Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Jaina Lohse
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[GAIDEN TIME SKIP] Yin-Yang ou Yang-Yin, tanto faz a ordem das burocracias - Postado Dom Dez 11, 2022 9:28 pm
Em um ano dá para fazer muita coisa e nem estou falando das papeladas
Um ambiente escuro, eu olhava em volta mas não reconhecia onde eu estava. Parecia que tinha passado um tufão por ali, quanto mais eu andava mais eu via destroços no meio do caminho. Telhas, vigas, janelas e tijolos, via por todos os cantos a destruição causada. Logo me recordava, Shin e sua técnica haviam devastado quase toda a vila e as vozes de gritos e pedidos de ajuda vinham logo do fundo. Meu corpo respondia tremendo como se quisesse ir para o outro lado, mas sigo o pedido. Corro e corro, pulando cada destroço , até que chego em um lugar sem aquela escuridão ou neblina da destruição.
Estranhava aquilo e olhava em volta, o chão estava plano de terra, como se tivesse em reconstrução. Me virava e só via pessoas trabalhando na reconstrução, mesmo durante aquela lua que iluminava toda Kumogakure. Apenas uma única pessoa se destacava ali, uma senhora sentada com um vestido de tons coloridos e usava um capuz. Essa senhora embaralhava um conjunto de cartas, revelava elas na mesa e logo depois embaralhava novamente.
Já tinha ouvido falar sobre aquilo, ela era uma cartomante, era alguém que dizem que poderia ler o futuro, o destino ou até a verdade mais interna de quem a consulta. Parte de mim queria saber mais e responder questões que me consumiam a alma, porém sentia que outra queria fugir, como se gritasse PERIGO dentro de mim. Eu balbuciava como se conversasse comigo mesma e sou envolta por algo brilhoso, e me fazendo gritar…
— AHHHHHHH !
Tudo não se passava de um sonho, acordo me embananando e ofegante. Era meu primeiro dia como Assistente do Nanadaime Raikage, via que quase tinha perdido a hora e tinha dormido junto a umas das poucas árvores que tinham sobrevivido à tragédia. Tiro a poeira da roupa e sigo direto ao quartel general que ficava o Raikage. Em minha volta encontro meus tios e outros sobreviventes trabalhando na reconstrução da vila. Vou até eles e dou um beijo em cada um no rosto e falo.
— Tio Ifan, teu braço não está bom, a doutora não falou para deixar ele parado. Vá descansar poxa. — Dizia braba a ele e preocupada.
Ifan respondia rindo — Claro claro, segunda no comando, deixa eu ajudar com o braço bom. Ficar parado me dá nervos. —
Fane, que estava ao lado dele, complementava — Deixe minha querida, esse teimoso não quer se ajudar. Eu cuido dele, é minha responsabilidade e, às vezes, prefiro ele assim. Desse modo ele não vira um velho lobo rabugento. — Fane terminava com uma risada sarcástica, debochando do parceiro — Ifan, vem temos uma padaria para construir, quem sabe conseguimos comer uns dos Brioches da Mommy.
Coloco a mão na testa e dou uma balançada — Ai ai vocês dois… bem tenho ir, o Raikage me aguarda. — Saia em disparada acenando para os dois que falavam em simultâneo — Boa sorte.
[...]
No gabinete do Raikage, eu aprendia mais sobre minha nova função. Ele se mantinha frio e sério e o conjunto de papelada e pessoas que queria falar com o lider era numerosas. Começava a organizar por ordem de prioridades de sobrevivência da vila. Conseguir alimentos, casas, defesa e por aí vai. Era engraçado que enquanto andava pela vila organizando os compromissos do nanadaime, às vezes me lembrava do sonho, como se visse aquela senhora nos cantos.
— O que era aquilo? — Pensava enquanto sentava em toras de madeira para rever minhas anotações.
— Ferreiro, hospital, padaria… eita esqueci de ver como anda os grãos e esse setor. Lembro que o tio tinha falado que iria ajudar lá, espero que estejam bem. Café e um bom bolo são prioridade máxima da vila nesse momento — Minha barriga roncava no momento que terminei esse pensamento.
[...]
Chegando no local, eu vejo que meu tio tinha feito um ótimo trabalho fazendo mesas de pedra e montando toda a estrutura, o cheiro estava magnífico e logo chego procurando a dona do local. Sou surpreendido por um grito dizendo meu nome.
— JAINA--SENSEI! — Dizia Simy em uma mesa aos fundos. Vou até ele.
— Bom dia, Simy. Sabe com quem devo falar sobre a parte burocrática e econômica da padaria? — Questionava ao menino, pois tinha muita gente ajudando.
Simon, me responde perguntando:
— Se adaptando ao papel de assistente ? — Ele sorri e a, ele me responde o que havia perguntado. — Sou eu mesmo. Ou minha mãe, mas ela está ocupada e eu acabei de montar os preços do cardápio. Parabéns pela promoção inclusive.
— Obrigado Simy, estou fazendo meu melhor, não sabia que você tinha essas capacidades burocráticas também. Que menino organizado. — Dizia a ele sentando à sua frente para conversarmos. Mostrava a ele os dados de plantações de grãos e outros alimentos básicos e questionava a ele as prioridades do local.
Anotava tudo o que ele me passava e agradecia, logo seguia para outro local. Repetia e fazia esse serviço de acompanhamento a cada semana durante todo aquele mês. Talvez fosse exagero, mas tentava me manter próxima e ciente das necessidades dos kumoniense. Tudo aquilo era bem novo para mim, mas usava minha inteligência para me adaptar às diferentes demandas. Queria diminuir o peso que o Raikage tinha sobre seus ombros.
O mais estranho era que a cada vez que eu aparecia lá ele sempre me perguntava dos meus sonhos e se eu lembrava de algum, sempre com aquele sorriso no rosto. Simon sendo Simon.
[...]
Enfim chegamos ao triste dia que lamentamos a morte dos que perdemos na tragédia. Acompanhava o Raikage na cerimônia e podia ver todos ali presentes, chorosos e com dores em seus corações. No final, Yukio se despede pedindo um ano para treinar por conta própria. Apenas deixo claro que se ele precisar de ajuda, ele sabe que estaremos dispostos , mas acreditava que um treinamento individual poderia lhe fazer bem. Yukio ultimamente estava estranhamente apático. Naquele ano, nosso time estava separado, mas sempre reforçava que estaríamos unidos por um laço especial.
[...]
Tempos depois, volto a sonhar o mesmo sonho que me fizera acordar assustada. Porém dessa vez a ambientação estava mais clara. Via a cartomante e percebi a presença de outro conhecido, Simy. Aquilo estava realmente ficando cada vez mais confuso.
— Vem! Vem comigo, vou te apresentar para uma amiga. — Disse Simon puxando meu pelo pulso, e me guiando até a cartomante misteriosa.
— Oi, que? não… pera… amiga? — Estava confusa e sem forças para lutar, apenas seguia. Tudo parecia tão vívido, como se tivesse uma mensagem ali. Na frente daquela senhora, eu esperava Simy tomar a palavra.
Ele dizia que a conhecia, porém ela apenas tirava cartas do baralho. Eu não entendia nada mas lia no nome em cada uma. A primeira, foi a carta do Tolo, em seguida o Sol e A Lua, e por fim, ela tirou a carta do Hierofante. Tanto eu como o Simy estavam com olhares confusos.
Por fim ela falou apenas — Durmam Bem, pois vocês precisarão. — Fazendo que flashes viessem em minha cabeça. Um local, natureza, montanha, tudo era confuso. Era como viajar olhando pelos olhos de uma águia. Um rio, que adentrava um templo e finaliza com dois peixes que nadavam em uma pequena piscina. Simy não estava mais ali, mas já tinha conhecido aquelas regiões da montanha, mas o templo não me recordava a existência
Acordo como se tivesse sido jogada na cama. Tonta e tentando saber onde estava, parecia que tinha tomado um porre. O Simy não saia da minha cabeça e resolvi procurá-lo. Ao chegar em seu local de descanso percebo que ele estava mais agitado que o normal, arrumando um monte de coisas como se fosse fugir para longe. Bato na porta, com olhar arregalado.
— Simyy, você está bem? Parece que viu um fantasma ou vai tirar o pai da forca. Qual a pressa? — Me questionava se ele tinha tomado café naquele dia ou se pedia ajuda para os médicos da vila.
Ele me respondeu que estava bem, mas teríamos que sair naquele momento.
— Alguma missão especial? Do que está falando, Simon? Temos nenhum pedido de missão oficial e estamos sem dois de nossa equipe.— Colocava meus pensamentos no lugar — Além do mais que a sensei aqui sou eu, então eu que designo quando teremos uma missão, ou teria que ter sido avisada primeiro. — Dizia ao menino agitado.
— E você não foi avisada? Eu tenho certeza que você viu o mesmo que eu... — Respondia ele, trazendo coisas estranhas e falando exatamente do sonho que tive.
Já estava vacinada de tanta aleatoriedade, perguntava a ele — Tá, está me dizendo que tivemos sonhos juntos, isso? Que temos que achar esse local? É apenas um sonho Simy, podemos até chamar de mera coincidência. Seria mais lógico, né?
Ele me rebate com relato que desconhecia.
— Ultima vez que eu ignorei um sonho meu, eu terminei anos depois sendo levado a uma casa com um assassino e tendo minha mente manipulada para me ver como uma ovelha. Então sim, é hora de saber o que significa isso e, se não tiver nada lá, não temos nada a perder, né?
Parecia muito com a história da minha Irmã Ooki, sendo sequestrada, manipulada e assassinos. Primeiro o time 1 e agora isso? Só falta serem aquele negócio de reencarnação que o Simy havia comentado junto ao Raikage,
Simy corta a minha frente de modo como se eu fosse falar para não ir Porém, decido dizer:
- Saímos hoje mesmo? Sabe que sozinho você não vai e quero saber até aonde vai essa doideira . Lembre-se que foi você que me puxou para isso no sonho, né? — Dava uma piscada para ele e um sorriso.
Pego um mapa que tinha em meu bolso e coloco na mesa
— Mesmo se saímos hoje, a viagem demorará dias, quem sabe um mês até o local. É uma montanha difícil, pegue 2 cestas de brioches, ficaremos com fome. Vou juntar minhas coisas. Te encontro no portão.—
Primeiro tinha que passar no gabinete e avisar o Nana sobre isso e não acho que ele proibiria. Assim que tivesse aprovação, juntaria minhas coisas e colocaria uma roupa de viagem com minhas gêmeas juntas para encontrá-lo no portão.
[...]
Seguimos viagem até a montanha. No caminho fui conhecendo melhor o Simy e querendo saber mais sobre essas cartas que ele tinha contato. Eu ajudava ele a se achar no caminho e a não falar muito alto, principalmente a noite. Resumindo eu cuidava do caminho e ele da nossa comida. Um fato pesado que ele questionou foi sobre os acontecimentos em kumo, já que ele e o irmão estavam em uma missão afastados.
— Bem, não sei detalhes ao certo, mas em resumo Kumo tinha sido escolhida para sediar o encontro das cinco vilas shinobi e por consequência das cinco Sombras. Nisso teriam algumas provas e coisas em geral. Porém alguns convidados indesejados chegaram e só percebemos o perigo depois. Os kages de cada vila foram para uma reunião fechada junto com Ai e os outros fomos para um teste especial numa floresta. Algo aconteceu e a reunião foi invadida e um monstro de chacra foi invocado no centro da vila, trazendo consigo pequenos monstrinhos com uma força absurda. Uma organização chamada Owari, foi umas das invasoras e ficou impedindo que nós ajudassemos os kages. Após parar o último ataque do monstro, o chefe dos invasores juntou uma técnica final que pulverizou a vila e só não fez maior estrago devido a defesa do primeiro Raikage que apareceu. O inimigo se chamava Uchiha Shin, e por isso pedi perdão ao Raikage pela minha Família. A única coisa que sei é que ele era o primeiro Hokage. Tudo é muito estranho, pois pelos meus cálculos, eles teriam que ter mais de 150 anos.
Nosso caminho seguiu por uma trilha feita naturalmente pela costa de um riozinho que, por algum tipo de ilusão de ótica, corria para cima. Por fim, chegamos a um campo aberto com poucas árvores e diversas gramíneos que se espalhavam pelo rodapé do templo que parecia abandonado.
Simy fala — Acho que é aqui que entramos. — Falava ele demonstrando animação e medo ao mesmo tempo e dizendo — Por mais que minha primeira opção seja correr... —
Tomava a frente e já abrindo a porta dizia — Quanto antes descobrimos, antes voltamos. Cuidamos um do outro, lembra? — Entro no local ativando meus olhos e vendo se não há armadilhas ou coisas assim.
Havia apenas um caminho e muitas escrituras na parede. Olhava atentamente elas e pareciam contar algo.Seguindo se revelava um grande salão com escrituras na parede, um púlpito com alguns pergaminhos e, bem no centro, uma grande fonte de água que possuía apenas 2 peixes, ainda vivos, que rodavam em sentido horário.
Simy questionava perplexo — Se isso aqui tá abandonado. Por que tem peixes vivos em uma fonte? —
— Não sei, mas acho que temos que descobrir. Vem ler comigo! —Lendo rápido as paredes e desenhos, apontava a Simy que parecia uma história de dois pontos. Como se um personagem tirasse a energia da lua e outro do Sol, mas não mostrava a relação com os peixes, apenas mostrava que era algo interno, algo da essência do chacra. Por fim, o desenho final mostrava o poço e dois fluxos de chacra, como se fosse enchido com essa energia.
— Simy, vamos repetir a postura e ver o que acontece. Vá lá para a posição da lua e eu vou na posição do Sol. — Dizia ao pupilo, apontando as posições desenhadas no chão.
Conforme nós seguíamos o passo a passo das paredes sobre como realizar o ritual, fechamos nossos olhos e retardamos nosso chakra no mínimo possível, respirava fundo e, através do Chakra Nagashi, conseguíamos transmitir nossas energias para a fonte que, gradualmente, fazia com que os peixes desacelerassem. No centro da fonte, uma coloração negra começa a se fazer presente, já dando sinal de alerta de que talvez não tivesse funcionado.
— Jaina. — Simy chamava minha atenção e via que algo no templo estava errado
Simy continuava — Acho que não deu certo. —
— Calma… calma sem pânico — Tentava me acalmar mas ao mesmo tempo pensava como tinha cagado com tudo novamente — Será que não tem mais nada aqui, algo que não demos importância? — Me levanto e começo a vasculhar achando os pergaminhos e ao me levantar percebi marcações na tábua do púlpito.
— Hey, venha aqui… isso não te lembra nada do sonho? — Os símbolos eram parecidos com os das cartas e analiso os carimbos que selaram os pergaminhos. Abrindo um deles que não tinha símbolo mostrava um homem sendo testado pelo pulpito pelo seu chacra. Mostro a simy e pergunto
— Acha válido testarmos isso?
Simy concorda e complementa sua analise
— Acho sim, parece que cada um possui um tipo de chakra, quase igual os elementos de afinidade que aprendemos na escola ninja.
— Vou primeiro — Eu coloco a mão no púlpito e concentro meu chacra fazendo que o simbolo da lua brilhasse com maior intensidade. — Eita, tente você Simy. Me afastava dando espaço para ele.
Ao fazer o mesmo que eu, ele teve o resultado oposto, para ele o que brilhava era o sol. Olhando para o poço, eu conseguia perceber que tínhamos trocado os lados, mas tinha muito mais que entender ali. Entrego para Simy o pergaminho com símbolo do sol e eu abro o da lua. Após ler comento:
- Olha isso, aqui está descrito que o Estilo Yin são baseadas na energia espiritual que governa a imaginação, podem ser usadas para criarem forma do nada. Como se fosse pólos magnéticos?. Dois opostos! O que diz ai? O que será que imaginação tem haver com isso?
— E o Yang é responsável pela manipulação da energia física. Seria inteligente supor que talvez com os dois possamos dar vida e alma. — Completei para ela.
— Como se fosse o espírito e a matéria. Filosófico isso. Vamos tentar seguir o que cada pergaminho diz e repetir o ritual para corrigirmos nosso erro.
— Realmente, estranhamente poético. — Sorri me levantando. — Vamos tentar de novo, e dessa vez vamos corrigir tudo. — As plantas rapidamente haviam sido consumidas pelo o que quer que fosse esse evento e, estava se alastrando ainda mais.
Quando nos posicionamos corretamente agora, continuamos nossa técnica de transmitir o chakra através do chakra nagashi. Com uma grande facilidade, nossos chakra limpavam a água negra, purificando de toda a poluição que havíamos liberado, trazendo equilíbrio novamente aos peixes que voltavam a dançar em água límpida e em seu ritmo normal. As plantas, por outro lado, demorariam um tempo para voltar ao seu estado perfeito.
Sentia que havia um sentido nessa Sombra e que isso poderia me ajudar a evoluir cada vez mais.
Continuamos a ler e estudar aquele fenômeno até o fim daquele ano e cada vez mais nos aproximamos, assim como os peixes naquela água. Nossa harmonia estava em perfeito equilíbrio.
Estranhava aquilo e olhava em volta, o chão estava plano de terra, como se tivesse em reconstrução. Me virava e só via pessoas trabalhando na reconstrução, mesmo durante aquela lua que iluminava toda Kumogakure. Apenas uma única pessoa se destacava ali, uma senhora sentada com um vestido de tons coloridos e usava um capuz. Essa senhora embaralhava um conjunto de cartas, revelava elas na mesa e logo depois embaralhava novamente.
Já tinha ouvido falar sobre aquilo, ela era uma cartomante, era alguém que dizem que poderia ler o futuro, o destino ou até a verdade mais interna de quem a consulta. Parte de mim queria saber mais e responder questões que me consumiam a alma, porém sentia que outra queria fugir, como se gritasse PERIGO dentro de mim. Eu balbuciava como se conversasse comigo mesma e sou envolta por algo brilhoso, e me fazendo gritar…
— AHHHHHHH !
Tudo não se passava de um sonho, acordo me embananando e ofegante. Era meu primeiro dia como Assistente do Nanadaime Raikage, via que quase tinha perdido a hora e tinha dormido junto a umas das poucas árvores que tinham sobrevivido à tragédia. Tiro a poeira da roupa e sigo direto ao quartel general que ficava o Raikage. Em minha volta encontro meus tios e outros sobreviventes trabalhando na reconstrução da vila. Vou até eles e dou um beijo em cada um no rosto e falo.
— Tio Ifan, teu braço não está bom, a doutora não falou para deixar ele parado. Vá descansar poxa. — Dizia braba a ele e preocupada.
Ifan respondia rindo — Claro claro, segunda no comando, deixa eu ajudar com o braço bom. Ficar parado me dá nervos. —
Fane, que estava ao lado dele, complementava — Deixe minha querida, esse teimoso não quer se ajudar. Eu cuido dele, é minha responsabilidade e, às vezes, prefiro ele assim. Desse modo ele não vira um velho lobo rabugento. — Fane terminava com uma risada sarcástica, debochando do parceiro — Ifan, vem temos uma padaria para construir, quem sabe conseguimos comer uns dos Brioches da Mommy.
Coloco a mão na testa e dou uma balançada — Ai ai vocês dois… bem tenho ir, o Raikage me aguarda. — Saia em disparada acenando para os dois que falavam em simultâneo — Boa sorte.
[...]
No gabinete do Raikage, eu aprendia mais sobre minha nova função. Ele se mantinha frio e sério e o conjunto de papelada e pessoas que queria falar com o lider era numerosas. Começava a organizar por ordem de prioridades de sobrevivência da vila. Conseguir alimentos, casas, defesa e por aí vai. Era engraçado que enquanto andava pela vila organizando os compromissos do nanadaime, às vezes me lembrava do sonho, como se visse aquela senhora nos cantos.
— O que era aquilo? — Pensava enquanto sentava em toras de madeira para rever minhas anotações.
— Ferreiro, hospital, padaria… eita esqueci de ver como anda os grãos e esse setor. Lembro que o tio tinha falado que iria ajudar lá, espero que estejam bem. Café e um bom bolo são prioridade máxima da vila nesse momento — Minha barriga roncava no momento que terminei esse pensamento.
[...]
Chegando no local, eu vejo que meu tio tinha feito um ótimo trabalho fazendo mesas de pedra e montando toda a estrutura, o cheiro estava magnífico e logo chego procurando a dona do local. Sou surpreendido por um grito dizendo meu nome.
— JAINA--SENSEI! — Dizia Simy em uma mesa aos fundos. Vou até ele.
— Bom dia, Simy. Sabe com quem devo falar sobre a parte burocrática e econômica da padaria? — Questionava ao menino, pois tinha muita gente ajudando.
Simon, me responde perguntando:
— Se adaptando ao papel de assistente ? — Ele sorri e a, ele me responde o que havia perguntado. — Sou eu mesmo. Ou minha mãe, mas ela está ocupada e eu acabei de montar os preços do cardápio. Parabéns pela promoção inclusive.
— Obrigado Simy, estou fazendo meu melhor, não sabia que você tinha essas capacidades burocráticas também. Que menino organizado. — Dizia a ele sentando à sua frente para conversarmos. Mostrava a ele os dados de plantações de grãos e outros alimentos básicos e questionava a ele as prioridades do local.
Anotava tudo o que ele me passava e agradecia, logo seguia para outro local. Repetia e fazia esse serviço de acompanhamento a cada semana durante todo aquele mês. Talvez fosse exagero, mas tentava me manter próxima e ciente das necessidades dos kumoniense. Tudo aquilo era bem novo para mim, mas usava minha inteligência para me adaptar às diferentes demandas. Queria diminuir o peso que o Raikage tinha sobre seus ombros.
O mais estranho era que a cada vez que eu aparecia lá ele sempre me perguntava dos meus sonhos e se eu lembrava de algum, sempre com aquele sorriso no rosto. Simon sendo Simon.
[...]
Enfim chegamos ao triste dia que lamentamos a morte dos que perdemos na tragédia. Acompanhava o Raikage na cerimônia e podia ver todos ali presentes, chorosos e com dores em seus corações. No final, Yukio se despede pedindo um ano para treinar por conta própria. Apenas deixo claro que se ele precisar de ajuda, ele sabe que estaremos dispostos , mas acreditava que um treinamento individual poderia lhe fazer bem. Yukio ultimamente estava estranhamente apático. Naquele ano, nosso time estava separado, mas sempre reforçava que estaríamos unidos por um laço especial.
[...]
Tempos depois, volto a sonhar o mesmo sonho que me fizera acordar assustada. Porém dessa vez a ambientação estava mais clara. Via a cartomante e percebi a presença de outro conhecido, Simy. Aquilo estava realmente ficando cada vez mais confuso.
— Vem! Vem comigo, vou te apresentar para uma amiga. — Disse Simon puxando meu pelo pulso, e me guiando até a cartomante misteriosa.
— Oi, que? não… pera… amiga? — Estava confusa e sem forças para lutar, apenas seguia. Tudo parecia tão vívido, como se tivesse uma mensagem ali. Na frente daquela senhora, eu esperava Simy tomar a palavra.
Ele dizia que a conhecia, porém ela apenas tirava cartas do baralho. Eu não entendia nada mas lia no nome em cada uma. A primeira, foi a carta do Tolo, em seguida o Sol e A Lua, e por fim, ela tirou a carta do Hierofante. Tanto eu como o Simy estavam com olhares confusos.
Por fim ela falou apenas — Durmam Bem, pois vocês precisarão. — Fazendo que flashes viessem em minha cabeça. Um local, natureza, montanha, tudo era confuso. Era como viajar olhando pelos olhos de uma águia. Um rio, que adentrava um templo e finaliza com dois peixes que nadavam em uma pequena piscina. Simy não estava mais ali, mas já tinha conhecido aquelas regiões da montanha, mas o templo não me recordava a existência
Acordo como se tivesse sido jogada na cama. Tonta e tentando saber onde estava, parecia que tinha tomado um porre. O Simy não saia da minha cabeça e resolvi procurá-lo. Ao chegar em seu local de descanso percebo que ele estava mais agitado que o normal, arrumando um monte de coisas como se fosse fugir para longe. Bato na porta, com olhar arregalado.
— Simyy, você está bem? Parece que viu um fantasma ou vai tirar o pai da forca. Qual a pressa? — Me questionava se ele tinha tomado café naquele dia ou se pedia ajuda para os médicos da vila.
Ele me respondeu que estava bem, mas teríamos que sair naquele momento.
— Alguma missão especial? Do que está falando, Simon? Temos nenhum pedido de missão oficial e estamos sem dois de nossa equipe.— Colocava meus pensamentos no lugar — Além do mais que a sensei aqui sou eu, então eu que designo quando teremos uma missão, ou teria que ter sido avisada primeiro. — Dizia ao menino agitado.
— E você não foi avisada? Eu tenho certeza que você viu o mesmo que eu... — Respondia ele, trazendo coisas estranhas e falando exatamente do sonho que tive.
Já estava vacinada de tanta aleatoriedade, perguntava a ele — Tá, está me dizendo que tivemos sonhos juntos, isso? Que temos que achar esse local? É apenas um sonho Simy, podemos até chamar de mera coincidência. Seria mais lógico, né?
Ele me rebate com relato que desconhecia.
— Ultima vez que eu ignorei um sonho meu, eu terminei anos depois sendo levado a uma casa com um assassino e tendo minha mente manipulada para me ver como uma ovelha. Então sim, é hora de saber o que significa isso e, se não tiver nada lá, não temos nada a perder, né?
Parecia muito com a história da minha Irmã Ooki, sendo sequestrada, manipulada e assassinos. Primeiro o time 1 e agora isso? Só falta serem aquele negócio de reencarnação que o Simy havia comentado junto ao Raikage,
Simy corta a minha frente de modo como se eu fosse falar para não ir Porém, decido dizer:
- Saímos hoje mesmo? Sabe que sozinho você não vai e quero saber até aonde vai essa doideira . Lembre-se que foi você que me puxou para isso no sonho, né? — Dava uma piscada para ele e um sorriso.
Pego um mapa que tinha em meu bolso e coloco na mesa
— Mesmo se saímos hoje, a viagem demorará dias, quem sabe um mês até o local. É uma montanha difícil, pegue 2 cestas de brioches, ficaremos com fome. Vou juntar minhas coisas. Te encontro no portão.—
Primeiro tinha que passar no gabinete e avisar o Nana sobre isso e não acho que ele proibiria. Assim que tivesse aprovação, juntaria minhas coisas e colocaria uma roupa de viagem com minhas gêmeas juntas para encontrá-lo no portão.
[...]
Seguimos viagem até a montanha. No caminho fui conhecendo melhor o Simy e querendo saber mais sobre essas cartas que ele tinha contato. Eu ajudava ele a se achar no caminho e a não falar muito alto, principalmente a noite. Resumindo eu cuidava do caminho e ele da nossa comida. Um fato pesado que ele questionou foi sobre os acontecimentos em kumo, já que ele e o irmão estavam em uma missão afastados.
— Bem, não sei detalhes ao certo, mas em resumo Kumo tinha sido escolhida para sediar o encontro das cinco vilas shinobi e por consequência das cinco Sombras. Nisso teriam algumas provas e coisas em geral. Porém alguns convidados indesejados chegaram e só percebemos o perigo depois. Os kages de cada vila foram para uma reunião fechada junto com Ai e os outros fomos para um teste especial numa floresta. Algo aconteceu e a reunião foi invadida e um monstro de chacra foi invocado no centro da vila, trazendo consigo pequenos monstrinhos com uma força absurda. Uma organização chamada Owari, foi umas das invasoras e ficou impedindo que nós ajudassemos os kages. Após parar o último ataque do monstro, o chefe dos invasores juntou uma técnica final que pulverizou a vila e só não fez maior estrago devido a defesa do primeiro Raikage que apareceu. O inimigo se chamava Uchiha Shin, e por isso pedi perdão ao Raikage pela minha Família. A única coisa que sei é que ele era o primeiro Hokage. Tudo é muito estranho, pois pelos meus cálculos, eles teriam que ter mais de 150 anos.
Nosso caminho seguiu por uma trilha feita naturalmente pela costa de um riozinho que, por algum tipo de ilusão de ótica, corria para cima. Por fim, chegamos a um campo aberto com poucas árvores e diversas gramíneos que se espalhavam pelo rodapé do templo que parecia abandonado.
Simy fala — Acho que é aqui que entramos. — Falava ele demonstrando animação e medo ao mesmo tempo e dizendo — Por mais que minha primeira opção seja correr... —
Tomava a frente e já abrindo a porta dizia — Quanto antes descobrimos, antes voltamos. Cuidamos um do outro, lembra? — Entro no local ativando meus olhos e vendo se não há armadilhas ou coisas assim.
Havia apenas um caminho e muitas escrituras na parede. Olhava atentamente elas e pareciam contar algo.Seguindo se revelava um grande salão com escrituras na parede, um púlpito com alguns pergaminhos e, bem no centro, uma grande fonte de água que possuía apenas 2 peixes, ainda vivos, que rodavam em sentido horário.
Simy questionava perplexo — Se isso aqui tá abandonado. Por que tem peixes vivos em uma fonte? —
— Não sei, mas acho que temos que descobrir. Vem ler comigo! —Lendo rápido as paredes e desenhos, apontava a Simy que parecia uma história de dois pontos. Como se um personagem tirasse a energia da lua e outro do Sol, mas não mostrava a relação com os peixes, apenas mostrava que era algo interno, algo da essência do chacra. Por fim, o desenho final mostrava o poço e dois fluxos de chacra, como se fosse enchido com essa energia.
— Simy, vamos repetir a postura e ver o que acontece. Vá lá para a posição da lua e eu vou na posição do Sol. — Dizia ao pupilo, apontando as posições desenhadas no chão.
Conforme nós seguíamos o passo a passo das paredes sobre como realizar o ritual, fechamos nossos olhos e retardamos nosso chakra no mínimo possível, respirava fundo e, através do Chakra Nagashi, conseguíamos transmitir nossas energias para a fonte que, gradualmente, fazia com que os peixes desacelerassem. No centro da fonte, uma coloração negra começa a se fazer presente, já dando sinal de alerta de que talvez não tivesse funcionado.
— Jaina. — Simy chamava minha atenção e via que algo no templo estava errado
Simy continuava — Acho que não deu certo. —
— Calma… calma sem pânico — Tentava me acalmar mas ao mesmo tempo pensava como tinha cagado com tudo novamente — Será que não tem mais nada aqui, algo que não demos importância? — Me levanto e começo a vasculhar achando os pergaminhos e ao me levantar percebi marcações na tábua do púlpito.
— Hey, venha aqui… isso não te lembra nada do sonho? — Os símbolos eram parecidos com os das cartas e analiso os carimbos que selaram os pergaminhos. Abrindo um deles que não tinha símbolo mostrava um homem sendo testado pelo pulpito pelo seu chacra. Mostro a simy e pergunto
— Acha válido testarmos isso?
Simy concorda e complementa sua analise
— Acho sim, parece que cada um possui um tipo de chakra, quase igual os elementos de afinidade que aprendemos na escola ninja.
— Vou primeiro — Eu coloco a mão no púlpito e concentro meu chacra fazendo que o simbolo da lua brilhasse com maior intensidade. — Eita, tente você Simy. Me afastava dando espaço para ele.
Ao fazer o mesmo que eu, ele teve o resultado oposto, para ele o que brilhava era o sol. Olhando para o poço, eu conseguia perceber que tínhamos trocado os lados, mas tinha muito mais que entender ali. Entrego para Simy o pergaminho com símbolo do sol e eu abro o da lua. Após ler comento:
- Olha isso, aqui está descrito que o Estilo Yin são baseadas na energia espiritual que governa a imaginação, podem ser usadas para criarem forma do nada. Como se fosse pólos magnéticos?. Dois opostos! O que diz ai? O que será que imaginação tem haver com isso?
— E o Yang é responsável pela manipulação da energia física. Seria inteligente supor que talvez com os dois possamos dar vida e alma. — Completei para ela.
— Como se fosse o espírito e a matéria. Filosófico isso. Vamos tentar seguir o que cada pergaminho diz e repetir o ritual para corrigirmos nosso erro.
— Realmente, estranhamente poético. — Sorri me levantando. — Vamos tentar de novo, e dessa vez vamos corrigir tudo. — As plantas rapidamente haviam sido consumidas pelo o que quer que fosse esse evento e, estava se alastrando ainda mais.
Quando nos posicionamos corretamente agora, continuamos nossa técnica de transmitir o chakra através do chakra nagashi. Com uma grande facilidade, nossos chakra limpavam a água negra, purificando de toda a poluição que havíamos liberado, trazendo equilíbrio novamente aos peixes que voltavam a dançar em água límpida e em seu ritmo normal. As plantas, por outro lado, demorariam um tempo para voltar ao seu estado perfeito.
Sentia que havia um sentido nessa Sombra e que isso poderia me ajudar a evoluir cada vez mais.
Continuamos a ler e estudar aquele fenômeno até o fim daquele ano e cada vez mais nos aproximamos, assim como os peixes naquela água. Nossa harmonia estava em perfeito equilíbrio.
HP: 600/600│MP: 800/800 | ST: 12/12
Sanidade: 260/260 | Velocidade: 30 m/s
Sanidade: 260/260 | Velocidade: 30 m/s
- Considerações:
— Gaiden de TS
— +1 ano
— Feito com treinamento da Individualidade Yin (Inton) em conjunto com a Simon M. Stilinsksy
— 2773 palavras- Cegueira:
Total - 11/100 Pt de Cegueira
- Jutsus:
- Armas(20/25):
- Tsuinburēdo (Lâminas Gêmeas):
Tsuinburēdo (Lâminas Gêmeas)
Rank B
Descrição: Duas espadas de cores opostas, chamadas de lâminas gêmeas. Ambas tem o exato mesmo tamanho, proporções, força e resistência. Sua confecção foi feita usando um material especial que se torna ligado ao chakra do usuário, permitindo que o mesmo atraia as lâminas de volta para sua mão quando estas estiverem fora do seu alcance.
Habilidade: O usuário poderá puxar as espadas de volta para sua mão quando elas estiverem fora do alcance de sua mão, com limite de 15m de distância. A velocidade base será de 6 m/s, com adicional de 1 m/s por ponto em força do usuário. Custo para isso será de 10CH.
Carga: 4 espaços
- 8x Shuriken
- 2x Fuuma Shuriken
- 20m Fios
- 10x Kibaku Fuuda
- 2x Kemuridama
- 2x Hikaridama
- Bolsa de arma(Dá ao usuário +20 espaços de armamentos)
Incubator
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Re: [GAIDEN TIME SKIP] Yin-Yang ou Yang-Yin, tanto faz a ordem das burocracias - Postado Seg Dez 12, 2022 6:36 am
Aprovados