A brisa balançava as abas do colete jeans aberto, enquanto meu passos apressados me levavam através dos territórios do País do Relâmpago. A cruzada atravessou os campos brancos de plantações de algodão, uma das raras espécies que parecia crescer com facilidade na região. A cadeia de montanhas era extensa, mas já revelava seu fim no não tão distante horizonte. Não havia tempo para descanso; precisava cruzar a fronteira antes do anoitecer, para ter certeza que chegaria no País do Fogo até o entardecer do dia seguinte. "Geada e Fontes Termais" - Nomeei os países que ainda restavam depois do atual.

O rosto das duas vidas ceifadas pelo homem que me aguardava no País do Fogo estavam impressos nas lembranças. Tão nítidos quanto as labaredas de uma fogueira à noite. Serviam como bússola, quase como se apontassem o caminho para a Folha. Até onde a ambição de um único homem chegaria? Não muito longe, eu diria. Faltava pouco mais de meio dia para chegar lá, e essa é a contagem regressiva que marca a duração da dita ambição desse sujeito. “Sua sombra não esqueceu de você. O tempo de seu propósito está chegando, liberte-se do que o torna fraco”. As exatas palavras que ele enviou seus homens para talhar no peito de uma mulher inocente, ainda viva.

Bem, sem tempo para devaneios; precisava me apressar.

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