Contratos atrás de contratos fizeram-me ponderar se era essa a vida que eu queria, mas o dinheiro ganho, a liberdade, e tudo que a vida que eu tinha me proporcionava acabavam com minhas dúvidas de imediato; sendo um rato de vila, sequer poderia deixar a mesma sem a aprovação de alguém, viver assim seria como viver enjaulado como um pássaro qualquer.

Estava em meio a andanças pela areia quando vi um pequeno vilarejo. Fui até o mesmo para repor meus mantimentos, e após o fazer, reparei num dos contratos pendurados num local e fui até o mesmo para pegá-lo, lendo seu conteúdo. “Oasis, sons estranhos à noite…" murmurei, observando fixamente o papel. Como não havia nada para fazer e a recompensa era relativamente alta, iniciei a busca pelo local após um bom descanso da tarde; era necessário pois já havia andado mais que o suficiente.

Quando o sol se pôs, saí. Iniciei a busca pelo oasis na noite gélida do vento. A tarefa não era tão fácil, mas também não aparentava ter um risco tremendo; era uma busca, e uma busca para descobrir o que se passava em tal local. Não seria difícil, mas também podia esperar uma certa dificuldade caso houvesse algum inimigo no mesmo; suspirei, apertando o passo e buscando o local.

hp: 120, ck: 120, sanidade: 140, estamina: 0/3, vício: 0/3

Considerações:

Não demorou mais que trinta minutos para encontrar o tal oasis, e ao chegar lá, nada de estranho estava acontecendo, pelo menos não aquela noite. Havia algumas pessoas por ali, viajantes, mercadores, dentre outros. Fui até um dos mercadores para perguntar se este havia escutado algum tipo de som estranho mas o mesmo dissera que não, fui até outro, mesma resposta; era estranho, o vilarejo dizia que havia sons, mas as pessoas ali, não. Matutei se aquilo era verdade ou não, às vezes o calor faz as pessoas alucinarem, e no deserto da areia, era mais que comum.

Dei de ombros e deitei para dormir; pensei em passar mais uma noite naquele local, o que não seria estranho, afinal, estava ali para investigar. Antes de dormir, porém, assegurei-me de que aquele era um local seguro para tal: não queria ser roubado ou morto enquanto dormia, então após alguns minutos, concluí o que tinha para fazer e deitei-me para descansar.

[...]

De madrugada acordei, assustado, com o som que ouvi vindo da “floresta”. Os mercadores não estavam mais ali, estes foram embora no meio da madrugada para poupar-lhes tempo de chegar a seu destino pela manhã. Eu estava sozinho naquele lugar, então, peguei a lâmina que sempre carrego em minha cintura e parti para investigar o local de onde o som vinha.

hp: 120, ck: 120, sanidade: 140, estamina: 0/3, vício: 1/3

Considerações:

Conforme minha caminhada para descobrir a origem do som, pude reparar que aquele oasis era maior do que os outros que vi em todo meu tempo no deserto de areia, tinha mais mato, árvores e sabe-se lá mais o que dentro daquele local. Não pude deixar de estranhar, aquilo levantou uma tremenda suspeita, e eu também tinha de investigar a origem do som de outrora; este no momento já havia cessado.

Continuei a caminhar em busca do som, tateei o solo para ver se achava algo, mas sem sucesso. Inspirei profundamente, soltando o ar enquanto observava ao meu redor. O som se fez presente mais uma vez, da direita, corri para lá para ver o que era e me deparei com algo um tanto surpreendente: uma máquina. Havia, porém, três pessoas ao redor dela, operando-a. —— Então o motivo de todo esse barulho são vocês? O que estão fazendo? —— falei enquanto saia das sombras com a destra repousada no cabo da lâmina em minha cintura. Não te interesse, vá embora antes que nós acabemos com você. replicou um dos homens, o mais corpulento destes. Aproximei-me um pouco mais para ver melhor, afinal, estava no meio da madrugada e escuro.

—— Temo que não posso sair daqui sem saber o que é isso, devo explicações para meus contratantes. —— falei, já com a lâmina em mãos.

hp: 120, ck: 120, sanidade: 140, estamina: 0/3, vício: 0/3

Considerações:

Calma, calma. Não precisa nos matar, somos apenas civis que foram contratados para fazer escavação nessa região, mas para ocultar o som da máquina utilizamos o som que você e os moradores do vilarejo ouviram. concluiu o homem de estatura mediana, ao lado do corpulento. —— E vocês extraem…? —— Indaguei. Água. respondeu o terceiro e último antagonista, o careca. —— Entendo. Está na hora de vocês terminarem isso e irem embora, deixe a água dos moradores em paz e sumam daqui. —— concluí, ainda com a lâmina em mãos. Os homens se levantaram e desligaram o maquinário, indo embora logo em seguida. Suspirei, coloquei a lâmina na cintura e retornei para o local onde eu estava dormindo para tomar um gole de água, estava com sede. Por fim, descansei pelo restante da madrugada e parti de manhã cedo, retomando para o vilarejo.

[...]

—— … E com isso eles foram embora, não tem mais preocupação. Meu pagamento? —— Falei para o homem que havia posto o contrato no poste - neste havia informações de onde encontrá-lo, e eu o fiz ao retornar. O homem me pagou com certo pesar, não queria se desfazer do dinheiro. Quando o peguei, dei as costas e pude ouvir o mesmo resmunando algo inaudível a mim; ignorei e segui meu rumo em meio ao deserto enquanto saciava meu vício.

hp: 120, ck: 120, sanidade: 140, estamina: 0/3, vício: 0/3

Considerações: