RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Leonheart
Konohagakure Jōnin
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título

Presa X Predador

hp240/240chakra240/240cansaço00/05





"Talvez seja hora de mudar"

Essas foram as palavras que começaram tudo.

Meus olhos corriam pelo vasto horizonte. Ver a Folha dali de cima era uma experiência bem diferente. Especialmente àquela hora da noite, quando não havia ninguém nas ruas, apenas as luzes nas casas. E as estrelas no céu. O vento já mais gélido indicava o fim do verão, e deixava meu cabelo à deriva de sua vontade. As cenas vividas dias antes ainda estavam em modo replay na minha mente. Desde a chegada, até o fim. Tudo. O barco virado. Jaina na caverna. Treze na chegada. A invasão na Arena. A morte de Shanks. Seu sangue no meu rosto. A floresta emergindo do chão. Gen tentando nos animar. E as últimas palavras de Treze naquele dia. Tudo se repetindo ciclicamente, como se a droga do botão do replay estivesse emperrado.

Mas, como um sopro no silêncio, um som me trouxe de volta ao mundo real. Passos, logo atrás de mim. Duas pessoas pelo som. Quando meu nome foi chamado, o som de uma voz "idosa" ficou fácil de reconhecer.

- Sim? - Respondi, ainda sentado na beira daquele enorme penhasco, onde as faces dos Kages estavam esculpidas.
- Temos uma missão pra você - a resposta veio em tom inesperado. Parecia carregar um pouco de preocupação e ansiedade nele. O silêncio foi meu retorno. - Antes do Torneio no País das Ondas, você teve contato com um ninja procurado de nossa Vila.

Aquela resposta mudou meu semblante instantaneamente. Aquele era um assunto importante demais para ficar indiferente. Minha cabeça inclinou-se de lado, e os encarei de canto. Era a forma de dizer que estava ouvindo.

- Ele é um homem... perigoso. E sabemos que seu antigo mentor está com ele - prosseguiram.
- O mesmo que vocês canonizaram - respondi asperamente.
- Temos que tomar decisões difíceis e... polêmicas, as vezes. Faz parte do trabalho. Enfim, precisamos que alguém vá até um local fora do País do Fogo para investigar um local que acreditamos ser um de seus esconderijos particulares.
- Tem certeza que minha presença não está sendo esperada lá já? - devolvi enquanto me lembrava de nosso último encontro.
- Não temos como saber, assim como não sabíamos da última vez - um silêncio chato e incômodo seguiu após a resposta, enquanto os olhares do velho e da velha me circundavam, quase como se estivessem me estudando. Antecedida por um suspiro forte, minha resposta veio.
- Tudo bem, eu vou.
- Esteja preparado, será uma missão de longo prazo, sem limite de tempo. Provavelmente não verá esta vila por alguns meses.

E poucos momentos mais tarde, lá estava eu, cruzando o portão da Folha. As florestas escuras abriam caminho para minha saída, rumo ao País do Som. Aquele caminho era nostálgico. O metal das kunais batendo era a única fonte som no meio da escuridão. Um cenário quase assustador. Normalmente levaria pelo menos um ou dois dias para cruzar a fronteira do País do Fogo, mas a pressa e ansiedade não me deixavam ter o luxo de parar para descansar. Quanto mais corria, mais impulso meus pés buscavam ao saltar para a próxima árvore. Respostas. Era isso que me movia naquele momento.

(...)

O sol já havia nascido, e isso era uma boa vantagem. Assim que cruzei a fronteira do País do Fogo, cheguei à um pequeno vilarejo camponês. E foi lá que coletei as informações que trouxeram até aqui. Também consegui uma capa para cobrir minha roupa, o que poderia me ajudar à manter minha identidade preservada. Retirei a bandana da minha cabeça, guardando-a com minhas armas, e mantive meus olhos bem abertos. Dali de cima do pequeno monte onde estava, toda a extensão dos campos de arroz era visível. Pelas informações que recebi, em algum lugar ali, estava a entrada para o esconderijo daquele homem.
"Duas serpentes desenhadas na entrada subterrânea marcam o local" - repeti mentalmente a instrução que recebi.

Do lado do meu rosto, uma gota de suor desceu. A ansiedade quase tomava conta. Mas não podia agir apressadamente. Nunca dá certo. Procurei respirar o mais fundo que pude, manter o ar preso por alguns instantes, e repetir o gesto algumas vezes. Por mais que quisesse, não era hora de ficar pensando em Kenshi ou Rinoa. Precisava me concentrar. Juntei as duas mãos em um selo único logo à frente de meu rosto, e proferi o nome da técnica em voz baixa.

- Jutsu de transformação.

A fumaça branca foi exalada ao meu redor, camuflando a mudança. Não era a ideia mais genial, nem a estratégia mais glamorosa do mundo, mas como diria Amyio-sensei...
"O importante não é ser bonito, mas funcionar."
Se o local era subterrâneo, e possivelmente escuro, o que melhor do que um rato para se infiltrar e passar despercebido? Assim que minha forma mudou para o roedor, desci pelo barranco, entrando nos campos pelo meio das plantações de arroz. A técnica de transformação não fazia nenhum milagre, mas me permitia ganhar algumas características da forma assumida. Usando aquele faro aguçado do animal, e sua visão específica, comecei a varrer a vasta região atrás de meu objetivo. Iria demorar, mas são os ossos do ofício.

(...)

E nos fim, demorou mais do que o esperado. No primeiro dia, cheguei à fatiga extrema de tanto andar de um lado para outro. Dias e dias procurando, e nada. Precisei voltar ao pequeno vilarejo que encontrei, mas usando uma transformação para parecer alguém diferente. Com os suprimentos básicos que precisava, voltei para aqueles campos. O tronco de uma árvore alta era o que me servia de cama ali, no topo do mesmo monte onde comecei. Seus longos galhos se espalhavam para os lados, fornecendo um teto improvisado para me proteger do orvalho. Com água e comida, não teria problemas tão cedo. Até poderia me acostumar com aquela calmaria. Mas toda vez que fechava meus olhos, as visões dos acontecimentos no País das Ondas voltavam. Meus demônios não me davam um segundo sequer de paz na penumbra. Mas estava começando a me acostumar. Era o fardo que eu teria que carregar, gostando ou não. Afinal, o sangue ainda estava em minhas mãos.

(...)

Demorou quase dois meses, e acabei tendo que desistir da estratégia de "procurar e destruir". Não funcionou. Comecei a investigar e coletar informações em vilarejos próximos, buscando o máximo de informações possível. Era difícil perguntar sobre um esconderijo de um criminoso procurado sem parecer suspeito ou chamar atenção, mas não há nada que um ninja não possa fazer. Entretanto, não havia tanto quanto eu gostaria no conhecimento público. Apenas o bastante para me dar uma direção melhor. Uma pequena fenda a cinquenta quilômetros ao sul dos campos, no meio das plantações. Ela servia como disfarce para a entrada do que eu estava procurando. Andei muito, até que finalmente encontrei o local. Uma depressão no solo, bem incomum para locais como aquele, que eram usados para agricultura. Um selo de mão e um Kai foram o bastante para dissipar a dita ilusão, revelando as escadas e o símbolo.
"Duas serpentes marcam a entrada" - citei mentalmente, observando o desenho logo acima da entrada.

(...)

O breu era tão intenso que era quase palpável. O ambiente sinistro era iluminado por algumas velas presas à parede, com longos intervalos. Aberturas que pareciam celas se espalhavam pelos corredores, bem como portas que davam acesso à quartos vazios. Um calafrio correu pela minha espinha. Aquele local era familiar demais. Lembrava o lugar onde encontrei aquele homem pela primeira vez, quando Kenshi desertou e tentou me matar.

Segui o caminho principal com a transformação ativa, me dando a aparência planejada dois meses antes. Como um mísero rato, me desloquei pelas passagens até avistar o que procurava. Uma grande porta, com uma serpente talhada nela. Chamativo demais para ser apenas um quarto.

Passei pelas fendas, e adentrei o grande saguão. O ar ali não era muito diferente dos anteriores; uma sala grande iluminada por velas, com uma escuridão sinistra que parecia viva. Parei de me mover em um canto da sala, quando observei figuras se movimentando no centro do local. Pareciam… ninjas? Todos trajando uma roupa bem semelhante, como se fosse um uniforme. Seus rostos tinham deformações bizarras. Assustadores o bastante para me fazer ficar bem quieto. Seus movimentos pareciam fixos, como se estivessem fazendo rondas. Do meio da espessa sombra, um rosto familiar se desenhou. O homem que me chamou de filho, e me ensinou tudo que eu sabia, estava bem ali. A imagem de seu rosto me trouxe incontáveis lembranças à memória, e despertou a adrenalina dentro de mim. Mas tive que me conter; precisava. Não podia arruinar a missão agora, nem me pôr à risco assim. Ele parecia estar carregando alguém em seus braços. Uma figura coberto por um lençol, como se estivesse desacordada.

Finalmente chegou - Disse Kenshi, no centro do local, com aquela pessoa ainda em seus braços.

Foi quando as portas por onde eu entrei se abriram que todos pararam. Mais do que isso. Se curvaram. De joelhos, as sentinelas permaneceram com suas cabeças baixas, saudando quem entrou no recinto, chamando de algo que parecia ser “pai”. Meu ex-mestre não imitou o gesto, apenas o observou. Foi então que o vulto veio à lentos passos para fora do breu, deixando parte de seu rosto visível por entre a palpável escuridão. Meus olhos se arregalaram quando notei.

Era ele… o homem a quem Kenshi serve. Aquele homem sinistro, com o olhar de uma serpente. O mesmo que me convidou a segui-lo em troca de poder… A mesma aura estranha, os mesmos olhos cobiçosos, a mesma expressão medonha. Só de olhar diretamente, a mesma sensação das outras vezes aflorava. Era como estar na presença de um predador, e você ser a presa. Os calafrios eram constantes, e ansiedade crescente. O instinto gritava para cada célula do corpo fugir. Correr para o mais longe possível. Foi por um triz que aquele mix de sensações não me tiraram o controle sobre a transformação. Senti uma de minhas pernas tremerem. Meu coração palpitando. Se não fosse meu tamanho naquela forma, qualquer um conseguiria ver. Tinha algo naquele homem… algo muito errado. Ele caminhou lentamente até perto de kenshi, e foi então que tive certeza que era ele. O homem abriu um sorriso… aquele mesmo sorriso malicioso. Que permitia qualquer um que o visse sentir como se estivesse na presença da própria morte.

- Era ela que você queria ver? - Perguntou Kenshi. Mas a única resposta que obteve foi o silêncio. O sorriso do outro se alargou, enquanto seus olhos permaneciam fechados. Chegou a soltar uma risada abafada, o que causou uma certa confusão no homem à sua frente
- Já faz muito tempo… minha criança - finalmente prosseguiu. Seu rosto se inclinou para o lado, e nossos olhos se encontraram.

E então eu soube. A transformação foi desfeita, e meu eu verdadeiro apareceu. Todos no saguão arregalaram seus olhos, e os sentinelas se posicionaram entre ele e eu. Mas ele apenas veio para frente, em minha direção, deixando os guardas saírem de sua postura de combate. Seu semblante exalava satisfação, e seus olhos me estudavam como uma aranha observa um inseto preso em sua teia. Meu rosto estava parcialmente coberto pelas sombras. Apenas a lateral esquerda era visível, iluminada por uma vela.

- Não é mesmo… Squall? - Finalizou suas palavras, deixando sua voz grave ecoar pelo local.

(... continua)

“Talvez seja hora de mudar”. Aquelas palavras permaneceram comigo enquanto me aproximava dos portões da Folha. Faziam quase 6 meses, mas só de olhar para lá, sentia uma estranha sensação. Como se estivesse onde eu realmente pertenço, onde tenho… amigos. Pessoas importantes. Onde tenho uma dívida com alguém que morreu para me proteger.

Se era mesmo ou não hora de mudar, não sei. Mas o que sei, é que eu estava mudando. E talvez, quem sabe… isso pudesse ser algo bom.


Informações:

Considerações:

 
Leonheart
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t4187-f-p-3-0-uchiha-squall#36128
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t996-cj-leonheart
Jaina Lohse
Kumogakure Jōnin
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Jaina Lohse
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