Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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[Gaiden] - O horror de Cassyana e o sumiço de sua voz. - Postado Dom Fev 19, 2023 7:56 am
A garotinha vivia em um ateliê de costura, ajudava sua mãe a preparar as roupas e os consertos eram os mais importantes, já que o cliente pagava caro para a peça ficar como nova. Para facilitar o serviço, a mãe de Cassy deixava as agulhas dispostas em uma mesa, tinha uma variedade grande, da menor agulha até uma grandona que a menina via ela usando para passar elástico em algumas calças ou bermudas.
— Mamãe, mamãe! Tem uma senhora com uma trouxa enorme aqui na porta, não consigo trazer para dentro sozinha!
A menina entrou sorrindo na cozinha com a notícia, foi quando percebeu que seu pai tinha retornado da viagem. Seus olhos arregalaram e no mesmo pé que havia entrado na cozinha, Cassyana saiu correndo dali. O quartinho que tinha as ferramentas de costura era o mesmo que a menina dormia, o quarto maior era destinado para o conforto de sua mãe. A garota sabia que o homem não ia ali durante o dia, então entrou mais que depressa com desculpa de adiantar as entregas daquele dia.
Cassy tinha já seus sete anos, no dia seguinte faria oito. E seu pai parecia gostar dela depois, que a chegava a machucar quando aparecia de noite para elogiar o crescimento da filha. Ela estava cansada de elogios, ficava com o corpo todo dolorido quando isso acontecia, fazia xixi com sangue todas às vezes.
O dia passou tranquilo, a mãe entregou encomendas para a menina entregar pela Vila, a chuva constante era um obstáculo para entregar tudo seco, mas como é o normal do lugar, a mãe de Cassy já embalava de forma que todas as roupas não absorvessem nem umidade do ambiente. O dia já havia terminado quando a ruivinha retornou, sua mãe a esperava com um prato cheio de comida quentinha, a menina sorriu e sentou-se para comer entregando o dinheiro do dia.
— Aqui, mamãe, a moça da banca de verduras falou que amanhã é para passar lá, tem mais roupas do filho para consertar.
A menina comeu, foi para o banheiro tomar banho e já saiu dali direto para seu quarto. Cassyana estava cansada, tinha ajudado com algumas roupas, acabou ainda levando alguns espetos de agulha nos dedos por não prestar atenção, ainda caminhou pela vila quase a tarde toda para entregar tudo. Seus olhos fecharam assim que relaxou o pequeno corpo na cama.
A garota dormiu a noite toda profundamente, nem o barulho da chuva lhe incomodou, nada apareceu para incomodar Cassy, a batida na porta denunciou o amanhecer, a voz de sua mãe lhe despertou.
— Vem comer, temos que fazer uma colcha hoje.
Quando Cassyana saiu do quarto, não viu o pai na cozinha, a mãe já estava terminando de lavar a louça e já ia para o ateliê.
— Quando acabar lava o que sujar, depois vá à casa da verdureira pegar as roupas que ela falou.
— Está bom, mamãe.
A menina ruiva não pensou mais no pai durante o dia todo, fez todo o serviço que sua mãe lhe mandava e ainda ajudou a preparar o almoço, pode ouvir a mulher reclamando pela casa de algumas coisas relacionado a falta de palavra e compromisso, mas como não era com ela, Cassy só seguiu seu dia normalmente.
A criança já estava em seu quarto, sua mente entre o limbo do sono e o barulho da chuva, quando a porta de seu quarto foi aberta num rompante e o barulho a fez sentar-se rapidamente encolhida no canto mais longe possível da entrada do quarto.
— Cadê você sua putinha! Fica com essa cara de assustada não! Eu sei que você gosta, mas hoje eu trouxe um amigo pra você.
E de trás do homem bêbado, apareceu outro homem que Cassyana nunca tinha visto na vida. A garota tremia, não tinha como fugir dali, a porta era a única saída.
— É você? — a voz de sua mãe ficava mais alta, seu pai saiu do quarto e bateu a porta deixando ali dentro o outro homem que olhava para a garota com um olhar vidrado.
— Você vai gostar muito do que eu tenho aqui, vem para mais perto, não precisa ter medo. — o homem pegou Cassyana pelo cabelo e a puxou, colocando seu rosto bem na frente da sua virilha.
— NÃO! ME SOLTA! ME SOLTA! — os gritos eram agudos e o choro tomou conta logo em seguida, a menina soluçava e tentava se afastar do homem.
Ele ainda segurava ela pelos cabelos, enquanto a outra mão abaixava as calças, o homem fedia a mijo e álcool. A garotinha só queria sumir dali, queria que ele parasse. Foi então que a força da mão do homem sumiu, ele afrouxou os fios e logo em seguida despencou no chão. Cassyana se cobriu e deitou encolhida na cama e chorando.
Sua mãe e seu pai entraram no quarto, o homem estava morto, só um filete de sangue escorria por seus ouvidos e boca. Na mesa do pequeno ateliê que ficavam as diversas agulhas da costureira, não havia mais nenhuma ali, todas estavam dentro do corpo do homem morto.
Os dois adultos não entenderam o que havia acontecido, principalmente a mulher que não sabia quem era aquele homem no quarto de sua filha. Olhou para o marido e procurou pela menina.
— Cass, está tudo bem. Ei, vem com a mamãe, vamos dormir lá no meu quarto.
A garota não falou, seu corpo todo só tremia, até o choro ela engoliu naquele momento, seus olhos estavam úmidos e vermelhos. Ela fixou em seu pai, que ainda se mostrava confuso com toda a situação, parecia até que a sobriedade tinha voltado.
No dia seguinte, os três viajaram. O homem não confessou nada a mulher, mas fez a cabeça dela que a menina era um risco para a vida dos dois, ela havia matado seu amigo e não queria ela mais no mesmo teto que o dele. Os três foram andando até a fronteira com o país da pedra, em um lugar de difícil acesso, deixaram a menina enquanto a mesma dormia e voltaram para casa e sua vila sem filha.
Vontade: 5.5
— Mamãe, mamãe! Tem uma senhora com uma trouxa enorme aqui na porta, não consigo trazer para dentro sozinha!
A menina entrou sorrindo na cozinha com a notícia, foi quando percebeu que seu pai tinha retornado da viagem. Seus olhos arregalaram e no mesmo pé que havia entrado na cozinha, Cassyana saiu correndo dali. O quartinho que tinha as ferramentas de costura era o mesmo que a menina dormia, o quarto maior era destinado para o conforto de sua mãe. A garota sabia que o homem não ia ali durante o dia, então entrou mais que depressa com desculpa de adiantar as entregas daquele dia.
Cassy tinha já seus sete anos, no dia seguinte faria oito. E seu pai parecia gostar dela depois, que a chegava a machucar quando aparecia de noite para elogiar o crescimento da filha. Ela estava cansada de elogios, ficava com o corpo todo dolorido quando isso acontecia, fazia xixi com sangue todas às vezes.
O dia passou tranquilo, a mãe entregou encomendas para a menina entregar pela Vila, a chuva constante era um obstáculo para entregar tudo seco, mas como é o normal do lugar, a mãe de Cassy já embalava de forma que todas as roupas não absorvessem nem umidade do ambiente. O dia já havia terminado quando a ruivinha retornou, sua mãe a esperava com um prato cheio de comida quentinha, a menina sorriu e sentou-se para comer entregando o dinheiro do dia.
— Aqui, mamãe, a moça da banca de verduras falou que amanhã é para passar lá, tem mais roupas do filho para consertar.
A menina comeu, foi para o banheiro tomar banho e já saiu dali direto para seu quarto. Cassyana estava cansada, tinha ajudado com algumas roupas, acabou ainda levando alguns espetos de agulha nos dedos por não prestar atenção, ainda caminhou pela vila quase a tarde toda para entregar tudo. Seus olhos fecharam assim que relaxou o pequeno corpo na cama.
A garota dormiu a noite toda profundamente, nem o barulho da chuva lhe incomodou, nada apareceu para incomodar Cassy, a batida na porta denunciou o amanhecer, a voz de sua mãe lhe despertou.
— Vem comer, temos que fazer uma colcha hoje.
Quando Cassyana saiu do quarto, não viu o pai na cozinha, a mãe já estava terminando de lavar a louça e já ia para o ateliê.
— Quando acabar lava o que sujar, depois vá à casa da verdureira pegar as roupas que ela falou.
— Está bom, mamãe.
A menina ruiva não pensou mais no pai durante o dia todo, fez todo o serviço que sua mãe lhe mandava e ainda ajudou a preparar o almoço, pode ouvir a mulher reclamando pela casa de algumas coisas relacionado a falta de palavra e compromisso, mas como não era com ela, Cassy só seguiu seu dia normalmente.
A criança já estava em seu quarto, sua mente entre o limbo do sono e o barulho da chuva, quando a porta de seu quarto foi aberta num rompante e o barulho a fez sentar-se rapidamente encolhida no canto mais longe possível da entrada do quarto.
— Cadê você sua putinha! Fica com essa cara de assustada não! Eu sei que você gosta, mas hoje eu trouxe um amigo pra você.
E de trás do homem bêbado, apareceu outro homem que Cassyana nunca tinha visto na vida. A garota tremia, não tinha como fugir dali, a porta era a única saída.
— É você? — a voz de sua mãe ficava mais alta, seu pai saiu do quarto e bateu a porta deixando ali dentro o outro homem que olhava para a garota com um olhar vidrado.
— Você vai gostar muito do que eu tenho aqui, vem para mais perto, não precisa ter medo. — o homem pegou Cassyana pelo cabelo e a puxou, colocando seu rosto bem na frente da sua virilha.
— NÃO! ME SOLTA! ME SOLTA! — os gritos eram agudos e o choro tomou conta logo em seguida, a menina soluçava e tentava se afastar do homem.
Ele ainda segurava ela pelos cabelos, enquanto a outra mão abaixava as calças, o homem fedia a mijo e álcool. A garotinha só queria sumir dali, queria que ele parasse. Foi então que a força da mão do homem sumiu, ele afrouxou os fios e logo em seguida despencou no chão. Cassyana se cobriu e deitou encolhida na cama e chorando.
Sua mãe e seu pai entraram no quarto, o homem estava morto, só um filete de sangue escorria por seus ouvidos e boca. Na mesa do pequeno ateliê que ficavam as diversas agulhas da costureira, não havia mais nenhuma ali, todas estavam dentro do corpo do homem morto.
Os dois adultos não entenderam o que havia acontecido, principalmente a mulher que não sabia quem era aquele homem no quarto de sua filha. Olhou para o marido e procurou pela menina.
— Cass, está tudo bem. Ei, vem com a mamãe, vamos dormir lá no meu quarto.
A garota não falou, seu corpo todo só tremia, até o choro ela engoliu naquele momento, seus olhos estavam úmidos e vermelhos. Ela fixou em seu pai, que ainda se mostrava confuso com toda a situação, parecia até que a sobriedade tinha voltado.
No dia seguinte, os três viajaram. O homem não confessou nada a mulher, mas fez a cabeça dela que a menina era um risco para a vida dos dois, ela havia matado seu amigo e não queria ela mais no mesmo teto que o dele. Os três foram andando até a fronteira com o país da pedra, em um lugar de difícil acesso, deixaram a menina enquanto a mesma dormia e voltaram para casa e sua vila sem filha.
Vontade: 5.5
- Considerações:
- O Gaiden é para deixar presente a primeira manifestação do Kekkei Genkai da garota e ainda o motivo que a mesma tem mudez seletiva. Incluindo também que ela não nasceu dentro da Vila da Pedra, mas em algum país que compõe os arredores do lugar.
1012 palavras
Yue
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Re: [Gaiden] - O horror de Cassyana e o sumiço de sua voz. - Postado Dom Fev 19, 2023 1:49 pm
01 Gaiden solo
Aprovado
5 de experiência.
@Legend
Para além do tema pesado, gostei da maneira com a qual narrou e principalmente como não tornou esse respectivo tema gráfico, de todo modo dá para observar as nuances do abuso e como isso influenciou e entristeceu a Cassyana. Esperando para ler mais da história dela.