O dia mal havia passado após a horripilante experiência de um estranho sequestro sofrido por Kaginimaru e uma nova missão lhe era incumbida. Pela primeira vez se preocupava com antecedência diante de uma tarefa. — Só pode ser sacanagem... — indignava-se com a descrição descontraída sobre o esgoto. Mesmo que fosse uma piada, havia seu fundo de razão, teria de fato ter que entrar em um esgoto sujo e escuro. Tentava desde já mentalizar que pessoas desaparecidas dependiam da boa vontade do garoto para serem encontradas e resgatadas.

Se dirigia para o bueiro mais próximo de sua casa, almejava dar inicio em suas buscas logo debaixo de seu nariz, assim retirando todo e qualquer arrependimento que teria no futuro caso descobrisse que o objetivo final para a conclusão de sua missão estava tão perto de onde morava. Retirava a tampa do bueiro — reconhecida por seu elevado peso, com apenas uma mão e mergulhava de cabeça na parte "obscura" de Iwagakure no Sato. Pela primeira vez tinha de lidar com aquele forte odor que logo de cara causava náuseas. A escuridão do local dificultava ainda mais a situação, Kaginimaru não sabia nem por qual caminho deveria seguir primeiro para dar início em suas buscas. Teria de decidir entre qual das duas ramificações optaria por avançar.

Os esgotos
Descrição: Uma missão foi requisitada para ninjas que não se incomodam de estarem atolados na merda, aparentemente uma equipe de trabalhadores desapareceram nos esgotos da vila enquanto faziam reparos nos esgotos, encontre esses homens.

Considerações:

Teria dificuldades de chegar até uma conclusão mesmo que estivesse em boas condições, com o mal-estar atrapalhando, não conseguia sequer cogitar o início de um pensamento referente a qual escolha seria melhor. Mas não podia demorar naquele local nauseabundo, seus instintos começavam a forçá-lo a querer sair dali o mais rápido possível. — Uni, duni, tê... — Apelava, colocando a situação nas mãos da sorte. O resultado o levava a seguir pela direita, um caminho que revelava aumento no relevo que acabavam sendo suficiente para mudar a situação da coisa. Estava seguindo por uma região onde não mais existia tanto foco de dejetos, se tornando explorável.

Embora estivesse aliviado, não podia comemorar, o objetivo da sua missão era única e exclusivamente sobre achar e resgatar o grupo de trabalhadores desaparecidos, e talvez aquela mudança podia facilmente representar que somente estava se distanciando ainda mais do objetivo, mas era impossível de se deduzir. Portanto, continuaria caminhando naquela direção até que encontrasse qualquer coisa que chamasse sua atenção, até que fosse simplesmente o fim da linha por ali. Não se deixaria enganar por ainda estar no interior de Iwa, Kaginimaru sabia que existia a possibilidade de encontrar com possíveis inimigos e se mantinha atento. — TEM ALGUÉM AÍ?!?! — Gritava em dado momento.

Os esgotos
Descrição: Uma missão foi requisitada para ninjas que não se incomodam de estarem atolados na merda, aparentemente uma equipe de trabalhadores desapareceram nos esgotos da vila enquanto faziam reparos nos esgotos, encontre esses homens.

Considerações:

O grito ecoava por boa parte do subsolo de maneira que qualquer um nas proximidades assustar-se-ia. A distorção sonora, em seu ponto de limite, soaria como se o garoto clamasse pela presença de alguém visando receber ajudar, e não ajudar. Mas não fazia diferença alguma, ninguém o ouvia naquela região pelo simples fato de nenhum humano estar presente. Kaginimaru continuaria caminhando, ora olhava para frente, ora para o teto. O tédio começava a tomar conta do seu interior e neste momento perdia-se em seus pensamentos; começava a refletir sobre como trabalhadores se perderiam ali, mesmo certamente conhecendo os caminhos e, no pior dos casos, tendo um mapa em mãos. Não precisava ser nenhum tipo de gênio para chegar a conclusão de que algo grave realmente teria acontecido. Talvez um deslizamento que os deixaram presos? Um ataque de invasor? A verdade era que, neste momento, o garoto chegava a conclusão de que não os acharia da forma que estava procurando. Caminhando normalmente e chamando por eles não seria suficiente, precisava ser mais incisivo, e assim faria.

Passava a correr, prosseguindo pelo caminho que seguira após seu sorteio. Sua velocidade máxima fazia com que toda a extensão dali não parecesse nada, logo dava de cara com a parte final da rota, não tendo mais passagem para continuar. Odiava isso, mas suas suspeitas estavam certas! Definitivamente não tinha nada por aquele caminho e agora sua única opção aparente era a de retornar para onde entrou.

Os esgotos
Descrição: Uma missão foi requisitada para ninjas que não se incomodam de estarem atolados na merda, aparentemente uma equipe de trabalhadores desapareceram nos esgotos da vila enquanto faziam reparos nos esgotos, encontre esses homens.

Considerações:

Sem tempo a perder, reiniciava o percurso na direção contrária e continuava sua intensa corrida pelo extenso esgoto. O péssimo odor gradativamente deixava de ser tão invasivo nos sentidos de Kaginimaru, estava em meio ao ambiente por tempo suficiente para começar a se acostumar com aquilo. Não demorou muito para que chegasse na estaca inicial, local onde inclusive havia passado mal anteriormente. Lá, tomava como caminho a segunda opção. Ao contrário da primeira rota, esta não tinha evoluções na altura e a aproximação com os dejetos se mantinha por todo momento. Conforme avançava, a escuridão passava a assumir um brilho numa estranha coloração esverdeada que aumentava cada vez mais. A curiosidade em descobrir a raiz daquilo se intensificava cada vez mais, até o ponto em que não conseguia mais correr.

Não estava cansado, mas na verdade notava que seus pés estavam presos em um grande foco de teia de aranha. Estar parado fazia com que a atenção em sua volta aumentasse, e finalmente ouvia o som das diversas aranhas que estavam no teto. Seus olhos tinham destaque em meio as sombras, e quando saíam do escuro, seu tamanho elevado se revelada e era impressionante; diferente das minúsculas mais comuns, algumas possuíam quase metade do tamanho do Tokujo. Nas que tentavam atacá-lo, o garoto prontamente desferia um soco com a mesma técnica e concentração que utilizava-se para quebrar ossos.

Os esgotos
Descrição: Uma missão foi requisitada para ninjas que não se incomodam de estarem atolados na merda, aparentemente uma equipe de trabalhadores desapareceram nos esgotos da vila enquanto faziam reparos nos esgotos, encontre esses homens.

Considerações:

Jutsus Utilizados:

Algumas eram esmagadas, outras apenas se machucavam e corriam assustadas do "invasor" agressivo. A quantidade exorbitante de aranhas deixava claro que boa parte daquele esgoto havia se tornado um covil para aqueles animais. O agente de toda a problemática ficava claro! Grandes eram as certezas de que os trabalhadores tiveram problemas com os aracnídeos — Kaginimaru inclusive deixava de acreditar que eles estavam vivos, na verdade, tinha suas dúvidas se conseguiria avançar dali para frente. Mesmo que fossem animais irracionais, seus instintos faziam com que todas recuassem para a escuridão, sumindo das vistas do garoto.

Ele sorria aliviado. Agora tentava achar uma maneira de se livrar daquela teia consistente e extremamente densa para que pudesse continuar sua busca e adentrar mais a fundo daquele ninho. Tinha certo receio de usar seus punhos e acabar ficando com eles presos também, por isso, focava-se inteiramente em tentar puxar a perna, utilizando inclusive ambas as mãos para aplicar ainda mais força puxando a perna. Sem sucessos. Mesmo sendo insistente, os resultados eram quase que nulos e o emaranhado de teias permanecia prendendo seus pés ao solo. O Hanma se sentia um verdadeiro idiota, como um Shinobi de patente consideravelmente elevada tinha a capacidade de se deixar estar em uma situação dessas.

Os esgotos
Descrição: Uma missão foi requisitada para ninjas que não se incomodam de estarem atolados na merda, aparentemente uma equipe de trabalhadores desapareceram nos esgotos da vila enquanto faziam reparos nos esgotos, encontre esses homens.

Considerações:

Jutsus Utilizados:

Sem nenhuma razão aparente, ele começava a rir. Relembrava-se de que tinha a melhor das habilidades possíveis para uma situação dessas e estava se desesperando atoa. Poderia inclusive ter se livrado da prisão antes de ter que lutar contra as aranhas, tendo assim um combate muito mais fácil, mas não adiantava pensar nisto agora, já havia passado e resolvido. Concentrando o chakra nas pernas e nos pés, o garoto focava em aumentar o tamanho e a largura de ambos através do Body Alteration. Não precisou forçar muito, logo no primeiro momento já se livrava de toda aquela teia que o prendia simplesmente pelo aumento de tamanho.

Aproveitava-se dos pés gigantes para continuar correndo sem ter que ficar preocupado em acabar preso novamente. Não demorou muito para encontrar sua próxima parada; uma bifurcação onde em um lado estava repleto de teias e no outro a passagem estava limpa. Dada as circunstâncias da missão, não precisava nem pensar! Tinha de ir por onde mais notasse haver os resquícios de que aranhas vivessem por lá para confirmar se elas teriam ou não envolvimento com o sumiço dos trabalhadores locais. Com um dos enormes pés, chutava a parede de teia com extrema força, como se fosse uma estrutura física e firme de verdade.

Os esgotos
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Considerações:

Jutsus Utilizados:

Dado o excesso de força, acabava perdendo o equilíbrio por esperar maior solidez das teias, caindo e rolando por uma escadaria que agora descobria a existência. Quando finalmente conseguia parar, visualizava que verdadeiramente estava no cerne do covil. Imensidões de teias por todos os lados, ruídos produzidos por aranhas ainda maiores do que as que havia recebido ataques e principalmente a fonte daquela luz verde brilhante. Tratava-se de um líquido estranho, mas que estava derramado por latões logo ali no centro, escorrendo por boa parte do local. Todas as aranhas possuíam traços daquela mesma cor, algumas em seus olhos, outras em suas patas ou quelíceras.

O barulho provocado por sua queda havia chamado a atenção de todas no recinto. Aquelas centenas de olhos o encaravam e logo saraivada de teias eram lançadas por todas as partes em direção ao Tokujo. Conseguia desviar das primeiras através de algumas cambalhotas e evasivas diretas, mas após ser alvejado pela primeira vez, desviar das sucessoras se tornou uma tarefa impossível. Sentia-se sem ar, e aos poucos sua visão ficava embaçada até o momento em que perdia a consciência. Estava lidando com artrópodes tão radioativos que até mesmo suas teias possuíam padrões venenosos. A tonalidade esverdeada entregava! O contato com a pele acabou sendo suficiente para desligar o corpo do invasor.

Os esgotos
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Considerações:

Jutsus Utilizados:

Muito tempo se passou até o instante em que Kaginimaru recobrou sua consciência. Viu-se quase que completamente encasulado, dos pés até a cabeça. Por ter perdido a consciência, suas pernas aumentadas pelo Body Alteration perderam o fluxo de chakra e logo voltaram ao normal, facilitando ainda mais o trabalho das aranhas. Olhando melhor ao seu redor, notava-se que não era o único humano ali presente; aproximadamente dez pessoas estavam distribuídas entre o lado esquerdo e o direito do garoto, visualizava inclusive alguns capacetes que indicavam o parâmetro básico dos trabalhadores. Sua missão dava um grande passo para o sucesso com a confirmação da vida deles, mas também regredia insanamente com o fato de ter sido capturado pelos animais.

As aranhas, que mais pareciam uma tribo de seres racionais, agiam como se estivessem se aprontando para um banquete. O primeiro selecionado era um homem de cabelos grisalhos, aparentemente com uma idade elevada, estava sendo dirigido até o centro do convento, onde teias esculturais e simétricas se destacavam de modo que aparentava ser uma verdadeira obra de arte. Kaginimaru tentava movimentar-se no intuito de se livrar do aprisionamento e em seguida salvar de imediato todos, inclusive o homem que agora estava sendo levado. Mas não tinha sucesso algum perante suas tentativas.

Os esgotos
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Considerações:

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Quanto mais o velho se aproximava do centro, mais se desesperava, até o momento em que começava a gritar incessantemente. As aranhas, em resposta defensiva produziam ruídos na mesma intensidade, como se ordenassem que o mesmo ficasse quieto. Por ficar evidente que gritos incomodava-os, uma brilhante ideia surgia na mente de Kaginimaru. — AAAAAAAAAAAAH!! — Gritava de modo constante, muito mais alto do que quem estava prestes a se tornar um banquete. As reações eram das mais diversas, porém, curiosamente nenhuma delas respondiam com a mesma agressividade que a anterior, elas simplesmente se atordoavam e tentavam fugir daquele buraco para se distanciar do som que lhes eram ensurdecedor.

Mas não durou muito, logo o fôlego do garoto se foi e as aranhas que antes fugiam, agora iam em direção ao responsável do grito com uma imensa sede de sangue. Em desespero, fechava ambos os olhos e concentrava-se para abrir o primeiro portão, localizado no cérebro. Com a abertura, sua força se intensificava, mas ainda não era o suficiente para se livrar do casulo de teias, mesmo forçando muito. Uma tentativa de corte era feita por parte de um dos insetos e o garoto rolava para desviar enquanto que, concomitantemente, concentrava-se novamente no cérebro, mas desta vez em outro Tenketsu, pronto para abrir o segundo portão.  

Os esgotos
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Com o segundo portão aberto, romper o casulo de teias se tornou uma tarefa tão fácil que nem mesmo precisou de um esforço contínuo; bastou apenas aplicar toda sua força de uma vez e a liberdade veio a tona. A força era tamanha que quem olhasse de longe teria a impressão de que o casulo era extremamente frágil, mas muito pelo contrário. De imediato e com toda sua velocidade após se libertar, Kaginimaru avançou até o idoso, que estava alocado no centro para ser morto, e distribuía socos e chutes em todas as aranhas próximas ou que se aproximassem. Os golpes aplicados com força total era suficiente para matar as aranhas menores, acovardar as medianas e enfurecer as maiores.

Na primeira chance que teve, o garoto rasgava o casulo em que o velho estava envolvido como se fosse uma folha de papel. Aquela demonstração de força acabava acovardando outros aracnídeos que jamais haviam presenciado uma presa capaz de se livrar daquela prisão tão pegajosa e fixa. Mas não eram todas, as maiores continuavam dispostas a proteger o ninho e dar fim na presa revoltada que era Kaginimaru. Visualizar ele liberando suas capturas anteriores afloravam os instintos daqueles seres para atacarem com tudo, como se vossas vidas dependessem disso — e realmente dependiam.

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Os outros aprisionados comemoravam o resgate, tudo estava dando certo e logo iriam para suas casas felizes para sempre! IRIAM se não fosse o fato de que pela primeira vez ouviam uma aranha rugir. Uma giganta aparecia da escuridão, esmagando e reduzindo uma menor com somente a pressão de uma de suas patas, tudo o que restava era apenas uma gosma verde que aparentava ser o sangue daquela espécie. Todas as outras respeitavam a presença daquele ser superior; as que estavam nervosas, recuavam e se acalmavam, as que sentiam dor, paravam de se contorcer e mergulhavam no misto de dejetos com aquele líquido verde em larga escala. Ficava evidente para qualquer um que estavam na presença ilustre da responsável pelo bando. Dava para acreditar? Se antes se surpreendia com o tamanho de algumas chegarem próximo da metade de Kaginimaru, agora teria de lidar com uma que tinha quase que o triplo do seu tamanho.

Sua agressividade não se limitava apenas para com os aliados mais fracos, uma investida direta através de um salto era feito diretamente na direção do Tokujo, na mais pura intenção de eliminá-lo juntamente do velho que ele estava salvando. Não podia desviar, isto significaria que teria de enfrentá-la diretamente, ao menos era a decisão instintiva que tomava. Firmando seu bíceps direito, aproveitar-se-ia da velocidade do animal para aplicar um Lariat mesmo estando parado. No instante do choque, buscaria redirecionar a gigantesca aranha para o lado, com toda sua força.

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O movimento, além de machucar o animal com o impacto, o lançava para bem longe em uma velocidade ainda mais rápida do que anteriormente era seu avanço. Seu corpo só parava no momento em que se chocava com uma parede, destruindo boa parte da estrutura. Kaginimaru não esperava que o animal fosse levantar, então passava a focar em libertar todos os prisioneiros dos casulos de teias, rasgando manualmente com as próprias mãos da mesma forma que fizera com o idoso que estava prestes a ser consumido. Antes mesmo que terminasse de libertar todos, o animal se demonstrava ainda disposto a lutar pela sobrevivência e a garantia da comida em seu lar.

Desta vez, Kaginimaru que investia com sua velocidade máxima, aplicando não somente um, mas seis golpes variando entre socos, chutes e derivados. A aplicação em conjunto com seu estilo de luta era suficiente para apagar a fera, não tinha certeza sobre seu estado de vida, mas tentaria não passar da conta, parando assim que a mesma deixasse de reagir. Ao término do pseudo combate, concluiu o resgate e então partiu com o grupo para fora do esgoto. No caminho, relembrava-se do cheiro de merda e sentia falta do da radiação — em uma comparação, era muito melhor, e o Kagi não era o único daquele grupo que tinha essa opinião. Com sucesso resgatou todos e relatou para os superiores a existência dos perigos nos esgotos.

Os esgotos
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Considerações:

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