Nos escombros da minha antiga casa eu estava no meu quarto recolhendo alguns pertences que queria guardar e não fora destruído pelo ataque do Uchiha. Neste momento precisei três ninjas se aproximando. Saquei minha kunai imediatamente a chegada deles.

- Não tem motivos para atacar, Irvin. – Diria Petr. Um dos guardiões mais proeminentes do Clã Senju. E com ele estava Ulrica e Klute.

- Seu pai nos mandou. Ele crê que os covardes vão agir com você sozinho aqui em Kumo.

- Então, eles que venham... – Dizia determinado após saber do que o ocorreu no dia da destruição de Kumo.

Quando os ataques começaram todo os guardiões junto com o meu pai, líder do Clã no País do Relâmpago, se juntaram aos combates. O que não contavam era que os opositores da liderança do meu pai usaram o caos para sequestraram a minha mãe e meu irmão pequeno e o bebê. Quando todos souberam e foram impedir dos opositores tendo um derramamento do sangue Senju em nossas terras. Muitos tombaram antes mesmo do ataque destruidor. Entretanto, fomos vencedores apesar de alguns mortos e muitos feridos. E os que ainda estavam em condições de lutar foram deter as criaturas humanoides da Juubi. Poucos foram pegos pelo caminho pela lava. Muitos sucumbiram ao Grande Ataque enquanto tiravam os civis do centro do combate. Porém, ficou uma célula de opositores que logo atacariam a mim. Já que toda a liderança foi transportada para a Costa Oeste do país.

- Não se revelem. Me observem das sombras. Vamos aguardá-los sob a Lua Sangrenta. – Diria e então os três sumiram.

Meus trabalhos não cessaram nem por um minuto. Quando não era o assunto do Clã, era para ajudar nas construções, quando não era nenhuma das duas era a minha obrigação para com o comando dos militares de Kumogakure no Sato. Esse me tomava muito tempo. A contagem das nossas forças, alocação de ninjas para a reconstrução, ninjas para salvaguardar as fronteiras do país, outros seriam responsáveis pelo recrutamento por todo o país. Fora isso precisava planejar sobre suprimentos de comida e armas para todos. A segurança da Vila era prioritária, por isso, vigiada vinte e quatro horas até que conseguíssemos arrumar as defesas.

Alguns meses se passaram. E eu já tinha recebido informações sobre a movimentação dos opositores quanto a minha pessoa. E eles estavam prestes a atacar. Então eu tive que dar a oportunidade a eles.

Numa bela noite, a Lua Sangrenta estava em seu auge, eu voltei sozinho para a região do Clã e para a minha casa. Sentei-me debaixo da árvore que tinha no jardim. E ali eu comecei a concentrar a energia natural, fingindo que estava só relaxando depois de um dia normal de muito trabalho. A isca já tinha sido lançada.  E em poucas horas eles chegaram.

- Então o herdeiro está sozinho? Cadê os seus Guardiões? – Me questionou o cabeça dos opositores. – Viemos acabar com você e logo vamos buscar o seu velho maldito! Vamos tomar o controle do Clã. – Ao terminar de falar ele gargalhava junto com a sua corja. E eu permanecia quieto focado no meu treinamento.

Um dos subordinados avançou em minha direção sendo interceptado pela kunai do meu clone.

- Não acharam que eu me entregaria fácil não é mesmo? – Meu clone diria. E contra-atacaria o insolente. A batalha durou pouco tempo e o inimigo acabou com a garganta cortada. Agora cinco vinham junto atacar o meu clone. Ele fez selos e quando estavam próximos o braço do meu clone viraram várias raízes perfurando três e dois escapando e passando pela defesa do clone e indo em direção ao original. Uma muralha de madeira surgiu bloqueando o avanço, e recuaram. Meu segundo clone havia se revelado.

- Eu já alertei a vocês! Vão embora para que eu não tenha que matá-los! – o segundo clone diria.

- Você é tão asqueroso quanto o seu pai! Vocês tem que morrer, não tem o direito legítimo de liderarem nosso clã. Vão morrer! – Desta vez o líder investiu contra o meu original destruindo o meu primeiro clone, passou pela barreira os outros ninjas que ele liderava o seguiam de perto. Quando meu segundo clone fora destruído. Um clarão apareceu atrás de mim. Os três guardiões investiram contra os liderados em minha defesa. Uma batalha terrível começou a ser travada.  Meu tempo estava completo, estava cheio da energia natural. Levantei-me a cor da minha pele se tornou amarronzada, símbolos apareceram na minha face. Selos feitos. Abaixo de mim um enorme dragão de madeira apareceu. O dragão rugiu alto o suficiente para a Vila inteira ouvir, e juntamente com o meu Sakki, minha ira se voltaria contra ele e seus asseclas por terem machucado a minha família. A batalha se seguiu até que eu conseguisse absorver quase todo o chakra do meu oponente o deixando bem cansado. O Dragão o acertou e o prendeu entre ele e o chão.  

- Você é o último inimigo do nosso sangue. Quais as suas últimas palavras? – Falaria sério.

- Vá você e sua linhagem para o inferno! – Respondia o líder da rebelião.

O Dragão o levantaria deixando as suas costas expostas. Ele já não tinha mais condições de lutar mais. Eu estava cansado também, ele resistirá mais do que eu tinha previsto. Era um oponente difícil. Uma enorme ameaça. Porém, ele deveria servir de exemplo.

Com a kunai eu rasgaria a pele de suas costas o suficiente para que eu conseguisse ver suas costelas. Faria duas estacas uma de cada lado dele o prendendo. Quebraria as costelas formando asas com elas. Por fim, pegaria os pulmões e colocaria sobre os ombros. Assim, finalizaria a Águia de Sangue. E ali deixaria o corpo para servir de exemplo e comida as aves. E sairia dali com os guardiões ao meu encalço.

Foi a primeira vez que eu aplicara aquela técnica. Estava fora de mim ainda. Mas ele merecia pelo que fez com a minha família. Eu mantive o meu lado bom, porém, descobri que poderia não ter limites ao defender quem ou que eu acreditasse que deveria proteger. Poderia até mesmo me tornar um vilão, sem medo, para cumprir com o meu papel de Guardião. Ou só meu papel de ninja.

Levei alguns meses para me acostumar com as mudanças que estavam ocorrendo comigo. Depois da morte do Yoshiro e Lee e a destruição de Kumo eu não derramei mais nenhuma lágrima. Parecia que o poço tinha secado. Eu me tornara mais frio. A dor foi tamanha ao ver os horrores da guerra e seus resultados, o monstro de dez caudas, agora pouca coisa poderia me surpreender.

Um ano se passara desde o dia fatídico. As reformas e construções estavam em situações avançadas. A área militar estava finalmente entrando em ordem novamente. Meu clã todo reunido novamente. E conseguia ver o sorriso voltando aos lábios dos civis. Meu contato com o Raikage era bem maior devido ao meu cargo, já que me submeteria diretamente a ele.  Meu time, nos vimos raramente devido às nossas agendas apertadas. O luto ainda se fazia presente, mas com menos rigor. A raiva havia sido controlada com ações e planejamentos. E tinha descoberto uma nova rotina.

Quando eu precisava me preparar para algum evento, subia uma montanha e lá permanecia até eu conseguir colocar meus pensamentos em ordem, nem que isso levasse dias.



E era nessa montanha que eu estaria ao finalizar esse último ano. Terminando de planejar várias ideias na cabeça, quebrar meus próprios paradigmas. E com novas convicções.

“Considerações: