Kumogakure, 12 anos atrás:

A figura inocente do garoto cujo destino muito ainda havia o que se desenrolar se encontrava sentada ao chão de um grande Hall na mansão dos Chinoike. Em cada uma de suas mãos, uma pequena figura de ação era o objeto de sua diversão, levando-o a mundos que ele mesmo havia criado em sua cabeça. Em volta dele, inúmeros brinquedos povoavam também o cômodo, quase como se fossem seus protetores, e além do próprio menino, as únicas outras figuras presentes no local.

O silêncio mortal da solidão em seu próprio lar somente era cortado pelas onomatopeias que o jovem fazia com a boca, enquanto colidia os bonecos em sua mão uns contra os outros.

Estava tudo calmo, como costumava ser todos os dias dentro daquela propriedade. Mas contra tudo que o garoto estava acostumado a experiênciar em sua residência, um grande barulho de impacto invadiu inesperadamente o cômodo, fazendo a criança dar um pulo e olhar para a direção do som com medo estampado no olhar.

A porta havia sido arrombada, e em meio a gritaria das dezenas de pessoas que invadiam sua casa, o pequeno Chouki pêde distinguir seu próprio pai, lutando para que sua voz se sobresaísse sobre a de todos os outros.

O garoto estava desesperadamente preocupado com seu próprio pai, que mal podia ser visto por entre a multidão de pessoas que o cercavam. Tentando alcançá-lo, o menino disparou em direção a multidão, tentando empurrar quem estivesse no caminho entre ele e seu pai.

- Pai! Pai!!! Me deixem passar! Pai!!! -

Mas seus esforços eram inúteis, por mais que tentasse com tudo que tinha, não poderia forçar um bando de adultos agitados a sair de seu caminho com a própria força. Chouki era somente uma criança.

- Chega!!!!!!!!!!! - A voz de seu pai, Chinoike Chouji, ecoou pelo salão.

E então, como mágica, todos ao seu redor pararam de se mover e falar ao mesmo tempo, como se houvessem se transformado em marionetes. Logo em seguida, todos baixaram a cabeça, abrindo caminho para que Chouki tivesse uma melhor visão de seu pai, que encarava o outro lado do salão, tão imóvel quanto todos os outros que o cercavam.

-Pai?... - Chouki perguntou com medo na voz.

Em seguida, o olhar do homem se virava lentamente em direção ao garoto, revelando um olhar morto, terrível, e olhos vermelhos penetrantes, rodeados por uma camada de sangue que cobria toda a parte superior de seu rosto. Quase como uma máscara.

- Chouki... -

Acordei com um pulo de repente, suspirando alto com o susto de encarar aquele olhar que meu velho me dera um dia. Com a agitação, deixei cair minha bolsa de equipamentos que repousava em cima do meu peito. Coincidentemente, uma kunai escapou da mesma, caindo ao chão no ângulo certo para refletir meu rosto. 

Minha expressão era de medo, minha testa estava suada, e o meu Ketsuryugan estava ativado, fazendo-me deparar mais uma vez com os olhos que havia acabado de ver em meu sono.

Depois que me acalmei, demorou um tempo para me situar. Perceber onde estava, o que estava acontecendo, e também que tudo aquilo não passava de um pesadelo, minha mente se divertindo em desenterrar coisas do passado. Apesar de ter ficado curioso com o porque de ter tido aquele sonho logo agora, uma vez que sequer pensava sobre esse assunto, me vi encarregado de uma questão muito mais importante para o momento.

A árvore sob a qual me encontrava deitado havia me agraciado com uma agradável sombra sob a qual cochilei pelo que suspeitava terem sido algumas horas. Contudo, agora que estava acordado, era hora de me encontrar com o grande chefão, "Bison", como a emissária havia muito bem falado aquele dia na vila da nuvem.

Levantei-me lentamente, reajustando meu traje o qual agora podia vestir a hora que quisesse, uma vez que não precisava mais esconder meu verdadeiro eu da segurança de Kumogakure. Em seguida, peguei meus pertences aos quais deixei cair no momento em que despertei e mais uma vez posicionei a minha bolsa de equipamentos nas costas, por debaixo de meu sobretudo.

Parei por alguns segundos, ainda me reacostumando com a realidade, demorei um tempo para processar onde ficava o Oeste.

Eu já havia começado a me mover em direção ao local indicado desde o dia em que a emissária visitou o vilarejo, e sentia que enfim estava chegando perto do momento em que me encontraria cara a cara com esse tal de Bison.

Levando a mão até o bolso de meu sobretudo, agarrei minha máscara e a levei ao rosto antes de respirar fundo e continuar seguindo ao Oeste, sempre alerta para qualquer estrutura que pudesse se encaixar na descrição de nosso local de encontro.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

Os últimos capítulos de minha longa e inusitada viagem em direção ao local indicado pela emissária me levaram até um estranho grupo percorrendo a mesma estrada que eu.

Vendo tratar-se de um grupo militar, meu primeiro instinto fora percorrer o ambiente com os olhos, procurando rapidamente por algum lugar para me esconder. Afinal, qualquer suspeita que eu pudesse ter de que ninjas da nuvem estavam na minha cola era justificável, eu já era um foragido havia uma semana.

Contudo, para minha surpresa, esse não parecia ser o caso. Dando uma segunda olhada, suas máscaras perturbadoras e o símbolo em suas roupas não seguiam o padrão de nenhumas das cinco grandes nações, pelo menos até onde o meu entendimento chegava.

Era no mínimo questionável que aqueles indivíduos se tratassem de ninjas da nuvem, e mais questionável ainda que qualquer outra nação estivesse vindo atrás de mim.

Por último, se ainda restava qualquer dúvida acerca do fato de eles estarem ou não me perseguindo, o fato de terem me ignorado por completo conseguiu por si só extinguir essa possibilidade.

Mas havia uma outra questão. Pelo modo como a emissária se portou nos portões de Kumo, Bison não parecia temeroso em comprar briga com inimigos poderosos como a vila da nuvem, e para se fazer isso, geralmente, se precisa de um exército.

Tendo isso em mente, e considerando que a aparição daquele grupo logo quando estava tão perto do local indicado parecia muito improvável para ser um simples acaso, comecei a me questionar se aquelas pessoas não podiam fazer parte de uma força tarefa do Bison, quase como um exército.

Por um lado, eu poderia estar certo, e nesse caso imaginaria que minha busca poderia praticamente ser dada por encerrada, uma vez que simplesmente planejava pedir-lhes para me guiar ao local indicado.

Por outro, eu poderia estar errado, e nesse caso estaria revelando para um grupo desconhecido sobre minha relação com Bison, o que eu não duvidaria que pudesse me colocar em apuros no futuro.

Mesmo assim, aquela parecia uma pista boa demais para deixar passar. No fim, simplesmente decidi que se estivesse enganado teria que matar todos no local e comecei a andar em direção ao grupo que agora aparentava estar montando um acampamento. Durante a caminhada até lá, caçaria com olhos algum objeto para usar como substituição caso viesse a ser atacado.

No fim das contas, me posicionei a cerca de 7 metros do grupo e preparei um Kawarimi em segredo, usando como material uma rocha a cerca de vinte metros das minhas costas.

- Bison… - Comecei a dizer sem perder tempo com introduções. - Eu deveria encontrar com ele em alguma espécie de esconderijo por aqui, temos assuntos a resolver. Vocês trabalham com ele, certo? Por acaso me fariam o favor de mostrar a direção?

Ao mesmo tempo em que falava, me mantia alerta para o caso de minha recepção não ser tão calorosa quanto esperava.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

À visão de um dos mascarados aproximando-se de mim, dei instintivamente um passo para trás. Não sabia suas intenções, afinal de contas, se eu tivesse sorte, o grupo se trataria de um bando de lunáticos subservientes a um mestre psicopata.

Contudo, suas intenções não pareciam ser necessariamente hostis, ao mesmo tempo que não senti nenhum ar de hospitalidade em seu gesto. 

O mascarado que havia aproximado-se fez-me o favor de indicar o local onde Bison estaria, juntamente com a informação de que ele dominava todo o local. Não soube definir ao certo se aquela informação deveria me acalmar ou me deixar mais nervoso. Por um lado, isso provavelmente queria dizer que quem estivesse do seu lado teria um certo nível de segurança por aquela região, além do mais, se seus planos envolvessem me matar, a emissária poderia muito bem tê-lo feito quando nos encontramos na saída da vila da nuvem, uma vez que se julgava capaz até mesmo de ameaçar o Raikage.

Mas por outro lado, estava pisando no território de alguém sobre a qual eu nada conhecia, todas as minhas suposições sobre o que os sinais que me eram apresentados podiam significar de nada valiam se aquele tal de Bison fosse uma pessoa diferente do tipo que eu imaginava.

Não era como se eu planejasse voltar atrás, mas agora que havia me introduzido para seus subordinados e me apresentado como seu convidado, duvidaria que tivesse como desistir daquela loucura, provavelmente muitos olhares já repousavam sobre mim, ou pelo menos julguei sábio assim deduzir.

- Obrigado pela informação, camarada, vou fazer questão de falar bem de você pro chefe. - Disse antes de perceber que o homem voltava a se ocupar com os afazeres do acampamento. - Hm, não é de conversar, né? Tudo bem... - Resmunguei antes de me virar em direção à cidade.

Respirei fundo antes de qualquer coisa, sabia que estava prestes a entrar na cova do leão, mas como disse, não voltaria atrás. Um passo atrás do outro, começaria a realizar minha caminhada em direção ao local indicado pelo homem mascarado, sempre lançando olhares discretos para meus arredores, tentando secretamente identificar qualquer pessoa que estivesse me seguindo.

Encontrando o lugar, analisaria bem sua estrutura, e ainda desconfiado, daria uma segunda olhada para ver se estava sendo seguido e então buscaria espiar pelas janelas antes de entrar pela porta da frente, tentando ver ou ouvir qualquer coisa suspeita vinda do lado de dentro. 

Caso minha tentativa de espionagem se tornasse frutífera, me demoraria extraindo o máximo de informação possível da situação, do contrário, seguiria direto para a porta da frente, entrando enfim no ponto de encontro acordado.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

Que decepção, parecia que independente de meus cuidados para tentar descobrir algo antes de entrar no local de encontro, qualquer surpresa que me aguardasse só estaria disponível quando emergisse naquele ambiente. Ainda cauteloso para que ninguém suspeito visse minhas ações, saí de perto da janela e me dirigi até a entrada, onde passei pela porta antes de me deparar com... Um salão de um hotel.

Já havia espiado por fora, então sabia que não teriam muitas surpresas me esperando do lado de dentro, mas mesmo assim, era estranho entrar no ponto de encontro do que mais parecia ser uma seita diabólica e se ver dentro de uma simples recepção.

Ainda estranhando aquela situação, fui prontamente atendido por uma funcionária de idade avançada, que logo após repetir o que aparentemente era o bordão do lugar, indagava-me que tipo de quarto eu gostaria de alugar.

Não sabia bem como responder aquela pergunta. Será que seria uma boa ideia revelar que estava aqui para encontrar com Bison? Talvez isso fosse muito direto, talvez pudesse levantar ainda mais olhares indesejados sobre mim, e além do mais, o que me garantiria que Bison não estava no hotel sigilosamente? Seria um problema revelar sua localização se esse fosse o caso.

No pouco tempo que tinha parar pensar sobre tudo antes que a situação ficasse estranha, uma ideia repentina cruzou minha cabeça.

- Na verdade... Eu não vim aqui para alugar um quarto. Estou procurando uma  pessoa... - Comecei. - Trata-se de uma mulher de cabelo castanho... Olhos rosados e ... um... triangulo... Um triângulo na testa. - Finalizei, tentando descrever as características físicas da emissária com quem havia conversado uma semana atrás, seguro de que se ela tivesse visto alguém com essa descrição, não haveria como ter dúvidas.

A visão de um dos homens mascarados agira como uma boa garantia de um plano B. Caso a atendente não tivesse nenhuma informação acerca da posição da emissária sobre a qual pudesse agir, a despistaria olhando para o homem mascarado e dizendo-lhe:

- Não se preocupe, já achei quem estava procurando... - E seguiria em direção ao homem, chamando-lhe às suas costas.

- Ei! É bem difícil dizer quem é quem quando se trata de vocês, mas alguém do seu grupinho me disse que o Bison estaria aqui... - Daria um suspiro de chateação e continuaria. - Eu não quero ser insistente, mas eu tenho uma reunião no mínimo importante com o cara, então será que alguém só poderia, por favor, me levar até ele de uma vez?! -

Contudo, caso a mulher de antes tivesse alguma informação sobre uma possível localização da emissária dentro do hotel, seguiria até ela, buscando me orientar melhor ao ver um rosto minimamente conhecido.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

"Então foi você que a Chun Li recrutou como traidor da Vila da Nuvem? Devia ter dito antes, rapaz..."

Tais palavras me intrigavam, no que me virei de costas e encarei a figura da mulher cuja aparência me havia feito pensar que não teria nenhuma real importância no contexto em que me encontrava.

Diante sua próxima provocação, sugerindo que alguma espécie de ingenuidade de minha parte, não lhe respondi. Por mais que estivesse surpreso de ver que a senhora fazia parte de tudo aquilo, contanto que sua identidade não fosse a de Bison, pouca importância ela teria para mim.

- Chun Li? Então esse é o nome dela? Agora que parei pra pensar... Eu me apresentei tão educadamente pra ela e a infeliz nem devolveu o gesto... - Disse coçando a cabeça com um ar de incomodo no olhar. 

Em seguida, no que dois homens mascarados saltaram entre mim e a senhora, encarei as três figuras erguidas em minha frente por alguns segundos antes de deixar uma leve risada de deboche escapar por entre meus lábios.

- Você parece pensar que eu subestimo o Bison e a complexidade de sua organização, e ainda assim, é você quem subestima minhas capacidades... Realmente acredita que esses dois vão ser o suficiente pra fazer alguma coisa contra mim? -

Neste momento, prepararia um Kawarimi no Jutsu com uma das cadeiras atrás do trio a cerca de 10 metros de distância deles, e continuaria:

- Vocês realmente precisam aprender a tratar melhor seus convidados... O Bison não ensinou isso pra vocês? * Hehehehe *... Pois bem... Deixe-mos a diversão começar! - Fecharia meus olhos, abrindo-os somente para revelar a coloração vermelha e que assumiriam e o sorriso assassino em meu rosto.

Utilizando de meu Genjutsu: Ketsuryugan, tentaria prender o mascarado mais a direita no genjutsu, fazendo-o lançar um ataque surpresa com sua espada na garganta de seu companheiro.

Duvidava que qualquer um daqueles esquisitos tivesse a uma mente forte o suficiente a ponto de resistir ao meu genjutsu, mas se fosse esse o caso, estenderia meu braço para a esquerda, lançando uma rajada de sangue que faria uma rota circular, onde atingiria o mascarado da esquerda, fazendo-o tombar em seu amigo.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

À visão de um dos homens mascarados atingindo seu companheiro com um golpe fatal, estava pronto para finalizá-lo com a ordem que desmaiasse antes de, com um suspeito estalo de dedos daquela mulher, o mesmo desmaiasse, ou melhor deveria dizer, morresse, bem em minha frente.

- Eu acabei de assassinar um de vocês bem na sua frente e você está rindo? - Lembrei-me então de meus dois anos fazendo parte da liga dos vilões, tantos rostos sujos e desagradáveis que encontrei por lá. A maioria deles não valia nada, e os superiores daquela organização não pareciam serem diferentes.

- E se eu o tivesse mandado cortar a sua garganta, será que isso ainda seria engraçado? Pra mim seria, com certeza... Bom, não estou aqui para lhe ensinar como tratar seus subordinados. - Lembrei-me de meus amigos ainda residentes da vila da nuvem, me esperando ao fim de toda aquela confusão. - E com certeza eu só acharia isso engraçado até o ponto em que Bison decidisse se vingar de mim, se é que ele não dá a você a mesma importância que você dá aos dois corpos que estão sendo levados daqui nesse instante. -

Viraria-me em seguida, sob a sentença de "sente-se" disparada pela mulher, aproximando-me da cadeira recém construída a partir de um pó dourado e sentando logo em seguida, cruzando a perna direita sobre a coxa esquerda e apoiando o queixo no punho direito, na posição típica em que uma figura poderosa se encontraria, tentando demonstrar superioridade frente a figura da mulher.

- Além disso, não pense que você me enganou, eu sei muito bem que não matei aquele homem. Então das duas uma: Ou você é uma Shinigami que consegue matar as pessoas com um estalar de dedos, ou seu estalo de dedos foi nada mais que um sinal para alguma coisa... ou para alguém... *he he he he* isso não me tem importância, contanto que eu não seja seu próximo alvo. Vamos ao que interessa. - Me arrumaria um pouco na cadeira antes de continuar. - Eu adoraria liderar a conversa mas... Assumo que não sou a pessoa com as informações aqui... E já que a promessa de que eu teria a oportunidade de me encontrar com Bison parece não ter sido nada além disso, uma promessa... Por que não começa me falando exatamente o que estamos fazendo? Sabe... Qual o grande plano? -

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

- Sabe, minha Senhora... Eu adoraria ficar aqui o dia todo e descobrir o que as pessoas desse lugar acham de mim, mas a não ser que isso vá me ajudar a conseguir o que quero no final... Acredito que nosso tempo poderia ser usado para discutir coisas mais relevantes. Ainda assim, gostaria que não lançasse homens armados em minha direção, Você ficaria surpresa de saber o quão incômodo isso pode ser. - Diria, com um sorriso no rosto, sem olhar em direção à mulher que perambulava pela sala após sua indicação de que Bison haveria me tido como incapaz de matar a sangue frio.

Já me encontrava pensando em uma resposta para a continuidade de sua fala, resposta essa que, infelizmente, nunca teve a chance de ser dita, uma vez que o fim de sua fala marcara o aparecer de uma nova figura no ambiente, uma que parecia ter pousado após saltar de um nível mais alto do que o que nos encontrávamos. De todo modo, alguém pousou entre nós dois, um pouso preciso, ao mesmo tempo que pesado, uma imponência em sua própria imagem que fez até mesmo meu coração saltar por um segundo, um mero segundo antes de me lembrar de que era o Joker, e não tinha medo de ninguém.

Em uma primeira olhada, me impressionei com o tamanho daquela pessoa, era alto, e não só isso, mas seu uniforme conseguia deixar toda a imagem daquela pessoa com um tom ainda mais "severo".

"Severo" parecia a palavra perfeita para descrever aquele homem, pois não só era o que sua imagem me sugeria, mas sua próxima sentença de "Já chega, Ouro" fora suficiente para calar a mulher que tanto tomara gosto por falar desde que revelara sua identidade.

- É, Ouro. Já chega, os adultos vão conversar agora. - Reforçaria sarcasticamente a ordem de Bison.

Meus olhares se desviariam para seus pés, subindo de pouco em pouco até se travarem em seu rosto, alargando ainda mais o sorriso que se encontrava em meu rosto.

- Pelo jeito como a colocou na coleira tão fácil, seria você finalmente aquele que chamam de Bison? *He he he* É engaçado: Você é exatamente idêntico à imagem que criei na minha cabeça.

Vendo a forma como ele me questionava acerca de meus motivos, senti que se planejava criar qualquer tipo de relação de confiança com Bison, aquele seria meu primeiro passo. Então, querendo causar-lhe uma boa expressão, levei a mão até o rosto e retirei minha máscara, em um gesto que deveria simbolizar aproximação de minha parte. Incerto da impressão que isso causaria nele, começaria a lhe responder.

- Pergunta interessante... Se você for no mínimo tão esperto quanto eu, tenho certeza que acompanhou a situação aqui em baixo em algum grau antes de dar as caras por aqui. Se esse for o caso, suponho também que tenha ouvido nossa cara amiga "Ouro" se referir ao Raikage como "Líder da minha nação". Bom, eu conseguiria imaginar o porque  de uma pessoa comum ter essa imagem dele, mas acontece que eu... E vim aqui com fé de que você também, consigo enxergar a verdade por trás da mentira: O Raikage não é nenhum líder, e seus ninjas não são heróis... A verdade Bison, é que somos todos vilões, a diferença é que eu e você não somos hipócritas quanto a isso. Então vou lhe dar a mesma resposta que dei à Chun-Li antes: Eu odeio os burocratas que governam esse mundo, e nada me faria mais feliz do que vê-los assistir seu império ruir diante de seus olhos. Eu realmente acredito que livrar esse país da hipocrisia dos Shinobi seja um baita primeiro passo para conseguir esse objetivo, claro que existem motivos pessoais ainda por trás desse desejo, mas não creio que você tenha interesse em saber da minha vida à esse nível. O que importa, é que meus objetivos convergem com os seus, e eu farei de tudo para alcançar meus objetivos. -

Não precisava mentir para ninguém naquela sala. Assim como fizera com Chun-Li uma semana atrás, somente precisava contar a verdade de um modo que inspirasse confiança.

Não havia mais sorriso em meu rosto, falava sério como alguém que já experienciara aquilo muitas vezes, ao mesmo tempo que tentava não permitir que minha inexperiência transparecesse.

- Eu aspiro ser conhecido como o maior vilão da história, e deixei a minha vila, se é que um dia realmente pertenci a ela, afim de procurar a liberdade que preciso para cumprir meu objetivo. Quanto à ajuda que busco... Quero que no fim de tudo faça o meu nome conhecido como o responsável pela extinção dos ninjas no País do relâmpago... - Levantaria-me bruscamente da cadeira, fechando meus olhos e os abrindo novamente, revelando a aparência única do Ketsuryugan em meu olhar. - Faça isso, Bison, e meu poder estará à sua disposição. -

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

- Que bom que estamos na mesma página então. Considere o trabalho feito. - Diria, esforçando-me ao máximo para não deixar transparecer minha repulsa pelos ideais autoritários do homem na minha frente. - Já que estamos no assunto da operação que será levada em diante daqui pra frente. Gostaria de fazer-lhe um pedido, senhor Bison. - Começaria, estranhando por completo o ato de chama-lo pelo honorífico de senhor. - Apesar de não hesitar em sujar as mãos, acredito que minhas habilidades possam ser muito melhor aproveitadas em uma posição um pouco mais estratégica do que de mais um em meio ao bando no campo de batalha. Tendo dito isso, não espero que me garanta uma posição como um de seus generais, por exemplo, pois compreendo que  ainda é muito cedo para que confie em mim. Mesmo assim, gostaria que me desse a autoridade para comandar a nossa operação pelo país do Relâmpago, sabe... Como uma oportunidade de lhe mostrar os benefícios que nosso acordo pode oferecer, talvez isso nos ajude confiar um pouco mais um no outro. 

E então, independente de qual fosse a resposta do homem para meu questionamento, responderia-o:

- Pois bem, confio no seu julgamento para conduzir nosso plano. -

E mesmo assim, antes de decidir partir do lugar, questionaria-o acerca de um assunto a qual pensava já havia algum tempo:

- Antes que eu me vá, tem algo que vêm me incomodando desde o dia em que deixei a nuvem... Chun-Li entregou um pergaminho para o Raikage no dia em que visitou a vila. Disse para que ele fosse lá ou enviasse um de seus capangas, e então descobriria o que aconteceria a eles caso recusassem a nossa oferta. O que exatamente os ninjas de Kumogakure irão encontrar ao se dirigirem às coordenadas? Confesso que parte do motivo de minha pergunta é por uma curiosidade pessoal, mas ao mesmo tempo, se vamos partir para a batalha contra um país, considero importante saber a situação de nossa relação com sua capital.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

- Hm? O País do Relâmpago lhe pertence?... * Hehehe * Me surpreende o fato de esse domínio nunca ter se tornado aparente para mim. Bom... Acredito que isso seja bom, pessoas como você não precisam vir a luz. O mesmo poderia ser dito de mim, se não fosse meu desejo de enviar uma mensagem para o mundo. -

Meu olhar se repousaria sobre Ouro no momento em que anunciara sua saída. Era difícil não notar sua hostilidade em relação a mim. Será que se sentia ameaçada? Ou simplesmente com ciúmes pelo desenrolar de minhas negociações com seu mestre? De todo modo, nada lhe disse, somente a encarei enquanto deixava o cômodo, retornando meu olhar para Bison logo após a mulher deixar meu campo de visão.

- Ela não parece muito contente. Me pergunto o motivo disso... Parece que todos os seus subordinados são problemáticos de alguma forma, ao mesmo tempo que aparentam ter uma submissão quase absoluta a você. - Então, minha expressão séria de antes se transformaria em um sorriso, não um sorriso sarcástico ou malicioso como anteriormente, mas sim, pela primeira vez desde que adentrara naquele ambiente, de hospitalidade, mesmo que falsa. - Espero que possamos ter uma conversa mais descontraída quando eu retornar de minha missão. Pondo os assuntos da guerra de lado, pela forma como te vejo conduzir tudo isso, acredito que poderia aprender muitas coisas com você! -


E então, ouvindo sua resposta à minha indagação acerca do que haviam nas coordenadas entregues ao Raikage, mais um vez com o olhar sério, daria as costas para Bison e começaria minha caminhada até a mesma porta por onde entrei, parando um pouco antes de atravessá-la e virando o rosto de lado, me referindo ao homem:

- Não vou mentir, seus métodos são um pouco mais brutais do que os meus. Não quero me gabar ou me colocar acima de você, mas creio que talvez isso seja porque nunca precisei chegar nesses extremos... Bom, também é uma comparação um tanto quanto inviável, eu luto contra ninjas, você luta contra nações, acho que a intimidação tem um papel importante em seus planos... Vamos somente concordar que isso seja mais uma das coisas sobre as quais podemos conversar quando eu retornar... - Daria uma pausa em minha fala, pensando comigo mesmo o quanto desejava que aqueles corpos não fossem de civis, e então continuaria:

- Se não temos mais nada a tratar aqui, estarei começando minha jornada. Afinal, tenho muito chão pela frente. - Caso o homem não me impedisse de algum modo, sairia do local fazendo um aceno com a mão - Até, Bison! Estarei retornando em breve com boas notícias! - Diria, antes de notar que ele sequer se encontraria mais lá. Não sabia o quanto havia escutado do que falei, mas esperava que ao menos o suficiente.

Acontecimentos: [Saída] Registro aqui: Para todos os meios, isso não é uma traição

- Registro aqui: Para todos os meios, isso não é uma traição! Estou me dirigindo à Nuvem para coletar informações e possivelmente enganar o Raikage. - Dizia, encarando meu próprio reflexo em uma kunai já do lado de fora de Raio verde.

Bison ou o Raikage? Somente o futuro poderia me dizer qual deles dançaria conforme minha música. Independente de ser um ou o outro, eu não me permitiria perder. A primeira peça daquele longo e árduo jogo hava sido movimentada, e agora, partia em direção de meu segundo movimento: A vila da nuvem.

Obviamente, mantive-me vigilante para o caso de estar sendo seguido, tomando cuidado a todos os momentos para não ter um infeliz encontro com qualquer membro da Ordem à quem havia jurado lealdade.

Independentemente do desenrolar de meus afazeres por lá, continuaria o destino de minha viagem logo após, dirigindo-me ao norte, assim como havia sido instruído por Bison.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

Ignorante quanto a presença de meu perseguidor indesejado, continuei seguindo minha viagem tranquilamente, assim como havia planejado, até enfim chegar no meu destino.

- Droga, logo quando eu estava me acostumando a não estar cercado de gente estranha... - Disse para mim mesmo ao avistar, ao longe, o acampamento ao qual Bison havia se referido.

Duvidando que qualquer um deles pudesse ser diferente dos fracotes aos quais havia "enfrentado", se é que poderia chamar assim, julguei que o movimento mais sábio a se fazer de início seria procurar o atual comando daquele acampamento.

Em um primeiro momento, me absteria de explicar minha identidade para qualquer um alí presente, somente esclarecendo a situação caso fosse abordado por alguém acerca do assunto:

- Vocês estão muito mal informados. Me chame de Joker, fui designado por Bison para comandar a operação. - Seria minha resposta antes de procurar pela pessoa no comando.

No caso de a encontrar, aproximaria-me com as mãos nos bolsos e um olhar despreocupado no rosto, logo em seguida pedindo por um maior esclarecimento acerca da situação toda.

- Para todos os efeitos, me chame de Joker. Fui enviado aqui por Bison e vou estar no comando dessa operação daqui pra frente, espero que tenha sido informado. Mas me diga, qual a nossa situação atual, e o que estávamos planejando fazer em seguida? Além, é claro, de qualquer informação que julgue importante trazer a tona acerca de nossa missão. -

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas: