Pandora tinha acordado menos disposta naquele final de manhã, pois os constantes atritos com seu parceiro de equipe pela clara divergência de opinião sobre o que significa ser um ninja estavam afetando a garota mais do que acreditava que seria possível. No entanto, mesmo com aquela sensação ruim, tinha trabalho a fazer. Mais uma missão de rank D na Vila da Pedra. Esta, ao contrário das demais, era bastante peculiar.

“Não pensei que fosse encontrar algo assim para fazer como ninja… Uma jovem que queria ser ninja, mas a doença rara a está matando. Isso é bastante triste ao que parece, mas como vou fazê-la se sentir uma ninja de verdade… Ela teria que ser uma ninja para se sentir como tal… Isso não vai dar certo. Eu entro em cada situação...”

Seus pensamentos, pessimistas, minavam suas ideias de como realizar aquela missão de forma correta. Entretanto, um trabalho era sempre um trabalho e uma missão dada deveria ser cumprida a qualquer custo, nem que ela acabasse mostrando a dura carreira de que opta por ser um shinobi.

Equipada, a garota pode ir ao encontro da menina que seria escoltada e tratada como uma verdadeira ninja. Pelo caminho, buscaria respostas a respeito do que poderia fazer e algumas ideias surgiram, sendo a principal delas um presente. Ela não demoraria muito tempo para chegar à casa da menina doente. — Olá, meu nome é Pandora Heinstein, sou a ninja que veio escoltar a Myrrie até o hospital... Além de ajudá-la a realizar seu sonho... —

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Logo que chegou e se apresentou, a garota foi trazida até ela, em uma cadeira de rodas dada as condições de saúde debilitadas. Pandora, sem esboçar qualquer reação, se aproximou e tomou o controle da cadeira e começou a guiar Myrrie pelo caminho, enquanto conversavam sobre o que a menina acreditava ser um ninja.

As explicações se assemelhavam muito aos pensamentos de Kaginimaru, o que faria Pandora pensar que ou seu parceiro tinha os ideais similares ao de uma garota doente ou que aquilo podia ser algo universal e ela via tudo com mais clareza em razão de sua racionalidade.

De toda forma, aquilo era um trabalho e deveria ser feito. A opção mais palpável seria mentir para a menina, pois ela logo morreria e nunca teria condições de saber o que realmente era ser um ninja. — Bem, você não pode ser uma ninja sem dominar ninjutsus, sabia? Até por isso somos chamados de ninjas… Que tal se você aprender uma técnica bem legal antes de chegarmos ao hospital? —

Pandora simplesmente não esperaria resposta da garota e mudaria o rumo com a cadeira de rodas. Levaria a menina para um armazém abandonado ali próximo e começaria a demonstrar o mais simples dos jutsus básicos: o jutsu de transformação.

Depois de explicações sobre o funcionamento do chakra e dos mecanismos de selos de mão para moldar o chakra, passaria horas até que a garota conseguisse. Finalmente, a garota conseguiu se transformar na própria Pandora, realizando seu sonho de ser ninja por um dia.

Já estavam atrasadas e precisavam chegar ao hospital o mais breve possível. Ciente disso, a kunoichi tomou o comando da cadeira novamente e levou Myrrie para o hospital, concluindo seu dia de trabalho.

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