O BANDIDO E A MAÇÃ

Logo pela manhã, o peso e a responsabilidade daquela missão me saboreava a mente, sabendo que aquilo era merecido e perfeito para mim. O único problema é que a confiança ainda não era tão grande no dito prodígio ao pensarem que minha mente ainda não seria suficiente para cuidar daquilo sozinho por meros detalhes de patente, algo que só impedia o meu progresso vital.

Por conta disso, infelizmente era designado para tal missão de alta classe aos cuidados de um Jounin do qual eu não conhecia - não que eu fosse do tipo que se importava em conhecer essas pessoas -, além do mais, no fim as coisas muito provavelmente seriam resolvidas graças a mim e meu intelecto, assim como sempre fora antes. - Tchú… - Cuspi o sabor azedo do desapontamento enquanto deixava o dinheiro sob a mesa do padeiro em troca de meu maço de cigarro que, assim que me colocava para fora do estabelecimento, ascendia um do grupo e o tragava com deleite.

No dia anterior havia recebido o pergaminho diretamente de meu velho sensei Squall, onde indicava o intuito da missão e quem eu deveria encontrar para realizá-la. Ainda desconhecia o seu nome, mas sabia que ele me reconheceria enquanto me aproximava do local indicado que era de certa forma um tanto quanto nostálgico: os campos de treinos. - Um belo dia para caçar, não acha? - Diria assim que visse o tal responsável pela missão. - Nara Seiji, mas você já deve me conhecer. - Cumprimentei-o com uma reverência ainda respeitando a hierarquia, mas logo em seguida dando mais uma tragada em meu cigarro.

219/200 [Palavras]

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O BANDIDO E A MAÇÃ

“O que há com esse velhote?” Pensei comigo mesmo tentando entender a atitude daquele senhor que poucos segundos atrás era um simples idoso meditando ao ar livre, mas que agora apresentava um ar nada acolhedor enquanto se colocava de pé. Ren, o Jonin responsável pela missão de início tentou dialogar com a terceira idade, mas tampouco fez para as palavras do homem.

Naquela mesma hora, eu não sabia dizer se de alguma forma eu havia me distraído, ou se aquele homem velhote era algum tipo de super humano. Como um alvo fácil, seu cotovelo já estava a poucos instantes de me acertar um golpe derradeiro, mas Ren com uma velocidade incrível, e com um grito de alerta, meu corpo agora parecia querer responder a mente. Com a mão direita apanhava uma Kemuridama em meu bornal enquanto que com a esquerda executava um selo de mão característico de meu clã. Arremessaria a arma contra o chão bem à frente do velho para prejudicar sua visão enquanto minha sombra se dispersava na forma do Kagenui no Jutsu, tomando a aparência de várias agulhas entravam numa rota contra o homem que avançava a minha frente.

No entanto, a utilização do Kagenui seria não só simplesmente para mantê-lo preso de alguma forma, mas também visando prejudicar seus movimentos, já que o foco seria atingir suas juntas do corpo, visando atingir também o seus sistema nervoso a fim de levá-lo a uma paralisia muscular.


241/200 [Palavras]

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Jutsus Utilizados:

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O BANDIDO E A MAÇÃ

O meu ego talvez tivesse sido uma Kunai na qual eu apontava para mim mesmo, pois todas as minhas palavras de auto confiança proferidas minutos atrás caíram por terra em poucos segundos. Aquele senhor presente a nossa frente em um piscar de olhos mostrava a enorme diferença que havia entre a gente, e isso mostrava que talvez eu não estivesse tão preparado quanto eu imaginava para aquela missão.

Ao contrário de mim, o loiro que me acompanhava se mostrava estar em outro nível, reagir na mesma toada que aquele velho foi crucial para que eu não fosse morto. Mas, infelizmente minha reação com seu aviso não foi o suficiente para atingi-lo com minha sombra, e a Kemuridama por sua vez havia me dado mais algum tempo de vida. E apesar de reconhecer que em outras circunstâncias eu não sairia dali com ida, ver que a atenção do velho havia se voltado para o loiro me emputeceu um pouco, o sentimento de inferioridade era umas das coisas que eu mais odiava.

Talvez eu ainda não tivesse o que era preciso para vencer aquele homem fisicamente ou em velocidade, mas ainda assim usaria daquilo que era minha maior arma: a inteligência. Aproveitando que suas atenções haviam se voltado para o meu companheiro que se mostrava totalmente capaz de segurá-lo, saltaria cerca de 8 metros para trás de onde o embate aconteceria, e estando devidamente afastado, faria um ritual característico da minha vida.

Com o joelho direito encostando o solo arenoso, juntei minhas mãos entrelaçando os dedos do meio e anelares, enquanto os dedinhos mindinhos, indicadores e polegares se juntavam como um só. De olhos fechados e respiração bem funda e tranquila, minha mente começava a digerir todo tipo de informação daquele combate, criando inúmeras possibilidades para combater aquele velhote. A Chuva de Sinapses começou a cair, inundando toda a minha mente.

311/200 [Palavras]

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Chuva de Sinapses:

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Preso em minha própria consciência, aquela atitude até poderia parecer o movimentos e um simples covarde, mas eu mais do que qualquer um sabia o quanto aquilo me fizera ter demasiado sucesso como um shinobi, pois aquela postura ajudava a me concentrar e enfim pensar nos meus próximos passos. Nunca fora um ninja que batia de frente com um adversário de forma bruta e sem raciocínio algum, aquele velhote era o pior tipo de inimigo para mim, e eu havia sentido isso na pele.

O poderoso movimento do loiro de instantes atrás havia infligido um grande desastre naquele velho, mas de alguma forma ele ainda continuava de pé, evoluindo a cada segundo que passava. Sua aura era tão intensa e vívida que era possível vê-la cobrindo todo o seu corpo, uma presença tão imponente que faria qualquer um estremecer. “Um usuário de Taijutsu extremamente veloz, com força sobre-humana, e que a cada minuto evolui ainda mais. Loiro, um companheiro que foi capaz de ser mais rápido que o velhote, uma habilidade interessante e muito útil. Minhas sombras não acompanham os seus movimentos, mas talvez eu consiga fazer aqu…” Minha mente se lotava de possibilidades, registrando os movimentos de cada um dos presentes, esquematizando algum movimento que me pudesse trazer sucesso contra aquele homem.

No entanto, todo o meu raciocínio foi por água abaixo, quando eu enfim me aproximava de uma solução, aquele ataque me trouxe um grande choque, notei na mesma hora que o loiro também havia se impressionado com tal. Bem na nossa frente, um borrão preto que, ao atingir o velho ainda era impossível de saber quem era, apenas que sua lâmina havia ceifado a vida daquele homem em um instante. A batalha de instantes atrás havia se findado em um único golpe, e eu apenas carregava o sentimento de derrota, nem ao menos havia tido a chance de dar o troco, e agora um novo inimigo se colocava a nossa frente.

Quase que sem perceber, acordei para a realidade ao ser tocado no ombro pelo meu companheiro que, ao dizer meu nome, me fez lembrar do seu. De alguma forma aquelas palavras me trouxeram um pouco de conforto, talvez fosse a sua experiência e tranquilidade emanando até mim. “Juntos.” Eu não havia sido designado para aquela missão a toa, se eu estava ali, era porque de alguma forma eu tinha as habilidades necessárias para acompanhá-lo.

Acenei com a cabeça retribuindo a parceria, meu semblante agora era ainda mais sério do que antes, pois algo me indicava que a minha atenção deveria ser redobrada. De alguma forma, Ren não rejeitou minha atitude, talvez acreditasse que eu estava preparando algo, e sim, eu estava, porém o inimigo agora era outro. - Por favor, segure-o um pouco. Prometo que não vou te decepcionar. - Cada movimento, cada ação daquele embate, tudo seria digerido pela minha cabeça e transformado em um plano de ação para derrubar aquele inimigo. A chuva não pode parar.

494/200 [Palavras]

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Chuva de Sinapses:

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O BANDIDO E A MAÇÃ

Naquele momento, eu levava aquela missão com muita seriedade, algo que sequer me dava esforço em outros momentos. A decepção de ser um completo inútil naquele embate me trazia ânimo para surpreender e parar o inimigo de alguma forma. Concordando com meu pedido e colocando alguma esperança em mim, Ren me deu apoio, porém, as coisas não pareciam caminhar para uma simples resolução.

A pessoa encapuzada já com a vida do velho em suas mãos, tomou uma atitude inicial quando em um instante deixou que aquela esfera tocasse o solo, fazendo surgir uma enorme cortina de fumaça à sua volta. De dentro da mesma, duas shurikens foram arremessadas na nossa direção como item de distração enquanto o seu foco era apenas fugir. Sem me preocupar com Ren naquele momento, já que seria simples para ele evitar a arma, me atirei a correr na direção do inimigo e, consequentemente, apanharia em minha bornal uma kunai e a seguraria na direção do ataque a fim de bloqueá-lo.

Tendo sucesso ou não, enquanto segurava a kunai com uma mão, usaria a outra para executar o Kagenui no Jutsu, aumentando a extensão da minha sombra na direção do encapuzado que, sendo surpreendido pela chegada de Ren, estiquei as pontas de minha sombra que se abriam como uma concha pronta para entrelaçar o inimigo de uma só vez, usando algumas pontas para perfurar o sistema nervoso e algumas juntas, fazendo com que seus movimentos ficassem limitados mesmo que por alguns instantes.

247/200 [Palavras]

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Chuva de Sinapses:

Kagenui no Jutus,:

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Lidar com o novo inimigo não parecia algo fácil, diferente do velho de antes, a pessoa encapuzada ainda se fazia soberana sobre as nossas ações. O clone de Ren era dizimado sem problema algum, e o máximo que o mesmo havia conseguido era parar o vulto que havia surgido como surpresa para nós. E naquele meio tempo, mesmo tentando se aproveitar disso para levar as minhas sombras até aquele indivíduo, a minha velocidade ainda era um lixo perto de seus reflexos, agindo de uma forma completamente inútil.

Apesar de observar e ler seus movimentos anteriores, meus olhos e o meu corpo eram incapazes de acompanhar. Mas, naquela mesma hora eu pude notar uma resposta estranha de seu corpo, pois o encapuzado não parecia alguém tão assustada assim com as minhas sombras e, ao ver seu corpo se posicionar em um tom de batalha, como um frio na espinha eu pude ver que dessa vez o inimigo viria para a ofensiva.

Sabendo que não tinha a menor chance de me mover mais rápido que aquilo, com a mão direita eu forma um selo ativando o Kawarimi no Jutsu já esperando pelo pior, enquanto com a mão esquerda colocada nas minhas costas, fiz um sinal de corte com a mão esquerda indicando o ataque inimigo para Ren. O loiro já havia se mostrado naquela batalha ser um cara muito rápido, e eu tinha certeza que ele lidaria com aquilo tranquilamente.

Segundos mais tarde lá estava o poderoso golpe de espada que vinha com uma imensa força de vento contra nós, ativando assim o meu jutsu de substituição, evitando o ataque inimigo.Logo em seguida aparecendo do lado direito do campo de treinos olhando para Ren, e enquanto trocamos o contato visual, batia com minha mão direita sob o selo que ele havia colocado colocado em mim, e depois com o dedão esquerdo apontei para mim, indicando que ele deveria trazer o inimigo até mim.

Logo em seguida, fiz o selo necessário para o Kagenui no Jutsu, abrindo e espaçando a ponta das sombras uma das outras formando uma espécie de cama de espinho esperando que Ren trouxesse o encapuzado até mim. Já havia percebido que minha velocidade não seria o suficiente para acompanhar, por isso começava a execução do jutsu antes mesmo do movimento do loiro, pois essa era a única forma de capturá-lo


393/200 [Palavras]

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Chuva de Sinapses:

Kawarimi no Jutsu:

Kagenui no Jutus,:

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O BANDIDO E A MAÇÃ

Eu estava em polvoroso com o que havia acabado de acontecer, o movimento era muito arriscado, o que poderia não só acarretar na minha morte como na de Ren, mas o loiro por sua vez não pareceu temer a ideia. De certo modo, aquela sua habilidade era a melhor e única forma de eu me aproximar do encapuzado, e assim aconteceu. Como num passe de mágica, estávamos bem à frente do inimigo, cravando várias partes de seu corpo com a minha sombra, fazendo com que dessa vez eu finalmente a atingisse.

Mas apesar de toda a sequência gloriosa de um trabalho em conjunto feito de forma impecável, algo surpreendente nos chocou por um instante. O corpo e as vestes atingidas pelo meu ataque de antes, fizeram com que seu capuz caísse ao ser rasgado pelo golpe, revelando algo bem inesperado, uma linda garota sem qualquer expressão de vida, carregando consigo a bandana da folha, indicando suas origens me deixou baqueado. “Mas… porquê? Qual o motivo?” Era um pensamento rápido, sem tempo para raciocinar, já que na mesma hora a garota insistiu em avançar contra nós mesmo após tecido atingido à queima roupa.

Confesso que ali eu já havia aceitado a morte, era o meu melhor movimento e mesmo assim ela ainda persistia, esfregando na minha cara que aquela missão havia sido uma grande falha para mim. Quando notei, já estava longe da garota e recebendo a indicação de Ren. Sim, ele havia nos salvado daquele feroz ataque, sua velocidade era algo absurdo, uma habilidade invejável da qual me trazia muita curiosidade.

Saltei para trás juntamente com Ren até a distância indicada, e por um instante percebi a insatisfação em seu rosto, essa que se transformava em uma determinação visível em sua mão com aquela manifestação de chakra muito parecida com a de instantes atrás no qual ele havia usado contra o velho. Eu não sabia mais o que fazer naquela situação, meu chakra já estava para esgotar, e aquela batalha já havia me mostrado o quão longe eu ainda estava do nível daqueles dois. Peguei uma de minhas kunais em meu bornal e a segurei bem na minha frente, com a outra mão me posicionei com o selo do Kagenui no Jutsu sem ativá-lo, tentando de alguma forma me preparar para o pior.

384/200 [Palavras]

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O BANDIDO E A MAÇÃ

Estava exausto, ofegante e sem muitas esperanças, isso vindo de mim é claro que tinha total ciência de que já havia chego ao meu limite. A Kunai em uma mão, e um selo na outra, sem nem mesmo ter planejado qualquer coisa, apenas o desespero de tentar sobreviver, mas, do outro lado, a garota pareceu finalmente sentir todo o dano causado pelas minhas sombras. Não só pelo nosso movimento arriscado de antes, mas também por tentar nos atingir ainda com o corpo perfurado, agravando ainda mais os danos internos daquela mulher.

Suas palavras me atingiram mais do que qualquer lâmina, um desabafo de sua parte muito sincero, tinha dor, sofrimento e ódio, era isso que eu sentia naquelas palavras, me fazendo pensar se de fato o que tínhamos feito ali era realmente o certo a se fazer. A dúvida tomou conta da minha mente, mas antes mesmo que pudéssemos ter um vislumbre do real motivo, sua vida havia se ceifado.Ren em um piscar de olhos já estava lá, com o corpo da garota em seus braços, ciente da vitória, mas com o mesmo sentimento de que tudo poderia ter sido diferente.

Caminhei até Ren, que deixava a garota ao lado do corpo já morto minutos atrás por ela. "Você mandou bem, Seiji.” Apesar da sinceridade em suas palavras, o sentimento não era esse, mas sim de total fracasso, se não fosse pela sua velocidade, eu sequer estaria vivo antes mesmo de ver a garota surgir. - Eu prometo que serei melhor do que isso, da próxima vez! - Ainda cabisbaixo com a situação, inclinei meu tronco em reverência a Ren que era meu superior, e que se não fosse pela sua experiência e habilidade, eu não estaria vivo para consertar os meus erros.

Permaneceria ali juntamente de Ren aguardando que os corpos fossem recolhidos e reportando toda a missão, deixando o relatório mais detalhado possível para a inteligência da vila, e quem sabe, descobrir o real motivo de todas aquelas mortes.

330/200 [Palavras]

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Missão:

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