Começávamos mais um exaustivo dia nessa entediante vida de shinobi. Há algumas horas, para além de ter enchido o bucho com o melhor dos comes e bebes da burguesia, eu havia me certificado de boicotar o casamento de um dos aristocratas mais ricos da aldeia. Tudo por causa de uma noiva piranha e um Ricardão amargurado. Enfim. Já estava na hora de prosseguir para uma nova aventurina da pesada.

Com ambas as mãos no bolso, direcionei-me até o centro da vila, mais precisamente onde se encontrava o quadro de missões. Pois, sabe aquele trabalho ridículo tinha feito de arrumar a desgraça do quadro? Já tinha ido tudo pro caralho. Que se foda. Essa pica não era mais minha. Analisei brevemente aquele estardalhaço de folhetos mau dispostos antes de arrancar um em específico.

- Mas olha a audácia desse filho da puta. – Sussurrei comigo mesmo ao ler a descrição. A missão dizia respeito ao flagrante de um suposto tarado que espiava sorrateiramente os banhos de mulheres em uma das mais luxuosas casais termais de Konoha.

Por algum motivo eu, aparentemente, estava fadado a macetar homens fissurados em atazanar a vida de mulheres alheias. Fazer o que, né. Era o que tinha pra hoje.

INFOS:

Missão
Nome: O tarado das termais
Recompensa: 35.000 RY. 4 XP
Descrição: O genin fora convocado pela responsável de uma das mais visitadas casas termais da aldeia para, literalmente, dar apavoro num suposto tarado que espiava o banho das clientes do estabelecimento.

Locomovi-me até o perímetro do centro onde localizava-se a tal casa de banho. Ainda era pouco menos do meio dia e, comumente, espera-se um movimento mediano no estabelecimento. Ainda assim, seria um bom começo adquirir algumas informações acerca dos métodos e dos padrões de ação do taradão. Demoraram poucos minutos para deparar-me com a luxuosa fachada do local. Adentrei o prédio sem mais delongas, me desvencilhando e empurrando alguns clientes que, considerando o horário, formavam uma fila relativamente grande na recepção.

- Oe, oe. Saiam da frente. – Anunciei enquanto passava pelos sujeitos, parando em frente ao balcão. Uma gatinha de pouco mais de 18 anos, cabelos castanhos e olhos esverdeados fuzilou-me com um incomum olhar gentil e uma doçura impecável. Não pude deixar de travar os olhos no decote gigante que quase saltava pela junca no meio da blusa.

- Ohayooo! Então você é o shinobi enviado para o serviço, certo? – Disse a garota, aparentemente animada. Pouco se importou com o olhos tortos e os burburinhos dos clientes que haviam sido ultrapassados. – Por favor, me acompanhe.

Prosseguiu, segurando em minha mão e gentilmente conduzindo-me para o interior do estabelecimento. Eu me esforçava pra parecer indiferente, mas tenho certeza que meu rosto já devia estar mais corado que aquele quartos ridículos dessa edição do BBB.

INFOS:

- Já faz alguns meses que venho requisitando alguém para pegar esse maluco, sabe? – Começou a tagarelar. – Nossos seguranças já tentaram e nenhumzinho deles conseguiu. Os faxineiros, os empregados e até alguns clientes tentaram pega-lo da última vez e nada!

Continuou a menina. Não vou mentir que eu me esforçava para me manter atento as palavras da moça enquanto acompanhava aquele rabetão sensacional rebolando vagarosamente. Nos corredores, então, o tráfego de belas e jovens mulheres de toalha e suas coxas lisas não ajudavam em nada minha concentração. Bem, tinha alguns marmanjos peludos entre elas também, mas isso era só um detalhe. Não faziam nem 5 minutos ali e eu já tava galudão. Foda-se. Aquele tarado sabia muito bem o que estava fazendo.

- Os incidentes geralmente acontecem durante a noite, quando o estabelecimento está no horário de pico. Receio que chegou um pouco cedo demais, haha. – Completou a moçoila. Entramos em uma espécie de dispensa repleta de roupões, aromatizantes e sais de banho. – Dito isto, por que não tira a roupa e aproveita um bom banho? Hm?

Puta que pariu, mulher. Meu rosto transformou-se instantaneamente mediante a proposta. Pude sentir as maçãs do rosto como verdadeiras bombas prestes a explodir e um latejo meio incomum nas calças. Quase gorfei. Entenda como quiser.

- O-okay. – Era só o que me faltava. Sim, eu gaguejei.

INFOS:

A jovem e adorável moçoila deixava o aposento e retornava aos afazeres para com o estabelecimento enquanto eu permanecia ali, com a maior cara de tacho virgem que aquele local já havia presenciado, acompanhando aquela lata perfeita deixar o recinto. Permaneci por alguns minutos observando o roupão branco em minhas mãos. Tá, vai. Não parece uma má ideia.

Após despir-me das vestes habituais e substituí-las unicamente pelo roupão do estabelecimento, deixei a tal dispensa e prossegui pelos corredores rumo às termais dedicadas ao sexo masculino. Lá estava; a caráter da casa de luxo, todo o perímetro das águas era arquitetado e decorado para parecer o mais fidedigno possível com uma fonte termal natural. E essa, em específico, estava especialmente vazia. Retirei o roupão e adentrei calmamente as águas borbulhantes daquele enorme bolsão. Afundado até a boca, permiti-me deitar e aproveitar o momento. E então apaguei. Mas só para ser acordado por um alvoroço incompreensível de berros histéricos.

Mas que porra, ele não aparecia durante a noite? O besta aqui não podia ter um momento de paz, mesmo. Levantei-me aos saltos daquele curto momento relaxante e parti com urgência na direção de onde aparentemente acontecia o escarcéu – sim, urgência o suficiente para esquecer completamente o fato de estar como veio ao mundo.

- Por ali! Ele foi por a... – Apontava uma das donzelas assediadas pelo criminoso, pouco antes de constatar que meus bagos balançavam livremente a medida em que arrancava em direção ao tarado. Virei a esquina em um dos corredores, avistando a silhueta do fugitivo. Desesperado, o homem havia tomado a pior decisão possível; tentar a sorte por entre um estreito corredor abarrotado homens gordos e suados, prestes a entrarem em seus banhos.

Aos trancos e barrancos, o homem desvencilhou-se dos demais, mas não sem sofrer um considerável atraso em sua fuga. Devo ter visto uma piroca ali e acolá enquanto permanecia correndo em direção ao perseguido, mas até então tudo bem. A essa altura boa parte das termais já havia manjado minha rolinha pelos corredores.

No momento derradeiro da perseguição, ao ganhar o alcance necessário e dado o fato de não possuir nada melhor em mãos, passei varado ao lado de um gordaço e arranquei-lhe a toalha do corpo sem qualquer pudor. O fato de estar úmida me fornecia o poderio que precisava. O tarado adentrava um salão comum quando aquela chicotada de tecido molhado atingiu em cheio suas costas, atirando-o ao centro do recinto com a potência digna de um jutsu de primeira linha. Só quem já experimentou uma dessas compreenderia.

- Acabou pra você, seu merda. – Concluí, apoiando o joelho nas costas do tarado e amarrando suas mãos com a mesma toalha que lhe havia derrubado. Uma multidão aglutinou-se ao nosso redor para presenciar o feito – ou não.

- HAHAHA, MOLEQUE! CUBRA ESSE BIGULIM! TÁ PASSANDO VERGONHA! – Puta que pariu. Bastou um desgraçado puxar e todo o salão começou a caçoar dos meus nobres 7cm e minha bundinha de neném. A vida tinha dessas. A missão, pelo menos, tava feita.

INFOS: