RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Aysa Kyōkan



A noite chegou a Kumo como uma visita desejável naquele final de dia quente. As crianças brincavam num terreno baldio, correndo de um lado para o outro enquanto os vagalumes acompanhavam aquele corre-corre desenfreado. Os sapos coaxavam como numa banda inocente, alguns submersos e outros próximos sobre o leito do pequeno córrego que corria timidamente, até cair numa cachoeira a quilômetros de distância. 


Nesse ínterim, uma comissão vinda de uma vila menor trouxe seus jovens ninjas para um aprendizado em Kumo, num sistema de aliança desconhecido. Os jovens ninjas de graduação genin eram os primeiros de sua vila a se formarem e estavam de bobeira pela vila quando encontraram quatro crianças brincando na rua, uma delas acertou um pedaço de pau, sem querer, sobre um dos genin dessa comissão, o mais velho de um grupo de outros três. 


(...)


Saí de casa à noite para ir atrás de Hayami, que tinha voado de casa como uma borboleta serelepe umas horas atrás. Minha mãe me incubiu dessa terrível tarefa, Hayami era uma menina geniosa e só viria comigo se o jogo tivesse acabado com uma vitória esmagadora por parte dela. Hayami costuma brincar até umas sete horas mas mamãe permitiu que ela ficasse um tempinho a mais, de maneira que quando eu saí de casa já eram sete e meia. 


O lugar onde ela estava me tomou uns quinze minutos de caminhada, acompanhada por um singelo rio que corria com o barulho de sapos e toda sorte de insetos. Cheguei até um terreno amplo e dali já notei a confusão, quatro rapazes cercavam outras quatro crianças, inclusive Hayami, com um pedaço de pau. Aproximei-me e vi que eles estavam com uma bandana com um símbolo esquisito, provavelmente eram de uma vila menor qualquer. 


— Ei, Hayami, vamos embora. 


Os rapazes se viraram pra mim, surpresos, abriram um sorriso e o mais velho disse, debochando:


— Então essa pirralha é sua irmã? 


— Calma Tatsumi, ela é uma garota… 


— Quê!? — respondeu o mais velho 


— Quero dizer, ela é uma ninja de Kumo. 


— E daí, nós também somos! — respondeu o mais gordo dos quatro. 


Olhei para o rosto de Hayami que parecia enfurecida, depois para os rapazes.


— Vou pegar minha irmã e vou embora, tchau. 


O mais velho de nome Tatsumi olhou para mim, perguntando se eu sabia o que minha irmã e seus amigos tinham feito com seu companheiro mais novo, um baixinho ranhento escondido nas asas do gordo, do alto e do velho. Eu balancei a cabeça e disse:


— Isso não me interessa. 


O mais velho estufou o peito como se eu tivesse dito a pior das ofensas, e decretou:


— Você só vai embora daqui quando nos derrotar!


— Não. Vocês são patéticos e vão me deixar passar. 


Eles ficaram ainda mais furiosos e me cercaram, quatro contra uma!


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Dante
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Caminho do Genin



StatsHP: 220/220CH: 220/220ST: 00/05SAN: 160/160

Estava caminhando por Kumogakure durante a noite usando meu uniforme de shinobi e portando meus equipamentos. Acabara de terminar uma missão e a situação na nova casa era um pouco estranha, ainda não havia me acostumado totalmente, fora que Murata era uma pessoa um tanto peculiar e nós não conversamos muito, mas acho que uma hora vai mudar. Então resolvi andar um pouco depois de um dia cheio.

Enfim, a noite estava muito bonita, as estrelas e a lua brilhavam e o som de animais e insetos preenchiam o local, um ambiente agradável e confortável.

De repente, meu passeio agradável é bruscamente interrompido. Começo a escutar vozes mais ao longe, muitas delas aparentemente enfurecidas e acaloradas. Por instinto, acabo me movendo e aproximando-me da fonte das vozes aos poucos.

Então, chego em uma área aberta e avisto vários indivíduos, sendo quatro pequenas crianças e outras cinco maiores. Não entendi muito bem a situação ao longe, mas claramente era possível ver quatro meninos fardados com um uniforme e bandana de símbolos estranhos cercando uma garota.

Apesar de não ter escutado direito, apenas por essa cena, presumi que que estavam fazendo um ataque covarde contra outras pessoas e eu não podia deixar isso acontecer.

Assim que a garota é cercada, me aproximo o mais rápido que posso, como um flash, interrompendo o cerco e ficando na frente da desconhecida menina.

- É melhor pararem o que estão fazendo - Apareço, me impondo com meu olhar frio para o grupo.

Eu não queria ser um salvador ou aparecer, na minha cabeça apenas estava realizando meu dever e o que achava certo. Os garotos se surpreendem com a chegada de um ninja, dando alguns passos para trás, mas logo, o mais velho deles tomou a frente e todos vendo essa imposição, recuperam a compostura e ficam com uma cara de superiores

- Chegou mais um idiota querendo bancar o herói, mas ainda estamos em maior número, vai tomar uma surra do mesmo jeito - Diz o garoto mais velho me encarando com um sorriso no rosto e todo o grupo retoma a coragem, voltando a avançar.

Eu não queria machuca-los, mas era visível a soberba e injustiça deles. Pareciam ser shinobis inexperientes, porém, não deveria subestimá-los.

Coloco a mão no cabo da minha tantõ, tentando ameaça-los e força-los a parar, mas não adiantava, o mais velho era imprudente, mas essa atitude idiota era confundido com coragem por seus companheiros que se apoiavam nela. Além do mais, vejo de relance que eles também estavam armados com algumas kunais e shurikens.

Fazer uma neutralização sem graves ferimentos seria difícil, então, viro a cabeça para a garota.

- Se afaste, eu resolvo isso - Falo calmamente, como se não estivesse preocupado e depois, volto minha atenção ao grupo, entrando em posição de luta.

Eu ainda queria tentar uma intervenção pacifica, mas eles não cooperavam.

Aba de Jutsus:
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Aysa Kyōkan



As crianças se iluminaram diante da chegada do jovem de cabelos brancos, até mesmo Hayami, minha irmã, sorriu de excitação diante daquela entrada épica. Dei um passo a frente ficando lado a lado com o rapaz, não tirei meus olhos dos inimigos que nos cercaram.

— Tem certeza que consegue cuidar de tantos assim sozinho?

Hayami gritou no fundo:

— Ela é uma ninja também!

Os rapazes começaram a trocar olhares cada vez mais preocupados, um deles tirou uma kunai da bolsa, o outro tropeçou no próprio pé, o líder deu um sorriso amarelo e disse:

— Ainda somos maioria aqui, não vamos perder pra dois pirralhos, não é pessoal?

Nesse ponto os próprios aliados do jovem líder tinham dado alguns passos para trás, depois avançaram novamente, envergonhando seu líder.

— Tem razão, chefe.

— Sim, tá certo.

— Nós podemos vencer!

Decidiram ali, num jogo idiota, se dividirem entre si. Três ficaram a encargo do jovem de cabelo branco e o mais fraco ficaria responsável por me impedir de lutar.

— Não queremos bater em você, sendo ninja ou não, então saia daqui pois isso é coisa de homem.

Dei um sorriso, irritada, e fiz algumas posições de mãos, senti o calor envolvendo meu ventre, depois soprei uma cabeça de dragão de fogo por cima da cabeça do rapaz mais novo, que correu para trás de seus aliados mais velhos, tremendo todo.

— Boa Ay! — Gritou Hayami.

No fundo eu queria demonstrar minha superioridade para meu inimigo, mas também para o jovem herói de cabelos brancos, eu sei, é uma atitude infantil, mas ser menosprezada e mostrar alguma capacidade é delicioso! A cara dos meus adversários era um misto de medo e desgosto.

— Vocês não vão sair daqui pacificamente — disse-lhes, de súbito.

Eles então se dividiram em duplas.

— Muito bem sua puta, conseguiu, tá envolvida nessa merda, a gente só ia moer esse merdinha, mas parece que vamos ter que bater em você também.

— Esse rapaz de cabelo branco, parece ser mais forte que a menina, chefe, e se ele…

O cochicho de um dos adversários soou tão alto que eu dei uma risadinha, mas o líder do grupo não pareceu se ofender e disse:

— Você e eu vamos cuidar dele, ele vai conhecer a força do ninja mais forte da nossa vila! Preparados!?

Foi tudo o que disseram antes de iniciar o próximo movimento.


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Dante
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Caminho do Genin



StatsHP: 220/220CH: 220/220ST: 00/05SAN: 160/160


Eu observava todo o falatório e movimento completamente silêncio, mas em alerta a qualquer coisa estranha, desde o joguinho deles, até a subestimação a garota, que se revela ser uma ninja também. Fico um tanto surpreso com essa informação já que a mesma não estava com seu uniforme.

Todo esse conflito parecia um teatrinho bobo de criança, esse grupo nem pareciam ninjas, estavam mais para valentões de meia tigela querendo se demonstrarem superiores. Eu mesmo já tinha passado por isso na infância.

- Vocês não deviam subestimar os outros assim - Eu advirto, encarando-os friamente, mas eles ignoram meu aviso.

Assim que a kunoichi expele seu dragão de chamas pela boca, vejo que sua habilidade era formidável, é como eu sempre digo, nunca subestime o inimigo.

Enfim, após mais um pouco de ameaças e coisas do tipo, finalmente terminam e querem partir para cima de mim.

- Garota - Me direciono a menina que tentei defender mais cedo - Vamos mostrar a eles o poder de Kumo - Eu digo calmamente e volto a me concentrar.

Eles aparentam ficar irritados com a minha falta de expressão, como se fosse acabar com eles tranquilamente e então, os dois que iam me enfrentar avançam furiosamente até mim. Eu não queria machuca-los, por mais que sejam pessoas horríveis, ainda são pessoas. Logo, retiro a mão da minha tantõ e ergo os punhos, respirando fundo e esperando seu avanço.

Eles iam realizar um ataque sincronizado, ambos pareciam tentar socar meu estômago, mas era visível a falta de experiência, nunca devem ter realizado uma missão rank C na vida e muito mal uma D. Então, com a postura certa, fiz uma simples esquiva para o lado e eles erram.

Os mesmos ficam mais furiosos ainda, principalmente o mais velho, que abandona a sua posição com o colega e avança sem pensar para tentar atingir outro soco, dessa vez, mirando o peito.

Nesse momento, uma rápida memória vem a tona, da época que eu sofria nas mãos desse tipo de gente, entretanto, nessa mesma época, Hana havia me salvado usando algumas técnicas peculiares, então, resolvi tentar.

O garoto tenta mais um soco, mas eu pego seu punho e me movo para o lado levemente, fazendo-o socar o ar e o segundo tenta jogar uma kunai em mim, mas ela era lenta e fraca, bastando um curto desvio para o lado.

O que tinha socado o vento, tenta revidar com uma virada rápida e outro soco, todavia, eu desvio a cabeça do ataque, pego-o pelo ombro e uso a perna para derruba-lo no chão. Quem diria que simples memórias do passado seriam tão úteis

Com esse movimento, o segundo fica com medo e se afasta.

Considerações:



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Aysa Kyōkan



Os rapazes que vieram pra cima de mim estavam muito aquém das minhas expectativas. Movimentos lentos, descoordenados, faziam-os parecer dois idiotas dançando uma valsa cômica, sem sincronia, como um casal adolescente num baile de escola. A única coisa que fiz foi acompanhar o movimento dos dois, desviando dos ataques, composto por chutes, socos e uma tentativa tosca de usar uma kunai, coisa que nenhum dos sujeitos sabiam. E dúvido que eles realmente saibam alguma coisa ou já tenham realizado pelo menos uma missão, mesmo as de nível mais baixo, em suas vidas. 


Eu tinha consciência de que numa vila grande como a nossa, aquela trupe ainda estaria na academia e, no fundo, acreditei até que Hayami poderia dar conta do recado. A obsessão deles por batalhas, penso eu, escondia um problema profundo de autoestima, como se eles estivessem provando para si que são capazes de defender sua vila de origem. Sentiria até pena, se o movimento deles não apresentassem aquele grau de amadorismo que chegava a ser ofensivo.  


Ao lado, o rapaz de cabelos brancos encontrou a mesma sina, apesar de seus inimigos serem minimamente mais habilidosos que os meus, o que me fez sentir um tanto quanto desapontada. Aqueles rapazes que me atacavam começaram a ficar um tanto, digamos, irritados pelo fato de não haver nenhum contragolpe da minha parte, apenas esquiva, e o cansaço tomou conta de suas expressões, cada vez mais carregada de desespero. 


— Ei! Você não vai atacar?


— E sujar minha mão com gente patética? Não. 


A vergonha para aquele grupo de ninjas decadentes era tamanha, que o moral deles foi lá embaixo e os ataques, já mal executados, ficaram ainda piores. Até que um deles socou a cara do outro e ambos caíram para trás, patético. Do outro lado meu aliado provisório parecia ter tido destino parecido e a vitória dos ninjas de Kumo foi acompanhado dos gritos eufóricos das crianças. Os agressores saíram dali correndo, ou melhor, para coroar sua incapacidade de lutar, saíram arrastando-se e proferindo bravatas e ameaças que nunca poderiam cumprir, não tinham competência para isso.


— Você foi demais irmã!


— Nossa, esse garoto luta bem!


— Nossos ninjas são os maiores!


Seria difícil acalmar aquelas crianças, de maneira que apenas fiz uma mesura pro rapaz, nada de muito elaborado, e fui embora arrastando uma Hayami que dificilmente iria me deixar dormir, tamanha sua excitação. 


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Caminho do Genin



StatsHP: 220/220CH: 220/220ST: 00/05SAN: 160/160


Depois de derrubar o garoto no chão com uma rasteira, ele começa a se mexer vagarosamente fazendo uns grunhidos de dor bem baixos, assim, percebo de relance algo refletindo com a luz da lua. Ele puxa uma kunai de trás da sua bolsa e se levanta rapidamente, me deixando pouco tempo para desviar do oponente.

Entretanto, como já tinha percebido a arma escondida, inclino meu corpo para trás, desviando do corte. Mas de repente, o que outrora ficou assustado, ao perceber o movimento de seu colega, retoma a coragem e arremessa a sua kunai de forma fraca e pífia, mas percebo que a mesma iria acertar seu parceiro.

Temendo algo grave, uso a minha kunai para atacar e refletir a lâmina de arremesso. O movimento se provou um sucesso completo. O indivíduo que lançou a kunai ficou de olhos arregalados ao ver que quase acertou o seu amigo e o mais velho, antes todo bravo e inconsequente, deve ter percebido algo que possivelmente mudaria sua visão de mundo. Ele percebeu, que era fraco, era inútil, um nada.

- Esse é o poder dos ninjas de Kumo - Eu digo para o garoto que acabou de ter um choque de realidade, sem ligar se estaria o ofendendo ou não, já que o mesmo, não detinha nada do meu respeito.

Com isso, ele se levanta completamente, com olhos assustados, mas então, cerra os dentes, voltando a sua expressão de raiva padrão, mas dessa vez, visto que a outra dupla havia perdido para a Kunoichi e de forma pior que a minha, como era possível algum ninja ser derrotado assim?

Enfim, vendo isso, ele ordena a retirada do grupo inteiro. Com o comando, eles correm sem nem pestanejar para longe de nós enquanto nos ameaçavam. Com tudo acabado, me direciono a garota que havia me ajudado.

- Obrigado pela ajuda - agradeço-a, abaixando minha cabeça como sempre faço na hora de cumprimentos. Não tive tempo para introduzir meu nome, mas já estava satisfeito com o resultado, havia conseguido proteger aquelas crianças da mesma coisa que eu sofria antigamente, espero que elas não sejam incomodadas com isso. Organizando minha bolsa e seguindo para casa.

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