Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
Últimos assuntos
Gin
Icone :
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone :
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone :
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
[Timeskip] Tempo corre, tempo voa, tempo passa, tempo soa - Postado Dom maio 23, 2021 2:19 am
怠惰
Tempo corre, tempo voa, tempo passa, tempo soa
Tempo corre, tempo voa, tempo passa, tempo soa
O ferrão venenoso tentou perfura-lo pela terceira vez, mas sua areia era simplesmente mais rápida do que a criatura — e muitas vezes até mais rápida do que os próprios reflexos do garoto. Fala sério, Goro. Quanto tempo mais? Gin não precisava mover seus pés para esquivar-se dos golpes pesados do escorpião gigante, pois sua nuvem voadora realizava esse trabalho para ele. Parte do chão do deserto converteu-se em mãos de grande tamanho, emergidas propositalmente pelo fluxo de chakra do ninja, afim de restringir a monstruosidade e impedir seus movimentos, potencialmente abrindo espaço para que seu companheiro atacasse.
Na primeira vez que trabalharam juntos, Goro fatalmente perdeu um de seus braços em meio a uma explosão causada por uma emboscada inimiga, e no fim de tudo aquilo, Gin não imaginava que voltaria a encontra-lo novamente. Desde que retornou do País das Ondas, no entanto, seu principal parceiro de missões tornou-se o velho cotoco, agora oficialmente um ninja de patente Jonin. — Katsu! — O grito ecoou pelo horizonte desértico ao mesmo tempo que uma das patas do escorpião conheceu a famosa técnica do Estilo Explosão de Goro. A fera, no entanto, mesmo ferida, apenas enfureceu-se mais ainda. A nuvem voadora e seu mestre circundaram a besta em sentido horário, dando carona para o autor do recente ataque. — Se você não tivesse demorado uma hora pra aparecer nos portões da Aldeia, esse escorpião provavelmente não estaria tão grande e puto. — E Gin apenas revirou os olhos em um suspiro, descontente com o comentário de seu colega.
— Já é o quinto bicho raivoso que nos enviam pra dar conta no último mês. Que porra tá acontecendo? — Indagou o garoto, tentando amarrar em um rabo de cavalo os cabelos negros que lhe cortavam a visão no meio daquela ventania. — Se soubéssemos o que está acontecendo, não estariam enviando um Jonin para uma missão dessas, garoto. — Uma resposta um tanto quanto seca, mas que fazia total sentido. A nuvem voadora circundou a criatura novamente, e mais uma vez Goro pulou para suas costas, pronto para armar mais uma rodada de explosões. — Katsu! — As patas do escorpião flexionaram-se e seu corpo de carapaça sucumbiu ao chão, imóvel. Gin suspirou, contente de que finalmente poderia voltar para debaixo de suas cobertas.
— Gin! — O ninja teve tempo de tornar seu rosto na direção do escorpião, mas não conseguiu reagir. Em uma explosão sanguinolenta e nojenta, a criatura expeliu centenas de ferrões de pequeno calibre em todas as direções. A areia do garoto defendeu-lhe de prontidão com sua alta velocidade, porém, não conseguiu manter-se firme contra a chuva de agulhas, sucumbindo para o poder das mesmas e consequentemente, deixando seu mestre vulnerável. As ferroadas doeram, principalmente aquelas na região do abdômen.
Cacete. Sua visão ainda era turva, resultado da queda considerável que sofreu ao ser atingido, mas ainda conseguia identificar que Goro lhe carregava nos ombros pelas areias do deserto, em direção a vila. — Você tem que ser mais cuidadoso, moleque. Não podemos nos dar ao luxo de perder o Genin que sobreviveu ao País das Ondas, ainda mais com os rumores recentes.
— Que rumores? — Foram suas últimas palavras antes de tudo tornar-se uma vasta escuridão mais uma vez.
...
O ronronar de Faraó sempre tratava de acorda-lo da forma mais suave possível, mas na maioria das vezes — incluindo aquela — era o miado pedindo por ração que lhe despertava, e não de uma maneira suave. Bom dia pra você também. Gin levantou-se da cama sem se preocupar em pentear os cabelos, já estava acostumado com eles cobrindo-lhe a maior parte de seu rosto durante a manhã. Que bom seria não ter essa correria. Ter mais horas do meu dia pra poder dormir legal. O cantarolar mental era como sua trilha sonora matinal, acompanhando-o desde a feitura do café até a retirada de seu pijama. — Vamos lá, cara. Temos trabalho pra fazer. — E assim que seu amigo felino escalou seu ombro, a porta da casa fechou-se.
Simplesmente colocar os pés nas ruas ironicamente desertas da Areia lhe faziam lembrar do que se tratavam aqueles rumores que Goro havia mencionado meses atrás. A tensão era quase palpável no ar, visível no rosto de cada pouca pessoa que ainda tinha motivos para andar do lado de fora. O fatídico anuncio abalou todos, incluindo também Gin. Havia ele lutado ao lado e auxiliado seus futuros inimigos, e agora não sabia se teria o que era necessário para encara-los como meros corpos de carne, sem famílias ou desejos. Matar nunca havia sido problema para o ninja, mas daquela vez, o oponente não era nada mais do que um reflexo dele próprio, todos impelidos a cumprir para com suas ordens, independente da adversidade.
Os dedos da mão direita coçaram a barba rala que havia deixado crescer naquele meio tempo enquanto a esquerda recolhia as mercadorias que desejava comprar: frutas, ramens instantâneos e bebidas. — Bom dia, Yua-san. — A já conhecida velha dona do mercado local, outrora sempre sorridente e vendo o lado bom das coisas, já não tinha o mesmo semblante. Eram nos pequenos detalhes que se escondiam os demônios: nas olheiras escuras, nas roupas desajeitadas e na mesa bagunçada no fundo da sala. Atingiu até você, dona Yua.
No outro lado da rua, parcialmente coberto pela sombra do prédio em que se escorava, seu amigo sem braço o observava enquanto comia uma maçã avermelhada. Ele não precisou gesticular ou proferir uma sílaba sequer: Gin já sabia que ele não estava lá por mera coincidência. — Tu gosta de me espionar. — Disse, aproximando-se do Jonin com ambas as mãos nos bolsos da blusa. — Acredite, moleque, eu adoraria que a Nanadaime não me encarregasse de te passar recado todas as vezes. — E deu uma última mordida na fruta. — Qual a boa da vez? — Perguntou o genin.
— Se você não tivesse me salvado daquele culto maluco, eu te daria um puxão de orelha por causa desse jeito de falar com seus superiores. — Goro mantinha uma expressão parcialmente firme e parcialmente irônica, Gin não sabia decifra-lo. — Daqui algumas semanas vamos realizar uma patrulha de reconhecimento na fronteira com o País da Chuva. Por compartilhar bordas também com o País do Fogo e da Terra, acreditamos que venha a se tornar um ponto de conflito em pouco tempo. — Ele compartilhava informações secretas com a mesma naturalidade que escovaria os dentes. — E por que estão recrutando um genin pra uma missão desse nível?
— Aparentemente porque você é o único genin num raio de cem quilômetros que viu três Kages serem assassinados e viveu pra contar a história. Além disso, você não vai fazer o reconhecimento, e sim apenas entregar alguns mantimentos pras tropas. Também não vais ir sozinho, um Chunin irá acompanha-lo. — As mãs repletas de calos entregaram para Gin um envelope contendo todas as informações necessárias. Goro apenas virou as costas e partiu sem pronunciar mais nada. Típico dele.
O ponto de encontro era cerca de um quilômetro depois dos portões da vila, em um círculo de rochas já conhecido por aqueles que constantemente realizavam missões no exterior. Para Gin, no entanto, era a primeira vez desde o Tokubetsu Shiken. No horizonte os cabelos brancos encaracolados e as feições femininas já eram conhecidas. Para a surpresa do ninja, o Chunin que lhe acompanharia naquela viagem tratava-se de Hatake Shüra. — Parabéns pela promoção. — De dentro de sua mochila, as orelhas e olhos de Faraó saíram lentamente para fora, quase como uma forma de saudação. — Acho que ele gosta de ti.
Fora alguns poucos embates com as misteriosas, porém já conhecidas, criaturas raivosas do deserto, o caminho foi como andar em um parquinho. Os dedos de Gin abriram a tampa da cabaça que carregava em sua cintura, deixando uma pequena porção da imensidão arenosa ao redor da dupla adentrar o objeto, preenchendo-o completamente. Se onde vou não tem areia, levo a areia comigo. Conforme eram dados os passos em direção a fronteira, aos poucos a paisagem perdia seu tom pastel e ganhava um tom mais melancólico, mais cinza. Eu nunca gostei muito de chuva.
O posto avançado da Areia encontrava-se escondido em uma estranha paisagem de escombros, um espécie de pequena aldeia que um dia já havia conhecido vida. Gin e Shüra chegaram sob a luz das estrelas, enfrentando o frio imperdoável do deserto. — A areia banhou-se no sol escaldante do deserto. — O genin proferiu a senha, e não tardou muito para que o esquadrão de reconhecimento surgisse de seu esconderijo. — Aqui estão os suprimentos. Boa sorte. — Suas mãos entregaram aos shinobis uma enorme sacola cujo não teve curiosidade de perguntar qual era seu conteúdo, pois certamente haviam sido instruídos a não repassaram nenhuma informação. — Vou retornar para a vila pelo caminho que demarcamos, então provavelmente não terei problemas.
Gin e Faraó despediram-se de seu amigo dos cabelos brancos e tomaram seu caminho de volta para casa pelas areias do deserto, aproveitando o provável último momento de paz que teriam em um longo tempo.
• Gin; 220/220 220/220 220/220 00/05
• Cabaça de areia: 480/600
- Considerações:
- • 1503 palavras. Conforme o evento de timeskip, estou realizando o equivalente de 2x missões de Rank C e também repondo a areia de minha cabaça, caso possível;
• Goro tem a aparência de Big Boss, do Metal Gear Solid 3;
• Ficha de Shüra;
• Aparência de Gin. Bandana da Areia está amarrada na cintura de forma visível;
• O gato Faraó possui essa aparência;
- Bolsa de armas:
- • Kunais x1
• Hikaridama x1
Warui
Re: [Timeskip] Tempo corre, tempo voa, tempo passa, tempo soa - Postado Dom maio 23, 2021 8:10 am
@