Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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[Gaiden em grupo] Ópera dos Mortos - Prólogo - Postado Dom Jan 24, 2021 4:27 pm
Ó | pera dos | Mortos |
Crônicas sobre os fantasmas dos passado que assombram o futuro
A quem queira saber, observe: naquela pequena casa, iluminada na base do lampião vive uma garotinha que mal sequer sonhou com a ideia de ser uma kunoichi. Aliás, ali estava ela em meio aos seus sonhos corriqueiros de fantasia, daqueles que beiram aos típicos romances que sempre acabam em final feliz.
Cá entre nós, as suas tendências sonhadoras sempre foram na verdade uma forma de se proteger dos constantes traumas que passou. Ela vivia ali, com sua mãe, e seus dois irmãos mais novos. Sua mãe estava desempregada e dependia das boas ações e boas vontades do avô, um alcoólatra de humor para lá de flutuante.
E foi então que ela viveu uma vida inconstante: quando nasceu seus pais estavam juntos e moravam em outra cidade, aqueles anos iniciais foram difíceis pois moravam todos estes de favor. Depois de um tempo migraram para uma cidade vizinha, mais próspera, e foi aí que veio o seu irmão mais novo, quando ela já tinha lá para os seus seis anos.
Sua mãe assim como com ela, foi só amores com a criança nos dias iniciais, até que o menino pudesse gozar de plena capacidade de dar cabo as suas travessuras. A partir daí, esta passou a repetir as constantes surras, agressões verbais e castigos que a garota já havia passado e ainda continuava por passar.
E assim o tempo foi passando, e ela foi cada vez mais se criando em meio a diversas situações perturbadoras, que foram moldando uma psique fragilizada e doente. Aos seus onde anos passados, estava ali deitada dividindo uma única cama de casal com seu irmão de seis anos e sua irmã de dois. Sua mãe deitada num sofá cama que ganharam de uma doação, dormia numa postura desleixada e que certamente lhe causará dores.
Naquele instante nossa personagem dormia e tinha um ótimo sonho, onde vivia numa outra cidade, que jamais havia sequer conhecido. A dispensa e a geladeira da casa estavam cheias, seus pais ainda estavam juntos e seus irmãos nem sequer existiam. Era uma realidade perfeita, onde a garota jamais teria de passar por constantes agressões físicas e psicológicas, por nenhuma dificuldade e nem mesmo teria de cuidar dos dois irmãos mais novos como se fosse mãe destes. Mas como tudo que é bom dura pouco, o ambiente foi tomado pelo vazio, e a garota se via ali flutuando no nada, sem sequer sentir seu corpo. E foi então que uma voz apressada chamou pelo seu nome:
- Sakuraaaaa?! Disse a voz masculina que parecia vir de todos os lados.
Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor. ▲ |
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Re: [Gaiden em grupo] Ópera dos Mortos - Prólogo - Postado Seg Jan 25, 2021 9:22 pm
Todas os ninjas do mundo dizem que há um lugar aonde apenas os escolhidos podem pisar, um lugar aonde instintivamente e intencionalmente você o adentra, também falam que para alcançar esse lugar deve-se treinar mais que todos, mais que tudo, deve-se esgotar de usar tanta força por dia que seu corpo automaticamente ativara um mecanismo de auto defesa superior, uma concentração jamais sentida.
Poucos dizem que já viram alguém entrar nessa "Zona" e muito menos ainda dizem que entraram nela. Os relatos são simples porém inacreditáveis, dizem que quando se abre esse gigante portão o ninja foca-se 100% na batalha, tudo e qualquer outra coisa é excluída de sua mente e dizem até que a concentração é tão grande que os olhos se arregalam, babar torna-se natural durante o embate e a postura de combate é perfeita, pode-se dizer que se uma mosca entrasse no olho de alguém nesse estado ele nem ao menos piscaria ou iria se distrair.
Outros contos dizem que alguém que já entrou nessa "Zona" depois de muito treinamento talvez poderia conseguir abrir este portão a força, ativando-a na hora que pretendesse, como se aquilo fosse um simples jutsu os comentários até afirmam que uma pessoa que chegou nesse nível é muito superior até aos poderosos Kages das vilas, por isso essa "habilidade" natural humana é escondida e poucas pessoas no mundo todo sabem sobre ela e muito menos acreditam.
Enquanto treinava Aomine buscava a resposta para se tornar mais forte, afinal sua família precisava disso o peso posto em suas costas era gigante um fardo que nem mesmo o pai do pobre garoto tinha conseguido, afinal era um clãn que não tinha habilidades promissoras e sim apenas 6 braços e conseguir expelir metal, enquanto outros clãns abençoados por rikudou teriam muito mais a oferecer, mas não pode-se utilizar a sua fraqueza como desculpa por ser fraco, deve-se treinar e moldar a sua fraqueza em força pois quando se acredita verdadeiramente em algo, o universo conspira ao seu favor. Ainda correndo pela floresta perdido em pensamentos o garoto bate em um tronco de árvore e cai sobre o chão já sem consciência totalmente apagado, porem sua mente ainda alerta o levava para um lugar escuro, totalmente sozinho e podia escutar :
- Aomineeeeeee?! Uma voz aparentemente masculina vindo de todos os lados.
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Re: [Gaiden em grupo] Ópera dos Mortos - Prólogo - Postado Seg Jan 25, 2021 10:27 pm
Imersão
“O todo é Mente; o Universo é mental.”
S
entado na areia, na solidão atrás de uma casa abandonada, Shüra tinha em mãos um livro que recebera como empréstimo de seu tutor, que em tempos passados fora um grande estudioso das artes místicas que rondavam os grandes enigmas da vida humana e da matéria. Intitulado Hermes Trismegitos, é um conjunto de texto originalmente escrito em uma língua antiga e quase completamente desconhecida, que fora traduzido parcialmente por Dégel para o atual idioma durante suas pesquisas. Respirando fundo, o garoto abriu o livro e imergiu em uma leitura profunda.Narrado em primeira pessoa por um homem misterioso de nome idêntico ao título do livro, o próprio se intitula “um deus civilizador e patrono da ciência, se diz um sábio e, como sábio, transmite todos os segredos envoltos da vida. Se considera a essência divina no mundo, sendo fixo e volátil, possuindo em si as propriedades da Lua e do Sol, até mesmo da prata e do ouro.” Uma introdução incialmente confusa para o jovem genin. Shüra não conseguia assimilar muitas das coisas que estavam sendo ali descritas, parecendo ser tudo tratado em metáforas indecifráveis e, em primeira vista, até mesmo irracionais, porém não se deixou desistir e seguiu a leitura, persistiu por mais dois capítulos e sem perceber, caiu em um sono profundo ali mesmo, encostado com a cabeça em uma parede de madeira fina em ruína.
Nesse momento, Shüra sonhava, vendo a si mesmo em meio a um deserto sem fim e sem vida, mas não era o deserto de Suna que já conhecia, as areias onde seus pés estavam apoiados era de uma coloração completamente avermelhada, o céu alterava sua cor constantemente entre o preto e o branco, e o clima era agradável, com uma brisa suave que levemente balançava seus lindos cabelos brancos.
Subitamente um homem apareceu em sua frente, no exato momento em que seus olhos se fecharam durante o ato de piscar, o homem se aproximou e ficou a poucos passos de Shüra, o garoto não se assustou e nem mesmo demonstrou alguma emoção. Olá, Shüra Suoh. A figura misteriosa vestia roupas nunca antes vistas pelo garoto, possuía um grande manto vermelho escuro que o cobria da cabeça aos pés, sua pele era de um tom pardo e possuía uma grande barba castanha com alguns fios grisalhos, estava com os pés completamente descalços e exalava confiança. Na mão direita, possuía um cetro de bronze com algumas espirais dentro de um globo na ponta, também feitos de bronze. Quem é você e como sabe meu nome? O garoto estava calmo, se sentia completamente relaxado no atual ambiente e também na presença do homem. Eu? Não sou ninguém, mas sou tudo, sou o Grande Sol Central, fundador esquecido do cosmos, eu, meu jovem, sou o mestre dos mestres. Já tive muitos nomes, mas, em tempos antigos, pisei em sua terra e, por uma civilização há muito perdida no esquecimento, fui chamado de Hermes Trismegistus, Hermes, o três vezes grande ou simplesmente Hermes.
A conversa foi cessada e a única coisa audível no momento era o do vento que aumentava gradativamente desde a chegada de Hermes. Que lugar é esse e o que estou fazendo aqui? O homem abriu um pequeno sorriso, parecia extremamente contente com a pergunta de Shüra e deixou escapar uma gargalhada que fez os céus tremerem. Estamos no interior de sua mente, meu jovem. Eu estou aqui para guiar você em busca da verdade que anseia mesmo ainda sem saber, serei o seu mestre durante sua jornada de autoconhecimento e liberdade, juntos, quebraremos as correntes da sua limitação humana e iremos te transmutar em um ser hermético, um ser completo e preenchido pela luz da sabedoria. Em você Shüra, realizarei a grande obra, onde te mostrarei o caminho para regenerar e purificar sua alma, revelando assim o ouro que você é feito, pois o seu ouro não é um ouro vulgar. O céu então tremeu novamente e começou a rachar, como se fosse feito de vidro, e posteriormente começou a desabar sobre suas cabeças na forma de pequenos cacos. Shüra, o que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está embaixo. Ao mesmo tempo, as coisas foram e vieram do Um, desse modo as coisas nasceram dessa coisa única por adoção.
Subitamente tudo foi tomado por escuridão, Shüra agora estava em um mar completamente vazio onde nada conseguia enxergar. Repentinamente, uma voz masculina que ele nunca escutara antes ecoou por todo seu corpo e pelo exterior. Shüraaaa?!
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Re: [Gaiden em grupo] Ópera dos Mortos - Prólogo - Postado Sex Jan 29, 2021 10:37 pm
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A história se repete, desta vez como farsa
O que poderia unir três diferentes ninjas, de diferentes aldeias e distintas ambições e personalidades? Reaveria entre estas três personagens um destino cármico em comum? Até então nenhuma dessas tampouco podia imaginar a existência dos demais, e apesar de estarem ligadas a uma única mente naquele momento, o ninja na qual estava executando esta árdua tarefa não conseguia mais do que se interligar individualmente a cada um. Consequentemente, era impossível que os demais pudessem ouvir um ao outro, estando limitados as potencialidades comunicativas do usuário da técnica.
Você deve estar se perguntando quem teria tamanho poder, o de comunicar-se mentalmente com diferentes mentes ao mesmo tempo, mesmo talvez se encontrando há uma distância significativa destas. Mas certamente não se tratava de um shinobi qualquer, aquele que estava prestes a apresentar-se aos jovens genins tem uma história repleta de ações e desafios, e antes já fora capaz de conectar dezenas de mentes ao mesmo tempo, possibilitando uma comunicação perfeita entre seus parceiros durante as mais diversas missões.
Estamos falando de um velho Yamanaka que dedicou boa parte de sua vida a causas consideradas por muitos como utópicas, mas que para ele carregavam significados para além das prenoções alheias. No início, a garota, ao ouvir o chamado apressado do velho jōnin, pensou que se tratava apenas de um daqueles sonhos malucos que costumamos ter quando dormimos depois de exagerar nas garfadas durante uma refeição pesada. No entanto, ao perceber que estava sonhando, ousou responder ao chamado, como quem certamente desejava saber o que estava por vir..
- Quem está aí? – disse Sakura num tom que soava como o de quem, apesar de curiosa, parecia temer a loteria que aquele aparente sonho poderia levar. Alguns poucos segundos se passaram sem nenhuma resposta, e tudo aparentava que acabaria com a jovem acordando suada e confusa. Mas, antes mesmo que pudesse deixar o Reino de Morfeu, ela ouviu a tosse do velho Yamanaka, que deu continuidade àquela tentativa de comunicação.
- Eis que chegou o dia de vocês conhecerem mais sobre um passado que está diretamente ligado ao que vocês são hoje e ao que o mundo e vocês podem acabar se tornando – disse num esforço de quem certamente estava esforçando-se para articular as melhores palavras enquanto mantinha a conexão.
"O velho mundo agoniza, o novo mundo tarda a nascer. E nesse claro-escuro irrompem os monstros". ▲ |
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Re: [Gaiden em grupo] Ópera dos Mortos - Prólogo - Postado Sáb Jan 30, 2021 10:46 pm
Tudo estava tão escuro, talvez a morte tivesse chamado aquele garoto mais cedo, talvez ele não devesse ser alguém importante só por que ele queira. Desejos humanos são todos ambiciosos, ser o melhor nisso ou naquilo, mas no final tudo se resume ao quanto você quer ser melhor do que seu igual, do que o outro, é tudo um ego nutrido sem sentido para tentar dar um sentido em algo.
A escuridão vazia que Aomine sentira era amedrontadora, tudo estava muito escuro, parecia que nem mesmo o maior feixe de luz poderia iluminar aquele local- ' Sera a morte ?' - O garoto pensava, mas mesmo seus pensamentos eram engolidos por um silencio tão grande que não poderia nem ao mesmo saber se estava respirando, de fato a escuridão total não é tão agradável quanto alguns antagonistas tente a demostrar.
Porem naquele pequeno período de tempo que para Aomine parecia uma eternidade o silencio novamente era quebrado, a escuridão era totalmente preenchida por uma história de um velho Yamanaka que apressadamente ficava chamando o garoto, talvez estivesse tento sua primeira experiencia conectando tantas mentes juntas, mas por que ele se daria ao trabalho de conectar mente de três crianças que nem ao menos se tornaram importante para ser chamadas de ninjas, certamente a quantidade de chakra que aquele Yamanaka utilizava apenas para manter a técnica ativa era muito alta, visto que tinha uma jovem que aparentava estar mais suave no ambiente enquanto que para Aomine era como se aquele Yamanaka estivesse o obrigando estar ali naquele sonho, o garoto visivelmente estava se sentindo tonto e um pouco confuso.
Logo o velho começou a falar com muita dificuldade, quase como se tivesse que expelir todo o ar de seus fracos pulmões para soltar até mesmo a mais simples palavra "Eis que chegou o dia de vocês conhecerem mais sobre um passado que está diretamente ligado ao que vocês são hoje e ao que o mundo e vocês podem acabar se tornando" agora um pouco mais estável no ambiente Aomine se questionava-se mentalmente 'Por que um Yamanaka uniria três jovens juntos? somos escolhidos? E por que nós ?'.
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Re: [Gaiden em grupo] Ópera dos Mortos - Prólogo - Postado Dom Jan 31, 2021 3:06 pm
IMERSÃO
"Nada está parado, tudo se move, tudo vibra"
N
ão depois de muito tempo envolto e mergulhado em um mar de escuridão, Shüra se deu conta de que estava em um sonho completamente consciente, porém, ao contrário da maioria das fantasias geradas enquanto dormimos e nos deparamos conhecedores de que não estamos no mundo real e assim temos inúmeras possibilidades de realizações de acordo com nossa vontade, nesse momento o garoto apenas conseguia girar seu corpo e olhar ao redor, não tinha capacidade alguma de se mover e/ou alterar o cenário em sua própria cabeça, desde o princípio disso até então, tudo que podia fazer era olhar para o grande vazio que o cercava.Inesperadamente, o jovem sentiu todo o espaço em sua volta e em seu interior ser preenchido por uma voz rouca enquanto o chamava, aparentava ser de um homem velho, pra lá de além do início da segunda idade. Quem me chama? A indagação lançada aos ventos por Shüra não tivera uma resposta, o silêncio reinou novamente, e a única coisa audível eram os pensamentos desesperados do garoto, que lutava o tempo todo para acordar e retornar a realidade, que nesse momento, parecia menos assustadora do que a fantasia atual, porém, não acordou.
Angustiado e tomado pelo medo, o pequeno genin de Suna estava inquieto, nada mais fazia sentido em sua cabeça, hora essa que seus pensamentos já estavam embaralhados e a única coisa que fazia sentido para o mesmo nesse momento era de que certamente ficaria ali preso pela eternidade. Enquanto seu corpo todo tremia e sua mente ainda estavam em confusão, a voz velha tornou a falar, dessa vez com uma grande dificuldade, o que atrapalhava fortemente sua dicção e até um pouco o entendimento do que o mesmo tentava pronunciar. Dessa vez, não fora chamando o nome de Shüra, mas sim proferindo com dificuldade uma curta frase, onde dizia algo sobre este ser o momento em que eles saberiam sobre um passado e o que isso iria implicar a partir de agora no futuro da vida dos jovens. Vocês? Vocês quem? O jovem girava o corpo e a cabeça em falhas tentativas de avistar quem mais estava ali presente, mas continuava sem enxergar absolutamente nada. Existe mais alguém aqui comigo? Se sim, porque não consigo os ver e nem ouvir? O que está acontecendo?
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Re: [Gaiden em grupo] Ópera dos Mortos - Prólogo - Postado Seg Fev 01, 2021 6:17 pm
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o chamado para o autoconhecimento
Em termos gerais, nenhuma sociedade é perfeita. Todas elas compactuam, por natureza, com impurezas incompatíveis com as normas da convivência, o que certamente se evidencia de maneira sólida nas injustiças, insensibilidades e crueldades que perpassam a vida social.
Com o decorrer do tempo, aquele velho natural do Vilarejo da Folha acabou por deixar sua terra natal, bem como suas madeixas loiras que agora brancas são mais do que sinal de velhice, mas de sabedoria. Ainda que diante de uma clarividência resultante de sua hereditariedade e de sua jornada de autoconhecimento, ele carregava lembranças de um mundo muito conturbado, onde ele próprio precisou fazer sacrifícios e escolhas.
Naquele momento, o velho sábio estava ciente do grande fardo que carregou e que agora pretendia repassar, e mais do que isto, também estava preocupado com a recusa por parte dos novatos. O senhor sabia que estava prestes a tirar os jovens de um mundo trivial, corriqueiro ou ordinário, para apresentar-lhes ao extraordinário, a um mundo além das fronteiras que haviam ultrapassado até então.
As fronteiras, físicas ou simbólicas, são o limiar de novos mundos. Romper as fronteiras do conhecido pode ser algo tentador ao mesmo tempo que ameaçador: a tentação vem pela curiosidade e pelo espírito desbravador que habita o imaginário individual e coletivo, e o medo - além de também estar relacionado com os imaginários, também age como um mecanismo de defesa que transparece nossas mais sutis primitividades.
Sakura sempre foi uma criança dotada de significativa racionalidade, mas apesar disto, pecava em acreditar que a razão era algo cartesiano, que pudesse se traduzir numa espécie de razão pura. Talvez ela mesma fosse capaz de entender que sua noção de racionalidade não se tratava de nada mais que uma fortaleza para fugir dos seus sentimentos mais profundos e reprimidos. Sentimentos que eram consequentes das intensas emoções que precisou viver desde que podia compreender minimamente o mundo. Seu mundo comum apesar de ordinário, certamente não era ideal diante da proteção e carinho que a infância requer. Muito embora, a vida de nenhuma daquelas crianças ali tivesse sido ideal.
A jovem tinha uma noção mínima de que no começo aquilo se tratava de um sonho, mas que se ainda o fosse teria um significado escondido e que só o poderia atingir por meio de buscas no seu subconsciente. Então, cedendo ao seu lado analítico, tecia as mais improváveis hipóteses a respeito do que estava acontecendo e do que tudo aquilo poderia significar. Mas antes mesmo que pudesse chegar a uma hipótese que lhe agradasse e pudesse lhe servir de explicação, o velho Yamanaka produziu um som peculiar que se deu fim no que lhe pareceu o som de um pigarro.
- Acho que talvez já tenham percebido que não estão sonhando, ao menos não mais e que tampouco são os únicos com quem estou me comunicando telepaticamente. Gostaria de me apresentar melhor a vocês, mas por hora quero que saibam que eu sou um senhor de idade pertencente a um velho clã do Vilarejo da Folha. No passado tive a oportunidade de me reunir com pessoas assim como vocês, que certamente ainda carregam consigo aquela curiosidade comum das crianças. Existem muitas histórias das quais gostaria de ao menos contar para vocês, mas eu já não sou o mesmo há muitos anos e mal consigo estabelecer esta ligação por mais tempo. Diante dos presságios que dizem que é tudo pra ontem, gostaria de convidá-los a partir numa jornada pelo desconhecido, vindo me procurar no País das Ondas, uma pequena ilhota próxima ao País do Fogo. Sei que devem estar confusos e não sabem pelo que devem esperar, mas a única coisa que posso lhes garantir são os conhecimentos que a mim foram passados pelos meus ancestrais e amigos e até mesmo inimigos. Como diria um grande mestre: “a principal tarefa de uma existência é compreender a própria mente” – disse o velho sábio encerrando a sua ligação com aquelas mentes já nem mesmo conseguia mantê-la.
Ao certo, você deve estar se perguntando como a jovem recém graduada kunoichi sentiu-se diante daquele fato, e digamos que ela foi tomada por uma sequência de disparos emocionais que chegaram a deixá-la ansiosa e pensativa. Por fim, antes mesmo que pudesse refletir sobre tudo aquilo ou até mesmo voltar a sonhar, os gritos de sua mãe para com seu irmão do meio a levaram a acordar suada e confusa como o esperado. O que será que o universo shinobi recentemente adentrado pela garota a reservaria? Estas e outras perguntas tomavam conta da sua imaginação, apesar de que fosse difícil pensar direito com tamanha conturbação do seu “lar”.
"Não vemos as coisas como são, vemos as coisas como somos". ▲ |
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Re: [Gaiden em grupo] Ópera dos Mortos - Prólogo - Postado Seg Fev 01, 2021 8:30 pm
Tudo que é novo certamente é muito interessante, a busca pelo novo por algo a mais é o que motiva os seres humanos a serem melhores, ao adentrar o desconhecido seres pensantes tente a tentar se adaptar o mais rápido possível, pois sabemos que se caso não se adaptarmos ao local poderemos se tornar parte dele, parte do solo alimentando outras criaturas.
Certamente aquele velho jounin era alguém que poderia se orgulhar de seus feitos, sendo uma pessoa de idade e certamente tendo participado de muitas missões ou até mesmo guerras e sair ileso era algo que Aomine tinha como objetivo, ser forte e certamente aquele velho sabia muito sobre o significado de ser forte, e este mesmo velho oferecia um novo horizonte para aqueles jovens ninjas.
Para o garoto imerso naquela técnica do velho, certamente ele suspeitava que não estava em um simples sonho, ele sabia também que talvez aquilo nem seria um sonho pois a mentalidade solitária do garoto não o trazia muitos sonhos sobre outras pessoas, e sim sobre o que ele poderia ser e também sobre o que poderia conquistar, por isso se sentia forçado a estar naquele lugar, e não como se estivesse sonhando de fato. Logo o velho interrompia os pensamentos do garoto e falava:
"- Acho que talvez já tenham percebido que não estão sonhando, ao menos não mais e que tampouco são os únicos com quem estou me comunicando telepaticamente. Gostaria de me apresentar melhor a vocês, mas por hora quero que saibam que eu sou um senhor de idade pertencente a um velho clã do Vilarejo da Folha. No passado tive a oportunidade de me reunir com pessoas assim como vocês, que certamente ainda carregam consigo aquela curiosidade comum das crianças. Existem muitas histórias das quais gostaria de ao menos contar para vocês, mas eu já não sou o mesmo há muitos anos e mal consigo estabelecer esta ligação por mais tempo. Diante dos presságios que dizem que é tudo pra ontem, gostaria de convidá-los a partir numa jornada pelo desconhecido, vindo me procurar no País das Ondas, uma pequena ilhota próxima ao País do Fogo. Sei que devem estar confusos e não sabem pelo que devem esperar, mas a única coisa que posso lhes garantir são os conhecimentos que a mim foram passados pelos meus ancestrais e amigos e até mesmo inimigos. Como diria um grande mestre: “a principal tarefa de uma existência é compreender a própria mente”
Naturalmente sua técnica havia se esgotado, agora acordado o garoto sentia uma forte dor de cabeça, a batida na árvore realmente foi algo para se preocupar, voltando para sua casa um pouco tonto devido a todo o acontecido podia pensar um pouco - 'Por que um Yamanaka da vila da Folha iria querer entrar em contato comigo, e com aquelas outras crianças? por que ele quer que nos encontramos no Pais das Ondas e por que eu deveria ir, são muitas perguntas e poucas respostas. Talvez ele esteja nos utilizando para obter informações sobre nossas vilas toda ao mesmo tempo, talvez queira que lutamos um contra os outros apenas pelo seu bel prazer. Nunca se sabe o que esses velhos de hoje em dia pensam' - Suspirava o garoto terminando o seu pensamento enquanto abria a porta de sua casa.
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Re: [Gaiden em grupo] Ópera dos Mortos - Prólogo - Postado Seg Fev 01, 2021 9:02 pm
IMERSÃO
"O que está acima, é como o que está embaixo."
P
oderia o simples bater de asas de um inseto qualquer gerar um tornado no canto contrário do mundo? Levando em consideração esse pequeno questionamento, nos é possível fazer pensar que cada mero detalhe do cotidiano na vida de todos os shinobis e kunoichis de todo o mundo ninja possa vir a influenciar alguma ação em qualquer um dos sistemas que nos cercam, sejam essas ações alterações climáticas, mudanças em seu fluxo de chakra, ou até mesmo a forma como as pessoas interagem entre si e o universo ao seu redor. Esse efeito é algo verdadeiramente poderoso e que gera influência na vida de todas as pessoas e sistemas. Dito isso, nos leva a refletir sobre como tudo e todos estão interligados, e, consequentemente, como nossas ações interferem em nossas relações uns com os outros.
Agora nos fica claro que cada palavra dita pelo velho, que mantinha Shüra e outros ninjas desconhecidos presos nesse sonho conjunto, viria a influenciar a partir de agora em como os jovens iriam se portar perante a “nova realidade” apresentada a eles. Nesse momento, não era possível dizer quanto em relação aos outros ali presentes juntamente do genin de Suna, no entanto, ao ouvir as sabias palavras ditas pelo ancião desconhecido, Shüra soube no exato instante que, a partir desse instante, sua vida iria ruir ou ele viria a triunfar. O garoto sentia como se cada palavra proferida, preenchia todo o seu corpo e percorria suas veias, passando por seu coração e seguindo diretamente para sua cabeça, era como se seus neurotransmissores trabalhassem como nunca antes trabalharam, despertando-o um anseio em busca da sabedoria.
Em um instante ao fim da fala do senhor já de idade, a visão de Shüra vacilou, seu corpo pesou e ele sentiu sendo puxado para baixo, caindo em uma velocidade assustadora em meio ao vazio infinito que o cercava. Em um espasmo, quase um pulo realizado pelo seu peito, o jovem acordou, com o livro caído ainda aberto próximo a sua mão esquerda. Se sentindo completamente desnorteado e um pouco enjoado, o jovem levou uma de suas mãos ao rosto, estava tremendo, porém não sabia exatamente o que sentia no momento, a única coisa que ele tinha certeza era a de que deveria partir rumo ao desconhecido e mergulhar em um mar de descobertas que esperava por ele.
Yusei
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Re: [Gaiden em grupo] Ópera dos Mortos - Prólogo - Postado Qua Fev 03, 2021 9:49 am
Aprovado, mas vocês não obtiveram nenhum conhecimento a respeito de qualquer técnica do clã Yamanaka.
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