim, e eu ainda não estava pronto para anunciar Joker ao mundo. Por isso, precisei realizar todo processo de leitura e assimilação do conteúdo no pergaminho naquele local amontoado de pergaminhos e com uma iluminação extremamente precária. Mas por fim, após algumas horas, enfim havia absorvido o conteúdo do pergaminho e estava pronto pra voltar
E então, tomando cuidado para não esabarrar em ninguém, saí do prédio pelo mesmo lugar ponde entrei.
Ao voltar pra casa, observei a entrada do templo, o guardião não estava mais lá. Dei uma breve risada.
- Status:
HP: 90/90
Chakra: 90/90
Stamina: 00/01
- Jutsus:
- Jutsus Usados:
- Jutsus Em Preparação:
- Jutsus Ritualísticos:
- Bolsa de Armas:
2 Kumuridama;
1 Hikaridama;
6 Kunais;
5 m Fio;
1 Espada pequena;
- Considerações:
- Gaiden para conseguir o pergaminho do Genjutsu: Ketsuryugan e treinar a técnica.
- genjutsu-ketsuryugan:
Genjutsu: Ketsuryūgan
Rank: Variável.
Tempo de preparo
Requerimentos: Ketsuryūgan.
Descrição: Ao estabelecer contato direto com a pele ou os olhos com um alvo, o usuário pode bloqueá-los dentro de um genjutsu para uma das várias finalidades. Eles podem lavá-los em bárbaros sem sentido com uma ordem definida a seguir, ou atraí-los para um estado de sonho. Para meios mais defensivos, esta técnica pode criar uma poderosa barreira contra a leitura mental, protegendo a informação de ser adquirida.