Durante minhas caminhadas pelo ilha da lua, pude notar que apesar de ser um lugar pequeno, ainda sim não faltava nada em canto algum. Lojas sempre cheias de produtos, muita gente comprando, navios mercantes vindo de cá e lá.

Tudo isso fazia a economia gerar bastante. Devido a tanta abundância, seria natural atrair gente más intencionadas. Era natural eu encontrar bandidos assaltando diversos lugares, navios piratas atracando mais afastado das cidades ou até mesmo nos portos oficiais. Imagino que tivesse algum tipo de acordo por trás disso tudo. Gente corrupta dentro do sistema governamental não seria novidade alguma.

Estando em um bar após uma viagem de barco da última cidade que eu estava, até a atual, enquanto eu comia meus camarões com batatas e grãos de arroz, uma briga se iniciava no meio do salão.

— AQUELE DESGRAÇADO FEZ ISSO? ELE OUSOU TRAIR NOSSO CHEFE?

— Por que tá me batendo, padrão. Não foi eu, porra.

— Calado, verme.

A coisa era séria e o sujeito ali descontava sua frustração no subalterno.

— Melhor avisarmos logo o chefe ou teremos mais problemas.

— AHHHH, tudo bem. Vamos.

Meu almoço por acaso estava no fim e minha curiosidade só no começo. Terminei de comer rapidamente e parti sem pagar.

Alibaba e os 40 nukenins

"Um dos nossos traiu a organização e pretende denunciar nossos membros para rivais/governo, acabe com a raça dele"

As ruínas do mundo

Após conseguir um velho pergaminho de um cadáver você descobre que ele é na verdade um mapa do tesouro e agora fica ao seu critério investigar ou não.

O grupo de cinco homens seguia na frente se dirigindo até um navio surrado feito de madeira de carvalho e velas brancas tão suja quanto se possa imaginar. O metal encontrado na embarcação era enferrujada e sem vida, retratando a situação porca e descuidada dos tripulantes. Os anos de existência dela também enaltecia sua gastura completa.

Os homens entravam um a um pela rampa daquele navio, e eu os seguia. Não tinha vigilância, então foi fácil invadir o local. Os marujos a bordo estavam bêbados e caídos pelos lados, alguns levavam coisas pra algum canto, e outros reparavam o mastro e outros problemas recentes que eles tiveram.

A frente, a cabine do capitão. Entrei atrás dos mesmos e fiquei escondida em suas costas. Incrível como não me notaram. Começaram a falar sobre o ocorrido.

— Vladimir roubou o cofre, senhor.

— É, eu já notei. E vejam a situação do navio. Sabem onde ele foi?

— Não senhor. Mas suspeitamos que se esconde na cidade. Há uma puta que ele trepava sempre, acho que ela saiba de algo.

— Hum... Vão lá e falem com ela. Nem que arranquem a língua da mesma.

Eles eram brutos e burros. Não conseguiria nada dessa forma. Acabei rindo e eles me notando.

De repente todos olharam para trás, e o capitão questionava zangado.

— Quem é essa mulher em meu navio? Aonde pegaram ela?

Eles se entre olhavam.

— Capitão, não sabemos quem é ela.

— Afinal, quem é você, fedelha?

Olhando eles com a maior cara de pau do mundo, um sorriso cínico e um ar de deboche, comecei a falar.

— Ah... Só uma perdida de longe. Parece que precisam de ajuda, hã? Talvez eu possa ajudar. Pela quantia certa, é claro.

— Rhul! Por que eu te contrataria quando tenho meus homens?

— Estou seguindo eles desde o restaurante. Não me notaram por mais que eu não tentei esconder minha presença. Além do mais vocês querem falar com uma cortesã que sabe segredos de um dos seus. Acha mesmo que ela entregaria o que ela sabe? Ingênuos. A cidade é bem protegida, inclusive no bordel. Contudo, uma jovem como eu poderia facilmente se infiltrar no puteiro e me passar por uma das acompanhantes.

— Hum... Isso é verdade. Certo, temos um acordo, então.

— Me digam onde preciso ir e com quem falar, e estará feito.

— Muito bem. — Disse o capanga. — Fica no estabelecimento Lua Rosa. Irá encontrar um letreiro enorme na frente.

— Certo, estou indo...

Me virei, e fui.

De repente todos olharam para trás, e o capitão questionava zangado.

— Quem é essa mulher em meu navio? Aonde pegaram ela?

Eles se entre olhavam.

— Capitão, não sabemos quem é ela.

— Afinal, quem é você, fedelha?

Olhando eles com a maior cara de pau do mundo, um sorriso cínico e um ar de deboche, comecei a falar.

— Ah... Só uma perdida de longe. Parece que precisam de ajuda, hã? Talvez eu possa ajudar. Pela quantia certa, é claro.

— Rhul! Por que eu te contrataria quando tenho meus homens?

— Estou seguindo eles desde o restaurante. Não me notaram por mais que eu não tentei esconder minha presença. Além do mais vocês querem falar com uma cortesã que sabe segredos de um dos seus. Acha mesmo que ela entregaria o que ela sabe? Ingênuos. A cidade é bem protegida, inclusive no bordel. Contudo, uma jovem como eu poderia facilmente se infiltrar no puteiro e me passar por uma das acompanhantes.

— Hum... Isso é verdade. Certo, temos um acordo, então.

— Me digam onde preciso ir e com quem falar, e estará feito.

— Muito bem. — Disse o capanga. — Fica no estabelecimento Lua Rosa. Irá encontrar um letreiro enorme na frente. Lá você procure pela Emanuelle.

— Certo, estou indo...

Me virei, e fui.

— Acabe com a raça daquele maldito traidor.

Me dirigindo ao bairro da putaria, encontrei o tal lugar. Não era difícil de encontrar como dito pelo marujo.

Entrei observando cada nuance do ambiente. As pessoas ali flertando e conversando, alguns se beijando e outros até com toques mais ousados. Não entendia bem aquilo tudo, pois não sentia atração por nada ou ao menos nunca tive oportunidades.

Seja lá como fosse, fui atrás da mulher ao perguntar por uma das prostitutas do local. Me falaram que estava no quarto com um cliente, e lá fui eu xeretar.

Pude ouvir sons de gemidos leves que ficavam cada vez mais fortes. Algo acontecia ali dentro, obviamente. Olhei pela fechadura e depois empurrei um pouco a porta que não estava trancada. Pela primeira vez assisti um ato sexual e aquilo mexia comigo.

Todavia, deixei de lado meus impulsos inéditos e entrei de fininho, fechando a porta a seguir.

O casal terminava o ato, e eu chamava pela mocinha.

— Emanuelle?

Eles reagiam aquilo rapidamente. Cochichavam algo, e de repente um silêncio surgia.

Apareci diante a moça, e questionei.

— É você, né?

— Sim! Mas eu não atendo mulheres.

— Tudo bem, por mais que me parece interessante. Não é hoje o dia. Procuro por um alguém chamado, Vladmir, conhece?

— Hum... Não, por que?

— Ele é meu noivo, sabe. Estou procurando por ele pra saber o que está acontecendo.

— NOIVO? — Disse ela irritada.

A mulher foi até o guarda-roupa e abriu o mesmo.

— QUE HISTÓRIA É ESSA? — Revelou o sujeito escondido que segurava suas calças. — ACHEI QUE VOCÊ ME AMAVA. QUE NÃO TINHA NINGUÉM. NÓS IA FUGIR COM AQUILO.

— Amooooor! É mentira, nem conheço essa vagabunda.

Eles ficaram discutindo seus afagos até que me cansei e puxei uma flecha, disparando peito dele, saquei outra atingindo a barriga, e mais uma na coxa, finalizando com a última bem no centro do olho dele.

— Ah... Que saco isso.

— AAAAAh!  — A mulher começou a berrar.

Olhei para ela com tédio, e apontei uma flecha.

— Cala essa sua boca ou eu te mato igual fiz com ele.

Ao que parece, ela mesmo tremendo de medo, acatava minhas ordens.

Me aproximei do corpo empurrei ele com o arco.

— É, já ta morto. Droga, achei que ia dar tempo de interroga-lo.  — Olhei pra menina e me aproximei dela, ficando face a face. — Por acaso não saberia dizer o que ele roubou dos antigos colegas dele? Sei que há algum tesouro.

Receosa, mas não querendo morrer, a mulher abriu o bico.

— Be-bem... Ele havia dito que seu capitão encontrou um mapa do tesouro ou algo assim. Só que os shinobis corruptos da cidade descobriram e chantagearam o Vladmir, pois ele ia ser morto se não roubasse as informações. Mas eles prometeram dar uma parte enorme em dinheiro, muito mais do que ele ganharia com sua parte na tripulação. Grande o suficiente pra ficar rico e ir embora daqui para uma das vilas maiores.

— Entendo, e onde está as informações.

— Ali... No bolso da calça dele.

Olhei pra roupa e me adiante para pega-la e encontrar o que eu precisava.

— Encontrei.

— É, parece que você disse a verdade. Só que er...

As informações eram meio vagas.

— Por acaso aqui tem montanhas?

— Montanhas? Sim, seguindo ao sul do país, encontrará algumas.

— Faz sentido então. Embora ainda não tenha certeza de onde isso vai parar. Bom, agradeço pela colaboração, preciso ir agora.

A mulher olhava incrédula para mim e depois para seu amante morto.

— Hey, esperei. Vai acabar assim? Você vem aqui, interrompe nossa transa, mente para nós, mata ele friamente, me interroga, pega o que quer e simplesmente vai embora?

— É... O que mais você queria que eu fizesse? Cada uma viu.

Me virei para ir embora, contudo... Suas palavras me incomodaram. Voltei a observa-la. Me aproximei da mesma, olhei seriamente em seus olhos com a expressão avaliadora, e então dei um beijo em seus lábios. Não houve contato de nossas línguas, somente o toque.

Me afastei com curtos passos para trás.

— Já ouviu falar no conto do Romeu e Julieta?

— Não, do que se trata?

— Um casal de amantes como você não podiam ficar juntos por causa de suas famílias. Aí um se matou envenenado e o outro fez o mesmo.

— Nossa que horror.

— Pois é...

Fiz uma pausa nesse instante.

A pausa não foi longa. E sem delongas, ergui novamente o arco, mas dessa vez em direção a mulher. Saquei a flecha, mirei de qualquer jeito e disparei contra sua garganta. A moça arregalou os olhos para mim em pânico, mas sem poder gritar por causa de sua carótida estar entupida de sangue. Ela buscava olhar a estrutura de madeira presa em seu corpo. O sangue vazava, espirrando por todo seu corpo nu e no lençol branco que manchava de vermelho. Seus braços tremiam logo a frente tentando tocar na flecha como quem tentasse remover de si, o que só faria piorar o sangramento. Suas pernas falhavam e seu corpo desabava próxima ao seu amante. Seus olhos sem vida miravam seu amado pela última vez.

— Pois é... Mas no fim ficaram juntos, e isso é lindo. — Disse risonha, dando valor a tragédia da obra que havia lido certa vez.

Dei meia volta e cruzei a porta, saindo do recinto. Desci as escadas e como se nada tivesse acontecido, fui saindo do bordel.

Os piratas estavam me esperando e questionaram.

— E aí, sabe onde ele está?

— Claro, acabei de manda-lo direto pro inferno.

— O que? E a informação?

Cerrei o punho, amassando e escondendo a informação.

— Sei lá, me contrataram pra dar um jeito nele e eu dei... — Acho que esse final pegou mal, hihi.

Meus assuntos com os piratas haviam terminado. Fui até o navio e coletei meu pagamento como devia ser.

Sem mais responsabilidades, me afugentei em um lugar isolado aonde eu analisaria a informação que parecia um enigma. Estudando o que parecia um quebra cabeça, entendi que se tratava de um mapa que indicava direções a seguir e mais detalhes.

Partir em uma nova jornada, fui seguindo as pistas coletadas e rumei ao sul do País da Lua. Viajei por diversas estradas estranhas e matagais imensos. Todavia, finalmente encontrava a tal montanha citada pela cortesão morta.

— Parece que é ali...

Segui até lá e fui caçando o local. Em minha caça ao tesouro, acabei encontrando uma caverna, e nessa caverna seguia até local escondido que possuía cristais brilhantes que iluminavam o caminho. Lá eu acabei me deparando com um tipo de espada presa no chão. Eu até tentei remover, mas era inútil.

Descasando, imaginei formas de tira-la dali, mas sem sucesso. Foi então que me ocorreu o seguinte...

— E se eu depenar as joias inscritas no cabo dela? É só o que tem de valor.

Decidida, usei sabiamente uma kunai que era manipulada pela minha sombra que possuía mais força através do meu chakra, e assim consegui tirar o que tinha algum lucro. Depois disso, não precisava ficar mais ali.