Inaptidão Botânica.

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Kuromi responderia a uma solicitação diferente da que estava habituada, dirigindo-se até o Hospital Geral da Areia para concretizar uma ação em pró do bem-estar dos adoentados ali cuidados. O Doutor Takemaru, um curandeiro de avançado nível e conceituado mestre na ciência que estuda as plantas por todo o País do Vento, havia requisitado os serviços da Nara. Ao se reunirem, ele lhe detalharia calmamente a fisiologia vegetal da dita planta que a Genin deveria obter. A garota poderia observar o domínio profundo do profissional sobre o assunto, que sem pausas, continuaria a lhe informar minuciosamente sobre todas as variações medicamentosas obtidas através da flor. Porém, em nada adiantariam as informações, senão para confundir a kunoichi, visto a sua falta de inclinação para a categoria. Apesar de admirar flores, as plantas para si, só diferiam em aspecto. Ela era incapaz de opinar sobre suas singularidades além da impressão estética, sendo totalmente leiga no assunto.

– Poderá armazenar as flores aqui, mocinha. – O médico indicaria um balaio de palha de tamanho mediano que repousava sobre a mesa do consultório.

– Sim, senhor. – A garota anunciou, feliz pelo findar da palestra do adulto e pronta para se deslocar até o perímetro em torno do vilarejo, afim de cumprir a tarefa o quão breve fosse capaz. O tema a entediara tanto, que a necessidade de se afastar do discurso cientifico do profissional da saúde era acima de sua preguiça.

Portada do cesto e da descrição das flores que deveria colher, Kuromi saltitaria por entre as construções de estuque. A acrobacia por entre os telhados, vislumbrando de longe os cidadãos que transitavam pelas ruas da Vila Oculta da Areia, se tornara um habito nutrido pela recorrência do seu perambular pelo referido. Rapidamente, alcançaria o portão de entrada e caminharia pelos arredores de seu vilarejo, afim de cumprir sua missão. Mesmo tendo vivido na região desértica desde seu nascimento, sempre lhe seria fatigante atuar diante daquele oceano dourado. A garota peregrinaria pela areia a procura dos espécimes a serem recolhidos. Segundo o Doutor Takemaru, estes se encontrariam espalhados em pequenos aglomerados no entorno entre as duas falésias que emolduravam o fortificado vale em que Sunagakure fora construída.

A natureza havia lhe agraciado naquela data, pois encontraria algumas das pequenas flores azuis rapidamente. Tal dádiva amenizava o desprazer da ninja em seguir com a demanda que tinha de efetuar. A garota não despunha de dom para atividades botânicas, logo pouco se animaria em executar o recolhimento. Sentir-se-ia insegura em manejar as citadas. Se esforçaria para identificar aquelas cujas características bateriam com as requeridas pelo seu contratante, cortando-as abruptamente. Uma feição tensa acompanharia a face da Nara ao ter de lidar com a coleta. Com as sobrancelhas róseas unidas sobre os orbes chocolate, Kuromi repetiria o processo de detectar as flores corretas, decepar o caule destas com o auxílio de uma de suas kunais e, depositá-las no cesto. Ao esgotar das plantas do arbusto que se encontrava, a kunoichi partiria para o seguinte até que o recipiente de armazenamento das flores estivesse cheio. Ao alcançar sua meta, a menina relaxaria o corpo.

– Obrigada Kami-sama, acabei! – A sua voz aguda se elevaria, energizada pelo contentamento da Genin em cumprir com seu objetivo. Prontamente, a garota entregaria o balaio ao Doutor Takemaru com ligeireza e se manteria afastada de qualquer diligencia relacionada a flora por um bom período.

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