Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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[Gaiden] O Silêncio - Postado Qua Fev 17, 2021 10:38 am
O cheiro da água doce dos rios lhe agraciava, deixando-o num estado quase inebriado. Encarava os arredores com um semblante vazio. Estava sozinho.
Já haviam se passado 2 anos desde a tragédia que acometera o clã Shishio e Genryuusai fazia parte da vila da folha como membro permanente. Recordava-se das discussões na sala ao lado do seu quarto no hospital, das entrevistas com pessoas de dentro da vila, das conversas com Shinobis experientes. Isso aconteceu porque todo o processo de “adoção” foi realizado com muita cautela. Não era como se o Shishio se incomodasse com aquilo. Apesar da idade, ele sempre soube que as vilas ocultas possuíam um rigoroso sistema de proteção individual, cada qual com a sua própria mentalidade e querendo ou não, Genryuusai era apenas um filho de navegantes que de vez em quando faziam serviços para as mesmas. Poderia ter sido entregue para a adoção em um dos incontáveis vilarejos do país do fogo. Ou pior, poderia ter sido ignorado por aquela Shinobi que o avistou às margens do longo rio em que o seu clã quase foi extinto.
Naquele momento era um garoto. Desolado, buscando sentido. Sentido para toda a tragédia que lhe acometera. Sentido para ter sobrevivido. Sentido para a partida da sua mãe e o vício de seu pai. Sentido para aquela emboscada criteriosamente realizada em um dos maiores rios do país do fogo. Ele buscava, mas não encontrava nada. Seria o destino? Todo aquele sentimento ruim lhe fora trazido por um motivo maior? Um plano Supremo? Ou seriam aqueles acontecimentos frutos da impetuosa e inesperada casualidade da vida? Não sabia qual dos dois era pior.
Respostas. O tesouro ilusório que todos nós buscamos no fim do arco íris da vida. No final, não existe certo ou errado, verdade ou mentira. Não existe um contexto maior. Só existe a sua verdade. A sua mentira. O seu certo. O seu errado. A sua vida. Deixe-me ser honesto com vocês, Genryuusai não tinha um propósito inicial naquele dia. Ele só precisava andar e ficar sozinho. Ele só buscava algo que lhe fizesse lembrar das pessoas que amou durante tanto tempo. Aquele som do rio percorrendo seu trecho fazia com que ele se sentisse muito mais em casa do que quando estava naquele quarto cedido pela vila para ele. Não conhecia ninguém, não seguia os costumes do país do fogo. Era um estrangeiro de apenas 12 anos sem encontrar um sentido.
Seus passos aleatórios cessaram e o garoto encarou o céu por alguns minutos como se olhasse para a tela de uma televisão. Contemplava a dança das nuvens brancas que mudavam de forma e se moviam livremente. Um tatu? Não não, um guaxinim... agora se parece com aquele senhor que fornecia a comida no hospital...
Precisava se despedir. 2 anos depois. Precisava de um momento. De uma tentativa de conclusão para que pudesse seguir em frente. Não que ele visualizasse essas suas necessidades de forma clara, afinal, era um garoto de 12 anos na época. Para Genryuusai, tudo aquilo que ele sentia se resumia em uma coisa: saudade. Talvez o sentimento mais sorrateiro e perigoso. O câncer desencadeado pela perda. Incurável. Tratável, porém sempre presente. Precisava se despedir.
Tomou um rumo diferente, havia se decidido. Seguia em direção ao cemitério de Konoha. Seus familiares não estavam lá, os corpos não foram resgatados depois do ataque. Os Shishio descansavam no fundo de um dos maiores rios do país do Fogo. Poético, não? Mas Genryuusai estava perdido. Ele precisava de alguma coisa para se sentir melhor. Para se sentir menos inútil. A simbologia do ato de despedida que importava.
Seguiu o trecho do rio enquanto refletia sobre o que estava por vir, atirou algumas pedras na água corrente, fazendo com que elas saltassem algumas vezes antes de afundar. O dia estava lindo, a água cristalina, o vento caloroso. Mas nada disso importava. Precisava se despedir.
Algumas dezenas de minutos se passaram e o “ainda nem sequer aspirante a estudante da academia” visualizou o cemitério da vila a longe. Pôde sentir um frio na espinha e a ansiedade aumentar. Suava frio e respirava de forma acelerada. Por mais que soubesse que precisava daquilo, Genryuusai não sabia o que fazer. Ele era o cachorro que alcançou o carteiro.
Sua mente estava dominada pela confusão. Como daria um ponto final aquilo? O que faria? Precisava se despedir, mas como? Não tinha lápides. Não tinha mensagens. Pararia ali na frente de um local aleatório e começaria a falar?
Mais a fundo Genryuusai notou a aproximação de um grande contingente de pessoas. Vestiam preto, estavam com velas e caminhavam em direção a um caixão com flores posicionadas em seu topo. O jovem Shishio se sentiu um tanto induzido a acompanhar aquelas pessoas e de maneira até mesmo um pouco sorrateira, se mesclou entre elas quando pararam mais próximas ao corpo. Um Shinobi, um herói da vila, morto em missão. Genryuu olhava para os lados enquanto notava o também sofrimento das pessoas e como um acaso não se sentiu mais sozinho. Naquele momento, estavam todos juntos, cada um deles em seu sofrimento. De repente ele era igual aos demais moradores da vila. De repente ele se sentiu estranhamente acolhido.
Fechou os olhos e começou a lembrar das pessoas que fizeram parte de sua infância. Dos membros do seu clã. As figuras que lhe ensinaram tanto na infância. Tio Kishimoto, o coroa que gostava de viver de sunga e lhe ensinou a pescar. Tia Makin, a primeira pessoa a lhe mostrar as bases do boxe. Panda, o gordinho que era uma bússola humana e fazia a melhor sopa de frutos do mar na embarcação.
Por fim, seu pai tomou forma nos seus pensamentos. A figura imponente de Shishio Makoto, o corpo tomado de ataduras e os olhos serenos. Era o seu pai no auge. No auge da energia, no auge da liderança e no auge do cuidado. Aquele homem era o maior líder que já havia existido. Aquele homem era a sua maior inspiração. O homem que em seu último ato de sacrifício, salvou a linhagem Shishio. Salvou o último membro dos marinheiros de sangue quente.
Genryuusai sorriu, enquanto lágrimas brotaram dos seus olhos e escorreram pela sua face. Ele sabia que havia conseguido o que precisava e sorrateiramente foi deixando o local.
Em silêncio. Da mesma forma que havia chegado.
Já haviam se passado 2 anos desde a tragédia que acometera o clã Shishio e Genryuusai fazia parte da vila da folha como membro permanente. Recordava-se das discussões na sala ao lado do seu quarto no hospital, das entrevistas com pessoas de dentro da vila, das conversas com Shinobis experientes. Isso aconteceu porque todo o processo de “adoção” foi realizado com muita cautela. Não era como se o Shishio se incomodasse com aquilo. Apesar da idade, ele sempre soube que as vilas ocultas possuíam um rigoroso sistema de proteção individual, cada qual com a sua própria mentalidade e querendo ou não, Genryuusai era apenas um filho de navegantes que de vez em quando faziam serviços para as mesmas. Poderia ter sido entregue para a adoção em um dos incontáveis vilarejos do país do fogo. Ou pior, poderia ter sido ignorado por aquela Shinobi que o avistou às margens do longo rio em que o seu clã quase foi extinto.
Naquele momento era um garoto. Desolado, buscando sentido. Sentido para toda a tragédia que lhe acometera. Sentido para ter sobrevivido. Sentido para a partida da sua mãe e o vício de seu pai. Sentido para aquela emboscada criteriosamente realizada em um dos maiores rios do país do fogo. Ele buscava, mas não encontrava nada. Seria o destino? Todo aquele sentimento ruim lhe fora trazido por um motivo maior? Um plano Supremo? Ou seriam aqueles acontecimentos frutos da impetuosa e inesperada casualidade da vida? Não sabia qual dos dois era pior.
Respostas. O tesouro ilusório que todos nós buscamos no fim do arco íris da vida. No final, não existe certo ou errado, verdade ou mentira. Não existe um contexto maior. Só existe a sua verdade. A sua mentira. O seu certo. O seu errado. A sua vida. Deixe-me ser honesto com vocês, Genryuusai não tinha um propósito inicial naquele dia. Ele só precisava andar e ficar sozinho. Ele só buscava algo que lhe fizesse lembrar das pessoas que amou durante tanto tempo. Aquele som do rio percorrendo seu trecho fazia com que ele se sentisse muito mais em casa do que quando estava naquele quarto cedido pela vila para ele. Não conhecia ninguém, não seguia os costumes do país do fogo. Era um estrangeiro de apenas 12 anos sem encontrar um sentido.
Seus passos aleatórios cessaram e o garoto encarou o céu por alguns minutos como se olhasse para a tela de uma televisão. Contemplava a dança das nuvens brancas que mudavam de forma e se moviam livremente. Um tatu? Não não, um guaxinim... agora se parece com aquele senhor que fornecia a comida no hospital...
Precisava se despedir. 2 anos depois. Precisava de um momento. De uma tentativa de conclusão para que pudesse seguir em frente. Não que ele visualizasse essas suas necessidades de forma clara, afinal, era um garoto de 12 anos na época. Para Genryuusai, tudo aquilo que ele sentia se resumia em uma coisa: saudade. Talvez o sentimento mais sorrateiro e perigoso. O câncer desencadeado pela perda. Incurável. Tratável, porém sempre presente. Precisava se despedir.
Tomou um rumo diferente, havia se decidido. Seguia em direção ao cemitério de Konoha. Seus familiares não estavam lá, os corpos não foram resgatados depois do ataque. Os Shishio descansavam no fundo de um dos maiores rios do país do Fogo. Poético, não? Mas Genryuusai estava perdido. Ele precisava de alguma coisa para se sentir melhor. Para se sentir menos inútil. A simbologia do ato de despedida que importava.
Seguiu o trecho do rio enquanto refletia sobre o que estava por vir, atirou algumas pedras na água corrente, fazendo com que elas saltassem algumas vezes antes de afundar. O dia estava lindo, a água cristalina, o vento caloroso. Mas nada disso importava. Precisava se despedir.
Algumas dezenas de minutos se passaram e o “ainda nem sequer aspirante a estudante da academia” visualizou o cemitério da vila a longe. Pôde sentir um frio na espinha e a ansiedade aumentar. Suava frio e respirava de forma acelerada. Por mais que soubesse que precisava daquilo, Genryuusai não sabia o que fazer. Ele era o cachorro que alcançou o carteiro.
Sua mente estava dominada pela confusão. Como daria um ponto final aquilo? O que faria? Precisava se despedir, mas como? Não tinha lápides. Não tinha mensagens. Pararia ali na frente de um local aleatório e começaria a falar?
Mais a fundo Genryuusai notou a aproximação de um grande contingente de pessoas. Vestiam preto, estavam com velas e caminhavam em direção a um caixão com flores posicionadas em seu topo. O jovem Shishio se sentiu um tanto induzido a acompanhar aquelas pessoas e de maneira até mesmo um pouco sorrateira, se mesclou entre elas quando pararam mais próximas ao corpo. Um Shinobi, um herói da vila, morto em missão. Genryuu olhava para os lados enquanto notava o também sofrimento das pessoas e como um acaso não se sentiu mais sozinho. Naquele momento, estavam todos juntos, cada um deles em seu sofrimento. De repente ele era igual aos demais moradores da vila. De repente ele se sentiu estranhamente acolhido.
Fechou os olhos e começou a lembrar das pessoas que fizeram parte de sua infância. Dos membros do seu clã. As figuras que lhe ensinaram tanto na infância. Tio Kishimoto, o coroa que gostava de viver de sunga e lhe ensinou a pescar. Tia Makin, a primeira pessoa a lhe mostrar as bases do boxe. Panda, o gordinho que era uma bússola humana e fazia a melhor sopa de frutos do mar na embarcação.
Por fim, seu pai tomou forma nos seus pensamentos. A figura imponente de Shishio Makoto, o corpo tomado de ataduras e os olhos serenos. Era o seu pai no auge. No auge da energia, no auge da liderança e no auge do cuidado. Aquele homem era o maior líder que já havia existido. Aquele homem era a sua maior inspiração. O homem que em seu último ato de sacrifício, salvou a linhagem Shishio. Salvou o último membro dos marinheiros de sangue quente.
Genryuusai sorriu, enquanto lágrimas brotaram dos seus olhos e escorreram pela sua face. Ele sabia que havia conseguido o que precisava e sorrateiramente foi deixando o local.
Em silêncio. Da mesma forma que havia chegado.
HP: 220/220
Chakra: 220/220
St: 0/4
Sanidade: 140
Chakra: 220/220
St: 0/4
Sanidade: 140
- Considerações:
- Bolsa de Armas:
- 5x kunai
- 5x Shuriken
- 10m Fio
- 2x Kemuridama
- 7x Kibaku Fuuda
- 5x kunai
Tengu
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Re: [Gaiden] O Silêncio - Postado Qua Fev 17, 2021 11:29 am
@aprovado