風邪

Akira atualmente era uma conceituada Iryo-han, responsável por auxiliar no hospital de Suna e cuidar particularmente do tratamento de shinobis do alto escalão, porém em seu passado distante, fora conhecida como uma cruel e insensível assassina da vila, liderando o esquadrão de rastreamentos e assassinatos, sendo meticulosa e impiedosa em suas tarefas.

- Olá Katsu, como você está?. - . A mulher interrompia meu treinamento diário com a espada, me fazendo ir até a área externa da casa, onde a mesma se encontrava segurando um pequeno pergaminho enquanto o lia. Ao que parece, teremos agora nossa primeira missão juntos. Devemos encontrar Hakomoto na saída da vila para receber mais informações. Arrume suas coisas para partirmos. Acreditava que hoje teria um dia de folga, pelo visto estava errado, consenti sem dizer nenhuma palavra, e me direcionei para dentro da casa para arrumar principalmente seus equipamentos e colocar a bandagem em meu rosto, e não esquecer o foco especial em minha espada recebida outrora pelo sensei samurai.
- Estou pronto, Akira Hanada. - Ambos saímos da minha residência rumo ao ponto de encontro definido por Hakomoto.

- Vejo que ainda se lembra de mim - Chegava a ser bizarro vê-la exibir um sorriso, depois de anos sendo a assassina fria e extremamente calculista.

風邪

A minha residência ficava na extremidade oposta do portão do vilarejo, logo a caminhada de um ponto ao outro era relativamente longa. Hakomoto já estava à nossa espera no ponto de encontro determinado, havia em seus pés diversas sobras de seus costumeiros charutos, levando a crer que o mesmo já havia fumado uma quantidade grande enquanto aguardava.

- Finalmente chegaram, já estava ficando impaciente. Não vamos demorar mais, irei passar as informações que precisam para seguirem adiante na missão. O grande homem olhou para mim com um sorriso sarcástico estampado no rosto, não entendi a razão, talvez Nagini? Olhei seriamente meu superior, sempree incomodava quando agiam assim. - Como sabem, as coisas estão complicadas no mundo todo. Recentemente recebemos a informação que uma base inimiga foi formada na fronteira com o país da chuva, precisamos saber exatamente sobre a situação no local, devem relatar cada aspecto importante, envolvendo quem são os inimigos e seus números. Tentem evitar entrar em combate, não há possibilidade de mandarmos quaisquer tipos de reforços até o local no momento, estão sozinhos nessa tarefa!

Não houve objeção nem por parte minha e nem por Akira, apesar de ser uma missão relativamente arriscada para nós, não deviamos demonstrar sentir nenhum perigo em relação a tal, o que era esperado de alguém de alto nível como nós.



- Vamos, Katsu. Devemos partir imediatamente. Esteja pronto para tudo quando chegarmos. -

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A travessia pelo deserto agora já era mais fácil do que as vezes anteriores, com a presença de Akira as coisas se simplificaram ainda mais, por conta de sua invocação.

Nos Aproximavamos da base no fim da tarde, o sol ainda estava se pondo e dando lugar a lua e as estrelas. O grande pássaro nos deixava ainda algumas milhas de distância para evitar que fossemos vistos. - Vamos esperar o anoitecer, assim podemos nos infiltrar com mais facilidade. Aproveitemos este intervalo para descansarmos. A ordem foi acatada e me ajeitava no solo ainda acalmando Nagini pela viagem.

Não teve conversa, apesar de estarmos sem nos ver a anos, logo o sol se pôs e a lua e as estrelas assumiram no céu, esta era a deixa para que pudessemos dar inicio a infiltração na base inimiga. A mulher sinalizou para o avanço e cautelosamente - escondidos nas sombras - aproximamos. A base não era muito grande, não tinha mais do que cem metros quadrados, talvez um ponto de abastecimento de armas ou um ponto de encontro, levando em consideração que ali jamais conseguiria suportar uma quantidade considerável de pessoas. Pelo tamanho, julgo que nossos inimigos não passem de quinze, Katsu. Não teremos problemas se não vacilarmos, me siga e faça o que eu disser. Akira sempre fora do tipo mandona e apesar de minhas habilidades furtivas compreendia meu lugar e apenas concordava. Os inimigos ali não eram muito profissionais, afinal de contas o esconderijo era extremamente visível, não tendo quase nenhuma outra construção ao redor, camuflado ligeiramente por se localizar atrás de um morro não muito alto, morro este no qual estavamos no pico, já tendo visão do local por onde iriamos entrar.

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Como deduzido, não houveram problemas para entrar, a porta estava destrancada e não havia nenhum guarda do outro lado da mesma. Agora no interior do local, nós dois estavamos em um corredor que em seu fim daria acesso a outro praticamente idêntico, no entanto este último possuía quatro portas, estando uma delas entreaberta.

Akira parou por um momento e me orientou a fazer o mesmo, ela se agachou e com a palma da mão direita tocou no chão. - Há apenas uma pessoa nesse andar, ele está exatamente no cômodo que a porta está semiaberta. Vamos até ele. Akira era uma excelente kunoichi, suas técnicas de assassinato e rastreamento eram notáveis, estando muito a frente em questão de habilidade em relação a grande maioria dos outros ninjas.

Nos movemos até a porta, um em cada lado da mesma, sempre aguardava os sinais daquela que liderava a missão para que pudesse agir. A mulher observou pela fresta aberta e conseguiu visualizar o homem que estava ali. Sozinho, o único inimigo organizava o grande arsenal de armamentos que tinha estocado, caixas e mais caixas repletas das mais diversas ferramentas feitas para ceifar vidas. Continuava quieto, apenas aguardando que Akira desse alguma ordem para avançar novamente.

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Akira sinalizou para que entrassemos na sala, sorrateiramente e de maneira quase inaudível, rendemos o shinobi ali presente, impedindo-o de gritar com a lâmina da espada da mulher posta na boca do inimigo. - Murad. Quanto tempo. Ao que tudo indicava, era um velho conhecido da kunoichi de Shüra, logo notei a bandana com o símbolo da areia riscada em sua testa. O rapaz com a lâmina na boca começou a suar e tremer, certamente conhecia Akira e a sua fama. - Quando eu liderava o esquadrão de assassinatos, Murad era um de meus subordinados. Juntamente com alguns outros membros, roubaram documentos e jutsus secretos de Suna, além de vazarem informações confidenciais para o país que pagasse melhor - . As coisas faziam um pouco mais de sentido agora.. A missão tinha relação com a Anbu, talvez eu não estivesse ali por acaso. Ela mudou a quem destinava sua fala e prosseguiu. - Agora, Murad. Diga-me, Zenpaki está aqui? Ele está liderando você e os outros nessa maldita base? - O homem estava completamente em choque com a situação, certamente não esperava dar de cara com sua antiga líder. Ele consentiu apressadamente com a cabeça. - Muito bem, as coisas mudaram. Não precisamos de informações, vamos expurgar todos que estiverem aqui. São traidores. O homem tentou falar algo para suplicar que poupasse sua vida, mas não houve tempo para isso, a lâmina gelada atravessou sua cabeça e subiu violentamente, cortando-a no meio. Certamente essa missão me serviria como um aviso claro ao que acontecia aos traidores.

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Saímos da sala e nos direcionamos para escada que dava acesso ao primeiro andar, Akira novamente tocou o chão logo que chegamos aos pés da escadaria. Sentiu-se intrigada, conseguiu apenas rastrear duas pessoas no andar, no entanto, era possível sentir - pouco nitidamente - outras presenças além das duas anteriores, porém ficou claro para ela que essas outras pessoas não estavam no mesmo andar. - Tem algo estranho, Katsu.. Em minha cabeça automaticamente surgiu a ideia de que podiam estar utilizando da mesma habilidade de supressão que eu detinha.

Ainda aos pés da escadaria, Akira verificava a localização exata dos dois ninjas que havia sentido naquele andar anteriormente. - Um deles está na última sala ao fim do corredor à nossa esquerda, não se movimenta, aparenta estar sentado. O outro está se movendo de sala em sala no corredor à direita, parece fazer ronda naquela área. Provável que tenha outros por aqui. - Notei o quão perspicaz e habilidosa a minha antiga colega de academia era, sempre dita como um gênio comparada aos demais e agora fazia jus à esse estado, eu tinha muito a aprender com essa invasão. Continuei ainda calado, apenas aguardando, até que Akira sinalizou com as mãos para que eu avançasse em um.

Corri e me encostei na parede ao lado da entrada do corredor, esperando o homem que fazia a ronda entrar em uma das salas e assim poderia entrar na próxima que seria a ronda seguinte do guarda.

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Já dentro da sala, me coloquei acima da porta, me segurando em duas kunais que tinha cravado na parede e com as pernas apoiadas na parede. O plano funcionou perfeitamente, o homem abriu a porta sem que notasse minha presença, que logo que o vi dar alguns poucos passos dentro do cômodo, antes que fizesse a volta empunhei a espada com a mão direita e saltei em cima do homem. Agora no chão, Cravei a espada em suas costas enquanto tapava a boca do mesmo com minha outra mão. Silêncio permanecia.

Saindo da sala, pude ver Akira vindo em minha direção, havia manchas de sangue em suas mãos e espada, mais do que antes. Ela já tinha finalizado por ali também.
Levantando um tapete que se encontrava na última sala do corredor, era possível encontrar uma pequena entrada que dava acesso para um andar subterrâneo.

A escada que concedia a entrada para o andar debaixo era relativamente longa, possuindo cerca de dez metros de comprimento. Ela estava em uma espécie de um poço, cercado por paredes estreitas que facilmente poderiam sufocar qualquer um claustrofóbico. Ao final da grande escada se encontrava uma porta que nos separava de possíveis novos inimigos. Akira pousou a mão sobre o meu peito, me impedindo de avançar. Ela se abaixou e como de costume tocou o chão novamente, buscando sentir a presença de alguém por trás da porta. - São cinco, estão logo depois daqui. Há apenas um pequeno corredor que nos separa deles. Um deles possui uma quantidade de chakra extremamente alta, é melhor termos cuidados. Confirmei movimentando minha cabeça.

A mulher abriu a porta, já não se importava mais em ser vista, parecia até que estava em seus planos toda aquela matança, talvez... Já soubesse dos nukenins antes. O corredor era estreito, possuía cerca de quinze metros apenas e a única saída era a que dava acesso à sala onde os homens estavam. Era possível ver dois deles se movimentando de um lado para o outro, o que faziam não era possível decifrar, mas não pareciam fazer rondas.

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- Seja bem-vinda, Akira-sensei. Uma voz grossa e rouca vinda da sala se apressou em dar as boas vindas.

Graças à minha supressão ele parecia não ter me notado, isso era um ponto positivo. [color=red] - Suponho que tenha eliminado meus homens lá em cima, teremos a velha e boa Akira de volta? Eu cuido dele, você da conta dos outros? - Novamente, confirmei.

Akira se movimentou quase instantaneamente até seu inimigo, começando ali entre os dois fortes e rápidas trocações de golpes com as espadas, fazendo-as tilintar em meio as pancadas entre as lâminas.

As coisas não saíram como planejadas, outros dois se juntaram a Zaraki em seu embate contra Akira. Foi então que pude finalmente aparecer, usando toda a minha velocidade, utilizei do iaido para cortar um dos homens pelas costas e proteger minha antiga colega do golpe que receberia.

Os outros avançaram simultaneamente em minha direção, empunhando simples kunais. Um dos homens tomou a frente e desferiu seu golpe, enquanto o outro esperava na retaguarda. Um golpe lento o suficiente para que me defendesse apenas desviando do ataque e retribuia com uma estocada de cima para baixo em seu peito. Restavam dois, ambos os inimigos agora se encontravam lado a lado, parados há cerca de cinco metros de mim. Não podia expandir por completo minha sombra, com a força muscular do homem que enfrentava Akira,, era possível que ele se soltasse e ela não, ocasionando um grande problema, o raciocinio rápido me ajudava a decidir o que fazer. Soltei a espada no chão, deixando-a quicar enquanto executava os selos necessários para a técnica. Eles eram lentos e o lugar pequeno demais para tantas pessoas lutarem ao mesmo tempo, foram facilmente capturados pela minha sombra.

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Me aproximando de um dos inimigos, executei um golpe rápido e profundo a espada na garganta do mesmo, abrindo um grande corte no local, dando início a um sangramento em alta escala no inimigo.
Desviei o olhar rapidamente para ver a situação que se encontrava Akira, e me espantava com a velocidade em que se enfrentava.

O outro inimigo era executado da mesma forma, a manipulação de sombra com minha habilidade em kenjutsu eram verdadeiramente uma combinação aterradora, Quando me preparava para auxiliar minha colega de alguma forma, o segundo homem derrotado ainda deitado realizava alguns selos de mão e então estendeu uma grande corrente elétrica que percorreu até a mim que esquivei rolando para a lateral. No entanto, o raio acabava acertando assim alguns barris de materiais inflamáveis que estavam há poucos metros atrás, iniciando assim um incêndio que em pouco tempo se alastraria por todas as delimitações da residência, subindo até mesmo para os andares superiores. Merda.

A única batalha remanescente era o duelo entre Zenpakii e Akira, deseja me enfiar em meio ao combate, mesmo que parecesse ter um nivel superior, mas percebia a falta de percepção da dupla sanguinária se enfrentando e sequer notando as chamas no local. - Essa merda de base deve estar repleta de material inflamável! Akira!

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O duelo de velocidade alucinante entre Akira e seu adversário se prolongava, em sua maior parte era a mulher que atacava constantemente o grande homem, este que mudou completamente sua expressão de autoconfiança para uma que beirava o desespero.

Os minutos foram passando e eu sentia a respiração ficar mais pesada por conta da inalação da fumaça gerada pelas chamas - essas que agora dobraram seu tamanho em pouco tempo. - Rápida e afiada como sempre. Vejo que o tempo não lhe fez mal, Akira - Zenpaki conseguiu espaços para falar durante suas defesas e falhas tentativas de ataques. - Sinto muito, mas teremos que deixar esse nosso duelo para outro dia. Agora infelizmente tenho que partir, meus clientes não ficaram felizes caso eu venha a morrer ou ser pego como refém. Akira sequer respondeu seu ex-companheiro. Zenpaki então desapareceu da vista tanto da mestra quanto de mim, - Hiraishi... Resmungou Akira um nome que não fazia muito sentido para mim. - Agora devemos sair, corra para a escada e vamos subir! Gritava a mulher finalmente percebendo o grande problema que tínhamos. Precisávamos sair rápido dali, caso contrário ficariamos presos à escombros aguardando um inevitável fim.

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Ambos subimos, deixando para trás o nível subterrâneo e saindo da base em seguida. O fogo continuava a se espalhar rapidamente, já atingindo completamente o primeiro nível e começando a subir para o segundo. - Eu não deveria ter deixado ser tomada por meus sentimentos e.. - Realmente era uma situação próblemática, mas devíamos conseguir sair dali sem grandes dificuldades afinal, graças à fuga inesperada do Nukenin, - Eu teria feito o mesmo. Então, você já sabia que estariam aqui, não foi? - Dizia enquanto corríamos para uma das janelas aparentes, em meio a fuga era possível ver um ou dois bandidos também fazendo o mesmo, mas não era hora de parar e enfrentá-los.

- Sim, Eu estava os rastreando. Fiquei sabendo que você está querendo servir a Anbu, por um bom tempo fiz parte do esquadrão, como líder, então quis te trazer para ver como você age... Apenas de muito quieto, continuava esperto como sempre, Katsu. - A aprovação dela não significava muita coisa para mim, mas de certa me dava algum orgulho em ouvir palavras de elogio vindo de alguém mais experiente e certamente mais habilidosa. Enfim, saíamos pela janela, podendo finalmente partir daquele lugar. Durante o salto para fora da base, Akira realizava os selos e invocava são falcão bem abaixo de nós.

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A viagem de volta foi tranquila e a chegada em Suna se deu pela madrugada, olhando para o céu era possível chutar que faltava cerca de três ou quatro horas para o nascer do sol. Decidimos em conjunto ir de encontro há aquele que deveriamos reportar a missão, mesmo que este estivesse dormindo. Para nossa sorte e azar do homem, ele estava acordado, ao que parecia fazia plantão no quartel-general, a situação atual e constantes ameaças de possíveis batalhas entre as vilas fizera com que algumas coisas mudassem na administração e segurança de Suna.

- Pois olhe só, voltaram. Nos analisou da cabeça aos pés, percebendo sem problemas que estivemos em combate. - Não conseguiram evitar lutar, não é mesmo? - Akira sinalizou positivamente com a cabeça e logo passou o relatório todo sobre a missão para o homem, que a ouvia atentamente enquanto fumava seus costumeiros charutos. - Então as coisas se complicaram bastante. Infelizmente não conseguimos saber quem os contratou, como disse, aparentemente somente Zenpaki tinha tal informação. O Hhomem fez uma pausa, respirou fundo e deu a última tragada no que há poucos minutos tinha sido um longo charuto. Ao menos a base tinha sido destruída e assim neutralizada. Com as devidas dispensas poderia voltar para minha residência e finalmente ter algum descanso.