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– Dia de Babá, que incríveeel. – Ela resmungou, como de costume, tornando sonora o descaso que possuía por qualquer atividade que lhe exigisse o mínimo de seu esforço. Aterrissaria ao avistar a localidade que deveria visitar.  Uma típica construção de estuque, com a mesma coloração alaranjada das tantas outras existentes na vila da Areia.

Kuromi sacou o pergaminho de sua bolsa de armas, para se recordar do nome da sua contratante. Devido a sua má vontade em estar atuando naquele dia, não havia prestando atenção nos kanjis marcados no papel como deveria. Um rubor acometeria sua face, quando os orbes chocolate encontrariam a finalidade de seu tramite e da delicada condição de sua cuidada. Sem que houvesse tempo para recuperar-se de seu choque, a Nara seria cumprimentada pela requerente de seus serviços.

– B-bom dia, Senhora Aoki. Meu nome é Nara Kuromi e... Estou aqui para acompanhar a Natsuki. – Ela diria, pausando para observar a mulher e a garotinha que a acompanhava. A pequenina era nitidamente frágil e sua face ainda que esboçasse uma empolgação genuína, transparecia a sua débil saúde. – Muito obrigada, one-chan! – Responderia a menor.

Chegando aos campos de treinamento, a Genin se adiantaria, sacando de seu inventário quatro shurikens. Segurando as outras três na canhota, com a destra ela lançaria um arremesso certeiro em direção ao boneco de palha, usado como alvo.

A dona de madeixas róseas então entregaria uma estrela de aço a garotinha, orientando-a como empunhar o armamento corretamente e para que repetisse o movimento, como demostrara. Mesmo espelhando os movimentos da mais velha, a arma lançada por Natsuki encontraria o chão arenoso a menos de um metro de onde as duas estavam.

Os braços finos se elevariam, mais uma vez, e repetiriam a falha em seu objetivo. A frustação escaparia como suspiro da infante, mas não a desencorajaria. Ainda que sua constituição de porcelana não correspondesse a sua alma obstinada, insistiria. A Nara mordeu os lábios admirada com a persistência da criança, enquanto ela que possuía uma saúde de ferro e habilidades hereditárias, pestanejava pelo mínimo que exercesse.

Entregando a última shuriken restante, a sunense incentivou a menor a praticar uma última vez. A garotinha cerraria os olhos, alimentado a determinação em seu interior. Aproveitando da distração da menor, Kuromi se posicionaria atrás de Natsuki. Manipulando sua sombra em direção a dela, a kunoichi coordenaria seus movimentos, através da mimetização obscura. A criança observaria com suas grandes írises anis, a adaga de ferro acertar com precisão o boneco surrado.

– QUE DEMAIS! CONSEGUI ONE-CHAN! CONSEGUI! – A criança explodiria em euforia, derretendo o coraçãozinho ranzinza de Kuromi com mais ardor que o sol desértico pudesse fazer. – Eu aprendi muito hoje!

– Eu também aprendi, pirralhinha.  Eu também. – A kunoichi diria, comovida a mini-ninja, na última vez em que vira a menina de fios azul-esverdeados com vida.

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