Por muito tempo eu viajei pelo País do Ferro. Conheci uma cultura totalmente diferente e até um pouco parecida com os dos habitantes do País do Demônio, mas talvez fossem ainda mais tradicionais.

Agora eu desembarcava de um navio no País da Lua. Curiosamente o formato da ilha era em uma lua minguante. Bem incomum, eu diria.

Quando eu ia descendo, uma senhorinha com nada mais que suas roupas e uma bengala de madeira, pedia por ajuda. Enxerguei uma oportunidade com aquilo. Aprender um pouco de onde estava e bem... Aguarde.

— Olá, olá senhora. Do que precisa?

— Ohhh minha filha. Preciso chegar na aldeia mais próxima onde eu moro. Mas já não enxergo tão bem quanto antes pra ver as placas guias.

— Hum, hum... Entendo. Então quer alguém pra te levar lá?

— Sim... Eu darei uma pequena quantia pela ajuda, é claro. — Disse com a voz trêmula pela velhice.

— Tudo bem, te levarei até lá

Sem delongas, fomos caminhando lado a lado. Quem via, pensava que era a netinha e sua vó. Conveniente demais.

— Então vovó, já vive aqui a quanto tempo?

— Já fazem 84 anos.

E a velha continuou falando mais do que perguntei. O que aquela louca tinha? Enfim, depois de duas horas ou mais caminhando, chegamos no local. Ela me deu o pagamento e se despediu. Fiquei observando ela se distanciar. Quando estava poucas dezenas de metros, puxei meu arco e flecha, mirei e soltei a corda. A seta voou de encontro com as costas da idosa, fazendo o ponteiro penetrar no pulmão dela, consequentemente atrapalhando sua respiração. A pobre coitada caiu no chão tentando respirar, mas não conseguia. A agonia durou alguns segundos, até que ela não suportou mais, e desabou de vez, morta.

Olhei sem remorso algum, dei meia volta e segui até um trecho pra outro lugar.

Acompanhe a Velha

Uma senhorinha desceu do navio na mesma ilha que você está chegando. Ela precisa de um guia para a vila mais próxima que fica a pouco km. Acompanhe a velhinha até o final e recebe a recompensa.

Quem diria que em um país minguante eu encontraria um concurso de piadas ruins? Eu apesar de toda minha personalidade psicótica, adoro fazer piadinhas. Embora eu não sei se minhas piadas sejam boas, principalmente diante de prezas.

Procurei o local de inscrição, e deixei meu nome lá.

— Uma garota? — Disse o senhor de meia idade. — Isso vai ser interessante.

Então diversas pessoas foram colocadas em duplas. Eram duelos pra ser bem exato, e isso eliminaria metade a cada rodada. Quem rise primeiro, perdia.

Diante minha dupla, ele começava.

— O que o pato falou pra pata?

— Quá quá?

— Não, ele disse. Vem quá!

Olhei com uma cara de tédio pra ele. Ele viu que não teve graça. E então contei a minha piada.

— Você conhece a piada do pônei?

— Hein? Não.

— Pô nei eu. — Disse com uma cara amigável.

A primeira vista o sujeito se segurou, mas não aguentou e acabou rindo.

— Kakaka que merda eu ri kakaka.

— Vencedora, Aiko!

E assim foi rolando as rodadas, até que sobrou um cara e eu. Ele começou.

— O que o tomate foi fazer no banco?

— Sentar?

— Não, tirar extrato.

...

— Por que a velhinha não usa relógio?

— Por que?

— Porque ela é sem hora.

Não colou essa. Ficamos por mais algum tempo nessa, até finalmente eu fazia a última que faria ele rir.

— A moça chegou no posto policial e disse... "Meu marido saiu de casa ontem a noite, disse que ia comprar arroz e até agora não voltou. O que eu faço?", então o homem disse. "Sei lá, faz macarrão"!

O homem não se aguentou e acabou deixando sua risada escapar vagarosamente até virar uma gargalhada.

Naquele dia ganhei o troféu "A Piada Sou Eu" e uns dinheiros, heh.

Humor Duvidoso

Há um concurso de piada ruins que está premiando o vencedor.

Um serviço peculiar surgiu para mim dessa vez. Devo dizer que bom, a Ilha da Lua é bem interessante ao meu ver. Paradisíaco, muita gente distraída e alvos fáceis.

Enfim, surgiu a oportunidade de realizar um assalto. Não é a coisa que mais me agrada. Não sinto prazer algum nisso, mas colocava comida na mesa que não tenho, heh.

A loja que eu tinha que furtar, era de joias. Tinha dois guarda na entrada. Uma vigilância forte, devo ressaltar.

Adentrei no recinto e fiquei observando o local, digo, os objetos dali. Minha aparência delicada e de boa moça ajudava a fazerem que me ignorassem.

— Pois não, senhorita? — Disse o atendente.

— Olá, que sorriso bonita você tem. — Menti divertidamente.

O homem ficava acanhado, quase vermelho como um pimentão.

— Sabe, queria ver aquele brinco brilhante.

— Oh sim, um instante.

Ele se virou, e nesse momento fiz o in com as mãos pra trás e deixei minha sombra agir por baixo das pernas dele. Ele abriu o local indicado, e deixava aberto ao se virar para mim. Ficou mostrando a peça.

— Muito lindo. — Comentei já experimentando.

Minha sombra agia e subiu rapidamente, coletando um outro par de brincos de diamante. Puxei-os e logo disse antes de guardar.

— Qual valor?

— 240.000.000 ryous, querida.

— Nossa, que assalto! — Olha o trocadilho. — Melhor guardar antes que eu acabe estragando, hihi.

Ele ria achando que eu era uma pobretona — Realmente eu era — mas agora eu tinha um brinco caro na bolsa ninja e ele não sabia. Sai de lá e serviço estava feito.

Assalto a Mão não Armada

É isso mesmo, o contratante quer que você roube uma loja sem ameaçar ninguém, tampouco matar. Um desafio para todo batedor de carteira.

Enquanto eu viajava pela ilha lunar com seu sol forte que fazia-me suar com aquelas roupas mais pesadas e quentes, me deparei com um pirralho chorando. Curiosa fiquei por ver o menino derramando lágrimas. Me aproximei da coisinha com um sorriso malicioso enquanto mordiscava internamente os lábios.

— Hey garoto, por que choras?

— Os mininu, sniff. Do outro barrio, hunf. Não quiseram brincar comigo do jeito que eu queria.

— Ué, só isso? Mas por que?

— Porque eu chutei a bola na bunda de um deles e eles ficaram com raiva, e me deram ponta pés, cascudos e empurrões.

Sério, eu queria muito rir, mas me segurei.

— Olha, se você tiver um dinheiro, eu dou jeito neles. O que acha?

— Jura, one-cha?

— Siiiim!

Ele me pagou adiantado e depois me levou até onde estavam os guris brincando.

— São aqueles 4, ali.

— Perfeito, estão bem próximos.

Era hora da diversão, saquei a primeira flecha e risonha como estava, disparei contra o primeiro moleque que estava parado. A flecha acertou sua coxa, levando ao chão. O segundo tomou nas costas, o terceiro no ombro ​e o quarto na bunda.

O menino olhou assustado, e gritou.

— ONE-CHAN?? O QUE ESTÁ FAZENDO?

— Ué, só o que você pediu, HIHIHIHIHI! Agora todos eles pagaram pelo que fizeram com você. Não é maravilhoso? — Eu ria animada.

O menino acabava fugindo de medo achando que eu era uma louca. Esbocei uma falsa tristeza. Mirei nele também, e disparei bem em seu calcanhar.

— Assim ninguém vai desconfiar que foi ele, cof cof. Kekeke.

Vou Falar Tudo Pra Minha Mãe

Um menino conhecido como o famoso "Dono da Bola" brigou com os coleguinhas e quer alguém pra dar uma lição neles.

Eu juro que nunca tinha me misturado com mercenários ou coisa do tipo, sempre costumei fazer as minhas tarefas sozinha na maior parte das vezes, pois eu costumava sempre er... Fazer atos suspeitos, heh. E devido a isso as pessoas não entendiam como funcionava minha mente, até porque nem eu me entendo na maioria das vezes, só faço e pronto.

E dessa vez lá estava eu, metida em um grupo de mais 4 pessoas. Todos homens, mal cheiros, com roupas sujas e caras mal encaradas que colocavam medo em qualquer. Eles achavam estranho o fato de eu estar entre eles, já que minha aparência não condizia com o que faríamos.

Seguimos rumo ao leste da ilha lunar com o mercador de peles. Eu seguia mais atrás com um manto escondendo minha aljava. Dessa forma eu monitorava a retaguarda sem que emboscadores suspeitassem de mim.

Dois dias após o inicio da viagem, bandidos tentavam um ataque. O combate começava. Nosso grupo era menor. Ao ver aquilo, me escondi em uma árvore e saquei a 1° flecha. Mirei em um bandido que vinha por trás dos safados, e disparei em suas costas.

Bingo!

Ele caia. Depois procurei novos alvos, e fui alvejando um a um, conseguindo dar cabo em 3 ao todo, e dar suporte em 1.

Depois daquilo não houve complicações. Viagem seguiu tranquilo.

Além da Fronteira

Complete um grupo mercenário na escolta de um mercador.