O dia estava bonito, um pequeno resplendor da primavera, eu estava fazendo as minhas tarefas em casa e depois de fazer algumas compras para reabastecer o estoque. O resto do dia o plano era vagabundar, ler algum dos livros de guerra que estava empilhado e, talvez depois, ir para os arredores curtir a noite de Iwa. Porém nem tudo sai como o planejado...

Nesse meio tempo fui convocado para uma missão – bem, preciso de dinheiro para sobreviver, então lá fui eu! – que compunham eu e mais quatro ninjas. O problema deveria ser grande para aquela quantidade de gente. Imaginei.

O problema era a Midori Mizuno que fora sequestrada. Mas nossa inteligência já tinha localizado o QG. Mas a informação que não cabia era: “ainda tem muita gente para um sequestro com amadores”.

Após todas as informações serem ditas. Me aproximei do meu antigo colega de academia. Hito Kimura, o garoto prodígio do taijutsu.

- Essa será fácil! Não acha? – Perguntaria ao jovem. – Ainda mais com toda essa gente... – Olharia para todo o time.

Seguiria as ordens do Chuunin. Só observando ele e os demais membros do time. Enquanto isso colocava uma tarja explosiva em uma das minhas kunais. Estava começando a me animar. Aliás, poderia ver as habilidades de outros ninjas em ação.

E agora longe das garras daquela ninja irritante, quem sabe eu pudesse ter um pouco de sossego. Desde que ela me encontrou não tem um só dia em que ela não quer me treinar ou me ensinar alguma coisa do mundo shinobi.

Considerações:

A resposta positiva demonstrava que meu colega poderia estar animado também com a possibilidade de dar umas portadas em alguns bandidos. Um meio sorriso apareceu em meu rosto frio, mas logo se dissipou como uma brisa fria de inverno.

A menina de máscara, uma dos Chuunins, se inclinou em nossa direção e nos deu mais informações sobre a menina. Era uma estrangeira que fora raptado. Isso não poderia dar problema com outro país? Isso estava começando a complicar em minha cabeça. E ter tantos Chuunins daquela forma na missão começava a fazer sentido que seria mais complicada do que aparentava. Poderia eu acreditar que seria uma missão fácil? Não... Teria que me preparar para uma segunda ou terceira opção de ações a tomar, caso a ideia do líder desse errado. E meus devaneios justamente cessaram quando ele falou “vamos”.

A outra garota que também era de uma patente maior do que a minha e de Hito se mostrou prepotente, ao contrário de N que foi agradável conosco. Ela poderia ser um problema mais para a frente. Mas aquele comportamento dela não me tiraria do sério, apesar de ter percebido um sorriso amarelo de meu colega Genin.  Meu silêncio seria a resposta para ela, mas se tivesse a oportunidade de calar a boca dela em uma outra oportunidade, talvez eu faria.

N tomou a palavra para ela novamente e acalorou a conversa. Para mim tanto faz, mas pelo menos com ela conseguiríamos um diálogo. E ela nos fez uma pergunta sobre o que nós éramos bons. Parei para pensar no que poderia responder. Hito respondeu primeiro, era bom na porrada.

- Eu sou bom em ninjutsus elementais... – Falaria olhando para N e Ishida. Ele como capitão do time deveria saber toda a extensão do meu ninjutsu. Mas o Mokuton, não seria algo que sairia espalhando por aí. Até mesmo porque aquela ninja falou para eu usar como último recurso.

Então seguiria o Ishida de perto e mantendo distância da Chuunin arrogante.

Considerações:

A reação do líder de ficar de conversa com a jovem arrogante, que ficava empunhando sua foice, ou ficava calado o resto do caminho. De duas uma: ou ele estava seriamente preocupado com os problemas da missão, ou ele não tinha coisas a acrescentar quanto à missão . A segunda hipótese era a menos provável. Se ele fosse um líder inseguro teríamos mais um problema. Ou eu estaria pessimista demais. Mas como não os conhecia direito, precisava montar um plano suporte para caso o que eles estivessem planejando desse errado.

O primeiro comando era dado quando nos aproximávamos  da pequeno vilarejo. N usava uma técnica que faria o time desaparecer com exceção do capitão. Adentramos o pequeno vilarejo que se revelava ser paupérrima.  Passamos por umas casas até chegar em uma em que o capitão dava ordens em silêncio, simplesmente apontando para o Hito, N e a mim. Nos dividiríamos e cuidaríamos dos fundos. O capitão e a outra Chuunin entrariam pela porta da frente.

Ao chegarmos numa posição estratégica, conseguimos avistar dois inimigos que estavam sentados, bebendo e tagarelando.  N nos deu um comando: atacar sem causar barulho.

- Não vou garantir nada... – Falei a ela baixo. – E tem como nos deixar invisíveis de novo? – Questionaria já observando os movimentos que precisaria para me aproximar dos oponentes. – Um corte simples no pescoço? – Falava somente para os dois ouvirem.

Avancei em velocidade máxima, faltando dez metros para alcançá-los, realizaria selos e distribuía chakra pelo meu corpo para aumentar minha velocidade. Minha tentativa seria avançar em máxima velocidade aproveitando que eles estavam distraídos com suas bebidas e falações. A intenção seria aparecer na frente do que estaria de costas ou lado para nós e tentaria cortar-lhe a garganta da direita para a esquerda, com uma kunai que sacaria na hora, num movimento rápido e que ele provavelmente não conseguisse sequer reagir, e com a mão esquerda eu taparia a sua boca para evitar que ele fizesse barulho. Caso falhasse saltaria para ficar a cinco metros do oponente.

Status:

Armas:

”Jutsus”:

N aceitou a minha sugestão e nos tornou invisíveis e com as técnica utilizada eu consegui cortar a garganta do meu oponente, já Hito estrangulava o seu alvo pela forma como o alvo dele reagia.  Primeira etapa concluída com sucesso.  

Ao entrarmos era visível um alçapão, segundos depois ouviu-se uma explosão e o grito dos dois Chuunins que fizeram a entrada pelo lado da frente.  

“Será que aqueles dois caíram em uma armadilha? Ou isso é um combate com o oponente? Independente do que seja, todos os inimigos foram alertados!” – Pensava enquanto planejava os próximos passos.  

- Hito, como você é mais rápido do que eu, resgate o nosso alvo. Eu vou abrir caminho para você. – Já falava pensando no que poderia usar.  

Ao terminar de descer percebi o nosso alvo amarrada e amordaçada, uma garota de uns dez anos, e perto dela um homem musculoso e exibido com o braço estava nos aguardando após a explosão. Não pensei duas é fazia selos. Precisava deixá-lo ocupado enquanto o Hito iria buscar a menina. Ao terminar os selos, amassaria o chakra no estômago o transformando em Suiton, respirava o mais fundo que conseguia. Em seguida, disparava uma enorme quantidade de água pressurizada em direção ao homem. Queria saber qual seria a reação dele para planejar os próximos passos. Caso ele se desviasse eu o perseguiria com o jato d’água evitando meu companheiro de time e a menina.  

“Não posso entrar num combate corporal com esse cara! Vou perder na certa! Preciso deixá-lo ocupado para dar tempo para o Hito tirar a menina daqui... Ao mesmo tempo em que posso encher esse lugar.” - Cogitava as hipóteses, mas sem grandes certezas já que não sabia o que o brutamontes conseguiria fazer. E não sabia se poderia contar com os Chuunins chegando a tempo já que ouvi o grito do líder e da arrogante. Esperava que pelo menos a N conseguisse nos ajudar mais tarde.  

“... As coisas complicaram como eu imaginava que aconteceria!...” - Pensava sem tirar o olho do meu alvo e focando minha técnica nele.  

Considerações:

O plano caminhava como esperado. Consegui manter o inimigo ocupado tempo o suficente para Hito ir até a menina e a libertar. Mas quando ele chegou perto dela aconteceu alguma coisa que não consegui entender direito. Ele estava confuso do que fazer? Coçando a cabeça e olhando para mim com uma cara de interrogação.  

“Sério Hito que você não vai conseguir se livrar de umas simples correntes? Você é ou não um shinobi!” - Pensava comigo mesmo. No momento seguinte o companheiro de missão largava o seu posto e ia combater o inimigo.

“Idiota!” - Pensava comigo. “Não posso contar com ele! E ele nos colocou numa posição complicada... Sem os Chuunins aqui... Eu não tenho outra opção, senão usar o Mokuton!”. - Pensava mudando a estratégia e tinha que usar minha habilidade que não queria demonstrar tão cedo.  

Ao perceber que minha técnica de água não mais resolveria, parei. Em seguida juntei as mãos a minha frente, como numa reza, e manipulei meus dois elementos primários, fundindo os elementos para liberar a minha Kekkei Genkai, o Mokuton. Liberei uma grande quantidade de chakra para realizar minha técnica. E do chão ao redor do Hito apareceriam galhos que cresceriam até formar árvores. Cresceriam para enrolar Hito nelas o protegendo de todos os lados. E a parte que ele estaria continuaria subindo. Não o suficiente, ao mesmo tempo tinha dois objetivos:  

Primeiro, faria crescer árvores em volta do nosso inimigo e atacá-lo com as pontas de todos os lados e as árvores maiores tentariam amarrá-lo e espremê-lo.  

O segundo objetivo seria que novos galhos crescessem próximo a menina de forma que crescessem depois de passarem pelas correntes dela, estourando-as ao meio. Ela liberta, as árvores a enrolaria de forma similar ao Hito, completamente e subiria também.  

O crescimento continuaria incessantemente, tanto que forçaria as árvores a quebrarem o teto do lugar, tirando Hito e nosso alvo da sala e eu correria por entre os galhos e árvores para sair de lá próximo dos resgatados.  

Mesmo se tivesse visto o inimigo cair, não baixaria a guarda. Mas usar aquela técnica daquela forma esgotou uma boa parte do meu chakra. O que me causou certo cansaço. Mas se precisasse ainda me colocaria em combate. Além das árvores na sala abaixo, teria árvores por todo o terreno em cima também. Colocando o terreno ao meu favor.  

“Espero que os outros tenham derrotado os outros inimigos. Pois se continuar assim eu não vou conseguir continuar a batalha!” - Pensava no pior cenário possível. “Se aparecer outro inimigo vou precisar escondê-los”.

Considerações:

O meu intuito tinha dado certo. Consegui salvar Hito e a menina sequestrada. Agora ambos em minha posse. O inimigo também estava preso, tudo estava sob controle, apesar de tudo aparentemente ter dado errado. Aquela mulher falaria na minha cabeça que nem a mulher do leite. “FALEI PARA VOCÊ NÃO USAR ESSAS TÉCNICAS! Bla bla bla...”.

- Que saco! – Dizia sem ânimo.

Em seguida N chegava me elogiando. Olharia friamente para ela.

- Obrigado! Cadê os outros? – Questionaria ela. – Temos mais inimigos? – Seguiria com a segunda pergunta.

Enquanto esperava pelas respostas de N usaria da minha manipulação para libertar Hito e a menina.

- Consegui prender o inimigo lá embaixo! Como o líder não está, presumo que você seja a líder no lugar dele. O que devo fazer: mantê-lo preso, ou posso me livrar dele? – Dizia com uma voz fria e firme. Estava com uma mistura de medo, raiva e satisfação por ter usado a técnica com excelência. Meu corpo tremia pela adrenalina e também pelo uso excessivo de chakra naquela técnica.

Olharia ao redor em busca por mais informações enquanto descansava o meu corpo que estava dando os sinais de cansaço. Ainda não conseguia manter muito tempo em batalha usando técnicas de nível alto. De certo, precisava acabar com meus oponentes rapidamente ou escolher melhor as técnicas que usaria daqui para a frente.

“Preciso ser mais forte e mais resistente...” Pensava meio absorto em minhas ideias e planos para o futuro. Deixaria a N cuidar da menina. Aguardaria sua ordem para aniquilar ou não o inimigo.

Considerações: