Após realizar a rotina matinal, eu já estava partindo para minha próxima missão, tinha começado a me acostumar com esse padrão, achava que já está na hora de fazer minha primeira missão de Rank C, mas por enquanto, não. Após pegar todos os equipamentos e me arrumar, saio do orfanato e vou caminhando para o centro de distribuição de missões como sempre. Já estava me familiarizado com o lugar, sendo a quarta vez que chego, peço uma missão rank D e recebo o pergaminho referente. Ao lê-lo, vejo que eu devo ajudar um mercador que também é ferreiro a consertar sua carruagem. Não vejo muitos problemas, é uma missão bem calma, comparada com a de ontem, em que teve perigo real, enfim, eu me desloco a casa do homem.

A casa dele ficava um pouco mais afastada do centro da vila, mas não era longe, depois de alguns minutos de caminhada, chego na residência. Lá, eu nem preciso bater na porta, o ferreiro estava analisando o estado de sua carruagem, ele me vê e começa um diálogo:
- Então você é o ninja enviado, bom, bom, venha cá, vou dizer o que eu preciso - Eu confirmo e me aproximo dele, então, ele continua falando:
- Como já deve saber, preciso de ajuda com relação a essa carruagem, assim que eu cheguei aqui ontem a noite trazendo materiais para a forja, e então ela quebrou, entretanto já era questão de tempo, sua madeira estava velha, enfim, fiz uma solicitação de missão para ter um ninja com a intenção dele me trazer madeira, pois como está vendo, aqui em Kumogakure não tem muitas árvores, sendo necessário descer para os arredores, onde tem muitos animais selvagem, então, eu só preciso de um tronco, pegue esse machado para corta-la e essa corda para traze-la, boa sorte.

Eu aceno com a cabeça, pegando as ferramentas necessárias, assim, me despeço do homem e começo a andar em direção aquela floresta de ontem, tenho que tomar cuidado para não ser atacado novamente.

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Já nos arredores da vila, continuo seguindo a mesma trilha que fiz na missão de resgatar o garoto, demoraria o mesmo tempo, o clima estava um pouco mais frio hoje, infelizmente, havia mais neblina que o normal, mas, o caminho ainda era visível.
Logo eu chego na floresta sem muitas dificuldades, uma leve nevoa cobria a região, porém, não ia me impedir de realizar a tarefa. Procuro uma boa árvore para corte, uma que não seja tão grande, mas de boa qualidade, até que encontro um corpo de lobo que tinha uma perfuração na barriga e no pescoço, além de varias mordidas, o reconheço na hora, foi o lobo que eu matei para proteger o menino, encaro o cadáver por um curto período temporal e depois volto andar, quando encontro uma árvore cuja a madeira eu julgo boa e de tamanho perfeito. Mãos a obra, eu pego o machado e o uso para bater na base da arvore escolhida. A cada fincada na madeira, minhas mãos tremiam, ela já estava começando a ficar vermelha e a doer.

- Não é de se admirar, nunca tinha cortado uma arvore antes e fui designado para essa missão, irônico não? - Eu digo a mim mesmo em um momento de descanso, mas logo volto a cortar com vigor. Algumas horas se passam e faltava muito pouco para a árvore cair, porém minhas mãos estavam marcadas e meus braços doloridos, eu não era muito forte, mas não iria desistir. Até que dou o ultimo golpe de machado no tronco, este que começa a cair e me afasto por instinto. Com o tronco já no chão, começo a cortar os galhos para facilitar o transporte. Finalmente termino, já estava meio da tarde, então amarro a corda na madeira e começo a puxar, torcendo para que nenhum animal selvagem apareça. Dou inicio a volta para Kumogakure usando a mesma trilha, puxando a árvore recém-cortada com a corda.

Até que enfim, chego na casa do ferreiro puxando o tronco, ele, assim que me vê, ajuda trazer a madeira. Ao colocar o tronco lá, me jogo no chão exausto, com meus músculos todos doloridos e ardendo, minhas mãos vermelhas e cheias de calos, o ferreiro agradece a ajuda, me dando água e deixando descansar um pouco. Assim que me recupero minimamente, saio da casa dele e agradeço gentilmente o auxilio, voltando para o local de distribuição de missões e entregando o pergaminho. Após fazer isso tudo, volto ao orfanato e me jogo na minha cama para descansar.

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