O clima de Suna estava como de costume, arenoso e seco. O sol estava forte, nenhuma novidade. Contudo, desde que havia vindo para esta vila, me adaptando com o passar dos anos, havia criado um apreço por esta nação. ~ Bom dia coroa. Eu falava brevemente quando observei meu velho pai adentrar em nossa casa. – Oho, está se alimentando Ragar. Coma bastante para ter bastante reservas de energias. Ele falava de forma gentil, exibindo um sorriso carismático. ~ Humph. Pode deixar. Respondia com minha expressão séria, esboçando sutilmente um sorriso agradecido pela preocupação do velhote.

Estava comendo algumas batatas e vegetais até que acabei perguntando. ~ Então... quando é que você vai me falar da minha mãe? Perguntava e imediatamente o coroa suava frio, parecendo pensar bastante na resposta que ia dar. – A-Ah! E-Então, Ragar, ficou sabendo que vão inaugurar um centro de termas? Ela falava trocando de assunto de forma casual. “Uffs. É sempre assim. Quando eu pergunto da minha mãe, ele muda de assunto. Tsc.” Refletia comigo e logo respondia a ele. ~ Não sabia. Onde vai ser? Era meio engraçado construírem termas na vila com maior escassez de água, mas vai entender o Kazegake.

Com um panfleto em mãos, meu pai entregaria para mostrar o local que seria. – Vá lá dar uma olhada, talvez depois do seu treino, quem sabe antes. Ele me conhecia bem. ~ Hmm. Ficava pensando se seria uma boa ideia ao convidar para ir junto, mas decidi não fazer. ~ Okay. Até mais. Terminava de comer e então saia para fora da casa.

A inauguração estava marcada para tarde, por volta das 18h. Ainda era cedo, então havia um bom espaço de tempo para fazer minha rotina matinal. Então começava a correr nas planícies ao redor da vila. O treino matinal era puxado, mas reconfortante. Correr reforçava meus princípios e meu objetivo de alcançar o ápice do Taijutsu. ~ Aquele velhote não pensa mais no clã, só quer ficar à toa. Falava um pouco irritado pela forma desligada e despreocupada que meu pai lidava com clã; apesar que o clã era só eu e ele atualmente.

Eu possuía um Kekken Genkai bastante útil, foi uma das coisas que ele me ensinou, apesar da procrastinação dele. Havia percorrido alguns quilômetros e começava a sentir o suor escorrendo pelo rosto, diferente de alguns tempos atras que no primeiro quilometro já suava. “Os treinos jamais me traíram.” Pensava sobre o assunto, já que, quanto mais esforço eu me dedicasse, maior seriam meus frutos em um futuro próximo.

Estava quase na hora do almoço, quando enfim pausei minha corrida. Havia descido de novo para o centro da vila buscando algum local bom para comer; na verdade qualquer restaurante estava bom para mim. Havia uma barraca de ramen que era servido com molho especial, já havia comido lá e acabei parando ali mesmo. ~ 2 especiais. Eu falava mostrando os dedos para enfatizar meu pedido. – É pra já rapaz. O atendente era amigável, como sempre.

O ramen era gostoso e saudável, pelo menos aquele que possuía um molho baseado em legumes, carnes brancas e uma massa caseira extremamente deliciosa. O almoço era breve e após terminar, saia da barraca e começava a caminhar pelo centro da vila.

Havia sentando em um banco próximo de uma sombra de arvore, já que, o calor estava aumentando. ~ Tá bem movimentado hoje. Falava em um tom baixo para mim enquanto observava diversas pessoas transitando pelas ruas de Suna. Por sinal, havia alguns trombadinhas passando a mão em alguns turistas. ~ Hmm. Acho melhor dar um sermão neles antes que... Foi só pensar que um dos homens de grande porte notou estar sendo logrado pelos trombadinhas, pois, enquanto um distraia ele com informações da vila, outro tentava roubar sua carteira. Contudo, fora pego no ato.

O homem então movimentou sua mão e balançou a criança que caiu de bunda no chão. Ele gritou algo, não pude ouvir muito bem, mas estava enfurecido. O que não era tão necessário assim, ele estava até mesmo prestes a desferir um soco no órfão. Foi quando ele ergueu sua mão, e eu senti sua hostilidade, que voei em sua direção e parei atrás de suas costas, agarrando seu pulso. ~ Não precisamos de tanto drama, não é mesmo? Olhava para cima, pois, o homem possuía quase 2 metros de altura.

A face do adulto emanava fúria e ódio quando ele gritou comigo. – O QUEE?? TAMBÉM ESTA JUNTO DESSES LADRÃOZINHOS?! Ele fazia força para puxar seu braço, entretanto, percebia que sequer seu braço movimentava. ~ Que conclusão mais idiota. Só porque eu te parei antes que você agredisse crianças, não significa que estou “junto” ou de “acordo” com eles. Apertava sutilmente o pulso do homem quando ele mostrou uma face de dor e segurou se urro. – MALDITOS PIRRALHOS! Ele vociferava e então fechou punho para desferir em meu rosto. ~ Cara... não acho uma boa ideia você fazer o que está pensando. Foi então que mostrei um rosto mais sério ainda, olhando com voracidade nos olhos do adulto.

O homem então percebeu a diferença de forças nitidamente entre nós, logo baixando seu punho e tentando puxar seu braço. – Me solta! Ele gritava e eu continuava segurança seu antebraço. ~ Isso é uma ordem? Ou um pedido... Falava seriamente. – É uma ord... Antes de ele terminar eu dava um leve apertão, ele grunhira de dor. – U-Um p-pedido. Minha força era algo conquistado com muito treino, suor e determinação. Por isso, havia alcançado um patamar que poucos na vila se equiparavam; apesar de ainda ser apenas um Gennin, muitos me subestimavam.

Olhava a criança no chão chorando enquanto as outras davam no pe. ~ Uffs. Suspirava e então soltava o braço do homem, deixando um vergão que levaria a um hematoma e sumiria em alguns dias. Andava até a criança e então pegava a carteira da mão dela. ~ Está tudo bem. Dizia para não causar pânico a criança. ~ Aqui está cara. Devolvia a carteira e ele pegava de forma brusca e zangada, retornando a caminhar e sumir dali.

Ajudava a criança a se por de pé e batia em suas roupas para retirar o excesso de poeira e terra. ~ Vocês não deveriam fazer isso. Mas se quiserem continuar nessa vida, sejam mais espertos. Ou mudem para uma profissão adequada. Beleza? Terminava de falar passando a mão em cima da cabeça do garotinho e então bagunçado gentilmente.

A criança tentava engolir o choro e acenava com a cabeça enquanto eu havia dado alguns tostões para saciar sua fome. ~ Tome... agora vá para sua casa. Dado alguns trocados, virava o corpo do garotinho e dava alguns tapas de leve em suas costas para ele seguir seu rumo. ~ Já é final de tarde, também vou indo nessa. Expressava um pequeno sorriso de dever cumprido, apesar de que deveria ter sido mais duro.

De qualquer forma, já estava quase noite e eu retornava para casa. – Olá Ragar! Como foi lá nas termas? Meu coroa perguntava e foi quando me lembrei de que não havia ido. Porém, meu dia havia sido bastante produtivo de certa forma. ~ Quem sabe outro dia. Falava acenando para ele e indo para meu quarto, preferindo muito mais um boa noite de sono do que um banho.

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