Minhas últimas missões como ninja tinham se resumido a tarefas simples e muito tediosas, mas finalmente tinham reconhecido meu potencial e uma missão mais desafiadora tinha me sido imposta! - Um ladrão? E ainda que deixar pistas? Talvez ele também esteja procurando alguma emoção. - Um largo sorriso se formou em meu rosto, essa era a oportunidade perfeita para colocar minhas habilidades à prova e de me desafiar de verdade!

Sua última vítima foi uma senhora já de idade que morava em uma casa chique, como era de se esperar algumas pessoas estavam fazendo uma comoção na frente da sua residência. - Eu pedi um ninja e eles me mandaram uma criança?! - A mulher parecia indignada com minha presença ali, talvez acreditasse que eu não fosse bom o suficiente? Han. - Calma, calma, eu não sou uma criança, sou um shinobi da folha. - Um olhar afiado se formou em meu rosto. - E a a pista? O que o ladrão deixou dessa vez? - Questionei a respeito da tal pista que o sujeito costumava deixar para trás.

- Está aqui. - A mulher ainda meio emburrada me entregou um papel com uma escrita bem mal feita diga-se de passagem. - Huuum… Parece que vai ser hoje daqui a umas seis horas, dessa vez vai no lado leste da vila. - Olhei em volta e parei olhando para um lado aleatório. - Eeeer… Você sabe que o leste é pra lá, certo? - A mulher questionou apontando a direção correta. - Aaah, claro! - Virei para a direção que a vitima tinha apontado. - A propósito, você não tem um mapa por aí só por precaução? - Uma pergunta inocente, mas sem perder a pose de quem estava no controle de situação - mesmo que não estivesse.

A mulher apenas me olhou com desdém e deu de costas, entrando para sua casa enquanto resmungava algo consigo mesma. - A educação básica está perdida. - Dei de ombros. - Ei, você disse que precisa de um mapa? - Nesse meio tempo uma voz mais jovem me chamou atenção, era um homem um pouco mais alto do que eu. - Ahn? Ah, sim, você tem um? - A empolgação retornou. - Não. - E desapareceu tão rápido quanto surgiu. - Mas você pode encontrar o que precisa ali. - O homem apontou para um grande prédio, aparentemente uma biblioteca ou coisa do gênero. - Oooh, eu não tinha visto isso ai. Obrigado! - Agradeci o sujeito chacoalhando sua mão com a minha. - Hahaha, de nada e boa sorte, espero que pegue o tal ladrão.

Adentrei a biblioteca e peguei alguns papeis, dentre eles um mapa e um livro que falava sobre pontos cardeais. - Huuum, eu estou aqui… E o norte fica aqui… - Organizei os papéis junto a uma bússola sobre uma mesa grande. - Aaarg, por que isso é tão dificil? - Levei as mãos até a cabeça bagunçando os cabelos, frustrado com minha incapacidade em entender aquilo tudo. - Ssshhh! - Alguém parecia incomodado com meu sofrimento, malditos insensíveis.

Algumas horas se passaram e lembrei que tinha uma missão a fazer! Por hora o que tinha aprendido tinha de bastar. - Tá, eu preciso ir aqui, e estou aqui, então é só fazer esse caminho… - Fui traçando o caminho no mapa com os dedos, tentando gravar localizações importantes de modo a encontrar meu destino com mais facilidade, ou pelo menos com mais facilidade do que de costume. - Certo, vamos lá. - E assim começou minha jornada pela cidade em busca do próximo ponto onde o ladrão ia atacar segundo suas notas.


Palavras: 565

Mesmo tendo estudado um pouco sobre geografia com os mapas, livros e bússolas, tudo ainda parecia igual pra mim! Por algum tempo até consegui seguir o caminho que tinha tentado decorar, mas os pontos de referência não estavam onde deveriam estar! - Aaarg, aquele mapa idiota estava errado! - Sim, é claro que o mapa quem estava errado e não eu… Claro.

Felizmente sai com tempo de sobra, e mesmo me perdendo algumas vezes durante o percurso, com a ajuda do mapa e pedindo informação pelas ruas consegui chegar onde supostamente o ladrão iria agir. - Hunf, eu ainda vou enlouquecer com todas as ruas e curvas. - Resmunguei comigo enquanto olhava em volta, tentando notar qualquer movimentação suspeita.

A casa da suposta vítima era tão chique quanto a anterior, se não mais. De qualquer forma, pelo que estava informado no bilhete já estava quase na hora do dito ladrão entrar em ação, então só me restava ficar de guarda e esperar. Felizmente não demorou muito para a festa começar e comecei a ouvir alguns barulhos estranhos vindo da casa, coisas caindo e quebrando. - Hum? Então nosso convidado de honra chegou? - Sem perder mais tempo corri em direção a casa, mas não foi preciso chegar a entrar na residência, pois o tal ladrão fez questão de surgir na sacada do segundo andar de forma dramatica.

- Então é você, aquele que ira me desafiar, shinobi?! - Um sujeito mascarado e vestindo um sobretudo escuro como a noite se revelou, fazendo todo um teatro entoando a voz e fazendo uma pose chamativa. - Ha, eu também gosto de um drama. - Um leve sorriso se formou no canto dos meus lábios, ação finalmente! A questão era: o mascarado me traria a emoção pela qual eu tanto ansiava?

Palavras: 288

- Konoha deve realmente estar passando por dificuldades, enviando crianças para missões como essa. -  O ladrão de cima da sacada continuava seu teatro, gesticulando e debochando. - Isso não vai ser divertido, saia daqui moleque e traga um ninja de verdade. - Esnobado, eu estava sendo esnobado por um ladrão vestido como um idiota saído de uma história infantil qualquer.

- Guahahaha! - Levei uma das mãos até minha barriga enquanto gargalhava. - Me disseram que tinha um ladrão por aqui, mas tudo o que encontrei foi um palhaço fantasiado. - Balancei a cabeça de um lado para o outro, eu provavelmente tinha caído em algum tipo de pegadinha não era possivel! - Tá, desce dai antes que se machuque. - Nesse momento uma kunai foi arremessada em minha direção, porém bastou esticar a mão para frente e criar um escudo com minha areia para impedi-lo. - Ho, então o garoto sabe uma coisa ou outra sobre ninjutsu? - Seu tom mudou, toda aquela pompa ficou de lado pela primeira vez. - Digo o mesmo, meu querido palhaço, agora me entretenha. -  Um sorriso sombrio se formou no canto de meus lábios.

O ladrão que estava no segundo andar então saltou e começou a correr sobre os telhados.- Kyakakaka! Se quer tenta assim venha me pegar, shinobi! - Um canalha fujão que não perdeu tempo em correr! - Tsc. - Me abaixei um pouco e a areia do meu sobretudo começou a se mover. - Sabaku Fuyū! - A areia negra que compunha a parte inferior das minhas roupas extras de areia de ferro transformaram-se em uma plataforma de areia que me permitiu alçar voo. - Ei, ei, ei, isso é roubo! - Exclamou o fugitivo. - Foi você que começou com o paga-a-pega. - E assim nossa perseguição teve início, com o ladrão fujão pulando pelos telhados e eu o perseguindo em cima da plataforma de areia de ferro.

Palavras: 302

A perseguição perdurou por alguns minutos, isso até que o fugitivo se atrapalhou, tropeçou em uma elevação de um telhado e caiu. - Aaaaah! - O sujeito exclamou em desespero, mas conseguiu recobrar o equilíbrio antes de atingir o chão e segurou em uma parede. - Podemos acabar com a brincadeira agora? Já perdeu a graça. - Parei próximo a ele flutuando com minha plataforma de areia.

Em meio a um ranger de dentes, o sujeito levou suas mãos até o interior de seu sobretudo e puxou algumas shurikens, atirando-as de uma vez. - Até parece! - Movi um braço para frente e areia do meu sobretudo esticou-se para frente criando um escudo para bloquear o ataque. - Esse tipo de técnica é inútil. - Juntei as mãos para realizar os selos do meu próximo jutsu. - Satetsu no Ude! - Estiquei uma das mãos em sua direção e a areia que cobria meu braço começou a se movimentar, esticando-se e transformando-se em uma mão que agarrou o larapio. - Se correr é a única coisa que sabe fazer esse jogo termina aqui. - A plataforma foi baixando aos poucos, trazendo nós dois para o solo novamente.

Minha plataforma de areia se desfez, retornando ao recipiente e repondo minha armadura de areia. - Isso não acabou ainda, garoto. - Murmurou consigo mesmo, de repente comecei a ouvir um barulho estranho, como um chiado. - Hum? - Arqueei uma das sobrancelhas. - O que você… - Antes que pudesse terminar de raciocinar direito notei o que estava errado, o ladrão estava acionando um papel bomba de dentro de suas roupas. - Seu lunático! - E antes que pudesse recuar…. BOM! Uma explosão.

Fui arremessado alguns metros para trás e caindo de costas no chão, porém a areia amorteceu a queda. - Hunf… - Comecei a me levantar lentamente, com alguns dores localizadas mas nenhum dano de verdade, foi mais a queda e o impacto que me fizeram ficar tonto por um momento, pois o dano foi mitigado pela areia de ferro. Contudo o ladrão não teve a mesma sorte, preso pela minha técnica o dano foi praticamente todo para ele que agora estava caído no chão gemendo de dor. - Confesso que esse último truque fez meu coração pulsar um pouco mais rápido, você realmente me assustou. - Deixei um sorriso escapar. - Mas isso foi tudo, um susto.

Desta forma minha missão terminava, envolvi o culpado com minha areia e o trouxe comigo já que ele ainda estava vivo e precisaria prestar contas com a justiça de konoha. - Isso pelo menos foi mais emocionante que procurar a peruca de alguém.


Palavras: 419

Minha última missão tinha trazido uma emoção que não senti nas anteriores, agora que me tornei um genin mais experientes me deram a permissão de realizar missões que pareciam realmente trabalho de shinobi, pelo menos foi isso que pensei antes de ver minha próxima tarefa. - Parece que agora fui promovido a babá. - Arqueei uma das sobrancelhas, talvez eu apenas tenha tido alguma sorte em ter pego algo minimamente emocionante da última vez.

De quakquer forma, aparentemente minha próxima missão envolvia algo complicado, uma criança prodígio cheia de si, aparentemente o pai queria que alguém lhe ensinasse uma lição. - “Engraçado, acho que já vi essa história antes.” - Coloquei os braços para trás da cabeça enquanto me lembrava de um passado não tão distante, quando eu mesmo estive naquela posição, mas na época foi meu próprio pai que me mostrou que o mundo é um lugar bem maior do que imaginava, invencível? Isso não passava de uma palavra, ninguém no mundo realmente era invencível. - “E é justamente isso que torna as coisas interessantes.” - Um sorriso debochado se formou em meu rosto, me pergunto se a garota invencível era realmente tudo isso ou tudo não passava de um pai coruja exagerando.

Sem mais delongas fui até o local onde deveria encontrar o pai da garota problema, mesmo que isso tenha levado mais tempo do que realmente deveria… Esse meu problema de direção era sempre um empecilho, mas já estava acostumado e por isso costumava sair mais cedo quando tinha um compromisso, mas isso também tornava as coisas mais interessantes já que toda viagem era uma aventura diferente e o desconhecido era sempre excitante.

Palavras: 270

Após uma longa, looooonga caminhada eu finalmente encontrei o cliente: o pai da tal menina prodígio, ele era um homem relativamente alto, com barba rala e um olhar cansado. - Yo! Você é a pessoa que contratou um shinobi para treinar com sua filha? - Ergui uma das mãos e assenei para cumprimenta-lo. - Ah, sim sou eu. -  O homem me olhou dos pés a cabeça, como se estivesse me analisando - provavelmente julgando.- Eu sou o Kain, é um prazer. - Estendi a mão para ele. - E eu sou Leon Yoishi. - Seu aperto de mão era firme, na verdade até demais, será que estava tentando me testar? Há, as coisas estavam realmente caminhando rápido.

A apresentação foi seguida de um silêncio estranho que perdurou alguns segundos até eu finalmente quebra-lo. - E então, onde está a garota prodígio? - Olhei em volta tentando encontrá-la, mas não havia mais ninguém por ali. - Ele está no campo de treinamento, provavelmente lutando com alguém de novo… - Leon deixou um suspiro cansado escapar, ele realmente parecia sem esperanças. - Entendo, ela realmente gosta de praticar, não é? Guahahaha! - Deixei uma gargalhada escapar, transparecendo meu lado mais relaxado. - É mais complicado que isso. - O homem coçou a cabeça um pouco sem jeito.

- Hoo… - Murmurei comigo mesmo. - E então, eu posso vê-la? - Questionei ainda em um tom mais ameno e relaxado. - Claro, mas… Tem certeza que vai ficar tudo bem? - Eu podia ver nele a mesma desconfiança que vi em outros, ele claramente estava me subestimando. - O que quer dizer? Tem medo que sua filha me vença também? - O sorriso do meu rosto deu lugar a uma expressão mais séria pela primeira vez. - Eeer… Não, é só que… - É claro que era, ele só não tinha coragem para dizer.

- Tá tudo bem, tudo bem, eu sei como é,se sentir invencível também. - Dei alguns passos para frente passando por Leon. - Mas as vezes é preciso que alguém lhe coloque juízo na cabeça para não se perder. - Continuei caminhando em frente. - Eeer… Sim, mas… Você sabe que está indo para o lado errado, certo? - Droga! Estragou toda minha cena dramática.

Palavras: 350

Com a ajuda de Leon guiando o caminho conseguimos chegar ao campo de treinamento sem desvios dessa vez, apesar de ter quase acontecido algumas vezes, quase… - Huuuum, parece que ela não está aqu- Antes que pudesse completar a frase vi um garoto um pouco mais novo do que eu caindo da árvore e batendo as costas no chão, logo em seguida uma garota saltou em sua direção, parando de pé em sua frente com uma kunai apontada em sua direção. - Eu venci, de novo. - Uma entrada dramática e emocionante, a menina tinha estilo tinha que admitir.

Vendo aquela cena o pai simplesmente suspirou, afinal de contas sua filha tinha conquistado outra vitória esmagadora para inflar ainda mais o seu ego. - Papai? - A garota olhou em nossa direção e então veio caminhando lentamente. - E quem é esse? - Questionou me olhando sem demonstrar qualquer reação. - É um shinobi da folha querida, ele veio… - Leon hesitou, depois de ver uma nova vitória ele parecia ter perdido a fé de que eu realmente poderia derrota-la. - Vim te ensinar o sabor da derrota. - Entrei na frente e me inclinei um pouco para frente, fazendo uma reverencia. - E eu sou Kain, é um prazer srta. invencível. - Ergui a cabeça esboçando um sorriso debochado.

A menina simplesmente me olhou dos pés e a cabeça e depois virou o rosto. - Você quem chamou ele? - Ignorado, eu tinha sido completamente ignorado por uma pirralha de 7 anos! Essa juventude… - ”Essa pirralha folgada…” - Uma veia saltou em minha testa e pela primeira vez me senti feliz de ter recebido uma missão para surrar, digo, treinar com aquela fedelha. - Sim… - Leon respondeu, ainda meio hesitante. - Eu queria que você treinasse com alguém que também estivesse quase no nível de um chunin, minha querida Tanya. - A menina, Tanya, virou em minha direção como se tivesse despertado algum interesse. - Então ele também é quase do nível de um chunin?  - Pela primeira vez vi uma expressão em seu rosto, um sorrisinho mesquinho. - Também? Kishishishi! - Não pude deixar de rir ao ouvir aquilo. - Você realmente nunca enfrentou um inimigo mais forte não é? Acha que está perto do nível de um chunin? Ótimo, ótimo! - Abri os braços junto a um largo sorriso. - É assim que se fala, Tanya! Então venha, me mostre do que é capaz, gêniazinha, espero que você pelo menos me faça sentir alguma coisa além de tédio! - A areia do meu sobretudo começou a se mover sutilmente, quase como se estivesse viva, talvez ela também estivesse ansiando por isso? Um verdadeiro desafio com um prodígio! Haaaaa eu acho que vou gostar disso.

Palavras: 431

Havia uma brisa boa pelo campo de treinamento, sentir o vento suave batendo no rosto era sempre satisfatório, mas o mais satisfatório era ter uma boa luta e eu esperava que Tanya pudesse me oferecer isso! - Preparada, srta. invencível? - Estralei os dedos das mãos. - Sempre. - Então seu pai anunciou o inicio do combate. Como era esperado a menina não perdia tempo, seu primeiro movimento foi jogar uma kunai em minha direção, direto na cabeça. - Bem direta. - Ergui o braço fazendo com que a areia de ferro da minha manga bloqueasse o ataque.

Seu primeiro ataque não passou de uma distração, logo em seguida ela estava a minha direita, o lado que eu tinha usado a areia para bloquear, ou seja, ela se aproveitou do meu ponto cego já que a areia também atrapalhou minha visão. - ”Ela é boa.” - Um leve sorriso se formou em meu rosto, a garota não era só papo afinal de contas. Infelizmente aquilo não foi o suficiente, e novamente a areia de ferro a bloqueou.

A menina era rápida e decidida, pois continuou a saltar, esquivar e atacar esgueirando-se ao meu redor enquanto a areia lhe bloqueava, sua habilidade era realmente notória para sua pouca idade, mas não o bastante. - Se já terminou e brincadeira eu vou começar. - Juntei as mãos para realizar meu jutsu, mas nesse instante algo diferente aconteceu e o que me atingiu não foi uma kunai ou shukurei mas uma bola de fogo. - Hooo, então você já consegue fazer esse tipo de jutsu? -  A bola de fogo assim como as kunais pararam na barreira de ferro, mas isso abriu uma cortina de fumaça que bloqueou minha visão.

O que veio a seguir foi algo que eu não estava esperando, Tanya não tinha apenas me atacado com kunais e shurikens o tempo todo, ela elas usou como distração para plantar alguns papeis bombas que explodiram em cadeia com o disparo de sua bola de fogo. - Sua pestinha… - As explosões espalharam minha areia de ferro que não foi capaz de suportar todas as explosões seguidas, se continuasse daquele jeito ela realmente poderia superar minhas defesas.

- Kurogane no Tsubasa. - Juntei a areia que ainda me restava formando um par de asas que me permitiu flutuar alguns metros do chão e escapar daquelas explosões, porém a menina também já parecia ter previsto isso e saltou de cima de uma árvore próxima tentando me apunhalar. - Eh? - Olhei com surpresa, o quão longe ela já tinha visto em nosso combate? Mas não era como se eu tivesse sido pego com a guarda baixa. - Esse foi seu primeiro erro nessa batalha. -  E assim que Tanya se aproximou o suficiente a asa negra direita lhe atacou com firmeza, arremessando-a contra o solo. Contudo, sem que eu percebesse nesse curto intervalo de tempo ela tinha atirado sua kunai que passou pelas minhas defesas e me atingiu de raspão no rosto tirando um filete de sangue.

Tudo aconteceu bem rápido e Tenya estava se levantando novamente, mesmo que com certa dificuldade. - Eu admito que você é ótima, Tanya! - Um largo sorriso se formou em meu rosto, quanto tempo fazia desde que alguém conseguiu atingir meu rosto? Agora eu entendia o motivo de tanta confiança! Porém, era só isso. Abri minhas asas negras sobre a garotinha disparando cerca de cinco penas em sua direção, cortando suas pernas, braços e bochechas.

Os ferimentos foram o suficiente para fazê-la cair de joelhos, sua expressão era dura e pude notar seu ranger de dentes de longe. - Acabou. - Lentamente desci ao solo novamente deixando que minhas asas de ferro voltassem a ser um sobretudo. - Mas admito que você faz jus aos boatos, Kishishishi! - Estendi a mão para a menina que aceitou o gesto. - E você também não é só papo, Kain. - Nesse momento seu pai se aproximou e abraçou sua filha. - Tanya, você está bem?! - Exclamou preocupado. - Não se preocupe, eu não atingi nenhum ponto vital ou importante, são só ferimentos superficiais. - Tratei de explicar a situação, pois o pai parecia bem preocupado depois de ver sua filha ser atingida em cheio.

- Sua filha tem um futuro brilhante pela frente, mas não esqueça a humildade, Tanya. O mundo shinobi é bem grande, e existem pessoas realmente poderosas por ai. - Olhei para um ponto qualquer no horizonte, lembrando das palavras do meu pai. - Pelo menos é nisso que eu acredito. - Suspirei fundo e me virei para Leon. - Acho que a missão está completa, certo? - Esbocei um leve sorriso no rosto. - Claro, e muito obrigado! - Desta forma com um aceso eu me despedi. - Kain! Você... Eu vou te derrotar na próxima! - Determinação! Seu olhar estava repleta dela, algo diferente de momentos atrás. - Ótimo, e eu vou estar te esperando Tanya, espero que um dia você realmente possa cumprir essa promessa. - No fim talvez eu não precisasse ir tão longe para encontrar um oponente digno.

Palavras: 808

Com a ajuda de Leon guiando o caminho conseguimos chegar ao campo de treinamento sem desvios dessa vez, apesar de ter quase acontecido algumas vezes, quase… - Huuuum, parece que ela não está aqu- Antes que pudesse completar a frase vi um garoto um pouco mais novo do que eu caindo da árvore e batendo as costas no chão, logo em seguida uma garota saltou em sua direção, parando de pé em sua frente com uma kunai apontada em sua direção. - Eu venci, de novo. - Uma entrada dramática e emocionante, a menina tinha estilo tinha que admitir.

Vendo aquela cena o pai simplesmente suspirou, afinal de contas sua filha tinha conquistado outra vitória esmagadora para inflar ainda mais o seu ego. - Papai? - A garota olhou em nossa direção e então veio caminhando lentamente. - E quem é esse? - Questionou me olhando sem demonstrar qualquer reação. - É um shinobi da folha querida, ele veio… - Leon hesitou, depois de ver uma nova vitória ele parecia ter perdido a fé de que eu realmente poderia derrota-la. - Vim te ensinar o sabor da derrota. - Entrei na frente e me inclinei um pouco para frente, fazendo uma reverencia. - E eu sou Kain, é um prazer srta. invencível. - Ergui a cabeça esboçando um sorriso debochado.

A menina simplesmente me olhou dos pés e a cabeça e depois virou o rosto. - Você quem chamou ele? - Ignorado, eu tinha sido completamente ignorado por uma pirralha de 7 anos! Essa juventude… - ”Essa pirralha folgada…” - Uma veia saltou em minha testa e pela primeira vez me senti feliz de ter recebido uma missão para surrar, digo, treinar com aquela fedelha. - Sim… - Leon respondeu, ainda meio hesitante. - Eu queria que você treinasse com alguém que também estivesse quase no nível de um chunin, minha querida Tanya. - A menina, Tanya, virou em minha direção como se tivesse despertado algum interesse. - Então ele também é quase do nível de um chunin?  - Pela primeira vez vi uma expressão em seu rosto, um sorrisinho mesquinho. - Também? Kishishishi! - Não pude deixar de rir ao ouvir aquilo. - Você realmente nunca enfrentou um inimigo mais forte não é? Acha que está perto do nível de um chunin? Ótimo, ótimo! - Abri os braços junto a um largo sorriso. - É assim que se fala, Tanya! Então venha, me mostre do que é capaz, gêniazinha, espero que você pelo menos me faça sentir alguma coisa além de tédio! - A areia do meu sobretudo começou a se mover sutilmente, quase como se estivesse viva, talvez ela também estivesse ansiando por isso? Um verdadeiro desafio com um prodígio! Haaaaa eu acho que vou gostar disso.

Palavras: 431

Havia uma brisa boa pelo campo de treinamento, sentir o vento suave batendo no rosto era sempre satisfatório, mas o mais satisfatório era ter uma boa luta e eu esperava que Tanya pudesse me oferecer isso! - Preparada, srta. invencível? - Estralei os dedos das mãos. - Sempre. - Então seu pai anunciou o inicio do combate. Como era esperado a menina não perdia tempo, seu primeiro movimento foi jogar uma kunai em minha direção, direto na cabeça. - Bem direta. - Ergui o braço fazendo com que a areia de ferro da minha manga bloqueasse o ataque.

Seu primeiro ataque não passou de uma distração, logo em seguida ela estava a minha direita, o lado que eu tinha usado a areia para bloquear, ou seja, ela se aproveitou do meu ponto cego já que a areia também atrapalhou minha visão. - ”Ela é boa.” - Um leve sorriso se formou em meu rosto, a garota não era só papo afinal de contas. Infelizmente aquilo não foi o suficiente, e novamente a areia de ferro a bloqueou.

A menina era rápida e decidida, pois continuou a saltar, esquivar e atacar esgueirando-se ao meu redor enquanto a areia lhe bloqueava, sua habilidade era realmente notória para sua pouca idade, mas não o bastante. - Se já terminou e brincadeira eu vou começar. - Juntei as mãos para realizar meu jutsu, mas nesse instante algo diferente aconteceu e o que me atingiu não foi uma kunai ou shukurei mas uma bola de fogo. - Hooo, então você já consegue fazer esse tipo de jutsu? -  A bola de fogo assim como as kunais pararam na barreira de ferro, mas isso abriu uma cortina de fumaça que bloqueou minha visão.

O que veio a seguir foi algo que eu não estava esperando, Tanya não tinha apenas me atacado com kunais e shurikens o tempo todo, ela elas usou como distração para plantar alguns papeis bombas que explodiram em cadeia com o disparo de sua bola de fogo. - Sua pestinha… - As explosões espalharam minha areia de ferro que não foi capaz de suportar todas as explosões seguidas, se continuasse daquele jeito ela realmente poderia superar minhas defesas.

- Kurogane no Tsubasa. - Juntei a areia que ainda me restava formando um par de asas que me permitiu flutuar alguns metros do chão e escapar daquelas explosões, porém a menina também já parecia ter previsto isso e saltou de cima de uma árvore próxima tentando me apunhalar. - Eh? - Olhei com surpresa, o quão longe ela já tinha visto em nosso combate? Mas não era como se eu tivesse sido pego com a guarda baixa. - Esse foi seu primeiro erro nessa batalha. -  E assim que Tanya se aproximou o suficiente a asa negra direita lhe atacou com firmeza, arremessando-a contra o solo. Contudo, sem que eu percebesse nesse curto intervalo de tempo ela tinha atirado sua kunai que passou pelas minhas defesas e me atingiu de raspão no rosto tirando um filete de sangue.

Tudo aconteceu bem rápido e Tenya estava se levantando novamente, mesmo que com certa dificuldade. - Eu admito que você é ótima, Tanya! - Um largo sorriso se formou em meu rosto, quanto tempo fazia desde que alguém conseguiu atingir meu rosto? Agora eu entendia o motivo de tanta confiança! Porém, era só isso. Abri minhas asas negras sobre a garotinha disparando cerca de cinco penas em sua direção, cortando suas pernas, braços e bochechas.

Os ferimentos foram o suficiente para fazê-la cair de joelhos, sua expressão era dura e pude notar seu ranger de dentes de longe. - Acabou. - Lentamente desci ao solo novamente deixando que minhas asas de ferro voltassem a ser um sobretudo. - Mas admito que você faz jus aos boatos, Kishishishi! - Estendi a mão para a menina que aceitou o gesto. - E você também não é só papo, Kain. - Nesse momento seu pai se aproximou e abraçou sua filha. - Tanya, você está bem?! - Exclamou preocupado. - Não se preocupe, eu não atingi nenhum ponto vital ou importante, são só ferimentos superficiais. - Tratei de explicar a situação, pois o pai parecia bem preocupado depois de ver sua filha ser atingida em cheio.

- Sua filha tem um futuro brilhante pela frente, mas não esqueça a humildade, Tanya. O mundo shinobi é bem grande, e existem pessoas realmente poderosas por ai. - Olhei para um ponto qualquer no horizonte, lembrando das palavras do meu pai. - Pelo menos é nisso que eu acredito. - Suspirei fundo e me virei para Leon. - Acho que a missão está completa, certo? - Esbocei um leve sorriso no rosto. - Claro, e muito obrigado! - Desta forma com um aceso eu me despedi. - Kain! Você... Eu vou te derrotar na próxima! - Determinação! Seu olhar estava repleta dela, algo diferente de momentos atrás. - Ótimo, e eu vou estar te esperando Tanya, espero que um dia você realmente possa cumprir essa promessa. - No fim talvez eu não precisasse ir tão longe para encontrar um oponente digno.

Palavras: 808