Não havia muito que eu pudesse fazer dentro da vila, esta era também uma das motivações entre as muitas que me ajudavam na motivação, algo que pelo meu caráter mais infantil se fazia muito necessário, eu tinha dificuldade de reconhecer algo apenas como dever e ainda me sentir motivada.

Entre os muitos confusos pensamentos de minha cabeça, vieram o meu primeiro objetivo, o de comprar um ursão para a Hotaru mas, ainda que eu tivesse dado duro para alcançar um bom dinheirinho para isso, me faltou ainda encontrar um vendedor e por isso decidi tentar conquistar este pequeno mas importante objetivo.

Eu tinha plena noção de que ela nem esperava que eu pudesse ter isso na cabeça talvez a expectativa pela surpresa fosse algo que me deixaria mais feliz do que a deixaria e no fim, não consegui conter no peito o sentimento que fazia o meu coração bater mais forte, ainda em minha cama acabei agarrando um travesseiro e enfiei a cara enquanto acabei gritando de empolgação, deixando que a almofada servisse seu propósito de tanto me ajudar com a carência, como também abafar o som que eu poderia deixar escapar.

- Tá, vamos procurar esse urso hoje! Se não der certo... Eu vou ficar brava é isso! Eu teria dito pra mim mesma em voz alta após soltar o travesseiro ao qual eu estava agarrada, jogando ele para o lado e ficando de pé na cama, com ambas as mãos na cintura, ainda descalça, a roupa que eu usava? Era uma camisola grandona que se fazia muito fácil para que eu tropessasse se não tomasse cuidado e por baixo? Suna né gente, é calor, por mais que o tecido ajude não há santo que faça não soar se você não se ajuda.

- Chuveiro lá vou eu! Comentei seguindo colocando um braço a frente do outro pouco me importando com o que havia ao redor, até porque eu estava sozinha em casa! Pra variar aahh... As vezes penso que eu sou meia assim por falta de atenção... Mas todo mundo fala que é pelo excesso, vai entender, tem gente doida pra tudo. Abri o box e me despi, me olhando no espelho por um momento sem que nada me atrapalhasse e então corri para a porta para fechar afinal vai que o pai chega do nada! Ah não, aqui é ninja não da esse mole não! Tive a certeza de fechar e coloquei um papelzinho para fechar a porta da fechadura afinal, tem muito ninja jovem também.

Eu não era paranoica mas a cabeça vazia ajuda a pensamentos férteis e com eles eu enrolei um pouco mais para pegar uma toalha e um xampu e condicionador para que eu usasse. Meu banheiro era simples, humilde dentro das possibilidades de meus pais e a melhor coisa que lá havia era o chuveiro. Abri o registro para que eu pudesse então deixar a água que caia tocar em meu corpo.

Fechei meus olhos e aproveitei aquele momento, deixando que a água escorresse por minha pálida pele e percorresse pelas minhas curvas que muito humildes eram na parte superior mas abençoadas onde importava mais, passei um tempo apenas aproveitando a sensação refrescante que havia sobre a pele antes de alcançar o sabonete e com ele comecei a ensaboar o corpo, demasiadamente cuidadosa para que nada faltasse.

Talvez fosse o stress, que culminado em toda aquela carência me tenha feito me olhar por mais tempo no espelho, me tenha feito pensar tão desesperadamente nos lábios de Hotaru e também em seu toque, seus detalhes, nuances e até mesmo o seu aroma, o pensamento me levou ao que o corpo me pediu naquele momento, um modo de extravasar aquela sensação de algum modo.

ensaboei ambas as mãos e repousei o sabonete sobre o apoio e comecei a deslizar a mão sobre o meu próprio corpo, em minha mente era inevitável não ceder ao infantil sentimento da satisfação do corpo por meio dos atos que estava prestes a realizar, quando me senti limpa e deixei com que o corpo fosse enxaguado pela água comecei a passar levemente um dos meus indicadores pela ponta polêmica do corpo, enchendo a mão e puxando levemente de modo que me fora inevitável pela dor que se misturou a luxuria auto infringida que eu não deixasse soar pela minha boca um som leve que se misturou a uma respiração mais violenta, quando levei a outra mão para que tocasse outra área sensível.

Com violência me recostei na parede de modo que a diferença entre a temperatura teria feito com que uma sensação mais intensa pudesse se dar em meu corpo intensifiquei os movimentos em um padrão circular e não invasivo, tencionando a cabeça pra cima, enquanto de olhos fechados ainda me deixei guiar pela imaginação de Hotaru de como eu a desejava e quanto mais intensos meus sentimentos se fizeram mais veloz foram as batidas de meu coração, mais rápida e pesada foi a minha respiração e mais intensa por consequência seria a ação de minhas mãos de modo que começando a perder a força em minhas pernas comecei a descer pela parede de modo que eu pudesse abrir levemente mais as minhas pernas, inclinando os pés que reagiam a cada pequena ação que eu realizava.

Em uma posição mais confortável, arfei em meio a aquela sensação mais alto de forma que deixaria exposta uma natureza mais lasciva que dava forma ao meu desejo por aquela que eu havia entregue o meu coração, ser mais invasiva se provou algo tão necessário que eu estava quase ficando louca por não tê-lo feito antes e aos estimulos, deixei que agora ambas mãos pudessem descer para que eu pudesse atacar pelas duas frentes, em um primeiro momento apenas pontualmente mas eventualmente completando um ciclo repetitivo que mais e mais começou a levar a minha mente em branco pela intensidade que a minha paixão se exauriu através de meus atos, o único nome ao qual eu sempre lembraria inevitavelmente se repetiu algumas vezes pela minha boca como se escapasse o mais profundo desejar por meio da voz.

Eu estava ao fim, ao chão, sem mais condições de prosseguir para os planos que eu havia feito no dia, tudo que eu consegui fazer era terminar o meu banho, me arrumar e me vestir para que eu fosse na direção de meu quarto para ir deitar muito mais leve mas... Uma visão teria me gelado a espinha como nem mesmo a Churume era capaz de fazer, sentada enquanto lia um livro, eu teria a visão da minha irmã distraída lendo um livro... O silêncio e a falta de expressão dela formentaram o mistério de a quanto tempo ela havia chegado em casa e o quanto ela ouviu...

Eu queria chorar, eu queria morrer, eu queria enfiar a minha cabeça em um buraco de areia! KYaaa eu só queria gritar mas meu coração covarde só fez com que eu corresse como um pimentão, colocando o travesseiro sobre a minha cabeça para me esconder morrendo de vergonha pela possibilidade de ter sido ouvida E COMO DIABOS EU PERGUNTARIA? AHHH EU NÃO VOU OLHAR PRA ELA POR UMA SEMANA! Meu coração não aguentaria de vergonha.

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