Saltando sobre as casas, Uraku poderia sentir o vento bater no seu rosto. Desse modo, isso fazia com que os fios alourados vibrassem ao vento. Mas os olhos castanhos avermelhados do rapaz foram para o objeto que estava se direcionando em sua direção. Assim, moveu o braço e bloqueou o que fora ao seu encontro, deste modo, constatou ser um pergaminho de missão C, já que tinha vários C's marcados ao redor da capa do pergaminho. Moveu os dedos para agarrar o objeto enquanto pousava sobre o telhado de uma casa, flexionando os joelhos ao derrapar. — Missão para você. Parece que tem estado um tempo sem receber algum trabalho, Uraku Raoureki. — Falou o vulto que surgiu em cima de um poste.

— É isto. Faça um bom trabalho. — Falou o homem. Este homem era o mesmo homem que havia aparecido algumas vezes, talvez fosse o entregador oficial de missões do Uraku. Aquele pensamento fez o garoto revirar os olhos. — E nem pergunta se eu tô afim de fazer, que porra. — Resmungou, apertando o pergaminho com força enquanto sua expressão se tornava furiosa. Com isso, saltou novamente ao ar, ele tinha que fazer alguma coisa, e não iria parar só por causa de uma missão.

Pulando entre as casas de areia, o garoto desamarrou o fio que prendia o conteúdo do pergaminho. Assim, seus olhos avermelhados correram pelo pergaminho, buscando assimilar o seu conteúdo. Basicamente, um ladrão costumava roubar jóias e afins, não sendo pego no processo criminal. Agora, ele deixou um bilhete dizendo o local onde vai assaltar e horário. Aquilo era tão simples, só precisava impedir o roubo. O problema do ladrão agora seria Uraku, justamente alguém que costuma lidar com combate. Deu mais um passo em frente, seguindo para casa. O ladrão iria se deparar com um problema cujo qual ele não pode lidar. Que burro.

Saltando pela casa, o garoto parou sobre a rua principal da aldeia. Havia um vendedor de Udons e Sashimi. — Ei, velhote. Me vê dois. — Pediu, erguendo o dedo e apontando para os dois alimentos pedidos. O homem assentiu, e então colocou um Udon e um Sashimi. — É pra levar? — Perguntou. — Claro! Pode por na sacola! — Pediu o garoto, erguendo as sobrancelhas. Tinha tempo até que o ladrão quisesse dar a sua peripécia, então iria relaxar por hora. "Eu deveria passar na área militar para ver sua ficha criminal também… Ótimo. Seria bom." Refletiu, colocando o indicador sobre o queixo. — Aqui está! — Anunciou o velho.

E a noite chegou. Tão brilhante. A lua e as estrelas. Em um acompanhamento mais comum, o vento frio das baixas temperaturas. Uraku enrolou melhor o cachecol laranja ao redor do seu pescoço, protegendo seu nariz e boca. Estava na Rua Dandoken, e faltava apenas um minuto, em frente ao Banco Suna. Era onde o homem havia dito que iria aparecer. Esperava que fosse convicto de sua natureza, ou ele estaria morto, mais do que atualmente. Agachado sobre o telhado de uma residência alta, o garoto movia os olhos rubros, deslocando-o para todos os cantos possíveis na iminente aparição ou busca do ladrão.

Um homem apareceu em frente ao branco, e então, disparou para poder entrar, atingindo uma velocidade acima da média, o suficiente para poder disparar fumaça e atrapalhar as pessoas que estariam próximas. Mas não com Uraku. O homem arregalou os olhos, sendo impedido de continuar, pois um pé se deslocou em um pontapé rotacionado na direção do seu rosto, que foi bloqueado pelo seu antebraço de maneira irregular. Uraku sorriu, movendo o tronco para baixo e o seu pé emitiu chakra explosivo, acertando o braço do homem enquanto saltava para trás. Fumaça saia de seu braço, bem como ele arrancou o pedaço rasgado, balançando o punho fumegante. — Nada mal. — Falou ele, com um sorriso. Uraku pousou sobre o chão.

— Cala a boca! Você é um merdão. Tu é tão burro, com cabeça de merda, que não pensou que mandariam alguém te impedir com horário e data marcada, seu puto! — Falou Uraku, erguendo uma das sobrancelhas com um sorriso cínico. — Oh, é por isso que eu pedi, para dar mais emoções, ou, seria um roubo qualquer! Agora! Veja minha velocidade, vou acabar com você nestante! — Falou, todo cheio de si, e então, desapareceu, deixando um rastro de fumaça. Só que com a velocidade, atingida, o homem começou a ricochetear como uma mola em todos os ângulos de apoio possíveis. Uraku respirou fundo. Ele estava se exibindo, pessoas que se exibem demais, se ferram demais.

Com isso, o homem tomou um impulso absurdo, disparando como um foguete na direção de Uraku. — Wahooooo! — Gritou loucamente. A única coisa que este ladrão, Gimatsu Chimoki, não pensou, foi que um Gennin poderia ser superior a ele. Movendo o punho, Uraku fechou os dedos e endureceu os músculos de seu pulso com toda força possível. E aí, ao deixar que o outro se aproximasse, simplesmente moveu o quadril, trazendo o punho em um soco descendente, de trás para frente, direto no rosto do homem que explodiu em seguida. — Gah! — Berrou, e vários dentes saíram voando junto com sangue. Seu corpo gordo deu uma guinada violentamente para baixo após um giro. Seus olhos reviraram de dor e seu corpo se chocou de lado contra o chão, adentrando o chão de areia enquanto o chão se partia em frangalhos, abrindo um buraco ali.

— Puto imbecil… — Falou Uraku, olhando o estado deplorável do homem enquanto a fumaça tomava conta do ambiente. Com isso, o pegou como se fosse um pedaço de bosta e saiu caminhando. A missão estava concluída. Era só entregá-lo às autoridades.