風邪

Para começar, era preciso aprender a me livrar da ansiedade, aquele sentimento de querer fazer tudo certo e de ter controle sobre tudo a minha volta, andava preocupado demais com a situação de Suna, pensando em como poderia conseguir resolver as coisas, não podia me prender tanto a isso, devia dar tempo ao tempo. E isso era uma questão de treino. Para evitar essa angústia, inspirava e respirava profundamente algumas vezes, afastando o pessimismo.

Quem não está acostumado estranha: a calma só é atingida quando adquirimos uma consciência maior sobre o funcionamento da mente. É ela que não nos deixa em paz e se envolve com lembranças, sons, perfumes. Com muito treino, conseguiria domá-la para enfim encontrar meu caminho na meditação.

O primordial dessa prática era sentir o meu chakra, meu objetivo era conseguir miná-lo, atingir um ápice onde minha energia não pudesse ser sentida por outros, me tornaria o assassino perfeito. Continuava com minha respiração dentro daquela caverna pouco iluminada, sentindo o feixe de luz me atingir enquanto devagar o peso de Nagini em meu colo começava a desaparecer, não por que ela estava saindo dali, claro que não, mas sim que meu estado de transe era tanto que sentia quase como se estivesse flutuando.

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風邪

Talvez nirvana fosse a palavra certa para definir meu estado de espírito nesse momento, minha mente parecia completamente limpa das coisas, alguém de fora certamente imaginaria que o ser sentado de pernas dentro da caverna com o rosto deformado a amostra, graças as bandagens removidas, e uma cobra repousando sobre seu colo, se tratava de algum ser milenar que descansava e aguardava as orações. Era apenas eu.

A meditação nunca era uma habilidade difícil para mim, anos de solidão e quietude me davam acessa com facilidade a essa paz necessária para atingir um estado profundo de transe, o meu objetivo real ali não era meditar... Mas sim encontrar o controle completo de minha essência.

Quase como uma corrida dentro de um buraco de minhoca, onde podia desenhar em minha mente os caminhos dentro de meu corpo de um maneira abstrata demais para conseguir justificar em palavras, uma aurora boreal cintilando dentro de um corpo espiritual, e eu ali, flutuando, navegando em busca do ponto exato onde existia meu chakra, toda a força que me permitia exibir habilidades, toda a força que me dava o controle sobre as sombras, certamente estava meditando ali afim de encontrar a resposta para minha própria existência, tornar-me meu próprio deus.

風邪

Assim como peças de um quebra-cabeça, o chakra ao meu ver parecia embaralhado dentro de meu corpo, como se fosse apenas organizado momentaneamente com a utilização dos selos, agora eu precisava juntar as pecinhas para conseguir manter tudo em ordem.

Controlava minha respiração, inspirava e expirava devagar, sentindo cada parte de mim ecoar naquela pequena caverna mesmo emitindo a menor quantia de som, até finalmente dentro de minha começava a ver as conexões do chakra e como se dançasse começava a juntar todas as peças.

Nagini sentia o movimento de minhas pernas e começava a abandonar meu colo para que eu pudesse levantar.

De pé, me posicionava no primeiro passo que aquela jovem havia me ensinado, por alguma razão sentia que aquela dança me guiava, aquela lenta dança, um tai-chi que me permitia ter mais controle sobre mim mesmo.

Os movimentos eram pacificos, calmos, limpos, e aos poucos começava a sentir um controle quase absoluto sobre meu chakra, como se a qualquer momento pudesse expeli-lo de meus poros, claro, que era apenas uma especulação, sequer era essa a minha intenção, portanto, fazia o exato oposto, suprimindo, comprimindo cada centelha dessa energia presente dentro de meu corpo, como se por esse segunda fosse anular minha energia vital.

風邪

Horas haviam se passado no que pareciam minutos. Abri meus olhos e encarei o cenário, a falta de estalactites na caverna deixavam seu teto quase liso, me perguntava por um segundo se todas as caverna dentro de canyons eram iguais a essa, de exímia beleza.

Dei dois passos para frente tentando manter aquela sensação que me parecia mais como um estômago embrulhado, nem mesmo eu conseguia sentir o meu chakra, mas para motivos se teste elaborei os selos para o kagemane, uma das técnicas mais utilizadas por mim e que sem dúvidas conseguiria executar em qualquer momento, exceto em casos como esse, claro.

Minhas sombras não se mexiam enquanto aquela sensação estranha no estômago continuava, realmente tinha prendido meu chakra e podia sentir como se fosse um músculo recém descoberto. Aos poucos começava a soltar a restrição, sentindo a energia se espalhar pelo meu corpo.

A questão era que precisava que essa nova habilidade fosse utilizada de forma rápida e a única forma de evoluir um músculo era treinando ele, continuei exercendo a função de fechar meus olhos e concentrar para a supressão de chakra, até que se tornasse algo tão natural quanto respirar, tão natural quanto a luz do dia... Que nessas horas já não se fazia mais presente, era hora de finalmente voltar para casa junto de Nagini.