RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Aysa Kyōkan



Tão bonitinha a pequena Aysa com seu lindo e longo cabelo negro. Parece uma bonequinha… despertei daquele terrível pesadelo, meus olhos se moveram sozinho em direção a porta do quarto, mas tudo estava em seu devido lugar. Sonhar com meu cabelo, cabelos negros, sim, isso mesmo, desde criança Mei e eu pintamos nossos cabelos. Estamos fugindo de alguma coisa, ou melhor, Mei está. Ela corre como uma barata corre da luz, de um monte de almas, de corpos despedaçados, de um passado que se fez presente e se impôs futuro. E eu sou seu amuleto, o elo com a realidade que ela quis construir. Não, eu não sei disso a partir da mera reflexão, não, seria impossível. Sei disso porque aos poucos consigo me lembrar de coisas que o olhar inocente de uma criança oculta no seu subconsciente, mas quando cresce, diante de um evento ímpar, vira a chave daquela realidade aterradora. E é aqui que eu começo, talvez, e não me deixem esquecer, o início da minha vida, que é só uma parte daquela intersecção que conecta todos nós, talvez isso ajude a explicar a violência do nome Kyōkan. 


Eu tinha completado seis anos de idade quando meu pai e minha mãe, e aqui farei esse esforço de nomeá-los conforme a Aysa do passado faria, decidiram me levar para algum lugar em algum canto remoto do país. Penso que estávamos indo até a casa de algum parente e lá se realizaria algum tipo de ritual, algo que os Kyōkan faziam há muito tempo. Assim, a viagem nos tomou alguns dias, se eu ao menos soubesse quantos dias e noites se passaram nessa viagem, teria ideia da distância e do lugar que percorremos. A única coisa que me vem à memória é quando meu pai pegou-me no colo e apontou um espelho, seu rosto estava feliz, mas no fundo, uma figura triste e apática, com uma carranca terrível. Quão duro deve ser a perspectiva de uma vida como aquela, se a morte se tornava uma companheira amigável em comparação com o terror de um futuro incerto? Essa era dúvida que pairava no ar e fuzilava meu pai. Quando criança, eu não entendi o porquê, mas agora, agora que todas as minhas reflexões se concentram num ponto do passado que explica tudo, eu posso chegar a uma resposta satisfatória, que esbarra na memória e que, consequentemente, brinca com a fantasia, aliás, o que é verdade eu não sei, mas além da memória, existem marcas que não podemos esconder e que ficam escondidas tempo o suficiente para fermentar em algo novo, um morro testemunho, encerrando em si os segredos do passado. 


Caminhamos por mais algum tempo, eu no caso, presa aos braços do meu pai. Chegamos a um pequeno vilarejo, todas as casas de madeira, no modelo mais medieval possível. Pequenas plantações, julgo eu, espalhadas aqui e acolá, além de um rio caudaloso, chamado de Rio Cauda do Dragão que também dava nome ao povoado. Me lembro de alguns rostos, todos com cabelos loiros, crianças, jovens e velhos.


Antes de prosseguir com essa história devo tomar nota de alguns esclarecimentos, para que o leitor não chegue a conclusões precipitadas. Todos os diálogos que tentarei reproduzir estão intrinsecamente relacionados com uma memória já viciada. Assim, por mais fidedigna que possam parecer, são resultado de uma busca interior antiga demais para serem tomadas ao pé da letra. As únicas pessoas que podem me esclarecer a veracidade de tudo que vi e ouvi são meus pais. Continuarei, dado o aviso, a história. 


Um poço central era o ponto de onde irradiava pequenos caminhos que levavam as casas, que circundava o local formando uma espécie de círculo, com algumas casas mais próximas ou mais distantes do centro. Algumas outras construções se distribuem uniformemente, desde um armazém até um estábulo, que era de uso comunal. Para todos fins, as coisas ali, seguiam um ritmo mais mecânico que bucólico, regidos, antes pelo relacionamento íntimo entre os habitantes do lugar, do que pelo ciclo climático de plantio, colheita e descanso. Uma casa localizada no que seria um ângulo de noventa graus do círculo, apontando para direção norte e sul, de madeira, mas muito mais ampla que as demais casas, com um símbolo de uma faca e um olho sem qualquer expressão, fazia o centro de liderança do povoado. 


— Então vocês vieram e trouxeram [...] Tenho certeza que a Mãe vai ficar muito contente de ver vocês. Ela já ordenou que matassem dois porcos e seis galinhas, hoje vamos comer como reis! 


Meu pai me segurou forte, mamãe continuava fria como sempre. Apenas fez uma mesura e entrou na residência. Lá dentro não tinha absolutamente nada, além de uma fogueira localizada ao centro e um altar à frente da fogueira, com uma longa espada. 


— Minha querida, até que enfim você veio. Quanto mais você prolongasse a espera, pior seria, nós, os Kyōkan, estamos nos fortalecendo e, em breve, seremos conhecidos como um verdadeiro clã. 


A velha que disse isso parecia mais uma bruxa que um ser humano. Seu corpo amorfo e visivelmente gelatinoso, cabelo acinzentado com rugas e pústulas por todo o corpo e seus olhos brancos revelavam e escondiam, numa relação dialética, o terror. O bafo da mulher, terrível, inundou o local. Ela tirou as roupas e deixou seu corpo à mostra. Aquela nudez que remetia ao putrefato, a morte e a violência. Para todos os fins, aquela senhora já seria dada como morta, se seu peito não subisse e descesse, desesperado, à procura de ar. 


— Então minha cara, qual das duas vai ser? — perguntou a velha.  


— Essa daqui. — respondeu mamãe. 


Eu saí do lugar, mas me virei e vi, vi uma menina de cabelos negros, dá minha idade, seu rosto… seu rosto era igual ao meu. A porta fechou num baque, um choro terrível, como um porco sendo degolado, depois o silêncio, o terrível silêncio viajando milhas e milhas. Até o vento fedeu, um terrível cheiro de sangue e inocência, a menina estava morta. 


(...)


A noite chegou. Comeram, dançaram e a porta do templo se abriu. A velha estava tão bem vestida que escondia sua perversidade. Ela me pegou, eu chorei, e meu choro dizia: "me salva, papai", mas ele não fez nada, não era eu que precisava ser salva. E então a mulher me elevou, apontando para o teto do lugar, como se isso significasse alguma coisa profunda, ancestral. E perguntou aos meus pais:


— Qual o nome dela? 


E os dois responderam:


— Aysa.


E o demais em coro:


— Kyōkan!


Ela repetiu a pergunta, e todos agiram da mesma forma, repetidas vezes até que minha mãe caiu no chão, desmaiada, seu corpo começou a ter aqueles ataques tão comuns na minha infância. Meu pai nada fez, continuou olhando pra mim e cumprindo aquela terrível tarefa sozinho. 


A festa passou e a mulher me pôs sobre o altar. Pegou uma espécie de pasta e passou no meu cabelo. Os poucos fios negros na minha cabeça se tornaram loiros. Depois, diluiu a pasta na água, e me jogou nela. Fiquei alguns segundos, e depois voltei. Seja lá o que fosse o ritual estava completo. 


— Venha papai, pegue sua filhinha e leve sua esposa, o ritual está completo. 


Acordei. Acordei, terrivelmente acordei! Hayami dormia, levantei e me aproximei dela. Seu cabelo era como o meu, nós três, Hayami, Mei e eu pintamos os cabelos. O mesmo tinha acontecido com Hayami? Com Mei e comigo? Mas e Gen, que tinha cabelos negros, assim como meu pai? Ou melhor, assim como Kazama? 


Não posso dizer muita coisa, não ainda, mas vou descobrir a verdade, nem que isso custe a minha vida. 


 
Palavras: ~1270



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Ōkami
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