A leitura foi hilária. Que missão mais sem sentido, ainda mais que a primeira missão solo que ela tinha feito. Antes tinha localizado uma muda de planta caída no chão e, agora, teria que localizar uma peruca perdida. Missões de ranqueamento básico eram mesmo muito chatas de se fazer, embora não oferecessem nenhum risco à kunoichi.

Sem muitas delongas, ela se dirigiu até o ponto de encontro com o homem careca, na casa deste, para ser mais precisa. Aquele seria o ponto de partida na busca e ela precisava das informações a respeito da missão: Como era a peruca? Quais crianças implicavam mais com o velho careca na região? Ele chegou a pensar que comprar uma peruca nova era mais barato do que contratar ninjas para recuperar a antiga? Qual razão de ele não cuidar bem de suas coisas?

Algumas perguntas foram respondidas pela mente débil e primitiva do sujeito, outras não. Mas sua própria incapacidade de respondê-las, esclarecia a questão suscitada pela kunoichi: ele era mais burro que o Leonhard Zoldyck.

Respirando profundamente para restabelecer o foco naquela missão cômica e trágica, Pandora sairia do local e olharia em volta, buscando localizar alguma criança que servisse de delatora dos meliantes pueris.

Algumas residências distantes dali, encontraria uma pequena garotinha chorando bastante. Resolveu se aproximar e questionar o que estava acontecendo, buscando ser o mais doce possível, claramente desajeitada com aquilo. — Garotinha, o que houve? Meu nome é Pandora, sou ninja da Vila da Pedra e estou aqui para te auxiliar em tudo que a incomoda… —

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A resposta da garotinha se mostrou extremamente conveniente para os anseios de Pandora, haja vista que a pequena Ami estava chorando pelo fato de seus amigos (meninos) terem roubado uma peruca para brincarem com o cachorro de um deles. A situação era surpreendente e ainda mais engraçada que a contratação para aquela missão.

“Por Rao, agora que não dá para entender como o sujeito não comprou outra peruca ao invés de me contratar para recuperar esta… Mas bem, fui contratada não é mesmo? Isso é um trabalho, não é mesmo? Mesmo achando uma péssima ideia, não convém a mim decidir o que o cara vai fazer” Pensaria, seguindo na direção que a jovem garota tinha indicado.

Não era muito longe dali e logo pode ver as crianças brincando com o cachorro e a peruca. Ao notar, perceberia que a peruca já não estava lá em condições muito boas. “Obviamente, isso não vai dar certo. Como esses pequenos meliantes vão tomar essa coisa do cachorro… Em último caso, terei que matar o animal por idiotice de um monte de pirralhos”.

— Garotos, prestem atenção, preciso que devolvam a peruca... — Depois de ser completamente ignorada, tentaria novamente, desta vez com mais energia. O tom de voz mais elevado chamou atenção dos garotos, que começaram a debochar dela. Aparentemente, com exceção de Kaginimaru, os outros meninos não costumam ouvir a voz feminina da razão, especialmente quando um deles afirmou com todas as letras ‘você é criança como a gente’. — AGORA CHEGA!!!!!! — Gritaria muito alto.

Todos parariam para olhar para ela, quando um dos garotos diria ‘você não manda na gente, não é nossa mãe’. Neste momento, Pandora teve uma ideia e a colocaria em prática. — Tem razão, mas eu prometo que vou encontrar a mãe de vocês e vou contar tudo... — Com a ameaça, os garotos se renderam e entregaram a peruca para ela, que retornou até o proprietário para devolver o objeto.

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