Foi solicitado em um dia anterior, pelos seus respectivos superiores, que os aspirantes da Força Policial da Folha comparecessem algumas horas mais cedo naquela manhã em questão. Já eram quase seis horas quando Saito saiu de casa, caminhando calmamente ciente de quanto tempo levaria para chegar até o local indicado. Aparentemente antes do expediente começar haveria uma cerimônia de promoção de patente para os que vinham se destacando e foi entregue o convite para todos como se aquela fosse realização de uma missão de ranqueamento D.

De fato, a ausência de qualquer ação e o decorrer da obrigação em comparecer caracterizavam aquilo como uma tarefa e não uma opção. Mas mal perdia por esperar. Desde que havia se unido à corporação, Saito fazia uso de vestes sociais finas que evidenciavam sua categoria e classe. Precisava manter uma aparência que passasse credibilidade devido o fato de ser novo e já exercer uma função de grande estima.

No lugar indicado, sentou-se como todos os outros policiais em cadeiras enfileiradas diante de um palanque, dentro de um grande galpão utilizado para eventos. A cerimônia não tardou em começar e começaram a ser chamados nomes por ordem decrescente de patente. Primeiro os capitães promovidos a comandantes, em seguida os sargentos promovidos a capitães e por fim os aspirantes promovidos a sargentos. Para sua surpresa, Saito foi convidado a se levantar e assim o fez, apertando mãos de desconhecidos no palanque, recebendo uma medalha em seu peito e um broche que evidenciava sua nova patente.

— Parabéns, Sgt. Saito — Disse o atual chefe da policia, com quem nunca havia trocado uma palavra que seja. Com o novo cargo e ao fim do evento, todos dirigiram-se para o Quartel General. Era hora de começar a trabalhar de fato.