MERCADOR PERDIDO

O cheiro do ar fresco logo pela manhã me instigava, a cerimônia de graduação na academia havia se passado no dia já fazia uma semana, e hoje eu finalmente estava toda pomposa caminhando pelas ruas de Konoha com minha bandana muito bem lustrada. Finalmente eu havia me tornado uma Genin, e isso de certa forma me fazia lembrar de meu irmão que, mesmo morto, muito provavelmente sentiria orgulho de mim.

Mas, isso quase me fez esquecer da minha primeira missão que acabara de receber: encontrar o mercador perdido nos arredores da vila. Mas antes, eu precisava levar madeira suficiente até o homem para que ele pudesse seguir viagem, já que sua carruagem estava bem debilitada e precisava de manutenção. Conseguir tábuas suficientes para o velhote não fora difícil, e mesmo que me oferecessem uma carriola para levá-las até o homem, a força de um Senju já bastava, por isso, com a quantidade de madeiras que o homem havia pedido estando muito bem amarrado, segui caminho até o local indicado com elas sobre o meu ombro direito enquanto uma de minhas mãos as segurava bem firme.

As coisas estavam bem movimentadas nesses últimos dias, o Hokage não se fazia presente na vila, estava em uma missão extremamente delicada, o que de certa forma me impedia de conhecê-lo, e pra piorar, nós que éramos recém formados na academia, pegávamos as missões mais sem graça, porque a demanda parecia ter aumentado de uma hora para outra, e no fim, minha missão de estreia acabara por ser isso... - Cadê a emoção! - Pensar que o início da minha carreira como um shinobi seria trabalhar com entregas.

Não demorou até que finalmente encontrasse o homem, deixando assim as madeiras com o ele para que pudessem fazer a sua “mágica”. Antes de ir embora, fiquei de vigia enquanto ele consertava sua carruagem para garantir a sua segurança, além do mais, nunca se sabe quando uma organização criminosa, ou até mesmo uma invasão repentina de outras vilas podem acontecer... Sim, eu estava empolgada e esperando muito por isso, mas a verdade é que o homem fez o que tinha que fazer, me agradeceu, fez o pagamento e seguiu viagem.

A missão havia sido um sucesso, um daqueles que eu não me orgulhava, nem se quer me animava, mas talvez o dia seguinte poderá ser mais recompensador com uma kunoichi que anseia por provar o seu valor. Por hora, só me restava dar o relatório da missão, e seguir rumo de volta para casa onde meu pai muito provavelmente estaria me esperando para mais um de seus treinos insanos.

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