Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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[GAIDEN] - Livro II: Era de Ouro (+18) - Postado Dom Jun 27, 2021 2:23 am
❝ Neurótico de Guerra. ❞
O sol estava para de por, logo mais a lua ascenderá para assim refletir o brilho da maior estrela do nosso sistema. Em uma das extremidades de Suna - próximo ao pé da muralha - o Chunin de cabelos prateados realizava seus últimos movimentos com sua espada de madeira, sendo observado cautelosamente por sua professora. Sem camisa, Shüra demonstrava estar extremamente desgastado fisicamente após essa bateria de exames, sentia que a qualquer momento seus braços e pernas simplesmente cairiam de seu corpo. O garoto jamais havia se empenhado tanto para qualquer coisa que fosse, tal esforço se deu pelo medo e raiva gerada após os acontecimentos em sua antiga casa - estava assombrado. O sinal de encerramento do período de treino diário foi Unohana trazer uma toalha para que o mesmo secasse seu suor. Isso era tudo por hoje.
O rapaz se banhou e então foi para o cômodo principal da residência, sua sensei preparava um chá de ervas para ambos - um agradável costume após a finalização dos treinos. O silêncio era uma forte característica quando ambos estavam juntos, apesar da mulher ser extremamente carismática, ela sabia que devia respeitar os limites de intimidade com seu pupilo. Sensei… Algo me deixou curioso em nossa última missão. De costa para Shüra, Unohana esboçou um leve sorriso ao ver a iniciativa de conversação tomada pelo garoto. Você e aquele homem eram do mesmo esquadrão? Vocês claramente se conheciam, mas o estilo de combate de vocês era muito similar. Unohana já havia terminado o preparo do chá, levando até a chabudai na qual Shüra estava sentado aguardando a finalização. É uma longa história… Por onde começar? Pelo começo do esquadrão!
Unohana havia sido chamada pelo Rokudaime em gabinete, ordem dada a mesma logo após seu retorno de uma missão de mais alto nível realizada nas proximidades de Amegakure. Frente a frente, o sexto Kazekage iniciou a conversação com seriedade, alegando a necessidade de um time de operações tão sigilosas que não confiaria ao atual grupo do qual a mulher fazia parte, a Anbu. Unohana, selecionei treze pessoas de minha confiança e que são detentores de alto poder. Quero criar - comigo como líder - uma instância militar ramificada da Anbu que agirá das mais diversas formas, sendo na minha proteção pessoal, defesa de suna e principalmente em território inimigo. A mulher detinha o título de Kenpachi, pois era considerada a shinobi mais forte de Suna na época, tendo cumprido inúmeras missões e vencido incontáveis batalhas. Unohana Kenpachi, conhecida como a mais cruel assassina da história do país do vento, viu a criação dessa força militar como uma oportunidade de aumentar seus números de vítimas, dessa forma aceitou a proposta sem hesitar, abandonando a atual liderança da Anbu para liderar o que viria a ser conhecido como Gotei 13.
Após receber o sim de todos os que tinha em mente, o Rokudamei Kazekage convocou a todos e os distribuiu em treze divisões, cada uma delas sendo detentoras de especialidades e obrigações distintas uma das outras. Obviamente, a sombra da areia se pôs na primeira divisão, responsável pela liderança geral da organização, enquanto Unohana foi posta na décima primeira divisão, sua exímia especialidade em Kenjutsu e assassinatos foram os atributos que a levaram a tal. A partir de hoje, somos a Gotei 13. Nosso papel é proteger e evoluir Suna pelas sombras a qualquer custo, todas as informações são de extrema confidencialidade, não devem em hipótese alguma vazar qualquer coisa que seja definida e feita por nós. Para identificação, todos devem usar esse kimono e capa com o símbolo de Sunagakure estampado nas costas. Podem também selecionar um ninja de vossa confiança para lhe servirem como tenente. Suas tarefas serão dadas conforme necessário. Dispensados.
Durante algumas semanas, Unohana simplesmente vagou por todo o país do vento e vilas menores que faziam fronteira, lhe foi atribuída a tarefa de varrer inimigos e bases próximas que eram consideradas potencialmente perigosas para a areia. Em um determinado momento durante essas viagens, Unohana deveria coletar informações em Amegakure - um dos principais pontos de conflitos entre as grandes vilas que a cercam - além de ter que exterminar shinobis inimigos em um ponto próximo a divisa com Sunagakure. As coisas estavam correndo como de costume, não havia ali um ninja que pudesse sequer encostar na habilidosa kunoichi enquanto ela cortava seus inimigos das mais diversas formas imagináveis. Já na base que deveria destruir, a Kenpachi não encontrou problemas para cumprir sua tarefa, a fez de maneira impecável e extremamente rápida - era uma perfeccionista no que fazia de melhor - no entanto ali havia alguém em especial, uma criança que aparentava estar na faixa dos doze anos, segurava em guarda uma espada que era visivelmente maior que seu próprio corpo, possuindo sua lâmina serrilhada. O garoto tem bolas. Unohana não via honra em matar uma criança, por esse motivo se virou de costas para o mesmo, uma decisão tola por parte da mulher, esse pequeno garoto era dotado de grande força física, habilidade razoável com espadas e uma determinação jamais vista por ela, o jovem investiu contra ela e a atacou pelas costas, obviamente a errando. Não vai sair daqui, velha! Eles ainda não tinham me pago pelos meus serviços e você os matou… Temos um problema. A criança era um mercenário contratado pelos inimigos, o motivo era desconhecido pela Kenpachi, mas viu nos olhos do mesmo que ele estava pronto para matar e morrer. Ela aceitou o desafio e pela primeira vez em um bom tempo, o pequenino foi capaz de feri-la mortalmente, dando-lhe uma enorme cicatriz no meio do peito e fazendo se deleitar em uma luta que inicialmente foi equilibrada, mas o resultado foi a vitória de Unohana.
Não matou a criança, pois nele viu um gigantesco potencial de combate, sendo muito provável que ele pudesse até mesmo a superar. Qual seu nome, garoto? Ela já havia decidido, ele, querendo ou não, integraria sua divisão como seu tenente. Z-...Za-... Zaraki!
As coisas ficaram claras para Shüra após a história, tudo fazia sentido agora quando lembrava da missão que ambos realizaram, o motivo pelo estilo de combate muitas vezes parecido, a intimidade que o homem aparentava ter com sua sensei e o porque dele ser tão habilidoso. Sim, Shüra, eu o treinei afim dele vir a se tornar o novo Kenpachi e isso foi concretizado. Ele tinha tudo que era capaz para me superar e o fez, mas infelizmente escolheu tomar o caminho que vai contra os meus ideias e o de Suna. Se isso fosse verdade, então Zaraki foi considerado o Kenpachi, superando sua sensei nos quesitos de combate e sendo considerado o shinobi mais forte da areia. Sensei… você acha que sou capaz de ser mais forte? A carismática mulher sorriu - principalmente com os olhos - e afirmou com a cabeça. Esse foi o motivo que aceitei lhe treinar. O chá terminou e com ele a conversa, ambos se retiraram para seus respectivos quartos e permaneceram até o início do próximo dia.
O rapaz se banhou e então foi para o cômodo principal da residência, sua sensei preparava um chá de ervas para ambos - um agradável costume após a finalização dos treinos. O silêncio era uma forte característica quando ambos estavam juntos, apesar da mulher ser extremamente carismática, ela sabia que devia respeitar os limites de intimidade com seu pupilo. Sensei… Algo me deixou curioso em nossa última missão. De costa para Shüra, Unohana esboçou um leve sorriso ao ver a iniciativa de conversação tomada pelo garoto. Você e aquele homem eram do mesmo esquadrão? Vocês claramente se conheciam, mas o estilo de combate de vocês era muito similar. Unohana já havia terminado o preparo do chá, levando até a chabudai na qual Shüra estava sentado aguardando a finalização. É uma longa história… Por onde começar? Pelo começo do esquadrão!
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Unohana havia sido chamada pelo Rokudaime em gabinete, ordem dada a mesma logo após seu retorno de uma missão de mais alto nível realizada nas proximidades de Amegakure. Frente a frente, o sexto Kazekage iniciou a conversação com seriedade, alegando a necessidade de um time de operações tão sigilosas que não confiaria ao atual grupo do qual a mulher fazia parte, a Anbu. Unohana, selecionei treze pessoas de minha confiança e que são detentores de alto poder. Quero criar - comigo como líder - uma instância militar ramificada da Anbu que agirá das mais diversas formas, sendo na minha proteção pessoal, defesa de suna e principalmente em território inimigo. A mulher detinha o título de Kenpachi, pois era considerada a shinobi mais forte de Suna na época, tendo cumprido inúmeras missões e vencido incontáveis batalhas. Unohana Kenpachi, conhecida como a mais cruel assassina da história do país do vento, viu a criação dessa força militar como uma oportunidade de aumentar seus números de vítimas, dessa forma aceitou a proposta sem hesitar, abandonando a atual liderança da Anbu para liderar o que viria a ser conhecido como Gotei 13.
Após receber o sim de todos os que tinha em mente, o Rokudamei Kazekage convocou a todos e os distribuiu em treze divisões, cada uma delas sendo detentoras de especialidades e obrigações distintas uma das outras. Obviamente, a sombra da areia se pôs na primeira divisão, responsável pela liderança geral da organização, enquanto Unohana foi posta na décima primeira divisão, sua exímia especialidade em Kenjutsu e assassinatos foram os atributos que a levaram a tal. A partir de hoje, somos a Gotei 13. Nosso papel é proteger e evoluir Suna pelas sombras a qualquer custo, todas as informações são de extrema confidencialidade, não devem em hipótese alguma vazar qualquer coisa que seja definida e feita por nós. Para identificação, todos devem usar esse kimono e capa com o símbolo de Sunagakure estampado nas costas. Podem também selecionar um ninja de vossa confiança para lhe servirem como tenente. Suas tarefas serão dadas conforme necessário. Dispensados.
Durante algumas semanas, Unohana simplesmente vagou por todo o país do vento e vilas menores que faziam fronteira, lhe foi atribuída a tarefa de varrer inimigos e bases próximas que eram consideradas potencialmente perigosas para a areia. Em um determinado momento durante essas viagens, Unohana deveria coletar informações em Amegakure - um dos principais pontos de conflitos entre as grandes vilas que a cercam - além de ter que exterminar shinobis inimigos em um ponto próximo a divisa com Sunagakure. As coisas estavam correndo como de costume, não havia ali um ninja que pudesse sequer encostar na habilidosa kunoichi enquanto ela cortava seus inimigos das mais diversas formas imagináveis. Já na base que deveria destruir, a Kenpachi não encontrou problemas para cumprir sua tarefa, a fez de maneira impecável e extremamente rápida - era uma perfeccionista no que fazia de melhor - no entanto ali havia alguém em especial, uma criança que aparentava estar na faixa dos doze anos, segurava em guarda uma espada que era visivelmente maior que seu próprio corpo, possuindo sua lâmina serrilhada. O garoto tem bolas. Unohana não via honra em matar uma criança, por esse motivo se virou de costas para o mesmo, uma decisão tola por parte da mulher, esse pequeno garoto era dotado de grande força física, habilidade razoável com espadas e uma determinação jamais vista por ela, o jovem investiu contra ela e a atacou pelas costas, obviamente a errando. Não vai sair daqui, velha! Eles ainda não tinham me pago pelos meus serviços e você os matou… Temos um problema. A criança era um mercenário contratado pelos inimigos, o motivo era desconhecido pela Kenpachi, mas viu nos olhos do mesmo que ele estava pronto para matar e morrer. Ela aceitou o desafio e pela primeira vez em um bom tempo, o pequenino foi capaz de feri-la mortalmente, dando-lhe uma enorme cicatriz no meio do peito e fazendo se deleitar em uma luta que inicialmente foi equilibrada, mas o resultado foi a vitória de Unohana.
Não matou a criança, pois nele viu um gigantesco potencial de combate, sendo muito provável que ele pudesse até mesmo a superar. Qual seu nome, garoto? Ela já havia decidido, ele, querendo ou não, integraria sua divisão como seu tenente. Z-...Za-... Zaraki!
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As coisas ficaram claras para Shüra após a história, tudo fazia sentido agora quando lembrava da missão que ambos realizaram, o motivo pelo estilo de combate muitas vezes parecido, a intimidade que o homem aparentava ter com sua sensei e o porque dele ser tão habilidoso. Sim, Shüra, eu o treinei afim dele vir a se tornar o novo Kenpachi e isso foi concretizado. Ele tinha tudo que era capaz para me superar e o fez, mas infelizmente escolheu tomar o caminho que vai contra os meus ideias e o de Suna. Se isso fosse verdade, então Zaraki foi considerado o Kenpachi, superando sua sensei nos quesitos de combate e sendo considerado o shinobi mais forte da areia. Sensei… você acha que sou capaz de ser mais forte? A carismática mulher sorriu - principalmente com os olhos - e afirmou com a cabeça. Esse foi o motivo que aceitei lhe treinar. O chá terminou e com ele a conversa, ambos se retiraram para seus respectivos quartos e permaneceram até o início do próximo dia.
Jaina Lohse
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Re: [GAIDEN] - Livro II: Era de Ouro (+18) - Postado Dom Jun 27, 2021 10:32 am
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Re: [GAIDEN] - Livro II: Era de Ouro (+18) - Postado Dom Ago 22, 2021 1:57 pm
❝ A Rainha de Styria. ❞
Falha. Incompetência. Negligência. Erro. Subestimar. Esses são cinco pontos que caracterizam a má conclusão da missão a qual foi atribuída a Lenore e Shüra há alguns dias. Com informações recebidas por Manjiro Sano em uma tarefa que antecipava essa em questão, o Shinigami e a moça foram até uma caverna submersa pelas areias que, segundo o informante, era usada comumente por Zaraki Kenpachi. Uma falácia. Tal afirmação dada por Mikey não passava de uma maneira de atrair o jovem para o local e a fim de matá-lo e desestabilizar Unohana, buscando enfraquecer a mulher para um futuro combate entre o homem gigante de sinos presos aos cabelos. No fim, apesar de precisarem ser salvos pela primeira Kenpachi, o golpe de Shüra foi fatal para Sano, fazendo-o sangrar até a morte antes de conseguirem escapar. Como uma estratégia muito bem pensada pela sensei do casal que fora em missão, alguns anbus foram enviados para pontos estratégicos que poderiam ser considerados como a saída de tal caverna. Uma aposta certeira. Nikaido fora detida e morta pelos shinobis à sua espera, carregando o corpo já falecido de seu mestre, Mikey. No fim a missão não foi exatamente um fracasso, mas o Shinigami Branco sabia que havia sido negligente e também fraco. Só consegui acertar o golpe em Manjiro pois o mesmo já estava muito debilitado por conta de alguma doença… Merda!
Alguns dias após o evento, Shüra, Lenore e Unohana voltaram para casa e ali passaram basicamente a maior parte de seus tempos. A antiga capitã do segundo esquadrão instruía o garoto de maneira rígida, sabia que devia fortalecê-lo para o que estava por vir. Porém agora as coisas se diferenciavam um pouco, a mulher passou a acrescentar aulas teóricas por meio período tratando dos mais diversos assuntos de combate, política, assassinato e espaço-tempo. Tudo se tratava de um plano grande já arquitetado por Unohana para que ela pudesse futuramente ensiná-lo a técnica do deus do relâmpago e também auxílio para que o rapaz pudesse utilizar em batalha.
Por sua vez, Lenore se encontrava em estado de choque total, permanecia deitada em um dos quartos praticamente o tempo, mal se movia. A cada dezena de minutos, a bela moça era tomada por uma crise repentina que a fazia se derramar em prantos. Shüra passava por sua porta a todo momento, buscando escutar qualquer ruído da jovem enquanto se torturava em decidir se entrava ou não. Nunca entrou. Ele se sentia extremamente culpado por conta dos acontecimentos, Lenore jamais passaria pela situação que passou se o jovem não tivesse se encontrado com Mikey poucos dias antes. O ódio de si mesmo tomava conta do seu ser, sempre que podia aplicava algum tipo de punição física em si para tentar aliviar o sentimento de raiva, mas era em vão.
Mais um fim de noite, o treinamento intenso havia chego ao fim novamente e, como de costume, Unohana havia preparado um chá para ambos. Todos os dias eles sentavam-se no "deck" externo próximo a um pequeno poço artificial que a mulher tinha em sua propriedade e observavam as estrelas, geralmente calados. O olhar triste de Shüra era evidente, seu âmago implorava por algum tipo de perdão divino que ele mesmo sabia que jamais teria e que sequer existia. Nada daquilo foi sua culpa, Shüra. Nada. Eu fui uma tola ao enviar vocês dois sozinhos, eu sabia que não teriam chances se topassem com Zaraki naquele lugar, mas mesmo assim os enviei. O que passou na minha cabeça? Sua paixão e convicção me fez acreditar que talvez poderiam vencê-lo e eu me abracei nesse pequeno feixe de esperança. Ela gentilmente tomou um pouco de seu agradável chá, o saboreando enquanto se deliciava com o clima agradável de início de noite. Shüra a fitou, calado, ele podia sentir que o sentimento de culpa era muito mais real e profundo do que o que ele sentia. Sensei, nada disso é verdade. Eu arruinei tudo com a minha falta de força, se eu fosse um pouco mais forte seria o suficiente para pelo menos escapar com Lenore. Sinto muito por não corresponder às suas expectativas. Ele se levantou e reverenciou sua mestra com respeito, se retirando em seguida.
Em passos lentos, ele caminhou pela casa rumo ao seu quarto individual. Como de costume, ele passou pela porta da moça que o acompanhou na missão. Sentindo seu peito apertar e seu coração disparar, ele não suportou esse sentimento desconhecido e cambaleou para trás, perdendo seu rumo enquanto sua cabeça girava e ele perdia brevemente a força de suas pernas. Shüra recolheu suas forças restantes e mudou seu destino, partindo em direção aos becos e vielas de Sunagakure.
Sem um rumo definido, o Shinigami Branco andava se esgueirando pelas sombras da principal vila do País do Vento, imerso em seus pensamentos mais profundos, se questionando sobre quem ele era e o que buscava ser. Por que eu me importo tanto? Ela surgiu a menos de uma semana na minha vida, porque me preocupo com o que aconteceu com ela e o que vai acontecer? O que se passa pela minha cabeça? Em um dos becos que cruzava, o garoto avistou ali um pobre e abandonado homem já na meia idade, se arrastando pelo chão frio de areia, ele segurou na barra da capa de Shüra enquanto suplicava por dinheiro ou comida. O rapaz o olhou naqueles olhos fundos, vazios e desesperados e então sentiu seu âmago arder, recuperando para si um sentimento de ódio e desdém que parecia terem se perdidos em meio a tanta preocupação com Lenore e Unohana. Isso é tão excitante! Era disso que eu precisava! O jovem sorriu gentilmente para o pedinte, se abaixando e apoiando-se em seus joelhos enquanto levava ambas as mãos ao redor do rosto do homem. Subitamente ele disparou um violento soco bem no meio da face do outro, dando sequência a este com vários outros subsequentes. Sem piedade, ele segurou na nuca do outro e então bateu ela diversas vezes em uma parede próxima. Já desfigurado e também sem consciência, o homem não largou a capa do garoto, o irritando profundamente. COMO UM VERME IMUNDO E PODRE COMO VOCÊ OUSA ME TOCAR? SEU BASTARDO DESGRAÇADO! Shüra pegou sua espada da bainha e cortou fora a mão que se agarrava nele. Rapidamente ele subiu em cima do homem deitado já quase morto e então disparou uma sequẽncia monstruosa de socos em no rosto do coitado faminto. O Shinigami sentiu a vida do pobre morador de rua se esvair pelas suas mãos, mas isso apenas excitou mais ainda o garoto, que continuava a socá-lo mesmo já sem forças e com as mãos extremamente feridas. Como… Você… Tem… Coragem… De… Tocar… Em… Mim… Maldito! Cada palavra era sequenciada por um poderoso soco, cada um mais forte que o anterior. Ele finalmente parou, observado ambas as córneas do sunense morto estouradas e saltando de sua face. Shüra se levantou e então abriu um sorriso satisfatŕio de uma orelha a outra. Eu realmente precisava desse momento. Ele limpou superficialmente suas roupas e limpou o sangue que havia respingado em seu belo e delicado rosto.
O Shinigami se virou, pronto para sair daquele beco e voltar para casa, mas parou seus passos ao avistar uma bela e atraente mulher o observava encostada em uma das paredes próxima a saída. A mulher realmente era linda, possuía uma pele clara e delicada parecida com a de Lenore, seus cabelos eram lisos, longos e brancos, da mesma cor dos de Shüra. Seus olhos também eram tão azuis e brilhantes como o do rapaz. Mas o contraste de seus belos lábios pintados de um tom escarlate era o contraste que a tornava atraente. Ela vestia um chique e delicado vestido de mesma cor de seu batom que realçava suas belas curvas corporais de seu corpo atlético e ao mesmo tempo afeminado. Shüra a olhou dos pés à cabeça, apesar de impressionado pela sua beleza jamais antes vista pelo rapaz ele se preocupava mais com o que ela pretendia fazer por ali, afinal o mesmo havia acabado de matar um morador de rua da maneira mais violenta possível. Ela não parece ser alguém qualquer… Quem é essa mulher? Ele sabia que se o que aconteceu ali vazasse para seus superiores, ele certamente seria preso ou até mesmo morto, por tal motivo, ele se manteve em guarda enquanto sacava sua espada, segurando-a em sua mão direita enquanto andava calmamente na direção da moça. Hohenheim Shüra, acertei? O Shinimagi parou de súbito, estranhando como a mulher sabia sua identidade. Guarde sua espada, belo rapaz. Ninguém saberá o que você fez aqui.
Ela andou até o encontro de Shüra, caminhando de maneira encantadora e hipnotizante. A bela mulher então limpou algumas pequenas gotas de sangue que se encontrava no próximo ao lábio do jovem e, com seu dedo tão belo quanto o resto de seu corpo, ela levou a sua própria boca, chupando a pequena quantia de sangue. Nada mal… Ela não era uma ameaça, Shüra pôde sentir isso após ter escutado a voz dela pela primeira vez. Ela era forte e imponente, isso despertava um certo tipo de interesse e curiosidade do Shinigami pela mesma. Como sabe meu nome? Ele e a mulher estavam muito próximos um do outro, praticamente dois palmos. Todos sabem quem você é garoto, Sunagakure e o País do Vento estão de olhos em você, o jovem que diz abertamente que sonha em se tornar Kazekage nem que isso queria dizer que tenha que usurpar o chapéu contra a vontade de todos. Você não achou que estava passando despercebido, não é? Ao ouvir sobre seu desejo, Shüra sentiu o tempo parar enquanto se perdia em sua própria cabeça. Meu sonho… Eu não acredito que eu estava começando a me importar mais com coisas fúteis e inúteis do que focar no meu sonho. Se eu não manter meu foco, jamais alcançarei meus anseios. Como irei me tornar a Sombra da Areia se me perder no caminho me preocupando com o estado de Lenore ou o que ela vai pensar de mim? Eu preciso manter minha cabeça no lugar. Me chamo Carmilla. É um prazer te conhecer… Você realmente corresponde às minhas expectativas. Ela olhou todo o corpo do garoto e depois olhou por cima de seus ombros, para ver o corpo já morno do homem recém morto pelas mãos do que estava a sua frente. Ela andou até chegar nas costas de Shüra e fitou a capa que vestia. Gotei 13… Bons tempos. Ela se aproximou ainda mais e envolveu o rapaz delicadamente em seus braços, colocando sua cabeça sobre o ombro direito do Shinigami. Você fazia parte? Ela suspirou e colou sua face com a do belo jovem. Eu era a capitã da terceira divisão, responsável pela inteligência da vila. Ela então começou a beijar delicadamente o pescoço do garoto enquanto uma de suas mãos descia calmamente pelo corpo do rapaz até atingir seus órgãos reprodutores. Você é muito maior do que eu pensei! Ela gargalhou e Shüra também não conseguiu se conter, unindo o som de sua risada ao dela. Temos que ir, volte para casa antes que a velha suspeite de você! Logo mais nos veremos de novo. Ela soltou o rapaz, mas levou seus lábios ao do Shinigami, o beijando. Foi um prazer, Shüra. Carmilla então saiu pela direção contrária a do rapaz, sumindo nas sombras dali.
Shüra havia chego em casa, Unohana o esperava à porta. O sangue em suas roupas e mãos machucadas denunciavam o que ele havia feito. Com o olhar decepcionado, ela balançou a cabeça negativamente. O que acha que Lenore irá pensar ao saber o que seja lá o que você tenha feito? O aluno passou pela sua mestra, parando a alguns palmos atrás desta, ficando assim ambos um de costas para o outro. Não me importo com o que ela vai pensar, estou farto de me importar com algo ou alguém que não seja meu sonho de ser a Sombra dessa vila, sensei.
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Alguns dias após o evento, Shüra, Lenore e Unohana voltaram para casa e ali passaram basicamente a maior parte de seus tempos. A antiga capitã do segundo esquadrão instruía o garoto de maneira rígida, sabia que devia fortalecê-lo para o que estava por vir. Porém agora as coisas se diferenciavam um pouco, a mulher passou a acrescentar aulas teóricas por meio período tratando dos mais diversos assuntos de combate, política, assassinato e espaço-tempo. Tudo se tratava de um plano grande já arquitetado por Unohana para que ela pudesse futuramente ensiná-lo a técnica do deus do relâmpago e também auxílio para que o rapaz pudesse utilizar em batalha.
Por sua vez, Lenore se encontrava em estado de choque total, permanecia deitada em um dos quartos praticamente o tempo, mal se movia. A cada dezena de minutos, a bela moça era tomada por uma crise repentina que a fazia se derramar em prantos. Shüra passava por sua porta a todo momento, buscando escutar qualquer ruído da jovem enquanto se torturava em decidir se entrava ou não. Nunca entrou. Ele se sentia extremamente culpado por conta dos acontecimentos, Lenore jamais passaria pela situação que passou se o jovem não tivesse se encontrado com Mikey poucos dias antes. O ódio de si mesmo tomava conta do seu ser, sempre que podia aplicava algum tipo de punição física em si para tentar aliviar o sentimento de raiva, mas era em vão.
[...]
Mais um fim de noite, o treinamento intenso havia chego ao fim novamente e, como de costume, Unohana havia preparado um chá para ambos. Todos os dias eles sentavam-se no "deck" externo próximo a um pequeno poço artificial que a mulher tinha em sua propriedade e observavam as estrelas, geralmente calados. O olhar triste de Shüra era evidente, seu âmago implorava por algum tipo de perdão divino que ele mesmo sabia que jamais teria e que sequer existia. Nada daquilo foi sua culpa, Shüra. Nada. Eu fui uma tola ao enviar vocês dois sozinhos, eu sabia que não teriam chances se topassem com Zaraki naquele lugar, mas mesmo assim os enviei. O que passou na minha cabeça? Sua paixão e convicção me fez acreditar que talvez poderiam vencê-lo e eu me abracei nesse pequeno feixe de esperança. Ela gentilmente tomou um pouco de seu agradável chá, o saboreando enquanto se deliciava com o clima agradável de início de noite. Shüra a fitou, calado, ele podia sentir que o sentimento de culpa era muito mais real e profundo do que o que ele sentia. Sensei, nada disso é verdade. Eu arruinei tudo com a minha falta de força, se eu fosse um pouco mais forte seria o suficiente para pelo menos escapar com Lenore. Sinto muito por não corresponder às suas expectativas. Ele se levantou e reverenciou sua mestra com respeito, se retirando em seguida.
Em passos lentos, ele caminhou pela casa rumo ao seu quarto individual. Como de costume, ele passou pela porta da moça que o acompanhou na missão. Sentindo seu peito apertar e seu coração disparar, ele não suportou esse sentimento desconhecido e cambaleou para trás, perdendo seu rumo enquanto sua cabeça girava e ele perdia brevemente a força de suas pernas. Shüra recolheu suas forças restantes e mudou seu destino, partindo em direção aos becos e vielas de Sunagakure.
Sem um rumo definido, o Shinigami Branco andava se esgueirando pelas sombras da principal vila do País do Vento, imerso em seus pensamentos mais profundos, se questionando sobre quem ele era e o que buscava ser. Por que eu me importo tanto? Ela surgiu a menos de uma semana na minha vida, porque me preocupo com o que aconteceu com ela e o que vai acontecer? O que se passa pela minha cabeça? Em um dos becos que cruzava, o garoto avistou ali um pobre e abandonado homem já na meia idade, se arrastando pelo chão frio de areia, ele segurou na barra da capa de Shüra enquanto suplicava por dinheiro ou comida. O rapaz o olhou naqueles olhos fundos, vazios e desesperados e então sentiu seu âmago arder, recuperando para si um sentimento de ódio e desdém que parecia terem se perdidos em meio a tanta preocupação com Lenore e Unohana. Isso é tão excitante! Era disso que eu precisava! O jovem sorriu gentilmente para o pedinte, se abaixando e apoiando-se em seus joelhos enquanto levava ambas as mãos ao redor do rosto do homem. Subitamente ele disparou um violento soco bem no meio da face do outro, dando sequência a este com vários outros subsequentes. Sem piedade, ele segurou na nuca do outro e então bateu ela diversas vezes em uma parede próxima. Já desfigurado e também sem consciência, o homem não largou a capa do garoto, o irritando profundamente. COMO UM VERME IMUNDO E PODRE COMO VOCÊ OUSA ME TOCAR? SEU BASTARDO DESGRAÇADO! Shüra pegou sua espada da bainha e cortou fora a mão que se agarrava nele. Rapidamente ele subiu em cima do homem deitado já quase morto e então disparou uma sequẽncia monstruosa de socos em no rosto do coitado faminto. O Shinigami sentiu a vida do pobre morador de rua se esvair pelas suas mãos, mas isso apenas excitou mais ainda o garoto, que continuava a socá-lo mesmo já sem forças e com as mãos extremamente feridas. Como… Você… Tem… Coragem… De… Tocar… Em… Mim… Maldito! Cada palavra era sequenciada por um poderoso soco, cada um mais forte que o anterior. Ele finalmente parou, observado ambas as córneas do sunense morto estouradas e saltando de sua face. Shüra se levantou e então abriu um sorriso satisfatŕio de uma orelha a outra. Eu realmente precisava desse momento. Ele limpou superficialmente suas roupas e limpou o sangue que havia respingado em seu belo e delicado rosto.
O Shinigami se virou, pronto para sair daquele beco e voltar para casa, mas parou seus passos ao avistar uma bela e atraente mulher o observava encostada em uma das paredes próxima a saída. A mulher realmente era linda, possuía uma pele clara e delicada parecida com a de Lenore, seus cabelos eram lisos, longos e brancos, da mesma cor dos de Shüra. Seus olhos também eram tão azuis e brilhantes como o do rapaz. Mas o contraste de seus belos lábios pintados de um tom escarlate era o contraste que a tornava atraente. Ela vestia um chique e delicado vestido de mesma cor de seu batom que realçava suas belas curvas corporais de seu corpo atlético e ao mesmo tempo afeminado. Shüra a olhou dos pés à cabeça, apesar de impressionado pela sua beleza jamais antes vista pelo rapaz ele se preocupava mais com o que ela pretendia fazer por ali, afinal o mesmo havia acabado de matar um morador de rua da maneira mais violenta possível. Ela não parece ser alguém qualquer… Quem é essa mulher? Ele sabia que se o que aconteceu ali vazasse para seus superiores, ele certamente seria preso ou até mesmo morto, por tal motivo, ele se manteve em guarda enquanto sacava sua espada, segurando-a em sua mão direita enquanto andava calmamente na direção da moça. Hohenheim Shüra, acertei? O Shinimagi parou de súbito, estranhando como a mulher sabia sua identidade. Guarde sua espada, belo rapaz. Ninguém saberá o que você fez aqui.
Ela andou até o encontro de Shüra, caminhando de maneira encantadora e hipnotizante. A bela mulher então limpou algumas pequenas gotas de sangue que se encontrava no próximo ao lábio do jovem e, com seu dedo tão belo quanto o resto de seu corpo, ela levou a sua própria boca, chupando a pequena quantia de sangue. Nada mal… Ela não era uma ameaça, Shüra pôde sentir isso após ter escutado a voz dela pela primeira vez. Ela era forte e imponente, isso despertava um certo tipo de interesse e curiosidade do Shinigami pela mesma. Como sabe meu nome? Ele e a mulher estavam muito próximos um do outro, praticamente dois palmos. Todos sabem quem você é garoto, Sunagakure e o País do Vento estão de olhos em você, o jovem que diz abertamente que sonha em se tornar Kazekage nem que isso queria dizer que tenha que usurpar o chapéu contra a vontade de todos. Você não achou que estava passando despercebido, não é? Ao ouvir sobre seu desejo, Shüra sentiu o tempo parar enquanto se perdia em sua própria cabeça. Meu sonho… Eu não acredito que eu estava começando a me importar mais com coisas fúteis e inúteis do que focar no meu sonho. Se eu não manter meu foco, jamais alcançarei meus anseios. Como irei me tornar a Sombra da Areia se me perder no caminho me preocupando com o estado de Lenore ou o que ela vai pensar de mim? Eu preciso manter minha cabeça no lugar. Me chamo Carmilla. É um prazer te conhecer… Você realmente corresponde às minhas expectativas. Ela olhou todo o corpo do garoto e depois olhou por cima de seus ombros, para ver o corpo já morno do homem recém morto pelas mãos do que estava a sua frente. Ela andou até chegar nas costas de Shüra e fitou a capa que vestia. Gotei 13… Bons tempos. Ela se aproximou ainda mais e envolveu o rapaz delicadamente em seus braços, colocando sua cabeça sobre o ombro direito do Shinigami. Você fazia parte? Ela suspirou e colou sua face com a do belo jovem. Eu era a capitã da terceira divisão, responsável pela inteligência da vila. Ela então começou a beijar delicadamente o pescoço do garoto enquanto uma de suas mãos descia calmamente pelo corpo do rapaz até atingir seus órgãos reprodutores. Você é muito maior do que eu pensei! Ela gargalhou e Shüra também não conseguiu se conter, unindo o som de sua risada ao dela. Temos que ir, volte para casa antes que a velha suspeite de você! Logo mais nos veremos de novo. Ela soltou o rapaz, mas levou seus lábios ao do Shinigami, o beijando. Foi um prazer, Shüra. Carmilla então saiu pela direção contrária a do rapaz, sumindo nas sombras dali.
Shüra havia chego em casa, Unohana o esperava à porta. O sangue em suas roupas e mãos machucadas denunciavam o que ele havia feito. Com o olhar decepcionado, ela balançou a cabeça negativamente. O que acha que Lenore irá pensar ao saber o que seja lá o que você tenha feito? O aluno passou pela sua mestra, parando a alguns palmos atrás desta, ficando assim ambos um de costas para o outro. Não me importo com o que ela vai pensar, estou farto de me importar com algo ou alguém que não seja meu sonho de ser a Sombra dessa vila, sensei.
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Tsukuyomi
Re: [GAIDEN] - Livro II: Era de Ouro (+18) - Postado Dom Ago 22, 2021 2:06 pm
@
Shüra
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Re: [GAIDEN] - Livro II: Era de Ouro (+18) - Postado Sex Nov 12, 2021 1:28 pm
❝ Ser Hermético. ❞
Aos pés de uma árvore velha e já muito seca - quiçá nos últimos momentos de sua vida natural naquele deserto - o esbelto mancebo de cabelos alabastrinos e pele de quase mesma cor se encontrava sentado com as costas repousadas no tronco deteriorado. Era madrugada - por volta de duas horas após o virar do dia - as vielas estavam praticamente banhadas na escuridão, salvo pela luz refletida pelo brilhante plenilúnio que abençoava as ruas e afastava o perigo desconhecidos imersos nas trevas. Resplandecente pelo seu próprio brilho e também pelo charco da lua, Shüra se encontrava completamente sozinho com seus pensamentos naquele pequeno oásis seco fora das muralhas de Sunagakure. Divagando enquanto flutuava entre presente, passado e futuro, o jovem passou da realidade para seu costumeiro mundo espiritual sem mesmo que pudesse notar, adentrando ao seu próprio cosmo psíquico imaterial interior criado - ainda não sendo isso de seu conhecimento - por seu subconsciente.
Ao contrário das outras vezes que teve acesso a esse mundo, nada ao seu redor havia se alterado, tudo se manteve exatamente como representado no universo real. Talvez por isso, Shüra sequer poderia notar a transição entre os mundos, salvo que instintivamente havia recebido uma sinapse que logo quebraria sua linha de raciocínio e então “resetado” sua mente para uma adaptação por conta da permuta entre consciência. Ele logo fechou seus olhos e respirou fundo, sentindo o ar frio e puro adentrar e preencher cada espaço de seu corpo, renovando o ciclo de suas células e limpando assim sua alma. Sem que pudesse ver, uma figura desconhecida de corpo liso e totalmente pintado de branco com a silhueta parecida com a de uma criança. Em seu rosto não havia olhos e muito menos nariz, apenas uma grande boca com muitos dentes. O Shinigami da Luz pôde sentir então a presença da criatura a poucos metros à sua frente, logo desunindo suas pálpebras e assim podendo visualizar o enigmático ser postado sentado à sua dianteira. Me observas sem ter visão? A figura então abriu um grande sorriso de orelha a orelha assim que Shüra focou seu olhar nele. Olá, Van Hohenheim Shüra.
O silêncio pairou por cerca de dois minutos, porém isso parecia representar horas na mente confusa do mancebo sunense. A quebra veio com uma gargalhada da pessoa misteriosa logo. Já faz um tempo que não vem para nosso mundo… Hermes me falou muito sobre você. Sua ausência me preocupava, eu acabei ficando extremamente intrigado com sua pessoa, mas não senti a necessidade de lhe trazer para cá anteriormente para que pudéssemos nos conhecer. O belo rapaz então cruzou os braços e apresentou um semblante de curiosidade. E agora há essa necessidade? O ser sentou-se ainda mais relaxado do que estava anteriormente, afundando suas mãos superficialmente por uma pequena camada de areia. Evidentemente. Ele levantou sua cabeça e observou as estrelas naquele belo e limpo céu que guardava o País dos Ventos, sentindo a brisa atingir seu corpo enquanto parecia escolher cuidadosamente suas palavras. Igualmente - e sem notar - o tokujo realizou o mesmo movimento e logo levou seu olhar na direção do prometido paraíso. Se desprenda de tudo que está lhe agarrando em seu mundo, você se distancia do seu destino a cada dia que passa e seu futuro aos poucos se definha e só irá parar quando já for totalmente irreconhecível. Isso era verdade e o próprio Hohenheim tinha total ciência deste fato. Já vinha de tempos em que aos poucos o foco do mesmo se obstruía em sua mente e se tornava cada vez mais nebuloso. Destino? O ser então se levantou, feliz com o questionamento levantado pelo Shinigami Branco. Eloquente e lúdico, deixou seu corpo transparecer todo seu alvoroço interno enquanto buscava alinhar as palavras emaranhadas em sua mente para que pudesse colocá-las para fora enquanto gesticulava loucamente como se estivesse apresentando uma peça de teatro dramática. Você é a criança banhada pela luz do luar, meu jovem. Nascido e concebido para grandeza e guiar o mundo perante sua justiça. Você nasceu para ascender divinamente e deixar sua carcaça e mente mundana para se tornar o que você originalmente veio ao seu mundinho… ser Deus! Você é a grande luz no fim do túnel para a salvação da tragédia inevitável que logo mais irá atingir a todos esses seres inferiores e fétidos! Você é um ser divino superior! A excitação da criatura parecia ter passado, seu corpo então se contraiu e ele se aproximou ainda mais de Shüra. Este segundo estava levemente atordoado com as palavras proferidas pelo outro à sua frente. Quem é você? E como me diz tudo isso com tanta certeza? Ele levou ambas as mãos ao rosto do mancebo prometido, da mesma maneira que o sunense costumava fazer com alguns que lhe chamavam a atenção em sua vida, um sorriso singelo em sua face antecedeu suas próximas palavras. Eu sou o que você chama de Mundo, ou então Universo, ou então Deus, ou então a Verdade, ou então Tudo, ou então Um. Eu também sou você! O cenário pela primeira vez se alterou de maneira brusca, fazendo surgir um grande mar branco que compunha tudo ao redor. Com único destaque, uma grande porta fina e flutuante surgiu atrás da Verdade, talhada com o desenho que representava a árvore da vida. O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o embalou em seu ventre e a Terra é sua alma. Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das coisas Superiores e inferiores. Desse modo obterás a glória do mundo. E se afastarão de ti todas as trevas. Vencerás todas as coisas sutis e penetrarás em tudo o que é sólido. Assim seu mundo será criado. Ele fez então surgir em suas mãos um pequeno objeto oval de origem desconhecida, parecido com um ovo com características faciais humanas e de coloração rubi. Está adormecido. O que é isso? Ele se distanciou de Shüra por um momento. Saberá no momento certo… mantenha-o por perto.
Quando o belo jovem piscou, pôde sentir suas sinapses se agitarem levemente e então se deu conta que havia retornado ao mundo tangível. Estou de volta. Algo o incomodou brevemente em seu peito, olhou por debaixo de sua vestimenta e então avistou o misterioso objeto preso em um cordão amarrado em seu pescoço. Isso veio comigo do mundo espiritual? Não saberia dizer exatamente nem mesmo se buscasse se esforçar a fundo para procurar essa resposta. Sua mente trabalhava no que a Verdade havia lhe dito. Um deus… Ele logo posicionou um de seus cigarros na boca e então buscou acendê-lo, mas hesitou. Se devo começar a me desprender das coisas mundanas e pífias, não posso mais depender desse vício chulo. Apesar de saber disso, saberia que seria algo difícil e o processo talvez matasse seu âmago. Ele enterrou na areia a unidade solta e em seguida depositou ali também o restante de seus cigarros. Se levantou calmamente e observou a lua - que parecia estar mais próxima a ele e o encarando -. Banhado pela luz do luar… a Lua é minha mãe. A imagem de Unohana veio a sua mente, atualmente era sua figura materna e isso apertou seu coração por um breve momento. Deveria ele abandoná-la para dar seguimento ao destino dito anteriormente pela Verdade? Seria ela um empecilho para que tudo se concretizasse? As respostas não estavam claras nesse momento, mas ele tinha total ciência que deveria tê-las o quanto antes. Os preparativos finais para o alcance de seu sonho estavam próximos, e somente tomar a Areia para si não seria o bastante para saciar seu desejo. Um deus… definitivamente isso é o que irá me definir. Depositaram suas esperanças em mim e eu serei o responsável pela justiça que virá abençoar cada alma desse mundo. Eu serei a salvação. Eu serei absoluto.
Ao contrário das outras vezes que teve acesso a esse mundo, nada ao seu redor havia se alterado, tudo se manteve exatamente como representado no universo real. Talvez por isso, Shüra sequer poderia notar a transição entre os mundos, salvo que instintivamente havia recebido uma sinapse que logo quebraria sua linha de raciocínio e então “resetado” sua mente para uma adaptação por conta da permuta entre consciência. Ele logo fechou seus olhos e respirou fundo, sentindo o ar frio e puro adentrar e preencher cada espaço de seu corpo, renovando o ciclo de suas células e limpando assim sua alma. Sem que pudesse ver, uma figura desconhecida de corpo liso e totalmente pintado de branco com a silhueta parecida com a de uma criança. Em seu rosto não havia olhos e muito menos nariz, apenas uma grande boca com muitos dentes. O Shinigami da Luz pôde sentir então a presença da criatura a poucos metros à sua frente, logo desunindo suas pálpebras e assim podendo visualizar o enigmático ser postado sentado à sua dianteira. Me observas sem ter visão? A figura então abriu um grande sorriso de orelha a orelha assim que Shüra focou seu olhar nele. Olá, Van Hohenheim Shüra.
O silêncio pairou por cerca de dois minutos, porém isso parecia representar horas na mente confusa do mancebo sunense. A quebra veio com uma gargalhada da pessoa misteriosa logo. Já faz um tempo que não vem para nosso mundo… Hermes me falou muito sobre você. Sua ausência me preocupava, eu acabei ficando extremamente intrigado com sua pessoa, mas não senti a necessidade de lhe trazer para cá anteriormente para que pudéssemos nos conhecer. O belo rapaz então cruzou os braços e apresentou um semblante de curiosidade. E agora há essa necessidade? O ser sentou-se ainda mais relaxado do que estava anteriormente, afundando suas mãos superficialmente por uma pequena camada de areia. Evidentemente. Ele levantou sua cabeça e observou as estrelas naquele belo e limpo céu que guardava o País dos Ventos, sentindo a brisa atingir seu corpo enquanto parecia escolher cuidadosamente suas palavras. Igualmente - e sem notar - o tokujo realizou o mesmo movimento e logo levou seu olhar na direção do prometido paraíso. Se desprenda de tudo que está lhe agarrando em seu mundo, você se distancia do seu destino a cada dia que passa e seu futuro aos poucos se definha e só irá parar quando já for totalmente irreconhecível. Isso era verdade e o próprio Hohenheim tinha total ciência deste fato. Já vinha de tempos em que aos poucos o foco do mesmo se obstruía em sua mente e se tornava cada vez mais nebuloso. Destino? O ser então se levantou, feliz com o questionamento levantado pelo Shinigami Branco. Eloquente e lúdico, deixou seu corpo transparecer todo seu alvoroço interno enquanto buscava alinhar as palavras emaranhadas em sua mente para que pudesse colocá-las para fora enquanto gesticulava loucamente como se estivesse apresentando uma peça de teatro dramática. Você é a criança banhada pela luz do luar, meu jovem. Nascido e concebido para grandeza e guiar o mundo perante sua justiça. Você nasceu para ascender divinamente e deixar sua carcaça e mente mundana para se tornar o que você originalmente veio ao seu mundinho… ser Deus! Você é a grande luz no fim do túnel para a salvação da tragédia inevitável que logo mais irá atingir a todos esses seres inferiores e fétidos! Você é um ser divino superior! A excitação da criatura parecia ter passado, seu corpo então se contraiu e ele se aproximou ainda mais de Shüra. Este segundo estava levemente atordoado com as palavras proferidas pelo outro à sua frente. Quem é você? E como me diz tudo isso com tanta certeza? Ele levou ambas as mãos ao rosto do mancebo prometido, da mesma maneira que o sunense costumava fazer com alguns que lhe chamavam a atenção em sua vida, um sorriso singelo em sua face antecedeu suas próximas palavras. Eu sou o que você chama de Mundo, ou então Universo, ou então Deus, ou então a Verdade, ou então Tudo, ou então Um. Eu também sou você! O cenário pela primeira vez se alterou de maneira brusca, fazendo surgir um grande mar branco que compunha tudo ao redor. Com único destaque, uma grande porta fina e flutuante surgiu atrás da Verdade, talhada com o desenho que representava a árvore da vida. O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o embalou em seu ventre e a Terra é sua alma. Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das coisas Superiores e inferiores. Desse modo obterás a glória do mundo. E se afastarão de ti todas as trevas. Vencerás todas as coisas sutis e penetrarás em tudo o que é sólido. Assim seu mundo será criado. Ele fez então surgir em suas mãos um pequeno objeto oval de origem desconhecida, parecido com um ovo com características faciais humanas e de coloração rubi. Está adormecido. O que é isso? Ele se distanciou de Shüra por um momento. Saberá no momento certo… mantenha-o por perto.
Quando o belo jovem piscou, pôde sentir suas sinapses se agitarem levemente e então se deu conta que havia retornado ao mundo tangível. Estou de volta. Algo o incomodou brevemente em seu peito, olhou por debaixo de sua vestimenta e então avistou o misterioso objeto preso em um cordão amarrado em seu pescoço. Isso veio comigo do mundo espiritual? Não saberia dizer exatamente nem mesmo se buscasse se esforçar a fundo para procurar essa resposta. Sua mente trabalhava no que a Verdade havia lhe dito. Um deus… Ele logo posicionou um de seus cigarros na boca e então buscou acendê-lo, mas hesitou. Se devo começar a me desprender das coisas mundanas e pífias, não posso mais depender desse vício chulo. Apesar de saber disso, saberia que seria algo difícil e o processo talvez matasse seu âmago. Ele enterrou na areia a unidade solta e em seguida depositou ali também o restante de seus cigarros. Se levantou calmamente e observou a lua - que parecia estar mais próxima a ele e o encarando -. Banhado pela luz do luar… a Lua é minha mãe. A imagem de Unohana veio a sua mente, atualmente era sua figura materna e isso apertou seu coração por um breve momento. Deveria ele abandoná-la para dar seguimento ao destino dito anteriormente pela Verdade? Seria ela um empecilho para que tudo se concretizasse? As respostas não estavam claras nesse momento, mas ele tinha total ciência que deveria tê-las o quanto antes. Os preparativos finais para o alcance de seu sonho estavam próximos, e somente tomar a Areia para si não seria o bastante para saciar seu desejo. Um deus… definitivamente isso é o que irá me definir. Depositaram suas esperanças em mim e eu serei o responsável pela justiça que virá abençoar cada alma desse mundo. Eu serei a salvação. Eu serei absoluto.
- Considerações:
- 1304 palavras
Feito gaiden também para superar defeito de vício em cigarro.
Ōkami
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Re: [GAIDEN] - Livro II: Era de Ouro (+18) - Postado Sáb Nov 13, 2021 12:11 am
texto incrivel
ok
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