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Minha primeira missão como um shinobi de elite trouxe um peso com o qual não estava acostumado, digo, vidas já dependeram de mim antes e tirar uma não era novidade pra mim, já estava acostumado com batalhas de vida ou morte, contudo ter de lidar com um assassino de genins me deixou com um gosto amargo na boca, qual era o sentido em assassinar pessoas que sequer eram capazes de se defender? Que tipo de pessoa sentia prazer nisso? Alguém realmente era capaz de viver sem sentir aquela mesma emoção que eu buscava? Isso me parecia tão vazio e fútil, viver caçando os fracos era mais do que patético, não existia um termo para descrever o quão baixo isso era.

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Aquela missão me deu um vislumbre de como o mundo shinobi realmente funcionava, nem todos faziam isso por honra ou por algum objetivo em específico, alguns não passavam de meras ferramentas que seguiam ordens cegamente, independente do quão baixo precisassem ser. - Heh, e quem sou eu para julgar alguém mesmo? -  Talvez eu estivesse pensando demais nisso, algo que não era do meu feitio, afinal de contas tudo que eu buscava era a batalha perfeita que me traria a emoção que tanto ansiava, algo que fizesse meu coração se incendiar e me fizesse sentir vivo, ainda sim aquilo me fez refletir se existia algum limite que eu não ultrapassaria por esse objetivo, será que algum dia eu encontraria esse conflito no meu caminho? Quem sabe, o importante era viver o momento e não pensar em um futuro hipotético.

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Logo após minha reflexão sobre o caminho que estava trilhando como shinobi eu parti em direção a minha próxima missão, afinal de contas o trabalho não tinha folga, havia sempre uma nova batalha a ser travada. - Falando em batalha… - Eeeer, talvez nem sempre uma batalha literalmente, pois a missão que tinham me passado era um pouco… Como eu poderia descrevê-la? - Ser babá de uma garota rica, é sério isso? - No fim não tinha como descrever, apenas sentir, eu um jonin de elite da folha sendo escalado para ser babá de uma garota riquinha. - Os genins não deviam cuidar de tarefas como essa? - Diante tal situação apenas consegui suspirar de decepção.

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Minha missão sequer tinha começado e eu já me sentia exausto, pessoas ricas eram sempre um pé no saco e eu estava sentenciado a passar o dia inteiro com uma. - “Estou sendo punido por alguma coisa que fiz de errado na última missão?”- Essa missão certamente tinha de ser um castigo ou um engano… A quem eu estava tentando enganar no fim das contas?  

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Seja como for, uma missão ainda era uma missão independente de qual fosse seu objetivo, afinal de contas até pouco tempo atrás eu estava resgatando perucas de carecas, cuidar de uma criança mimada não devia ser tão ruim quanto isso, né... ?

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Enquanto tentava mentir para mim mesmo fui caminhando até o local de encontro com a garota que eu precisaria proteger. Demorou um pouco principalmente porque fiz o caminho mais longo propositalmente. O local em questão era uma residência próxima ao gabinete do Hokage. - Eeeeh, isso faz minha casa parecer de brinquedo. - Arregalei os olhos genuinamente surpreso, pisquei algumas vezes para ter certeza de que não estava vendo coisas, pois o prédio era enorme! Talvez quatro ou cinco vezes maior do que a minha casa. - Quanto mais preciso subir na hierarquia para ter uma dessa? - Murmurei em meio a um riso sem graça, a resposta para essa pergunta era tão óbvia que sequer merecia ser respondida.

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Depois de perder um tempo admirando a construção finalmente adentrei o prédio com certo receio; - “Acho que não nasci para viver em lugares tão chiques como esse” - Era quase como se aquele lugar me repelisse. - As pessoas ricas vivem em outro mundo mesmo. - Meus olhos correram de um lado para o outro, se por fora o prédio já era deslumbrante, por dentro me faltou palavras para descrevê-lo, lustres brilhantes, quadros chiques, até os talheres brilhavam, a tapeçarias era tão macias que eu não conseguia nem comparar com outra coisa que conhecia, literalmente me faltava repertório para descrever o que estava observando.

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Depois de perder algum tempo admirando a residência que servia apenas como um ponto de parada para a garota riquinha, finalmente fui recepcionado por um homem vestindo roupas finas, possuía a barba bem feita e um cabelo que chegava a brilhar de tantos produtos nele, me olhou dos pés a cabeça e então picarrejou. - Você é o Tokubetsu encarregado da segurança da senhorita Marin? - Sua expressão era uma com a qual eu já estava bem familiarizado: ele não me dava nada. - Sim, sou Kain o shinobi encarregado pela missão de proteção. - Esbocei um leve sorriso.

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Mesmo após minha apresentação ele continuou me encarando por alguns instantes, confesso que aquilo me deixou um pouco desconfortável mas também encarei de volta.. - Entendo. - No momento em que disse isso puxou um fio de metal que fez algumas kunais e shurikens choverem em nossa direção, permaneci parado e deixei que a areia de ferro bloqueasse os projéteis. - E qual o significado disso? - Questionei arqueando uma das sobrancelhas. - Apenas medidas preventivas, a senhorita Marin é uma pessoa importante e queria garantir que seu guarda-costas é uma pessoa capaz. - Sua pose sequer vacilou um momento sequer, aquele sujeito realmente não me via como nada além de um estorvo. - Sei, sei, mas isso não estava no meu contrato vou cobrar a mais por isso. - Dei de ombros. - Não que isso seja um problema pra vocês pelo visto. -  Um sorriso sarcástico se formou em meu rosto, mas pude ver uma veia saltar na cabeça do mordomo.

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Enquanto o clima ficava esquisito no saguão uma voz finda do segundo andar entrou em cena. - Chega de palhaçada, Ryan. - Era uma mulher vestindo um uniforme parecido com o do rapaz. - Peço desculpas pelo comportamento do meu colega, ele é superprotetor até demais. - Ela começou a descer as escadas lentamente vindo em nossa direção. - Eu sou Zoe, governanta da casa Leyrim. - Demorou alguns instantes para que ela chegasse até onde estávamos e de trás dela percebi que havia uma garota lendo alguma coisa que estava em suas mãos. - E essa é a senhorita Marin Leyrim, diga oi, senhorita. - A mulher mais velha praticamente empurrou a menina um pouco pra frente.

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A garota era exatamente o que se podia esperar do estereótipo de rica mimada, resmungou quando sua atenção foi chamada e fechou o livro que estava lendo. - Você ouviu, eu sou a herdeira dos Leyrim é um prazer. - Seu tom de deboche era bem visível. A garota em questão devia ter a mesma faixa de idade que a minha ou talvez um pouco menos. - E eu sou Kain, o shinobi responsável pela sua proteção no dia de hoje, é um prazer senhorita Leyrim. - Me inclinei um pouco para frente realizando um cumprimento respeitoso, mas seu mordomo parecia incomodado até mesmo com isso.

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- Você deve baixar mais a cabeça quando for falar com a senhorita. - Aaaah… Revirei os olhos tentando esconder a vontade de vomitar que senti naquele momento enquanto Zoe o repreendia novamente.

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A missão tinha começado a pouco e eu já sentia que seria a mais difícil da minha vida até aquele presente momento. - Então… É… Qual é o seu nome mesmo? - Disse a garota sem sequer olhar na minha direção. Pisquei algumas vezes, olhei em volta e depois para a garota. - Quem, eu? - Apontei pra mim mesmo. - Kain. - Disse com uma expressão cínica no rosto. - Certo guarda-costas, eu quero dar uma volta pela vila. - Aquela garota… Se não pretendia me chamar pelo por que se deu ao trabalho de perguntar de novo? - Mas é perigoso, senhorita! - Exclamou o babão superprotetor. - Não é por isso que vocês contrataram um guarda-costas? - Acho que todos na sala tinham de admitir que aquele era um argumento bem válido.

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A herdeira dos Leyrim parou do meu lado e me olhou nos olhos. - E então, vamos? - Hesitei por um momento e virei na direção dos seus funcionários, Ryan estava emburrado e Zoe apenas assentiu com a cabeça em meio a um suspiro. - Claro, é só dizer o que quer visitar primeiro. - Esbocei um leve sorriso no rosto e a garota bateu uma palma, parecia animada por finalmente sair daquela mansão. - Não se preocupem, eu protegerei a senhorita Leyrim com minha própria vida. - Tentei confortar seus mordomos, mas o rapaz apenas torceu o nariz e a mulher acenou sutilmente, sequer tentaram contrariar as vontades de sua protegida e eu já até podia imaginar o por que.

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Agora junto da garota que tinha um alvo nas costas comecei a caminhar pela vila, seus olhos corriam de um lado para o outro como uma criança fascinada. - Você não costuma sair muito de casa, não é? - Foi a primeira coisa que me veio à mente vendo aquela situação. - H-ham? O que você disse?! - Leyrim corou e me olhou um pouco encabulada, a resposta estava estampada no seu rosto. - Eu até entendo, se seu pai contratou um shinobi como seu guarda-costas então duvido que ele te deixe sair de casa até mesmo em dias normais. - Dei de ombros e continuei andando até alcançá-la.

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Vi seu brilho se apagando e não pude deixar de me sentir culpado. - Eeer… Espera, eu não quis dizer… - Boa Kain, certeiro como sempre, falei mais do que devia e me meti onde não era chamado. - Você está certo… - Ela disse ainda com a cara emburrada. - Eu mal consigo sair de casa e tudo que conheço eu aprendi nos livros. - Marin puxou o livro que estava lendo mais cedo de uma bolsinha que carregava consigo. - Eu quero ver esse lugar! - Seu olhar voltou a queimar com determinação e eu podia ver que ela não estava apenas pedindo, mas mandando. - Certo, certo, srta. Leyrim às suas ordens. - Me curvei de forma pomposa, claramente fazendo graça com a situação. De qualquer forma, o lugar para qual ela queria ir era um pouco estranho para alguém do seu “calibre”. - Uma barraca de ramen, sério? - Murmurei comigo mesmo, talvez não desse para julgar um livro pela capa mesmo.

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Mesmo estranhando o pedido da garota o atendi e em pouco tempo lá estávamos nós em uma barraca de ramen. - Era isso que você queria? - Questionei ainda um pouco descrente de que ela realmente queria aquilo. - Sim! É como nos livros! - Ok eu realmente não esperava que ela fosse ter uma reação tão positiva, seus olhos brilhavam com empolgação. - Eu vou querer esse, esse e esse. - E antes que eu pudesse perceber a garota estava pedindo um prato de cada. - Eeer… Você vai comer tudo isso? - Devia ser bom ter dinheiro o bastante para fazer aquilo, mas ainda sim estava tudo bem em desperdiçar comida?

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- Não é tudo pra mim. - Achei uma resposta estranha à primeira vista, mas logo percebi o que ela queria dizer com isso. Um grupo de crianças com vestes humildes estava olhando do lado de fora da barraca. - Venham, vocês podem comer. - Confesso que não esperava por aquele comportamento, ver a garota riquinha em uma barraca de ramen comum? E mais, pagando comida para estranhos? Isso certamente não era o tipo de coisa que se via todo dia e acho que ninguém acreditaria se eu contasse.

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- Hrum, quem diria. - Murmurei comigo mesmo. - O que? - Para minha infelicidade ela ouviu. - Eeer… Digo, eu não esperava que você fosse esse tipo de pessoa. - Comentei um pouco sem jeito. - E que tipo de pessoa você pensava que eu fosse? - Leyrim me olhou com desconfiança arqueando uma de suas sobrancelhas. - Do mesmo tipo que todos os ricos eu acho. - Cocei a nuca e desviei o olhar. - E quantas pessoas ricas você conhece exatamente. - Ok aquela tinha sido uma boa pergunta e não tive reação além de aceitar a derrota. - Ok, eu admito que foi um preconceito com base em nada. - Uma derrota completa.

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A missão até então não tinha trazido qualquer emoção como de costume, mas foi agradável de uma forma diferente, talvez eu não devesse julgar tanto as pessoas à primeira vista. - Obrigada por hoje, Kain. - Disse Marin com um leve sorriso no rosto caminhando um pouco à minha frente. - Fazia tempo que eu não saia de casa para fazer coisas como comer fora. - Naquele momento senti que às vezes até que era bom fazer algo de bom para as outras pessoas sem precisar me banhar no sangue de alguém no processo, mas só às vezes.

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Contudo eu tinha falado cedo demais e enquanto passávamos por uma rua sem movimentação uma bomba de fumaça explodiu. - Hruf… Marin, fique perto de mim! - Olhei em volta e balancei os braços tentando afastar a fumaça. - Kain! - Ouvi sua voz à minha direita, instintivamente concentrei meu chakra, juntei as mãos e lancei um de meus jutsus. - Satetsu: Kurogane no Tsubasa! - A areia de ferro do meu sobretudo tomou a forma de um par de asas que utilizei para abanar a fumaça.

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Após dispersar a fumaça finalmente consegui ver o que estava acontecendo, uma dupla de shinobis mascarados estavam cercando a herdeira dos Leyrim. - Kain! - Exclamou novamente. - E eu pensando que podia aproveitar um dia sem sangue. - Minhas sobrancelhas se curvaram dando origem a uma carranca, eu fui descuidado. - Soltem a garota e talvez vocês possam voltar vivos para casa. - A dupla se entreolhou e então riu. - Guahahaha! O garoto está tentando nos intimidar, Guren. - Exclamou o que estava mais à esquerda. - Deve ser apenas o namorado da garota, ignore, nossa missão era apenas captura-la. - O que estava à direita parecia mais centrado. - A ignorância às vezes deve ser uma benção mesmo. - Eles tinham feito suas escolhas e escolheram a morte.

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A dupla de criminosos não parecia estar me levando a sério e por isso apenas um deles me atacou primeiro, o que estava a esquerda fez alguns selos de mão e cuspiu um jato d’água em minha direção, evitei seu golpe alçando voo com as asas de areia ao mesmo tempo em que lhe atacava enviando três penas em sua direção, porém ele as evitou saltando atrás de uma parede. - Cuide da garota, eu vou dar um jeito nele. - O outro apenas concordou com a cabeça.

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Aproveitei a situação para sobrevoar onde o sujeito estava, mas quando finalmente cheguei perto o bastante ele já não estava mais lá. - Aqui! - Olhei na direção da voz e um jato de água concentrado voou em minha direção com tamanha pressão que foi capaz de atravessar meu reflexo de areia e cortar meu braço esquerdo de raspão. - Tsc. - Aquele golpe foi rápido, talvez o mais rápido que já tinha visto até então.

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Dei continuidade aos meus ataques enviando mais penas de areia pela rua, porém o rapaz era rápido o suficiente para evitá-las. - Você nunca vai me pegar com isso! - O meliante continuou a esquivar e atacar com seus jatos de água, pois já tinha percebido que era eficiente. Alguns me cortaram superficialmente, outros ainda eram bloqueados, mas quanto mais tempo passava mais sangue escorria das feridas do meu corpo que mesmo que superficiais estavam se acumulando.

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Em determinado momento minhas asas estavam esburacadas e fui obrigado a retornar ao chão. - Acabou! - Confiante o rapaz se aproximou com uma kunai em mãos, contudo era isso que eu estava esperando, pois meus ataques anteriores espalharam areia de ferro por toda aquela área. - Peguei você. - Ergui a mão esquerda em sua direção e a areia subiu pelo seu corpo como uma serpente dando o bote. - Sabaku… - A areia de ferro rapidamente começou a cobri-lo e a aperta-lo mais e mais. - ... Kyu! - E sem cerimônia a areá lhe esmagou, espalhando sangue. - Menos um. - Me virei na direção do que restava, meu rosto estava coberto de sangue tanto meu quanto de seu amigo, em meio a tanto sangue o que se destacava era o meu sorriso rubro, mesmo que o dia tenha sido agradável era essa sensação que realmente fazia tudo valer a pena!

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O sequestrador remanescente olhou toda aquela cena com pavor, aparentemente não havia passado pela sua cabeça nem por um segundo de que algo assim pudesse acontecer. - Seu maldito, eu vou te matar! -  Furioso jogou Marin para o lado, que caiu sentada no chão. - Ao menos me divertia como seu amigo fez! - O sorriso de outrora se estendeu pelo meu rosto e movi o braço direito em sua direção fazendo com que a areia de ferro avançasse.

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Semelhante ao primeiro, o segundo ninja também era veloz o bastante para evitar boa parte da areia, mas não sem que a areia lhe perfurasse de raspão, e seus ataques também eram de água porém mais potentes e mais lentos. Minha areia de ferro era capaz de bloquear seus ataques com mais facilidade, mas o impacto era maior e espalhava minha areia que demorava um pouco para solidificar a defesa novamente.

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Ataques normais não funcionavam contra ele e a estratégia que utilizei contra seu companheiro também estava manjada já que o rapaz fazia questão de ficar bem longe da areia espalhada pelo chão e até a empurrava para longe com suiton quando podia, então só restava uma alternativa: acabar com aquilo com um único golpe.

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Me posicionei de forma a ficar de frente para o ninja que estava rodeado de água, provavelmente preparando alguma coisa, o mais importante é que atrás dela existia uma parede aparentemente resistente. - Marin, fique pra trás. - Olhei de canto de olho para verificar a garota que correu para um dos becos. Logo em seguida reuni meu chakra e juntei as mãos, realizando alguns selos rapidamente. - Kokoryu no ago! - A areia de ferro então se juntou e formou uma grande estrutrura, a cabeça de um grande dragão negro.

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- Mas que merda é essa? - O sequestrador vacilou por um momento e foi então que lancei o golpe em sua direção, o colosso de areia negra lhe abocanhou e esmagou, ceifando sua vida de uma única vez. - Hunf… - Cambaleei um pouco para frente e me esforcei um pouco para ficar de pé. Meu corpo ainda estava quente com os ferimentos recém formados pelo meu corpo e ter gastado tanto chakra de uma vez também tinha me abalado mais do que o esperado, foi realmente um tudo ou nada.

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Após recuperar o fôlego, recolhi minha areia que parou na parede e reconstruia meu recipiente enquanto retornava até onde Leyrim se escondeu. - Você está bem? - Questionei ao mesmo tempo em que tentava ver se a garota não possuía nenhum ferimento. - Eu estou e quanto a você? Está todo coberto de sangue! - Seus olhos esbugalhados deixavam claro seu desespero. - Não se preocupe, a maior parte não é meu, kishishi. - Mesmo dizendo isso a garota continuou em pânico, talvez fosse a primeira vez que estivesse vendo sangue em sua vida. - Não olhe pra essa bagunça. - Coloquei as mãos sobre seus ombros e a virei para frente. - Eu vou te levar para casa.

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Ainda estava um pouco cansado do combate e por isso a caminhada até a residência onde encontrei Marin pela primeira vez demorou um pouco, porém quando chegamos Ryan passou por mim voando e foi direto para a garota. - Você está bem, está machucada? - Chamar aquele cara de superprotetor era pouco. - Eu estou, não que alguém ligue. - Disse em um tom irônico enquanto erguia uma das mãos. - O que aconteceu? - A governanta se aproximou e eu lhe contei toda a história.

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No fim acabei descobrindo que eles já sabiam que Marin estava na mira daqueles sequestradores e agora que eu tinha lidado com eles, eles podiam voltar para casa sem mais preocupações, ou seja, a missão tinha chegado ao fim. - Façam uma boa viagem de volta. - Esbocei um leve sorriso. Marin estava dentro de uma carruagem chique que veio buscá-la, seus mordomos também já estavam a bordo então tudo que me restou foi me despedir de longe enquanto eles se afastavam. No fim tinha que admitir que foi um dia divertido, mesmo antes do banho de sangue, talvez realmente existissem outros tipos de emoções que também fossem interessantes de experienciar.