Agora que eu me tornei uma mercenária, acabei recebendo a primeira missão do tipo. Ainda bem que não sou ansiosa, pois iria quebrar a cara ao saber que era mais do mesmo, e algo tão idiota.

— Então tu quer que eu dessa o cacete nesse safado? — Questionei meu contratante.

— É, o filho da puta fica xingando minha mãe. Tá na hora de dar um basta nisso, mas sou fraco demais pra conseguir. Porém, eu ouvi falar por meu primo da máfia que você apesar das aparências, consegue ser bem cruel e assustadora quando quer.

— E é? Sabia não, hihi.

— Sim.

— Bom, não posso te afirmar que sou forte, pois tenho os músculos de inseto e tamanho de um anão crescido, mas consigo usar meios interessantes pra botar alguém pra correr.

— Não me importa como, só faz ele ficar bem assustado e não mexer mais com a gente.

Dei de ombros pro resto do que ele disse, e fui até o sujeito implicante que estava descansando em algum canto. Saquei meu arco e puxei uma flecha. Disparei perfeitamente no pé dele que fincou a seta no chão. Atirei mais uma quando ele caiu, pegando agora nas costas da mão dele e atravessando a mesma.

Me aproximei do cara e cutuquei o pescoço dele por trás com a flecha.

— Se você olhar para aquele rapaz, ousar falar o nome dele, ou pior, citar sequer "a mãe" dele. Fique sabendo que voltarei aqui pra perfurar a outra mão e o pé. E se ainda não aprender com isso, aí o resto é história. Se é que me entende.

— TU-TUDO BEM. EU NÃO FALO MAIS NADA. POR FAVOR, NÃO ME MATE. — Disse chorando.

Virei as costas e passei pelo contratante.

— Acho que ele entendeu o recado.

1° Ato Mercenário

Dê um susto no inimigo do seu aliado que xingou a mãe dele de puta.

Ser uma mercenária era algo novo pra mim. Já tinha feito o primeiro trabalho como uma pessoa que seguiu essa carreira não tão prestigiosa assim, mas ao menos dava seus frutos com boas recompensas e uma vasta gama de conhecimento sobre o mundo e de mim mesma que não seria todo ramo que proporcionaria.

Neste dia em questão me encontrei com um agiota que estava sem cobradores. Eu procurei ele após ouvir sua conversa em um bar qualquer.

— Hey estranho, está precisando de alguém pra cobrar devedores?

— Óbvio, alguém forte suficiente. — Ele me olhava dos pés a cabeça. — Mas o que uma pirralha pode fazer?

— Me julgando pelas aparências?

Lhe prendi sem que notasse, com minha sombra. Rendi com uma kunai em seu pescoço.

— Talvez eu ganhe mais lhe roubando...]

— Okay, okay. Já entendi. Desculpe.

Sorri cinicamente pra ele, e soltei.

— Quem devo cobrar?

— O idiota que mora na casa número 59 do bairro 11. Traga a grana e tire sua parte.

— Certo.

Assim eu fui até a residência da pessoa. Chamei pelo sujeito, e quando abriu a porta, o paralisei com minha sombra.

— Você está devendo uma certa pessoa. — Fiz o mesmo com este ao colocar a kunai na garganta. — Onde está o dinheiro. Caso contrário, não conseguirá pagar nunca mais.

— Tu-tudo bem. Eu falo onde ta.

Ele me mostrou o dinheiro debaixo da cama em uma caixa velha. Recolhi e levei até o contratante.

2° Ato Mercenário

Cobrança de dívidas são muito comuns entre agiotas. Um em especial quer o dinheiro de volta. Faça as honras.

Um poderoso da máfia que eu trabalhava como agente duplo, precisava de uma ou duas mãozinhas em um noitada na qual ele iria participar. Bebidas, mulheres, jogos de azar. Espere, eu disse "jogos de azar"? Caramba, eu preciso ir nisso, adoro apostas.

— Senhor, fiquei sabendo que precisa de gente pra sua segurança em um cassino. Queria preencher uma vaga.

— Hã? Uma garota magrela como você faria o que?

— Magrela e linda, imagino que esqueceu disso.

Ele sorriu.

— Verdade, uma moça bonita trás sorte. Se for me proteger, será ainda melhor. Vista algo adequado e esteja prontas ao escurecer.

— Okay!

Quando a noite veio, eu já estava bem arrumada e elegante. Me encontrei com os demais e acompanhei todos. Fomos em uma carruagem que nos levava até o local. A entrada de lá era fabulosa e cheio de luzes. A recepção muito boa, mas o que importava era onde iríamos jogar.

— Que tal um jogo de cartas?

— Será muito bom.

Decidido o jogo, escolhemos uma mesa. O sujeito se sentou e começou a jogar com os outros ricaços. Quanto a mim, fiquei ao seu lado desejando jogar e tirando atenção dos bobalhões, sem tirar minha atenção do arredor. Felizmente, nada de ruim aconteceu dessa vez.

3° Ato Mercenário

Aposta ilegais são um ramo comum entre criminosos que precisam de proteção. Faça um bom trabalho.

Enquanto o quarteto de criminosos iam jogando, observei que um deles tinha algo por dentro da manga do terno. Me aproximei do ouvido do meu cliente, e cochichei rapidamente.

— Não faça cena. O homem de branco a sua direita tem cartas escondidas por dentro da manga.

— Compreendo... Se nos dermos mal aqui hoje, já sabe o que fazer, correto?

— Hehe, pensei que seria uma noite chata. Mas terei alguma diversão no fim.

— Você realmente... — Ele não completou a frase.

As partidas davam sequência e meu contratante ia perdendo sucessivamente. Ele me deu um olhar quando havia perdido 500 mil ryous e foi se retirando da mesa para ir em outra.

— Siga-o e faça valer meu dinheiro.

Meu risinho satisfatório, era tudo que ele recebia.

Aguardei o homem de branco terminar suas jogatinas enquanto ficava de longe. Em dado momento ele foi ao banheiro, e eu fui logo atrás. Seus seguranças foram ludibriados quando disse que faria algo gostoso com seu patrão. Pensaram que eu devia ser alguma puta paga.

Enfim, ao entrar eu imediatamente paralisei seu corpo com minha possessão das sombras. Me aproximei e o fiz ir de cara para dentro da privada enquanto a mesma era dada descarga.

— Meu patrão exige que devolva o que roubou no jogo enquanto escondia cartas. Se não terei de voltar a lhe fazer uma visitinha.

Depois de alguns segundos, ele se afogava, indo ao desmaio. Me retirei a seguir deixando que seus seguranças o resgatassem.

4° Ato Mercenário

Um dos apostadores estava roubando. Dê uma lição no safado..

Tem gente que pede para morrer, e os criminosos orgulhosos são os que mais costumam perder suas vidas por ego inútil.

Meu contratante tinha lhe avisado sobre o pior, mas ainda sim continuou enrolando para quitar a dívida. Este assunto tinha de ser resolvido de uma vez por todas, portanto fui enviada para mais esse trabalho.

Por ser um sujeito qualquer com certas posses, era fácil localiza-lo. Sabíamos onde ele mantinha seus negócios ativos, então fiz uma varredura por tais lugares procurando pelo alvo. Em algum deles era pra ele estar.

Levei cerca de algumas horas para poder concluir as buscar e descobrir que ele estava se isolando em uma fazenda próxima com plantações de drogas.

Encontrar a tal fazenda foi um problema, mas uma das lojas dele era de um tipo específico de legumes, o que dava margem pra uma fazenda do tipo. Mas na realidade era somente pra mascarar a real intenção da fazenda.

Depois de localizar e me dirigir até lá, invadi o local como uma das trabalhadores do campo. Fui atrás do alvo disfarçada, e quando o avistei, não esperei muito tempo, saquei o arco e flecha e disparei contra ele. A flecha voou perfeitamente, atravessando seu pescoço. Logo em seguida me virei cobrindo a cabeça com capuz e fugi dali.

5° Ato Mercenário

Apesar dos avisos, o caloteiro não queria acertar as contas com o cliente, é hora de você fechar a conta.