RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Haru
Kirigakure Jōnin
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the primrose yearns for the warmth of life
Haru trincou os dentes para conter o bater de queixo. A boca havia perdido seu tom rosado, agora estava roxa.

O clima da Névoa era impiedoso. O frio fustigava o rosto de porcelana, cujo corpo tremia, envolvendo-se com os próprios braços franzinos. Ela olhava para baixo, sem um foco aparente. Ao menos não estava mais sob a chuva que não apresentava indícios de cessar; estava embaixo de uma tenda improvisada, um leito feito às pressas pelos sobreviventes daquele dia. O dia em que a Areia invadiu a Névoa.

Shiro silvava, escorregando pelo frágil pescoço da garota. Apesar de não sentir frio, sentia preocupação, o que era nítido em seu rastejar. Infelizmente, com suas escamas gélidas sobre a pele pálida, nada poderia fazer para ajudar sua companheira.

Não se preocupe, Shiro, — disse Haru. A voz era débil e quase falhava. — A chuva vai passar e voltaremos para casa.

Nesse dia, Haru havia perdido o manto que a protegia das intempéries da Névoa, usando-o para estancar o sangue de uma vítima das explosões: a ruiva que acompanhava Warui, essa que agora estava debaixo da mesma tenda, recebendo um tratamento emergencial.

A fim de não atrapalhar os médicos, a garota estava reclusa no canto da tenda, encostada no pedaço de madeira que sustentava uma ponta da cobertura de lona. O olhar continuava vago. Estava dispersa no frio e nos pensamentos que se chocavam em sua mente. Como se não bastasse presenciar todo aquele caos, seus pais ainda estavam envolvidos. Mas não como vítimas — o que eles nunca são.

"Será que ter socorrido a mulher foi algo ruim?", questionava-se. "Ele ofereceu um acordo, e eu acabei tirando sua possibilidade de acordo... Como sempre, sou um fardo para eles. Eles estão certos sobre mim, sempre estão..."

A serpente sibilou, insistentemente, tocando sua fria cabeça na bochecha quase sem cor da garota.

Você não gosta de me ver perdida, não é mesmo? — Disse Haru, cabisbaixa. — Calma, eu só preciso... preciso...

Haru respirou fundo, arfando. Então, de repente, soltou um espirro do pequeno nariz avermelhado.

Atchim! — Ela coçou a face antes de, finalmente, completar a frase. — ... descansar.

HP: 140/140 | CH: 140/140 | ST: 00/03 | SA: 180/180

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360 palavras // tag: cheirinho de flores // outfit (click) // local: Kirigakure
Haru
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Nero
Mizukage






I.


Caos, seus olhos perscrutavam todo o cenário que tomava o que havia restado do hospital da Névoa. O odor férreo de sangue se enroscava nas paredes que resistiram ao que parecia ter sido uma grande explosão mais cedo naquele dia. Havia recebido os devidos cuidados logo depois de o rapaz de cabelos prateados tratar a Raposa, que graças aos esforços dos dois completos desconhecidos estava viva.
  A dor aguda em sua costela fraturada incomodava menos, tinha faixas brancas ao redor da região e todas as suas escoriações haviam desaparecido. O ninjutsu médico é realmente impressionante. Ele estava sentado em uma maca no lado de dentro enquanto ouvia os murmúrios e as lamentações de tantos que perderam família e amigos. Seu olhar se perdia mirando nada em específico. O semblante era calmo como de costume, mas escondia a miríade de pensamentos e desejos que se entrelaçavam em sua mente.
  O que você faria, Quinta?, a dúvida se deveria buscar vingança se debatia com a suspeita de que algo estava errado. Aquele maldito que tentou negociar a vida da Raposa, o ataque da Areia, o ocorrido no País das Ondas, Warui apertava os punhos confrontado por uma sensação de que uma vendeta não seria mais do que um acalento temporário para corações despedaçados dos que sobreviveram, e ele se incluía nestes. Algo me diz que o problema é muito maior.
  Levantou-se e caminhou pelo hospital para deixar sua mente esquecer a agitação da madrugada e respirar um pouco de ar fresco. Estava frio na Névoa, cada brisa que corria dentro das paredes de pedra era como uma baforada gélida da própria morte. Olhou para o lado de fora onde ergueram uma tenda para atendimentos de emergência, lá Ichika estava sendo tratada por um médico mais experiente que o prateado, acreditava ser um caso bastante delicado dada a demora. Nos restos do hospital havia espaço e uma estrutura mínima para primeiros socorros, mas não seria o suficiente, muitos ficaram feridos e foi necessário expandir.
  Andou na chuva que caia agora mais fina sobre o vilarejo, os deuses choram a morte dos humildes também. Seus passos estralavam sobre as poças d’água, o guiando até que chegasse ao local de paredes mais finas. Viu em um canto qualquer a menina de olhos violeta, recolhida em sua solitude abraçada às próprias pernas. Chegou mais perto da kunoichi e pode reparar que seus lábios estavam roxos e vez por outra o corpo parecia tremer.
  O jōnin retirou o que restava da parte de cima do kimono preto que vestia e cobriu a violeta sem perguntar se aceitaria ou não, lhe parecia óbvio que a outra passava frio. Sentou ao lado direito dela, deixando o olhar perder-se novamente nos médicos e enfermos que preenchiam a tenda, acompanhados pelo som da chuva cutucando o forro esticado que os protegia.
  — Muito obrigado. — ele agradeceu mais uma vez. — Se a Raposa está viva, muito disto é graças a você e seu conhecimento a respeito do veneno.
  Virou-se para ela, oferecendo-lhe um olhar plácido.
  — Me chamo Arashi Warui. — disse, aproveitando a chance que não tivera de se apresentar devidamente.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 00/07


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Haru
Kirigakure Jōnin
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the primrose yearns for the warmth of life
O pequeno nariz avermelhado coçava após o repentino espirro. Os dedos, finos e gelados, saltavam ao rosto de porcelana, esfregando-o, querendo por um fim àquela sensação desconfortável. Suspirou algumas vezes, até se conformar. Mas o vento era inclemente, soprando lufadas gélidas que faziam o corpo franzino estremecer, e o nariz a querer espirrar de novo.

Enquanto Haru encontrava uma maneira de lidar com o resfriado, a chuva ainda caía sobre a Névoa, lavando-a do sangue derramado na batalha. A garota fitou as gotas despencando, com as pálpebras entreabertas. E, para sua infelicidade, viu que provavelmente teria que aguentar o temporal por mais algumas horas.

Calma, Shiro... —  Disse Haru, esmorecendo de pouco em pouco.

As pernas que já estavam bambas fraquejaram, então ela resolveu sentar, escorregando pela coluna de madeira na qual estava encostada. Encolheu-se, abraçando as próprias pernas, erguendo os ombros. Fingiu ser a fortaleza que, nem de longe, era. Repousou a testa sobre os joelhos e encarou sua solidão.

Shiro parecia preocupado, sibilava sem parar, rastejando-se sobre os ombros e braços do corpo de cristal. Porém, sua companheira estava poupando as energias que restavam. Então, a serpente notou alguém se aproximando. Silvou mais vezes, querendo avisar Haru, mas a menina sequer levantou a cabeça.

Subitamente, Haru sentiu o gelo que a fustigava ser abafado. Ela suspirou, enfim levantando o rosto. Notou um tecido escuro cobrindo seu corpo e, quando olhou à volta, deparou-se com uma figura familiar: o ninja que andava junto à raposa. Ele estava perto, tão perto que levemente corou as bochechas pálidas do rosto de boneca.

A princípio, Haru apenas o observou, sem responder. Ele agradecia e, em seguida, apresentava-se. Arashi Warui era seu nome.

No ínterim das palavras do rapaz, a serpente albina pareceu aquietar seu frenesi de preocupação. No entanto, ela sibilou rente ao rosto da garota. O assovio da língua bifurcada despertou Haru do transe em que estava, pega de surpresa em um momento tão vulnerável.

Haru, — disse ela, de supetão, recobrando-se. — E este aqui é Shiro.

Quando apresentou a serpente, viu o quão calma ela estava. Um sorriso adocicado brincou nos lábios de Haru, percebendo a simpatia de sua companheira com Warui.

Parece que ele gostou de você, — completou.

Logo os olhos violeta encontraram a cor das íris do rapaz. Um vermelho intenso, quase vinho. E, quando percebeu que estava encarando-o por tempo demais, recuou a face. Voltou a fitar a chuva e sentiu algumas pontadas em seu rosto — eram suas bochechas corando de novo.

HP: 140/140 | CH: 140/140 | ST: 00/03 | SA: 180/180

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421 palavras // tag: cheirinho de flores // outfit (click) // local: Kirigakure
Haru
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Nero
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II.


  As gotas de chuva tamborilavam insistentemente sobre suas cabeças enquanto a conversa fluía de forma curiosa, no mínimo. Via a menina recolher-se sob seu quimono rasgado, abraçada não só pelo tecido grosso da roupa, mas também pelo frio que lhes apertava até os ossos. Acompanhou com os olhos a pequena criatura de escamas albinas dançar nos ombros da kunoichi enquanto os olhos violeta pareciam distantes.
  — Haru. — ele a ouvia dizer, embora seja mais provável que eu lembre de seus olhos. — E este aqui é Shiro.
  Se viu tomado por uma rara curiosidade a respeito da pequena serpente. É tão branco, seus olhos calmos se apertaram como se em um instinto inevitável procurasse pensar em algum apelido para animal, que parecia encará-lo de volta. Subitamente desviou a atenção de neve quando percebeu uma sutil mudança no semblante antes um tanto lamuriento de violeta.
  — Parece que ele gostou de você. — ela dizia com um sorriso delicado desdobrado em seus lábios ainda arroxeados.
  Correu os olhos para encontrar com os da menina. Sempre fora péssimo com nomes, desde que podia se lembrar era assim, é tão natural quanto respirar para ele tentar procurar alguma característica marcante em pessoas de quem se aproxima. É a primeira vez que vejo olhos desta cor, ele mirava sem necessariamente perceber que a estava encarando já há algum tempo sem dizer uma palavra.
  Foi o movimento repentino de violeta que o tirou do breve transe que os grandes olhos lilases o colocaram. Ela havia virado o rosto, fitando nada em específico, aparentemente. Um leve rubor tomava as bochechas da outra, talvez ainda esteja com frio; ele não poderia ceder mais de suas vestes, porém.
  — Seu rosto está vermelho, use as mangas do quimono para se aquecer. — Warui sugeriu, voltando o olhar para o cenário caótico da barraca tal como violeta fazia.
  — Você me lembra um pouco a Quinta. — disse enfim o que havia pensado no exato momento em que Haru prontificou-se a ajudar Ichika, ainda que sequer a conhecesse. — Enquanto aquele maldito tentou negociar a vida da Raposa, você não pensou duas vezes antes de tentar salvá-la...
  Ele cerrou os punhos sobre os joelhos. A lembrança do homem o fizera sentir raiva e o latente desejo de passá-lo na espada, enquanto a do sacrifício de Katara ainda o fazia sentir a garganta dar um nó e arrefecer qualquer queimação dentro de si, como a chuva sobre uma fogueira. Mesmo depois de tanto tempo, Warui respirou fundo, prendeu o ar por um instante e suspirou longamente. Evitava ao máximo falar da morte da antiga Sombra da Água, embora por vezes fosse inevitável lembrar. O misto de culpa por tê-la odiado por tanto tempo de forma injusta e gratidão por sua vida o enlaçava. Era assim toda vez que lembrava daqueles intensos olhos azuis, tão profundos e misteriosos como as águas do oceano, e do sorriso dobrado nos lábios dela ainda que há poucos segundos do último sopro de vida.
  — Me desculpe por isso. — voltou seu olhar para baixo antes de mirar a chuva caindo do lado de fora outra vez. — Você e o garoto de cabelo prateado são os responsáveis pela Raposa estar viva, não mediram esforços para salvá-la mesmo sem nunca a terem visto. Acredito que o simples fato de lutar pela Névoa foi o suficiente para vocês. Isto...
    Buscou os olhos dela mais uma vez.
  — ...certamente é algo que a Quinta faria.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 00/07


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Haru
Kirigakure Jōnin
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the primrose yearns for the warmth of life
"Um quimono?", indagou ela, brevemente arregalando os olhos. Haru tocou no manto preto que a cobria e, ao perceber as mangas, envolveu seus braços, voltando a se abraçar. "Este é... o seu quimono", compreendeu, o que só reforçou seu semblante envergonhado.

Warui continuou a falar. Segundo ele, Haru lembrava a Quinta. Os olhos violeta voltaram ao rapaz, observando-o após o elogio. Não houve tempo para se alegrar com isso, porém. O ódio contaminou os olhos vermelhos, mas não só eles, também sua voz e seus gestos, assim que a frase posterior foi proferida.

"Aquele maldito...", a garota sabia muito bem a quem ele se referia com tanto rancor. E, pelo silvar, Shiro também. O brilho do rostinho de cristal despencou, escorrendo como a chuva, lembrando-se daquela figura tão estarrecedora — a figura de Bison, seu pai.

Apesar de toda a energia negativa que fora exalada, houve espaço para um pedido de desculpa. Um pedido verdadeiro, que suscitou outro encontro de olhares. E, mais uma vez, a comparação entre Haru e a Quinta foi feita.

Eu... — Disse ela, buscando fôlego para continuar. — Agradeço a comparação. Não cheguei a conhecê-la, mas já escutei sobre seu legado.

Haru ainda não sabia se contava que aquele maldito era seu pai. "É necessário?", ela se questionava. Talvez Warui passasse a odiá-la também, "mas isso importa?", pode ser que não. Ela deu um suspiro, confusa, e voltou a observar a chuva. Shiro voltou a se aquietar, deitado sobre os ombros cobertos.

Passei a estudar toxicologia quando conheci Shiro, — comentou Haru. — Ele é uma serpente sem veneno, cobaia de um experimento científico. E, por ser meu primeiro companheiro, jurei encontrar uma maneira de devolver sua peçonha.

A menina abaixou a cabeça. Sua visão caiu, seguindo as gotas d'água, agora mirando o solo molhado. Ela fungou, tentando retirar o incômodo repentino que ainda assolava o pequeno nariz avermelhado. Por um momento, parou para se lembrar do dia em que conheceu a serpente albina, e como foi confortante encontrar um ser como ela. A cobra sem veneno; a garota sem vigor. Ambos descartados por seus criadores.

Warui, — disse ela, soprando ao vento. — Aquele homem é meu pai. E eu entendo seu sentimento, é o que ele desperta por onde passa.

Haru respirou fundo, pronta para receber qualquer reação negativa, pronta para vê-lo descarregar seu ódio ali. Todavia, para ela, aquele breve diálogo já pagava qualquer tempestade que poderia vir. Foi bom conversar e receber um elogio sincero, coisa que não acontece todo dia em sua vida.

HP: 140/140 | CH: 140/140 | ST: 00/03 | SA: 180/180

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Haru
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III.


  O rubor no rosto da menina insistia em tingir aquela pele tão branca, ainda que ela agora pusesse as mãos nas mangas do quimono para esquentar as bochechas. Reparou que a outra o ouvia falar recolhida em sua quietude e em um dado momento, uma certa aflição pareceu tomá-la.
  Foi algo que eu disse?, ele dificilmente se importava, mas ali foi incapaz de simplesmente dar de ombros e ignorar. Seu olhar, no entanto, era inabalável, não deixou a dúvida transparecer.
   —... já escutei sobre seu legado.
  Aquelas palavras de violeta o lançaram para bem longe de toda a conversa. O legado da Quinta certamente não estava tão vivo quanto ele gostaria. Um caos no vilarejo, invasões, vidas de ninjas da Névoa sendo negociadas e usadas como iscas, o povo clamando por uma resposta ao ataque, por guerra; o que você faria, Mizukage-sama?, ele se perguntava com todo o respeito que nunca demonstrou quando a Sombra era viva.
  Seu olhar se perdeu nas gotas de chuva que estouravam contra o chão e de soslaio pode notar que Haru fazia o mesmo. Seu instinto o fazia querer lutar, mas mais de uma vez a vida lhe mostrou que o caminho da espada não irá resolver todos os problemas. Por que me preocupo tanto com isso?, não era mais que uma peça de execução, um jōnin cuja única diferença era talvez a experiência em combates e missões de alto risco. Estes problemas são das grandes cabeças... e então ele mesmo percebeu que era esta a sua preocupação.
  Os senhores feudais, o homem que negociou a vida da Raposa, havia algo de podre não só nas grandes cabeças da Névoa. Há algo de errado no mundo, eu suspeito. Os acontecimentos no País das Ondas eram como um pesadelo que ele viveu a flor da pele. Todas as vilas foram alvos de ataques, mas lembrava-se do rapaz de cabelo de fogo que lhe permitiu um enterro digno a Quinta, de Treze, seu amigo da Folha, da menina da Nuvem que o ajudou na primeira fase com o jutsu médico. Eu me lembro da Sombra da Areia sendo um dos pilares da evacuação da arena...
  — Warui, — a voz dela o tirou de seus devaneios.
  Ele buscou os olhos da kunoichi outra vez.
  — aquele homem é meu pai. E eu entendo seu sentimento, é o que ele desperta nas pessoas. — o tom dela era carregado de pesar, ele podia dizer.
  A viu respirar fundo, mas ele se manteve brando.
  — Não posso dizer que a informação não me choca, estaria mentindo. — buscou um tom firme e ao mesmo tempo calmo para suas palavras quase cuidadosamente escolhidas. — Mas enquanto ele tentou negociar a vida de uma kunoichi da Névoa, você a ajudou sem pensar duas vezes.
  Ele se levantou, batendo a poeira da roupa e deixando as costas viradas para ela.
  — Você é diferente dele e eu diria que dizer que esta é mais uma de suas virtudes. — olhou-a por cima do ombro e acenou com uma das mãos. — Espero que possamos nos encontrar de novo em breve.
  E partiu para ver como estava a Raposa.


HP: 500/500 // CH: 500/500 // SN: 270/270 // ST: 00/07


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