— Nitsu? Nitsu?  - Estava dormindo? Não sabia. — Que porre foi esse que eu tomei? - Reclamei, levando a mão a cabeça. Não sabia bem o que havia acontecido, mas de qualquer forma não via o menino maneta em lugar algum. Parecia estar jogado no campo de treinamento, o que por si só era muito estranho. — Isso ai parece aquelas merdas que usavam na academia ninja, Genjutsu o nome. Que que será que aconteceu? Eles abusaram de mim? - Tomei o cuidado para ver se estava vestido, e isso me deu uma segurança maior para rir da situação. — Deve ter sido bebida mesmo - Levantei, dei duas batidinhas na cabeça forte para certificar-me de estar realmente acordado. Respirei fundo e pensei em procurar Nitsu, para que possamos fazer aquela missão juntos, mas logo lancei a ideia por terra. — É verdade ... Do que será que se trata?

Peguei e abri o pergaminho, estando escrito:

Nome: Aqui jaz o abismo
Recompensa: 30 XP. 200.000 Ryous
Descrição: Um animal esta matando pessoas que se distanciam de mais da vila, existem suspeitas de que seja o kuchyose de um ninja, seu dever investigue e elimine qualquer ameaça a vila.

— Vou meter o louco e sair da vila, sair andando por ai, quem sabe não tenho a sorte de tropar com esse bicho? Olhos vermelhos? Meus olhos são vermelhos, sera se sou eu o monstro fora da vila? - Dei risada, enquanto distanciei-me da vila, indo em direção ao campo de treino dos Jounins e ninjas de patente superior, tentei andar por de cima das pedras e coisas do tipo, em velocidade, era uma merda andar pelo solo, uma vez que aqueles vermes malditos podiam me atacar a qualquer momento. Coloquei força e velocidade em cada pulo, andando cerca de vinte metros por movimento. Caso fosse muito alto para pular por de cima dos pedregulhos, iria lateralmente, pulando para cima, tentando nunca estar em contato direto com o chão.

— Tomara que o muleque esteja treinando, se não eu arranco o outro braço daquele vagabundo. - Esperei com que me acontecesse algo, enquanto distanciava-me da vila, e se o monstro fosse realmente como diziam as lendas, teria prazer, em fazê-lo sangrar, ele e o merda que o invocou. Rukia havia me graduado duas vezes, tão rapidamente que era de certo notável agora na vila, e com essa, teria mais uma missão concluída, o que me aproximaria ainda mais da ocupação de Jounin, deixando-me cada vez mais influente e forte, não que já não fosse, mas queria crescer, mais poder, mais notoriedade. Se fosse atacado, pularia no que conseguisse apoio, lançando-me para trás, enquanto prepararia para usar minha kekkei genkai com a maldita armadura de ossos que fazia coisas fortes temerem por suas vidas, a maldita armadura que perfurava tudo em seu caminho. Shikotsumyaku.

— Que bagulho estranho, parece muito que eu ainda estou na academia, e aqueles malditos, que não se garantiam na mão, usavam aquela merda lá.  - Bom, a sensação que tive era estranhamente subjetiva, e todas as vezes que pensava nisso, mais era confuso. Notei que enquanto andava, parecia com que meu corpo deslizava, e isso por si só, era um indicativo errado. Era estranho, a forma que meu corpo respondia, sabia muito bem que na areia, haver-se-á de pisar firme, e quando isso não acontecia, provavelmente você está em areia movediça.

E por que não seria? Resolvi testar uma coisa, e a medida em que era puxado para trás, e aqueles dois ninjas que outrora treinavam deslizavam na areia, estranho. Não hesitaria, estava em missão, e todos aqueles que ousassem me atrapalhar, iriam sofrer as consequências disso, nem que depois tomasse esporro por machucar os ninjas da minha própria vila da própria Rukia. Reputação negativa, também poderia ser o caso, mas não me importava, iria agir pelo meu instinto, e que ele, me movesse.

Respirei fundo, e com a armadura de ossos, fazia com que crescesse, de forma que cobrisse meu corpo e me transformasse em um monstro. A minha coluna, se abria em duas e as costelas cresciam ao contrário, formando uma dorsal com ossos afiados, e gigantes, o meu crânio, saia e outro dava o lugar, revestindo minha face, e ali, mais importante, nasceriam duas espadas ósseas, uma em cada mão, que seriam responsáveis por atacar. Se meu palpite estivesse certo, e estava agora confiando em minha intuição - devo dizer que em noventa por cento dos casos eu erro quando faço isso - dizia que aquilo não devia ser real, e se fosse, estava sendo manipulado. A realidade no mundo ninja era subjetiva, acreditar naquilo que se vê, era como dar um tiro no próprio pé.

Ataquei, rapidamente, em um movimento de explosão as duas figuras de costas para mim, rodando, a intenção era passar no meio dos dois, e ao menos, mutilar os braços, costelas, cabeças e pernas, enquanto me afastei significativamente 20 metros, que poderiam ser corridos por mim, em questão de um segundo. Se não fosse o caso, e não estivesse sendo atacado, poderia os socorrer, e caso estivesse, isso não seria o suficiente para acabar com a ilusão. Simplesmente era uma desgraça em Genjutsu, não sabia como usar, mas já havia sofrido algumas vezes com isso.

Respirei fundo, e fiz algo que não me orgulhei, com uma das armas das minhas mãos, cortei-me, com a ponta da lâmina, toda a extensão do meu antebraço, superficialmente, mas era algo que exigiria muito dos estímulos de dor, e era a melhor forma que eu tinha para sair daquela merda, se assim estivesse. Se caso não estivesse, e fosse mera suposição, ficaria com o braço fodido, não que fosse um problema, lutaria assim mesmo. Mas, uma coisa era certeza, tudo aquilo tava muito estranho, e a cada momento, isso ficava mais evidente.

— Merda! Se for obra do Nitsu, ele vai me pagar, vou quebrar esse muleque. - Diria, decorrente a dor do corte.

— Argh. - Suspirei quando senti a dor do corte, e infelizmente, nada havia acontecido, se não os corpos que retaliei, e o sangue na areia. Era como se, eles estivesse deformando-se, criando braços enormes e estranhamente cumpridos que vinham em minha direção, só consegui ver os borrões vindo em minha direção, eram rápidos, e perigosos. Ao mesmo tempo, uma onda de areia vinha em minha direção, essa pelas minhas costas. Era um bom e vivido combatente, e quando estava pressionado por dois lados, só havia uma coisa que podia fazer: escolher uma das frentes de ataque, e retaliar.

Foi o que fiz, aqueles braços eram extremamente rápidos, testaria sua resistência e força. Percebi, pouco antes de mover-me que estavam mirando minha cabeça e tórax, e por que não entrar entre o meio das duas armas-braço? Apresentei-me tão rapidamente quanto os braços, rodando por dentro deles, com uma investida, fiz com que os ossos do meu corpo ficassem ainda maiores, tentaria cortar por dentro de seu raio de ação, como um tornado ambulante. A ideia, além de golpear aqueles braços e tentar retalia-los e faze-los desaparecer, era bater contra os dois corpos deformados, fazendo com que eles tornassem carne moída.

Ainda assim, depois de passar por dentre os dois, daria três ataques rápidos, tentando cortar em ambos, o pescoço, tórax e cintura pélvica, recuando em um pulo para trás, jogando duas kunais no processo, coisas que a velocidade me proporcionaria. — Depois que eu matar os dois, eu vou cuspir em cima da sua carne fria. - Tentaria os intimidar, com uma intenção assassina que podia ser sentida, através daqueles atos brutais. Não estava brincando, iria os retaliar, até que não sobrasse nada, além de sobras e sangue.

Tentaria me manter agora, 50 metros da onde os ataquei, se eles podiam manipular areia, nenhum lugar era seguro. Por falar nisso, quanto a onda de areia, iria responder da mesma forma que sabia, com força e brutalidade. Tentaria funcionar como uma broca, para passar pelo seu meio, rodando, e uma vez que acontecesse, desfazê-la-ia, em um movimento centrípeto, responsável inclusive por uma cena extremamente bonita, que não deixaria passar em branco: — Vai me enterrar na areia? não não, vou atolar. - Me divertia com um senso de humor duvidoso, realmente aproveitando a situação, podia mostrar todo o meu potencial, e faze-los pagar.

— Mas que droga de dor é essa. E esse maldito sol me torrando. Mas pelo menos eu atolei forte os dois merdinhas que acharam que iam sair por cima - Dei risada, enquanto gritei como um grito de júbilo. Maldita pedra gigante, maldita parede gigante, malditos. Ia destruir tudo que ficasse no meu caminho, e mesmo sendo puxado pela droga da areia, ainda tinha muita, mas muita vontade para superar aquela merda de lugar, provavelmente, criado por um ninja merda, ou algo do tipo. — Esse sangue não é meu, e com certeza não é daqueles caras. Será que eu to machucando o merda que me colocou aqui, batendo no cenário? Então ... Eu espero que não se importe. - Retirei do meu ombro esquerdo um osso extremamente pontiagudo, e investi contra a parede que outrora bati, tentando perfurar e passar dentro daquela maldita, sólida e irritante parede.

Caso não desse certo, apoiaria os dois pés naquele lugar invisível e agora, iria quebrar a droga da pedra gigante, que também era suspeita. A ideia era pensar um pouco em como funcionava aquilo, parecia estar em um cubo de cem metros de largura, ou algo do tipo, não manjava muito de unidades, essas coisas. Pularia contra a rocha, colocando toda a minha velocidade em um ataque extremamente poderoso, com a impulsão criada outrora. Respirei fundo e firme, enquanto minha armadura óssea toda caia no chão, aumentando gradativamente minha velocidade, enquanto - ao menos na minha cabeça - tornava-me o míssil que precisava ser, ao menos naquele momento, para colocar toda aquela merda no chão.

— Tomara que eles não tenham feito nada com Nitsu, não respondo por mim se algo assim tiver acontecido com ele. - Estava machucado, nada que fosse realmente muito grave, mas precisava sair logo dali, e acabar com o cara, ou mulher que havia me colocado ali. Se conseguisse descobrir a saida daquele local, logo colocaria um osso pontiagudo na merda do pescoço de quem parecesse mais suspeito. — Me de um bom motivo pra não te matar aqui mesmo.