Era raro ver o campo de treinamento desabitado, contudo, o sol sequer havia despontado no horizonte quando deixei minha mochila cair rente ao tronco de uma árvore, o que poderia explicar a falta de ninjas por ali. Era estranho treinar sozinha — ou, estar sozinha, de um modo geral, mas, estava forçando a me acostumar com aquela sensação.

De dentro da bolsa, tirei três objetos: um pergaminho, um maço de cigarros e um isqueiro. Me sentei, deixando o pergaminho cair em meu colo enquanto fazia o rotineiro gesto de levar um cigarro até os lábios e acendê-lo. Desde os últimos acontecimentos, fumar estava se tornando algo cada vez mais frequente. Não era o ideal, mas me acalmava.

Com a fumaça pairando sobre mim, abri o pedaço de papel. Eu conhecia aquela habilidade; kanchi era a forma de detectar e rastrear alvos através de seu chakra. Naga costumava utilizá-la sempre que estávamos em missão. Acomodada com seu poder, jamais passou pela minha mente que eu deveria aprendê-la, também.

Mas Naga não estava mais ali. Ainda não havia tido a oportunidade de sentir sua falta no campo de batalha, porém, eu sabia que isso não tardaria a acontecer. Portanto, tomei a iniciativa de estudar minhas falhas e tentar equilibrá-las, sozinha. Me tornar um sensor seria o primeiro passo para tal.